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A festa de todos os Santos

Quantos de nós, especialmente brasileiros, brindados por Deus por um senso religioso tão apurado, temos um carinho e devoção por algum Santo ou Santa “preferido”, ou então, uma particular devoção a Nossa Senhora, sob determinada invocação, como por exemplo, Nossa Senhora Aparecida, ou Nossa Senhora de Fátima, para não mencionar outra tantas centenas de devoções populares!

Todas estas, é claro, porque devoções verdadeiras conduzem-nos ao aumento da adoração Àquele que deve ser o fim de todas as nossas ações: Nosso Senhor Jesus Cristo. Sim, caro leitor, temos sempre alguma devoção que nos toca a alma, nos enche de confiança e incrementa a fé em nosso Salvador.

Esta piedade, sentimos vibrar nos corações de uma forma mais viva, quando celebramos a Solenidade de todos os Santos, incluídos aqui, todos os que estão na posse da visão de Deus, no Céu, sejam eles canonizados ou não. E então, procuramos neste dia, prestar-lhes uma homenagem cheia de fé e amor.

Mas poderíamos perguntar: Tal louvor aos Santos acresce alguma coisa a eles? Que proveito eles tiram desta nossa manifestação piedosa, visto que já estão na felicidade completa e de nada carecem, ao contrário da nossa situação, que buscamos a felicidade possível aqui na terra, com vistas àquela no Céu?

Sim, como responde o Doutor melífluo, São Bernardo, “os santos não precisam de nossas homenagens, nem lhes vale nossa devoção. Se veneramos os Santos, sem dúvida nenhuma, o interesse é nosso, não deles. Eu por mim, confesso, ao recordar-me deles, sinto acender-se em mim um desejo veemente” (1).

Qual é caro leitor este desejo veemente que o Santo vê acender-se nele? É o desejo do Céu. São Bernardo fica animado na consideração e devoção aos Santos, pelo exemplo e o convite que eles nos fazem: exemplo de santidade, de amor de Deus; convite para o Céu, o gozo da glória eterna. É por isto que ele nos incita, com estas palavras: “Os santos desejam-nos e não fazemos caso; os justos esperam-nos e esquivamo-nos” (2).

Como é própria, indispensável e santificante, pela graça de Nosso Senhor, a meditação da Solenidade de todos os Santos e a reflexão a propósito desta admoestação do Santo. Quantos equívocos o mundo de hoje nos sugere: em vez de seguirmos o exemplo daqueles que nos precedem na glória do Céu, nos deixamos arrastar, ou ao menos, nos influenciar pelos “modelos” tão discutíveis apresentados nos mais diversos meios, sejam eles formalmente educacionais ou informais, quantos “santos do mundo” enchem as páginas de jornal ou figuram nas telas da comunicação visual, protagonizando uma existência sem Deus, sem moral, sem religião…

Do alto, eles olham, rogam e nos protegem!

Enfim, não percamos tempo. Elevemos nossos olhos, sobretudo nosso coração, na admiração pelos Santos, canonizados ou não, que tiveram o heroísmo e a alegria de alcançar a glória eterna, no atendimento ao Sermão das Bem-aventuranças ensinadas por Nosso Senhor Jesus Cristo (Mt 5, 1-12a).

Como diz Mons. João Clá Dias, enquanto no Céu não chegamos, pelos méritos de Jesus Cristo, pelas lágrimas de Maria e pela intercessão dos Santos, “podemos nos relacionar com essa plêiade de irmãos celestes, membros do mesmo Corpo, por um canal direto muito mais eficiente do que qualquer meio de comunicação moderno: a oração, o amor a Deus e o amor a eles enquanto unidos a Deus. Tenhamos a certeza de que, do alto, eles nos olham com benevolência, rogam por nós e nos protegem”. (3)

Nossa Senhora, Rainha de todos os Santos, rogai por nós!

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(1) Dos Sermões de São Bernardo, abade. Apressemo-nos ao encontro dos irmãos que nos esperam. In: Liturgia das Horas. 1999: Editora Vozes, Paulinas, Paulus, Editora Ave Maria, v. IV, p. 1421.
(2) Idem, p. 1421.
(3) Mons. João S. Clá Dias, EP. A festa dos irmãos celestes. In: _____. O inédito sobre os Evangelhos. v. VII, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2013, p. 239.

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Convite – Tardes Louvor com Maria em Astorga e Maringá

A Associação Arautos do Evangelho promoverá em Astorga e Maringá, no próximo final de semana, Tardes de Louvor com Maria.

Em Astorga o evento será no sábado, dia 26 de outubro, iniciando-se às 14h 30min com a chegada da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima no Trevo da Integrada, de onde partirá em carreata até a Igreja de Nossa Senhora do Rocio. O programa, com início às 15 horas, constará de uma palestra sobre a importância da devoção a Nossa Senhora dentro do Ano da Fé, seguida de uma apresentação musical do Coro e Banda dos Arautos do Evangelho. Logo após haverá imposição de escapulários de Nossa Senhora do Carmo.

Por volta das 18 h a Imagem será transladada para a Igreja Matriz, Santuário de Nossa Senhora Aparecida, onde, às 19h, será celebrada a Santa Missa, transmitida ao vivo pela TV Antares de Arapongas, no final da qual haverá a solene coroação da Imagem de Nossa Senhora de Fátima. Após a Santa Missa a Imagem percorrerá as ruas da cidade em grandiosa procissão luminosa retornando à Igreja Matriz onde os fiéis permanecerão em vigília diante da Imagem até a manhã do dia seguinte.

No domingo, dia 27, a Imagem Peregrina irá de Astorga para Maringá, chegando às 15 horas na Igreja de Nossa Senhora de Guadalupe, situada na Avenida Carlos Correia Borges, 2005, Jardim Itália, local onde se realizará a Tarde de Louvor com Maria. O programa em Maringá será idêntico ao de Astorga, constando de palestra, apresentação musical e imposição de escapulários de Nossa Senhora do Carmo. Às 19 h será celebrada a Santa Missa com solene coroação da Imagem de Senhora de Fátima, encerrando-se com a solene procissão luminosa pelas ruas do bairro.

Em ambas as cidades sacerdotes estarão à disposição dos fiéis durante todo o evento para o atendimento de confissões.

Os Arautos convidam toda a população católica da região a participar dessas tardes de louvor à Santa Mãe de Deus, um momento de paz e de alegria dentro das preocupações da vida de nossos dias.

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Consagração a Nossa Senhora em Astorga: “Há muito tempo queria comer essa Páscoa convosco!”

No último dia 17 de Outubro, Quinta-feira, Nossa Senhora recebeu em suas mãos virginais mais trinta pessoas como escravos de amor, segundo o método de São Luís Maria Grignion de Montfort. O grandioso santuário dedicado a Nossa Senhora Aparecida – que possui uma das raras réplicas em madeira da imagem original e espaço para 2500 fiéis – foi o cenário ideal para este importante ato de devoção e entrega nas mãos de nossa Mãe do Céu.

Após o cortejo inicial com a Imagem de Nossa Senhora de Fátima, seguiram-se as partes normais da Missa, cantadas e tocadas pelo coro e banda dos Arautos.  O Revmo. Pe. Roberto Takeshi, EP, dirigiu aos consagrados as palavras de estímulo e cheias de unção, nas quais lembrou o dito de Nosso Senhor Jesus Cristo ao iniciar a Santa Ceia com seus amados Apóstolos:  “E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta páscoa” (Lc 22, 15a). Referiu-se o Sacerdote Arauto ao forte desejo e expectativa com que aquele grupo de astorguenses, e também os Arautos, esperavam este momento sublime.

Após a Comunhão e a Ação de Graças, o texto da Consagração, composto por São Luís Maria Grignion de Montfort, foi pronunciado de joelhos diante da Sagrada Imagem de Nossa Senhora de Fátima pelo Sacerdote e pelos fiéis; e com muita Fé e compenetração, assinado por cada um dos consagrados.

 

Se pudermos dizer, tanto os Arautos quanto os consagrados, que há muito tempo esperávamos esta “Páscoa”, ou seja, esta passagem, espiritual, destes fiéis devotos a escravos de amor da Santíssima Virgem, entregando a Ela “tudo o que somos e temos”, como no texto de Consagração – “Entrego-Vos e consagro-Vos, na qualidade de escravo, meu corpo e minha alma, meus bens interiores e exteriores, e até o valor de minhas obras boas passadas, presentes e futuras, deixando-Vos direito pleno e inteiro de dispor de mim e de tudo o que me pertence, sem exceção, a vosso gosto, para a maior glória de Deus, no tempo e na eternidade”. Se assim esperamos nós,  quanto mais esperou este dia nossa bondosíssima e amorosíssima Mãe, para receber, de modo especialmente forte, profundo e íntimo, em suas santas mãos, estes novos escravos de amor a Jesus!

Convidamos a todos que fazem parte da grande família dos Arautos e dos consagrados a Nossa Senhora que nos unamos e oremos uns pelos outros; especialmente por nossos “irmãos caçulas”, recém-consagrados, que estão sendo e serão sempre objeto de um carinho especial da parte de nossa boa mãe.

Que Ela nos abençoe a todos. Salve Maria!

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Nossa Senhora Aparecida: Mãe de Deus e nossa

Com quanta alegria celebramos neste dia 12 de outubro a Solenidade de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. E tal júbilo não pode deixar de especialmente nestes dias ser expresso por aquele cântico tão conhecido de nós brasileiros, que com fervor entoamos:

Viva Mãe de Deus e nossa,

Sem pecado concebida!

Salve, ó Virgem Imaculada,

Ó  Senhora Aparecida!

Estas palavras tocam-nos fundo em nossos corações.

Que Maravilha podermos chamar Aquela que é Mãe de Deus, nossa Mãe também! E esta Mãe de Deus e nossa, com toda propriedade é exaltada pela Igreja de forma muito expressiva nestes dias de outubro, pois é Ela que nos faz sentir e perceber – aplicando a expressão do Diretório Litúrgico para este mês – como ninguém, “a proximidade amorosa de Deus” (1). Sim, não é outro senão este o papel d’Aquela que é a melhor de todas as mães.

Com efeito, esta intercessão da Mãe de Deus e nossa é apontada com fervor pelo Papa João Paulo II, em sua homilia, por ocasião da Dedicação da Basílica Nacional de Aparecida:

“Viva a Mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida! Viva a Virgem Imaculada, a Senhora Aparecida!” […] Sim, amados irmãos e filhos, Maria, a Mãe de Deus, é modelo para a Igreja, é Mãe para os remidos. Por sua adesão pronta e incondicional à vontade divina que lhe foi revelada, torna-se Mãe do Redentor, com uma participação íntima e toda especial na história da salvação. Pelos méritos de seu Filho, é Imaculada em sua Conceição, concebida sem a mancha original, preservada do pecado e cheia de graça”. (2)

Por tudo quanto Nossa Senhora é no plano da salvação, pela graça de Seu Divino Filho, com confiança a Ela recorremos na certeza de sermos atendidos. Por isto, nos adverte o Papa João Paulo II: “A devoção a Maria é fonte de vida cristã profunda, é fonte de compromisso com Deus e com os irmãos. Permanecei na escola de Maria, escutai a sua voz, segui os seus exemplos. Como ouvimos no Evangelho, ela nos orienta para Jesus: Fazei tudo o que Ele vos disser (Jo 2,5). E, como outrora em Caná da Galileia, encaminha ao Filho as dificuldades dos homens, obtendo dele as graças desejadas. Rezemos com Maria e por Maria: ela é sempre a ´Mãe de Deus e Nossa`.” (3)

Esta escola de Maria, este seguimento de seus exemplos e a devoção a Ela, nesta época tão conturbada – e quem disto tiver alguma dúvida, que se detenha apenas uns cinco minutos a considerar as notícias de mais diversas fontes deste mundo globalizado, ou quiçá, observe ao seu redor – nos chama à integridade e à coerência do amor de Deus e do próximo. Como bem diz nosso Fundador dos Arautos, Mons. João Clá Dias: “Ora, a devoção a Maria Santíssima no que de melhor pode consistir, do que em lhe pedirmos não só amor a Deus e o ódio ao demônio, mas aquela santa inteireza no amor ao bem e no ódio ao mal, em uma palavra aquela santa intransigência, que tanto refulge em sua Imaculada Conceição?” (4)

Que Nossa Senhora Aparecida, Mãe de Deus e nossa, rogue pelo Brasil e por todos nós!

Por Adilson Costa da Costa

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(1) CNBB, Diretório da Liturgia e da organização da Igreja no Brasil, 2013. Brasília: Edições CNBB, 2012, p. 165.
(2) Homilia na Dedicação da Basílica Nacional de Aparecida, do papa João Paulo II. In Liturgia das Horas. Tempo Comum: 18ª – 34ª Semana. v. IV, Editora Vozes – Paulinas – Paulus – Editora Ave Maria, 1999, p. 1369.
(3) Homilia. Idem, p.. 1371.
(4) Monsenhor João Clá Dias. Pequeno Ofício da Imaculada Conceição Comentado.  2ª edição. São Paulo: Ipsis gráfica e editora, 2010, Vol. I, p. 441. Disponível para venda pela internet, através da Livraria Católica: www.lumencatolica.com

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Em vossa casa, ó Senhora Aparecida!

Senhora, Rainha e Padroeira do Brasil, como é grande a nossa alegria em poder vos visitar! Que contentamento por estar aqui, em vossa casa, o Santuário Nacional de Aparecida!

Neste mesmo local, ó Mãe, há quase trezentos anos vos dignastes aparecer a três humildes pescadores, os quais, já sem esperança, fizeram uma última tentativa, buscando o alimento de que necessitavam. Muito mais do que peixes, destes a eles a Vossa própria imagem, que milagrosamente acompanha desde então a todos os brasileiros, socorrendo-os em suas dificuldades, angústias e sofrimentos.

De fato, qual brasileiro poderia não se sentir amparado por Vós, Senhora? De todas as partes deste imenso Brasil acorrem os vossos filhos, para pedir e para agradecer.

Também nós queremos vos louvar, ó Mãe, por todos os benefícios que de vós temos recebido, muitas vezes sem qualquer merecimento de nossa parte. Queremos vos agradecer por todas as vezes que viestes em nosso auxílio, socorrendo-nos com a celestial prontidão da melhor de todas as mães.

Hoje viemos visitar-vos, Mãe Santíssima, alegrarmo-nos em vossa presença, a exemplo dos apóstolos e dos santos dos primeiros tempos, que convosco puderam conviver.

Mas, como vós sabeis muito melhor do que nós, ó Mãe, o Tempo é uma criatura que nos limita e nós, seres humanos, sempre temos dificuldade em conviver com ele!

Vós sentistes a tristeza de viver nesta terra de exílio longe de Vosso Filho, aguardando com heroica paciência o momento em que poderíeis estar junto d’Ele no Céu. Por outro lado, ó Senhora! – quando não queremos, o tempo passa vigorosamente e sem que percebamos, foge ele irreparavelmente.

Assim, Senhora, com pesar em nosso coração, vemos chegar a hora da partida. Devemos voltar a nossos lares, a nossos familiares, a nossos deveres pessoais e profissionais.

Deixando atrás de nós a imponente vista do vosso Santuário Nacional, queremos agradecer-vos, ó Mãe, por esta viagem, pela oportunidade de estar convosco por algumas horas. E queremos pedir-vos, Mãe Santíssima, que nos acompanhe na volta para casa, nos guie em nossa vida. Principalmente, suplicamos por este Apostolado do Oratório, que com tanto amor e dedicação é conduzido pelos vossos filhos, Arautos do Evangelho.

Nossa Senhora Aparecida, rogai por nós!

Por João Celso

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Veja o Vídeo da 5ª. Peregrinação Nacional do Apostolado do Oratório!

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