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O carisma dos Arautos do Evangelho e o seu contexto histórico

Os Arautos do Evangelho foram aprovados como Associação de Direito Pontifício há 12 anos, no dia 22 de Fevereiro de 2001, na festa da Cátedra de Pedro. Na ocasião, o Beato Papa João Paulo II dirigiu aos Arautos estas calorosas palavras:

“Saúdo… de modo especial o numeroso grupo da Associação Internacional de Fiéis de Direito Pontifício, Arautos do Evangelho, para que sendo fiéis à Igreja, ao seu Magistério, permaneçam unidos aos seus pastores e anunciem corajosamente, pelo mundo inteiro, a Cristo Nosso Senhor”.

“Sede mensageiros do Evangelho pela intercessão do Coração Imaculado de Maria. A todos faço votos de que a Quaresma seja portadora de um espírito novo diante de Deus”.1

Audiência com S.S. Papa João Paulo II por ocasião do Aprovação Pontifícia

É certo que, conforme as necessidades dos tempos, a Providência suscita novos carismas para a Igreja de Cristo, os quais são a prova viva da suprema promessa de Nosso Senhor Jesus Cristo: “Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28,20).

Neste sentido é certo que o carisma dos Arautos do Evangelho desempenha um papel saliente em nossos dias. Qual é esse papel?

Este é justamente o tema do VIII Simpósio Arautos do Evangelho Maringá 2013, que será realizado no próximo domingo, dia 6 de Outubro (veja os detalhes abaixo).

Para este Simpósio queremos convidar a todas as pessoas que queiram conhecer um pouco mais sobre os Arautos do Evangelho e o seu carisma.

VIII Simpósio Arautos do Evangelho de Maringá

Tema: O Carisma dos Arautos do Evangelho e o seu contexto histórico. 

Local: Comunidade dos Arautos do Evangelho – Maringá

       Rua Jair do Couto Costa, n. 15 – Fone: (44) 3028-6596

Horários: – Período da manhã: Das 09h às 11h30 (com intervalo de 20 minutos)

      – Período da tarde: Das 14h30 às 16h30

Inscrições: tel: 3028-6596, ou pelo e-mail arautosmga@gmail.com ou mesmo através deste Blog.

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1Arautos do Evangelho. Surge um Novo Carisma na Igreja. Edição comemorativa de sua ereção pontifícia. S.Paulo: Takano Editora, 2001.

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São Pio de Pietrelcina – Frase da Semana

 

“O Padre Pio é um dos homens extraordinários que Deus envia à terra de vez em quando, para a conversão dos homens”

Papa Bento XVI (1)

A Santa Igreja dedica o dia 23 de Setembro para a Festa litúrgica de São Pio de Pietrelcina (1887-1968), popularmente conhecido como Padre Pio. A Frase da Semana homenageia este grande santo da Ordem dos Capuchinhos, canonizado pelo Papa Beato João Paulo II, em 16 de Junho de 2002.

São Padre Pio

São Pio de Pietrelcina

De fato, a vida de São Padre Pio foi extraordinária, em todo o sentido da palavra. Chamado pela Providência a grandes sacrifícios, soube ele plenamente à sua vocação. Praticou, em grau heroico, as maiores virtudes a que um religioso e sacerdote pode corresponder: oração incessante, espírito de sacrifício e total correspondência ao bem das almas, atuando, sobretudo como confessor. Padeceu grandes sofrimentos físicos, recebeu os estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo e foi duramente perseguido. A tudo suportou com verdadeira sabedoria e humildade. Sempre soube pedir a intercessão de Nossa Senhora, que nunca o desamparou.

Que o exemplo do grande São Padre Pio de Pietrelcina suscite outros “homens extraordinários” para a Igreja de nosso tempo. A ele peçamos insistentemente esta grande graça.

Saiba mais sobre a vida extraordinária de Padre Pio, através da seção especial do site dos Arautos do Evangelho.

São Padre Pio, rogai por nós!


(1) Revista Arautos do Evangelho, n. 33, p. 20-23, Set./2004.

 

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Solene Consagração a Nossa Senhora

            “Foi o dia mais emocionante de minha vida…”

            “Quanta alegria, quanta emoção!”

            Foram algumas das exclamações ouvidas dos que se consagraram a Jesus, pelas mãos de Maria, nesse primeiro domingo de julho. Em alguns olhares, percebiam-se ainda discretas lágrimas de emoção. Participaram eles de vários encontros do Curso de mariologia na Comunidade dos Arautos ao longo dos meses de maio, junho e julho, segundo o método de São Luís Maria Grignion de Monfort, fazendo um estudo completo de seu famoso “Tratado da verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”. O nosso querido Papa Beato João Paulo II – que, para nossa alegria, será em breve canonizado – fez-se também escravo de amor de Nossa Senhora inspirado na devoção do Santo francês.

            A cerimônia, ocorrida na Comunidade dos Arautos de Maringá, foi presidida pelo Revmo. Pe. Antonio Guerra, EP, Provincial da região sul dos Arautos, que salientou em sua homilia a importância deste sublime ato, que dentre de instantes, seria realizado pelos consagrandos, por meio da fórmula de “Consagração de si mesmo, a Jesus Cristo, Sabedoria encarnada, pelas mãos de Maria”, diante da imagem do Sapiencial e Imaculado Coração de Maria de Nossa Senhora de Fátima.

            Peçamos a Ela que ampare seus filhos e filhas que se entregaram em suas puríssimas mãos nesse abençoado dia, cumulando-os das melhores e abundantes graças e bênçãos de união com seu Divino Filho.

Continue acompando nossas atividades!

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O Terço na Palavra dos Papas e dos Santos

I – Uma Devoção a ser continuamente redescoberta.

             Uma das mais bonitas características da Língua Portuguesa (e de praticamente todas as línguas contemporâneas) é a sua vivacidade, a sua vitalidade. Com efeito, na medida em que o tempo passa e a História vai seguindo seu caminho, surgem novas demandas de comunicação e, para atendê-las, surgem palavras novas. Ao mesmo tempo, palavras já existentes vão se adaptando aos novos tempos e ganhando novos significados. Essa dinâmica é interessante e constitui-se em riqueza da Língua, pois uma de suas funções é propiciar uma comunicação eficiente.

            Um exemplo muito interessante é o que ocorreu com a palavra Terço. Se olharmos o dicionário, vemos que é definida como “que ou o que corresponde a cada uma das três partes iguais em que pode ser dividido um todo”. (1) A palavra terço pode ser um numeral: a terça parte de algo. Alguns dicionários também definem terço como a terça parte do Rosário. Neste caso, a palavra é um substantivo. Ainda, segundo o dicionário, Um Terço é “a terça parte do rosário, composta de cinco dezenas de contas, para a reza da ave-maria, intercaladas por cinco contas, correspondentes à oração do padre-nosso”. (2) Como muitos fiéis não tinham a possibilidade de rezar o Rosário Completo (os três conjuntos de Mistérios), rezavam o Terço, ou seja, a terça parte do Rosário.

            Mas… se a Língua é dinâmica, o Amor a Deus o é ainda mais: Por inspiração da Graça e movido por um imenso amor filial a Maria Santíssima, o Beato Papa João Paulo II acrescentou mais 5 mistérios ao Rosário, os Mistérios Luminosos. E agora, como fica? O Rosário passa a ser composto de 4 partes (4 mistérios). Cada parte do Rosário… continua a ser chamado de: Terço! Assim, quatro Terços e não mais “três terços” passam a formar o todo, que é o Rosário. Obviamente, quando se fala em Terço faz-se menção ao substantivo e não a um numeral. Para os fiéis que encontram na oração do Santo Terço uma devoção sólida, esse jogo de palavras pouco importa. O que importa é utilizarem-se dele para meditarem nos principais Mistérios de sua Fé!

            Portanto, quando nos referimos ao Rosário ou ao Terço, estamos falando da mesma Devoção. Rezar o Rosário significa rezar e meditar o conjunto dos quatro mistérios: Mistérios da Alegria (Gozosos), Mistérios Luminosos, Mistérios Dolorosos e Mistérios Gloriosos. Ao meditá-los, damos a volta em todo o Evangelho e, portanto, na História da nossa Redenção. E no que consiste a Devoção do Rosário? Qual é o seu histórico?

             Partindo do pressuposto de que, infelizmente, muitos católicos ainda não entendem plenamente o sentido dessa Devoção, a sua profundidade, a sua importância para nos ajudar a percorrer o caminho de Cristo, em companhia de Maria, iremos escrever esta série de artigos para tratar das maravilhas do Santo Rosário. Nas palavras do Beato João Paulo II: “Uma oração tão fácil e ao mesmo tempo tão rica merece verdadeiramente ser descoberta de novo pela comunidade cristã”. (3)

            Esta série de artigos pretende ser um pequeno passeio dentro do universo das palavras dos últimos Papas e de alguns santos sobre a sublimidade desta devoção. Muitos papas atribuíram uma grande importância ao Rosário: “Merecimento particular teve, a propósito, Leão XIII que, no dia 1º. de setembro de 1883, promulgava a Encíclica “Supremi apostolatus officio” alto pronunciamento com o qual inaugurava numerosas outras declarações sobre esta oração, indicando-a como instrumento espiritual eficaz contra os males da sociedade”. (4)

           Portanto, desde São Pio V, que no século XVI estabeleceu a invocação a Nossa Senhora do Rosário, como agradecimento à Virgem pela vitória da Cristandade na batalha de Lepanto, passando por Leão XIII (1878 a 1903) no século IX e até Bento XVI, há uma série de documentos muito interessantes nos quais os Sumos Pontífices apontam a eficácia do Rosário e sua utilidade no universo da piedade católica. Evidentemente, merece destaque o Beato João Paulo II que, como já comentamos, inaugurou uma fase luminosa na devoção ao Rosário, ao instituir, em sua magnífica Encíclica “Rosarium Virginis Mariae”, os Mistérios da Luz.

            Além dos inúmeros Papas, também vários santos se destacaram pelo amor ao Rosário. Alguns mais conhecidos, como São Luís Maria Grignion de Montfort, Santo Afonso de Ligório, São Pio de Pietrelcina e outros. Há outros santos, não tão conhecidos, como o Beato Bártolo Longo, o Beato Alano de La Roche, mas igualmente empenhados em sua difusão pelo mundo católico.

            No alto da Cruz, Nosso Senhor Jesus Cristo, num Solene ato de Amor, nos deu Maria como Mãe (Cf. Jo 19,26). Mais especialmente, coube ao Apóstolo Virgem, São João Evangelista, tomar a si o cuidado da Santíssima Virgem nos anos em que Ela ainda teria que permanecer nesta Terra, para uma missão complementar: Ajudar no florescimento da Igreja. Que graça imensa para este Apóstolo poder conviver com a Mãe de Deus, indagar-lhe sobre os principais Mistérios da vida do Salvador. Como teria se dado a Anunciação? Qual foi a reação de Maria quando o Anjo lhe anunciou que seria a Mãe de Deus? E como teria Ela passado, em companhia de São José, os três angustiantes dias antes reencontrar o Menino Jesus no Templo? E assim por diante. Como teriam sido essas conversas? Com que amor a Mãe instruía São João sobre estas e outras verdades? Quem de nós não gostaria de presenciar essas conversas, esse convívio entre Mãe e filho?

             Pois bem: a devoção ao Rosário é exatamente isso: Imaginemo-nos na casa de Éfeso, aos pés da Virgem Maria, meditando com Ela nos mistérios da vida de Jesus. A Mãe nos instrui e nos anima no Caminho de Cristo, compartilhando conosco todas aquelas coisas que Ela guardava no seu coração (Cf. Lc 2,52).

            Com efeito, o Rosário é uma oração eminentemente contemplativa: “Sem contemplação, o Rosário é um corpo sem alma e sua recitação corre o perigo de tornar-se uma repetição mecânica de fórmulas (…)”. (5) Assim, todas as vezes que rezamos o Rosário, estamos fazendo, em companhia de Maria, este exercício de contemplação.

            E, para que a nossa contemplação se torne mais santa, mais luminosa, mais de acordo com aquilo que a Igreja espera de nós, nada melhor do que buscarmos esse conhecimento, através das palavras dos Papas e dos Santos.

           Caro leitor: Contamos com a sua companhia durante este estudo! Ou melhor, durante esta Meditação! Rogamos à Santa Mãe de Deus que nos acompanhe, com Sua intercessão, para que, conhecendo melhor este grande instrumento de Salvação – que é o Rosário! – possamos crescer sempre mais no Amor a Nosso Senhor Jesus Cristo, à Sabedoria Eterna e Encarnada.

Salve Maria!

João Celso


(1) Grande Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Disponível em: http://houaiss.uol.com.br/busca?palavra=ter%25C3%25A7o
(2) Idem

(3) Papa João Paulo II. Carta Apostólica RosariumVirginisMariae. 9ª ed. São Paulo: Paulinas, 2005, p.58

(4) Idem, p. 6

(5) Papa Paulo VI. Exortação Apostólica Marialiscultus. n. 47.02 fev. 1974. Disponível em: http://www.vatican.va/holy_father/paul_vi/apost_exhortations/documents/hf_p-vi_exh_19740202_marialis-cultus_po.html

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Aprovação Pontifícia dos Arautos do Evangelho: 12 anos!

Neste 22 de Fevereiro, na festa da Cátedra de Pedro, estão os Arautos do Evangelho de todo o mundo em festa. Sim! Há 12 anos ocorria em Roma a sua Aprovação Pontifícia. Ainda ecoam nos corações dos Arautos as sublimes palavras então proferidas por sua Santidade, João Paulo II, naquela manhã de 28 de Fevereiro de 2001:

Saúdo… de modo especial o numeroso grupo da Associação Internacional de Fiéis de Direito Pontifício, Arautos do Evangelho, para que sendo fiéis à Igreja, ao seu Magistério, permaneçam unidos aos seus pastores e anunciem corajosamente, pelo mundo inteiro, a Cristo Nosso Senhor”.

Sede mensageiros do Evangelho pela intercessão do Coração Imaculado de Maria. A todos faço votos de que a Quaresma seja portadora de um espírito novo diante de Deus”(1)

Pelos seus frutos, os conhecereis” (Cf. Mt 7,15).

Quem tem a oportunidade de manter contato constante com os Arautos do Evangelho pode testemunhar que os desejos e anseios do Santo Padre se realizaram plenamente. Em regiões distantes, em cidades minúsculas, ou em grandes metrópoles, seja no nosso imenso Brasil ou em mais de 70 países no mundo, estão os Arautos realizando seu trabalho evangelizador e é impossível ser indiferentes a eles. “Unidos a seus pastores” anunciam corajosamente a Cristo, Nosso Senhor.

Vários são os aspectos da atuação dos Arautos – “frutos” – que poderiam ser comentados efusivamente. O trabalho junto à juventude, o apostolado na educação, a divulgação da Devoção a Nossa Senhora, o trabalho em hospitais, em comunidades carentes de recursos materiais e espirituais. Enfim, uma rica variedade de dons a serviço da Igreja de Deus. Todas essas obras dos Arautos – que encantam em todo o mundo – são consequência da extrema fidelidade de seu Fundador, o Monsenhor João Clá Dias à graça de Deus que o inspirou a fundar essa obra magnífica. “Bendito o homem que deposita a confiança no Senhor, e cuja esperança é o Senhor. Assemelha-se à árvore plantada perto da água, que estende as raízes para o arroio; se vier o calor, ela não temerá, e sua folhagem continuará verdejante; não a inquieta a seca de um ano, pois ela continua a produzir frutos” (Cf. Jer 17, 7-8). Dedicação, horas incansáveis de trabalho, estudo e, sobretudo, horas de oração e de adoração ao SS. Sacramento, as quais são constantemente oferecidas pelo nosso Fundador, têm comprado as graças para o florescimento e crescimento dessa Obra.

A história dos Arautos ainda está sendo escrita, de forma que é praticamente impossível abordar toda a sua riqueza nos limites de um texto como este.

Um aspecto muito saliente e importante dessa obra, cuja lembrança não pode ser negligenciada e que merece ser destacado é a sua abertura para as pessoas que se aproximam da Associação, mas que, por razões diversas, não podem lhe dar uma adesão total de tempo. Os Arautos, absolutamente, não são uma associação fechada, voltada para si mesma. Por exemplo, os Cooperadores dos Arautos, numa linguagem interna conhecidos como Terciários, são um testemunho vivo dessa abertura. São eles pais e mães de família que, apesar de não poderem se dedicar integralmente à obra dos Arautos, podem, no entanto, participar dela voluntariamente, conforme o tempo lhes permita.

Assim, é perfeitamente razoável que numa Missa, ou numa reunião numa Casa da Comunidade dos Arautos seja encontrada uma grande variedade de pessoas: de meninos e meninas de 10, 11 anos, até octogenários! Todos partilhando, dentro de sua capacidade e disponibilidade, dos mesmos ideais. Todos agradecidos a Nossa Senhora por fazer parte dessa Obra!

Certa vez, em visita à Comunidade dos Arautos em Maringá, comentou Dom Anuar Battisti: a Igreja é um jardim florido, com uma rica e imensa variedade de flores. Os Arautos, com a Graça de Deus e pela fidelidade de seus incansáveis componentes e, principalmente, pela fidelidade de seu Fundador, fazem parte desse maravilhoso jardim de Deus.

Que as graças especiais deste dia possam irradiar-se em todos os corações! Que Nossa Senhora continue cobrindo esta obra com Seu manto sagrado!

Prof. João Celso

1 – Arautos do Evangelho. Surge um Novo Carisma na Igreja. Edição comemorativa de sua ereção pontifícia. S.Paulo: Takano Editora, 2001.
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