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Livros Imperdíveis: História de uma alma – manuscritos autobiográficos

História de uma alma – manuscritos autobiográficos

por Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face

Título:     História de uma alma: Manuscritos autobiográficos

Autora:   Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face

[Tradução das Religiosas do Carmelo do Imaculado Coração de Maria e de santa Teresinha]

Editora: Paulus, São Paulo, 1986 (1ª. edição, 1979) 30ª reimpressão, 2013. Série Espiritualidade.

Sob o ponto de vista meramente humano, o que poderia haver de interessante, “imperdível” na narração da vida de uma jovem carmelita, falecida aos 24 anos, no final do século XVIII, tomada pela tuberculose, em um convento carmelita no interior da França?

Santa Teresinha do Menino Jesus

De fato, alguém que desconhecesse a importância de Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face para a Igreja de Cristo, não encontraria motivos para essa leitura. Não é, absolutamente, o que acontece com as pessoas que buscam aprofundamento espiritual: Esta jovem santa, que, durante sua curta vida no Carmelo desejou ardentemente ser esposa de Jesus, sentiu, ao mesmo tempo, outros chamados, outras vocações, como  “a de Guerreiro, a de Sacerdote, a de Apóstolo, a de Doutor e a de Mártir, enfim, (…) a necessidade, o desejo de realizar para Ti, Jesus, todas as obras mais heroicas (…) Sinto na minha alma a coragem de um cruzado, de um zuavo [soldado] pontifício. Queria morrer num campo de batalha pela defesa da Igreja.” (1) Proclamada Doutora da Igreja, a maior Santa dos tempos modernos, pode isto tudo realizar.

Na breve – porém intensa – vida de Santa Teresa, podemos contemplar vários aspectos da Caridade Cristã, exemplos a serem imitados: a exímia vida de família, na qual seus pais, os Beatos Luís Martin e Zélia Guérin (esta falecida quando a santa contava com apenas 6 anos de idade), esforçaram-se para conduzir a educação de suas filhas ao encontro de “uma fé sólida, que vê Deus em todos os acontecimentos, e que lhe rende culto incessante: oração em família, missas matinais, comunhão frequente (…), vésperas dominicais, retiros espirituais. Toda a vida segue o ritmo do ciclo litúrgico, das peregrinações, do escrupuloso acatamento aos jejuns e abstinências”. (2)

“Neste ambiente de sublime candura, a pequena Teresa foi sendo preparada para a elevada missão para a qual havia sido escolhida pela Providência. Ela e suas quatro irmãs, todas consagradas a Deus, foram pedras preciosas cuidadosamente buriladas no atelier familiar dos Martin (…).  Bem sabia o Sr. Martin que o exemplo vivo dos pais é insubstituível na educação dos filhos nas vias da santificação. Estimular o amor a Deus, a frequência aos Sacramentos, a proximidade espiritual com a Igreja, é um meio pelo qual os progenitores exercem sobre a prole seu sacerdócio real, recebido no Batismo. Desta sorte, deitam fundo no coração dos filhos a vivência da espiritualidade cristã, gravando em suas almas uma marca que nem o tempo nem as circunstâncias da vida poderão apagar”. (3)

A leitura da vida de Santa Teresa, por ela narrada, também nos leva ao conhecimento de suas grandes virtudes espirituais.

A Santa da “Pequena Via”

Na Revista Arautos do Evangelho, encontramos a explicação para o que vem a ser, exatamente, a Pequena Via, proposta por Santa Teresinha: o caminho da santidade acessível a todos. Explica-nos o Arauto Juan Carlos Casté:

A própria Santa Teresinha explica, nos Manuscritos Autobiográficos, em que consiste a sua “pequena via” de santificação.

“Sempre desejei ser santa, mas – pobre de mim! – sempre constatei, ao me comparar com os santos, que entre eles e eu existe a mesma diferença que há entre uma montanha cujo cume se perde nos céus e o grão de areia obscuro pisado pelos transeuntes. Longe de desanimar, disse a mim mesma: ‘O bom Deus não pode inspirar desejos irrealizáveis. Logo, apesar de minha pequenez, posso aspirar à santidade. Tornar-me grande, é impossível; devo, pois, me suportar tal como sou, com todas as minhas imperfeições, mas quero procurar um meio de ir ao Céu por uma pequena via bem direita, bem curta, uma pequena via inteiramente nova’.”

*    *    *

Nessa época, fazia enorme sucesso o elevador, recém-inventado, que poupava às pessoas o esforço de subir escadas. Sor Teresinha sentiu um grande desejo de “encontrar um ascensor para me elevar até Jesus, porque sou pequena demais para galgar a rude escada da perfeição“. Pôs-se então a procurar nos Livros Sagrados e encontrou este pensamento: “Se alguém é pequenino, que venha a Mim” (Pr 9, 4). Continuando sua pesquisa, encontrou esta afirmação: “Como uma mãe acaricia seu filho, assim Eu vos consolarei, vos carregarei ao peito” (Is 66, 12-13). E concluiu cheia de júbilo: “Ah! O elevador que deve me erguer até o Céu são vossos braços, ó Jesus!”

A leitura atenta e amorosa dos Santos Evangelhos lançou-lhe mais luz: “Se não vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos Céus” (Mt 18, 3). “Deixai vir a Mim os pequeninos e não os impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes assemelham” (Mc 10, 14).

Estava explicitado em que consiste a “pequena via”, o caminho da infância espiritual. Nela, o importante, não é fazer grandes mortificações corporais, mas aceitar com humildade a própria pequenez, as próprias limitações, até mesmo as próprias imperfeições, e ter um amor e uma confiança sem limites na bondade de Deus; e, como fruto desse amor, ter imensos desejos de fazer com perfeição os atos da vida diária. (4)

Os Manuscritos Autobiográficos

Santa Teresinha, como é mais familiarmente conhecida, reuniu em três cadernos – intitulados “Manuscritos Autobiográficos” –, escritos durante três anos, as principais lembranças de sua vida, as quais servem de reflexão e crescimento espiritual a todos os que querem imitá-la, em sua “pequena via”.

A História de uma alma, consiste basicamente em:

Manuscrito A, redigido por Teresa entre o começo de janeiro de 1895 e 20 de janeiro de 1896, a pedido de sua irmã Paulina, então Priora do Carmelo de Lisieux. Trata-se de reminiscências de infância, com o título: História Primaveril de uma Florinha Branca, escrita por ela mesma, e dedicada à Reverenda Madre Inês de Jesus.

Manuscrito B, composto de duas partes: uma “elevação” de alma a Jesus, escrita a 08 de setembro de 1896, e uma carta à Irmã Maria do Sagrado Coração (sua irmã Maria), à guisa de prólogo do presente escrito, e redigida entre 13 e 16 de setembro de 1896.

Manuscrito C, caderno dedicado à Madre Maria de Gonzaga, feita de novo priora em 1896 – redigido em junho de 1897. É um complemento das reminiscências de Teresa a respeito da vida religiosa, evocada muito de relance no Manuscrito A, e alonga-se sobre as exigências da caridade fraterna, que a Santa nesse mesmo ano redescobrira em profundidade. (5)

Por que este livro é Imperdível?

Santa Teresinha do Menino Jesus

A importância e oportunidade da leitura – por que não dizer – da meditação deste livro por todas as pessoas que desejam sinceramente buscar o caminho da santidade de vida, nos são apresentadas pela própria Autora: Com efeito, “dois meses antes de morrer, Teresa relia, a pedido da Madre Inês de Jesus, algumas páginas de suas reminiscências de infância. Com lágrimas nos olhos, faz uma pausa de repente: ‘O que releio neste caderno mostra tão bem o que é a minha alma!… Minha Madre, estas páginas farão grande bem. Depois, ficará melhor conhecida a doçura do Bom Deus’”. (6)

É este justamente o intuito da seção Livros Imperdíveis do Blog dos Arautos do Evangelho de Maringá: que todos os seus leitores tenham contato com esta obra extraordinária, inspirada por Deus, cuja leitura deixa nas almas um encantamento, uma alegria, um perfume de rosas, que levam ao conhecimento de que a santidade, através da “pequena via” está ao alcance de todos os que assim o desejarem. Nossos votos de uma boa leitura!

Salve Maria!

Por João Celso


(1) Arautos do Evangelho Maringá. Frase da Semana. Disponível em:

(2) Op. cit. p. 17

(3) Carlos Werner Benjumea. Santa Teresinha e a alegria de viver em família. Revista Arautos do Evangelho, Agosto/2006, n. 56, p. 36 à 38. Disponível em: http://www.arautos.org/artigo/6410/Santa-Teresinha-e-a-alegria-de-viver-em-familia

(4) Juan Carlos Casté. Santa Teresinha: “Minha via é segura”. Revista Arautos do Evangelho, Out/2005, n. 46, p. 22-25. Disponível em: http://www.arautos.org/artigo/8259/Santa-Teresinha—ldquo-Minha-via-e-segura-rdquo–

(5) Op. cit. p. 6

(6) Op. cit. p. 11

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Frase da Semana – Beato João Paulo II

“Saúdo… de modo especial o numeroso grupo da Associação Internacional de Fiéis de Direito Pontifício, Arautos do Evangelho, para que sendo fiéis à Igreja, ao seu Magistério, permaneçam unidos aos seus pastores e anunciem corajosamente, pelo mundo inteiro, a Cristo Nosso Senhor (…). Sede mensageiros do Evangelho pela intercessão do Coração Imaculado de Maria.”

Beato João Paulo II – Audiência Geral, Roma, 28 de Fevereiro de 20011

O Decreto da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, datado de 2 de Abril de 20112 estabelece a comemoração litúrgica do Beato João Paulo II a 22 de Outubro.

A Frase da Semana homenageia o Papa de quem os Arautos do Evangelho tiveram a honra de receber a Aprovação Pontifícia. Durante a Audiência Geral, em Roma, no dia 28 de Fevereiro de 2001, o Papa os saudou com as belas e encorajadoras palavras citadas acima. Por sua vez, naquela luminosa manhã romana, Arautos de todo o mundo reuniram-se em torno do Pastor – e no momento em que ele, em seu discurso, se referia ao movimento recém-aprovado, os Arautos celebraram, entoando o Hino Pontifício.

Audiência com S.S. Papa João Paulo II por ocasião do Aprovação Pontifícia

Como consequência do apoio da Igreja, através da aprovação Pontifícia concedida pelo Papa, os Arautos, hoje presentes em 79 países, procuram levar ao mundo, sem distinção de pessoas, de forma consistente, o mandado de ser “mensageiros do Evangelho pela intercessão do Coração Imaculado de Maria”. Em grande medida, esse desenvolvimento deveu-se à confiança neles depositada pelo Sucessor de Pedro.

Com esperança de dias melhores para a Igreja em todo o mundo, aguardamos em breve a canonização do Beato João Paulo II, a quem os Arautos do Evangelho honram com venerável reconhecimento.

Com esperança de dias melhores para a Igreja em todo o mundo, rogamos a intercessão do Beato João Paulo II, a quem os Arautos do Evangelho honram com venerável reconhecimento, para que se cumpram inteiramente as profecias de Nossa Senhora em Fátima, especialmente, suas palavras em julho de 1917: “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará”. 3

Salve Maria!


(1) Arautos do Evangelho. Surge um Novo Carisma na Igreja. Edição comemorativa de sua ereção pontifícia. São Paulo: Takano Editora, 2001.
(2) Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Decreto acerca do Culto Litúrgico a conceder em honra do Beato João Paulo II, Papa. Disponível em:
http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/ccdds/documents/rc_con_ccdds_doc_20110402_dec-gpii_po.html
(3) Mons. João Clá Dias. Fátima, Aurora do Terceiro Milênio. Takano Editora Gráfica Ltda, 1998, pág. 22.

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Santa Laura Montoya: Na vanguarda missionária da Igreja

As páginas da Revista Arautos do Evangelho do mês de outubro de 2013 estampam artigo do Arauto Gustavo Ponce Montesinos intitulado Na vanguarda missionária da Igreja. Apresenta a bela história de Santa Laura Montoya, que nasceu e viveu na Colômbia entre o final do século XVIIII e a primeira metade do século XX. Faleceu em 21 de Outubro de 1949, aos 75 anos; é uma das primeiras santas canonizadas pelo Papa Francisco, em 12/05/2013.

De família muito católica e fervorosa, Santa Laura de Montoya está na “vanguarda missionária da Igreja” justamente porque sua vida – inicialmente como professora, formadora e fundadora de uma Ordem Religiosa é repleta de exemplos que podem e devem ser imitados em nossos dias, por todos os jovens que queiram servir a Deus de forma mais perfeita, seguindo o conselho evangélico: “Sede perfeitos como vosso Pai celestial é Perfeito” (Cf. Mt 5,48).

Desde muito cedo foi a pequena Laurita formada por sua piedosa mãe no amor ao próximo, perdoando e ajudando mesmo aqueles que lhe houvessem causado qualquer mal. Perdeu o pai, vítima da guerra civil ainda muito cedo, quando tinha apenas dois anos de idade. Permitiu a Providência Divina que, em toda a sua formação, o seu coração ficasse “vazio de qualquer afeto terreno, para poder, a seu tempo, tomar posse absoluta dele”. (1) Ainda em sua infância, aos 10 anos, teve a graça de conhecer “duas jovens que marcaram profundamente sua vida: ‘Úrsula, a virgem contemplativa, e Dolores, a virgem apóstolo, foram, sem saber, minhas mestras, meus espelhos, os pedagogos de minha vocação” (2).

Professora sedenta de almas

De fato, iniciou sua missão aos 19 anos, quando obteve, em 1893, o diploma de professora de primeiro e segundo grau, ocasião em que pode dar os primeiros lances do que seria o seu fecundo apostolado: “Empenhei-me em fazer de minhas alunas umas amantes loucas de Deus” (3).

Santa Laura Montoya

“Em pouco tempo, suas palavras e exemplos começaram a produzir frutos de conversão e de afervoramento” entre as jovens da sociedade local, que “passaram a comungar com frequência e a defender sua fé com denodo perante parentes ímpios”. (4) Contrariado pelo êxito que a jovem professora obteve, não tardou o demônio em procurar vingar-se. De fato, uma das alunas de Laura, Eva Castro, desistiu do casamento, manifestando aos pais o desejo de seguir a vocação religiosa. Insuflados pelo espírito maligno, os pais da jovem culparam a pobre professora por essa mudança, desencadeando sobre ela uma brutal perseguição, através de calúnias e difamações. Laura foi abandonada por todos, até pelo seu confessor. Finalmente a Providência interveio e a situação pode ser esclarecida. Não foi esta a única perseguição que sofreu, mas, ela sempre conservou inabalável a sua Fé.

O segundo Colégio que abriu obteve um bom sucesso inicial, mas foi também fechado precocemente (decorridos apenas dois anos de funcionamento); desta vez, não pela ação de inimigos da Igreja, mas por um Bispo mal informado. Através dessas cruzes, a Providência ia preparando a alma de Laura para “uma grande vocação: a de ser missionária entre os índios, e mãe de numerosas missionárias”. (5)

Trezentos ou quatrocentos mil filhos perdidos

O zelo apostólico da jovem professora experimentava enorme dor ao “considerar que milhares de indígenas colombianos não tinham contato algum com a Igreja” (6), como se tivesse centenas de milhares de filhos perdidos. O desejo de catequizá-los, mostrar-lhes a Verdadeira Fé e torná-los Filhos de Deus a inflamava constantemente, porém, teve que enfrentar inúmeros obstáculos antes de realizar seu projeto missionário. Afinal, depois de muitas lutas, conseguiu lançar-se à obra, graças a ajuda de Dom Maximiliano Crespo, Bispo de Santa Fé de Antioquia, o qual a apoiou, concedendo-lhe os recursos necessários para que partisse em missão.

Assim, “na formosa manhã de 5 de maio de 1914, partiram as cinco missionárias, entre as quais a mãe de Laura, Dolores Upegui, já com 72 anos, mas não menos entusiasmada nem com menor decisão do que as jovens”. (7)Em seus nobres intentos, enfrentou inúmeras dificuldades, mas, buscou estabelecer uma regra que levasse todas à perfeição. A Providência favoreceu sua serva fiel e assim a atuação de Madre Laura foi marcada, inclusive, por inúmeras curas prodigiosas, as quais fizeram com que os habitantes – a princípio hostis, fossem, aos poucos, deixando-se influenciar pela bondade da Santa. A confiante devoção a Nossa Senhora foi fator decisivo para que Laura obtivesse sucesso, como ela mesma explica: “Minha devoção à Santíssima Virgem era como o remo que movia minha barquinha. […] Maria é o sorriso de minha vida”.

“Os últimos nove anos de sua existência Santa Laura passou-os numa cadeira de rodas, no meio de duras provações. Enquanto isso, a Providência abençoava a expansão de sua obra”. (8) As Missionárias de Maria Imaculada e Santa Catarina de Sena estão hoje presentes em 19 países.

Peçamos a Santa Laura Montoya que nos obtenha o mesmo ardor missionário que ela tanto teve, para buscarmos, não apenas a nossa própria conversão, mas também de nossos irmãos, mesmo batizados, mas que se afastam deliberadamente, cada dia mais, da Igreja de Cristo.

Por João Celso


(1) Gustavo Ponce Montesinos. Na vanguarda missionária da Igreja. Revista Arautos do Evangelho. n. 142, p. 34, Outubro de 2013.
(2) Idem, ibidem.
(3) Idem, p. 35
(4) Idem, p. 35
(5) Idem, p. 35
(6) Idem, ibidem
(7) Idem, p. 36
(8) Idem, p. 37

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Nossa Senhora Aparecida: Mãe de Deus e nossa

Com quanta alegria celebramos neste dia 12 de outubro a Solenidade de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. E tal júbilo não pode deixar de especialmente nestes dias ser expresso por aquele cântico tão conhecido de nós brasileiros, que com fervor entoamos:

Viva Mãe de Deus e nossa,

Sem pecado concebida!

Salve, ó Virgem Imaculada,

Ó  Senhora Aparecida!

Estas palavras tocam-nos fundo em nossos corações.

Que Maravilha podermos chamar Aquela que é Mãe de Deus, nossa Mãe também! E esta Mãe de Deus e nossa, com toda propriedade é exaltada pela Igreja de forma muito expressiva nestes dias de outubro, pois é Ela que nos faz sentir e perceber – aplicando a expressão do Diretório Litúrgico para este mês – como ninguém, “a proximidade amorosa de Deus” (1). Sim, não é outro senão este o papel d’Aquela que é a melhor de todas as mães.

Com efeito, esta intercessão da Mãe de Deus e nossa é apontada com fervor pelo Papa João Paulo II, em sua homilia, por ocasião da Dedicação da Basílica Nacional de Aparecida:

“Viva a Mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida! Viva a Virgem Imaculada, a Senhora Aparecida!” […] Sim, amados irmãos e filhos, Maria, a Mãe de Deus, é modelo para a Igreja, é Mãe para os remidos. Por sua adesão pronta e incondicional à vontade divina que lhe foi revelada, torna-se Mãe do Redentor, com uma participação íntima e toda especial na história da salvação. Pelos méritos de seu Filho, é Imaculada em sua Conceição, concebida sem a mancha original, preservada do pecado e cheia de graça”. (2)

Por tudo quanto Nossa Senhora é no plano da salvação, pela graça de Seu Divino Filho, com confiança a Ela recorremos na certeza de sermos atendidos. Por isto, nos adverte o Papa João Paulo II: “A devoção a Maria é fonte de vida cristã profunda, é fonte de compromisso com Deus e com os irmãos. Permanecei na escola de Maria, escutai a sua voz, segui os seus exemplos. Como ouvimos no Evangelho, ela nos orienta para Jesus: Fazei tudo o que Ele vos disser (Jo 2,5). E, como outrora em Caná da Galileia, encaminha ao Filho as dificuldades dos homens, obtendo dele as graças desejadas. Rezemos com Maria e por Maria: ela é sempre a ´Mãe de Deus e Nossa`.” (3)

Esta escola de Maria, este seguimento de seus exemplos e a devoção a Ela, nesta época tão conturbada – e quem disto tiver alguma dúvida, que se detenha apenas uns cinco minutos a considerar as notícias de mais diversas fontes deste mundo globalizado, ou quiçá, observe ao seu redor – nos chama à integridade e à coerência do amor de Deus e do próximo. Como bem diz nosso Fundador dos Arautos, Mons. João Clá Dias: “Ora, a devoção a Maria Santíssima no que de melhor pode consistir, do que em lhe pedirmos não só amor a Deus e o ódio ao demônio, mas aquela santa inteireza no amor ao bem e no ódio ao mal, em uma palavra aquela santa intransigência, que tanto refulge em sua Imaculada Conceição?” (4)

Que Nossa Senhora Aparecida, Mãe de Deus e nossa, rogue pelo Brasil e por todos nós!

Por Adilson Costa da Costa

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(1) CNBB, Diretório da Liturgia e da organização da Igreja no Brasil, 2013. Brasília: Edições CNBB, 2012, p. 165.
(2) Homilia na Dedicação da Basílica Nacional de Aparecida, do papa João Paulo II. In Liturgia das Horas. Tempo Comum: 18ª – 34ª Semana. v. IV, Editora Vozes – Paulinas – Paulus – Editora Ave Maria, 1999, p. 1369.
(3) Homilia. Idem, p.. 1371.
(4) Monsenhor João Clá Dias. Pequeno Ofício da Imaculada Conceição Comentado.  2ª edição. São Paulo: Ipsis gráfica e editora, 2010, Vol. I, p. 441. Disponível para venda pela internet, através da Livraria Católica: www.lumencatolica.com

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Virgem Maria: a Senhora do Rosário

Em 13 de outubro de 1917, junto à Cova da Iria na cidade de Fátima, Portugal, Nossa Senhora realiza a sexta e última aparição aos três pastorinhos.

Nessa data a Virgem Mãe de Deus faz uma revelação à Irmã Lúcia: “Eu sou a Senhora do Rosário”. E renova o pedido realizado nas aparições anteriores: “Rezem o Terço todos os dias, pela conversão dos pecadores”.

Nos colocamos a imaginar como teria sido esta magnifica experiência dos três pequenos pastores e para os cerca de setenta mil fieis que vieram de todos os lugares de Portugal, em sinal de fé e devoção à Santíssima Virgem.

Procurando difundir cada dia mais a devoção ao Santo Rosário, para que através da oração levemos alegria ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria; e celebrando a Liturgia da Santa Igreja, que consagra o dia 7 de outubro à Festa de Nossa Senhora do Rosário, trazemos aos leitores do Blog um programa onde Mons. João Clá Dias, EP., narra com riqueza de detalhes e imagens os acontecimentos que ocorreram naquela manhã de outono na Cova da Iria.

Acompanhemos as explicações do Fundador dos Arautos clicando aqui.

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