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Frase da Semana – Santa Catarina Labouré

 “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”.

Inscrição na Medalha Milagrosa, revelada a Santa Catarina Labouré, na aparição de Nossa Senhora a 27 de Novembro de 1830.

Uma religiosa extremamente santa, encarregada dos trabalhos mais humildes, que vivia em oração contínua e perseverante e em pleno recolhimento, guardou por toda a vida, em silêncio, os favores que recebera de Maria Santíssima. Somente seis meses antes de sua morte – que ocorreu em 1876, na idade de 71 anos – essa irmã, escondida do mundo e conhecida somente de Deus e de Sua Mãe Santíssima, vivendo e trabalhando em um asilo para idosos em Paris, recebeu do Céu a autorização para revelar à sua Superiora o fato de que era ela a religiosa a quem Nossa Senhora havia aparecido, no longínquo ano de 1830. Durante mais de 46 anos vivera a religiosa em completo silêncio a respeito desses fatos milagrosos. Os caminhos de Deus não se confundem com os caminhos do mundo: Para permitir que a humildade desta grande santa seja exaltada por todos os que têm Fé, hoje é possível contemplar o seu corpo incorrupto na Capela das Aparições, na Rue Du Bac, em Paris, na França.

Nossa Senhora das Graças

Santa Catarina Labouré, religiosa das Filhas da Caridade, cuja festa a Igreja celebra em 28 de Novembro, foi agraciada por duas visitas da Santíssima Virgem, no ano de 1830. Na segunda visita, a 27 de Novembro, recebeu de Maria Santíssima a incumbência de divulgar ao mundo um extraordinário meio de salvação espiritual e material – um imenso favor que concedia Maria Santíssima à humanidade carente de ajuda divina: a Medalha Milagrosa. De fato, desde a cunhagem das primeiras medalhas, no ano de 1832, percebeu-se que ela seria fonte inesgotável de graças e milagres estupendos, os quais continuam até os nossos dias.

A humildade de Santa Catarina mereceu de Deus este favor para todos nós. Com efeito, para comprovar a eficácia e necessidade de recorrermos a este meio tão querido por Nossa Senhora, a Santa Igreja também celebra, a 27 de Novembro, a Festa de Nossa Senhora das Graças.

Sejamos propagadores desta devoção, divulgando a medalha milagrosa a todos aqueles que necessitam das Graças de Deus, as quais nos vem através de Sua Mãe Santíssima.  E peçamos a Santa Catarina Labouré que nos obtenha a virtude da humildade, para desta forma servirmos mais perfeitamente à Deus.

Conheça mais sobre a Medalha Milagrosa (1)e sobre Santa Catarina Labouré, visitando o site dos Arautos do Evangelho. (2)

Salve Maria!


(1) Mons. João S. Clá Dias. A Medalha Milagrosa. História e celestiais promessas. Disponível em: http://www.arautos.org/especial/20941/Nossa-Senhora-das-Gracas-e-a-Medalha-Milagrosa
(2) Irmã Isabel Cristina Lins Brandão Veas, EP. Santa Catarina Labouré: A Santa do silêncio e da confiança. Revista Arautos do Evangelho Dez/2012, n. 132, p. 22 à 25). Disponível em: http://www.arautos.org/artigo/42461/Santa-Catarina-Laboure–A-Santa-do-silencio-e-da-confianca.html

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O reinado de Cristo Rei, na Terra e no Céu

 

Diante do Bem, quantas são as reações dos homens, ao longo da história! Ali está, diante dos príncipes, dos sacerdotes e do povo Aquele que é o Salvador e Redentor do gênero humano, pregado numa cruz. Tem ao seu lado à direita o bom ladrão e à esquerda o mau ladrão. E todos, diante Dele, tomam atitudes e reações diversas, as mais contrárias que se possa imaginar. Confirmam-se também ali, no Calvário, aquelas proféticas palavras do velho Simeão, quando tomou o Menino Jesus nos braços, apresentado por sua Mãe, no templo de Jerusalém: “Ele será um sinal de contradição”. (Lc 2, 34b)

No entanto, este Homem-Deus é verdadeiro Rei. E justamente sua realeza é celebrada solenemente pela Igreja na festa de Cristo Rei, encerrando o Tempo Comum e abrindo as portas para o Advento.

Alguém, na contemplação desta cena da Paixão, descrita por São Lucas (Lc 23, 35-43) na Solenidade de Cristo Rei, poderia questionar: “Mas como será rei quem está exposto a tal humilhação e sofrimento; como conciliar a grandeza da realeza com a loucura da Cruz?”

Entre tantos aspectos a considerar, que nos mostram o quanto Nosso Senhor Jesus Cristo é Rei, consideremos a reação de São Dimas, comentada por Mons. João Clá Dias:

 “Quem discerniu em sua substância a Realeza de Cristo foi o bom ladrão, por se ter deixado penetrar pela graça. Arrependido em extremo, aceitou compungido as penas que lhe eram infligidas, e reconhecendo a Inocência de Jesus no mais fundo do seu coração, proclamou os segredos de sua consciência para defendê-la das blasfêmias de todos: ‘Nem tu temes a Deus, estando no mesmo suplício? Quanto a nós se fez justiça, porque recebemos o castigo que mereciam nossas ações, mas Este não fez nenhum mal’. Eis a verdadeira retidão. Primeiro, humildemente ter dor dos pecados cometidos; em seguida, com resignação abraçar o castigo respectivo; por fim, vencendo o respeito humano, ostentar bem alto a bandeira de Cristo Rei e aí suplicar-lhe: ‘Senhor, lembra-Te de mim, quando entrares no teu Reino!’” [grifo nosso] (1).

Mas, poderíamos nos perguntar: Qual seria essa substância da Realeza de Cristo?

E eis que nos vem a resposta dada pelo próprio Fundador dos Arautos: “[…] o principal de seu governo neste mundo: o Reinado sobrenatural que é realizado, na sua essência, através da graça e da santidade. Nosso Senhor Jesus Cristo, enquanto a  ‘videira verdadeira’, é a causa da vitalidade dos ramos. A seiva que por eles circula, alimentando flores e frutos, tem sua origem n’Aquele Unigênito do Pai (cf. Jo 15, 1-8). Ele é a Luz do Mundo (cf. Jo 1, 9; 3, 19; 8, 12; 9, 5) para auxiliar e dar vida aos que dela quiserem se servir para evitar as trevas eternas” (2).

Em outros termos, quando abrimos nossos corações para graça de Nosso Senhor, pelos rogos de Nossa Senhora, se dá o Reino em nosso interior, alcançamos assim a autêntica felicidade.

Eis aqui o Reinado de Cristo nesta Terra, diferentemente do que Ele exerce junto ao Céu, na eternidade. No entanto, em ambos, Ele é verdadeiramente Cristo Rei: “Foi-me dado todo o poder no Céu e na Terra” (Mt 28, 18).

Peçamos a Nossa Senhora, Rainha dos Corações, que interceda por nós junto a Ele, de maneira que ambos exerçam efetivamente o reinado em nossos corações, aqui e agora, nesta terra, e por toda a eternidade. Assim seja.

Por Adilson Costa da Costa

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(1) Mons. João S. Clá Dias, EP. O inédito sobre os Evangelhos. v. VI, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2012, p.  495
(2) idem, p. 490

 

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Mãe da Divina Graça

Colocai os olhos, caro leitor, por alguns instantes, na foto estampada neste artigo. Considere quanta tranquilidade, paz e harmonia ela nos evoca. Sim, trata-se Daquela que é “formosa como a lua” e “brilhante como sol”. E das mais variadas impressões que Ela nos causa, uma sem dúvida nos embala em suave confiança: sua bondade maternal, sempre acolhedora.

Com efeito, entre os títulos de Nossa Senhora, um especialmente é rico em significados. Rezamos esta invocação frequentemente na Ladainha de Nossa Senhora: Mãe da Divina Graça.

Ela é nossa Mãe, que nos acolhe nas necessidades: “nunca se ouviu dizer que algum daqueles que tenha recorrido a Vossa proteção, implorado vosso socorro, fosse por Vós desamparado” (1). Ora, sobretudo, esta incomparável Mãe, que está pronta a nos atender nas nossas urgências, até mesmo naturais, nos distribui o que há de melhor: a graça de Deus. Tendo a graça de Deus, temos tudo, ainda que nos faltasse o restante.

Como diz o célebre autor francês, Padre Jourdain (2), “Enfim, Maria é a Mãe da divina graça, pelos benefícios da graça que Ela nos obtém de Deus […] Ela vivifica tudo, e a tudo reveste de sua proteção, obtendo aos culpados o perdão; aos enfermos, a saúde, aos fracos, a força; aos aflitos, a consolação; aos que estão em perigo, o socorro e a liberdade”.

Mons. João Clá Dias, EP, na obra “O inédito sobre os Evangelhos”, escreve que devemos invocá-La em todas as tentações e dificuldades, para que chegando ao Céu, rendamos eternas graças aos méritos infinitos de Jesus e às poderosas súplicas de Maria (3).

Assim, tenhamos esta total confiança na Mãe da Divina Graça, “a Mãe de Cristo, que é o autor e a fonte de toda a graça” (4), sempre recorrendo a Ela, seja nas grandes necessidades quanto nas pequenas, e assim seremos inundados das graças de seu divino Filho e de uma paz de alma que nada pode abalar.

Nossa Senhora, Mãe da Divina Graça, rogai por nós!

Por Adilson Costa da Costa

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(1) São Bernardo. Lembrai-Vos. Disponível em: http://www.arautos.org/artigo/118/Lembrai-Vos.html
(2) JOURDAIN, Z. Sommes dês Grandeurs de Marie. Paris: Hippolyte Walzer, 1900. v. III. pp. 64-65, 67-68.
(3) Mons. João S. Clá Dias, EP. O inédito sobre os Evangelhos. v. VI, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2012.
(4) JOURDAIN, Z. Sommes dês Grandeurs de Marie. Paris: Hippolyte Walzer, 1900. v. III. pp. 64-65, 67-68.

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Frase da Semana – Apresentação de Nossa Senhora

“A oferta que Maria de si mesma fez a Deus, foi pronta e sem demora, inteira e sem reserva”.

Santo Afonso Maria de Ligório (1)

No dia 21 de Novembro, a Liturgia celebra a Festa da Apresentação de Nossa Senhora no Templo. Esta Festa remonta aos primeiros séculos da História da Igreja e é celebrada, pelo menos, desde o século VIII. No ano 1585, o Papa Sixto V, tornou a sua celebração universal em toda a Igreja.

Na idade de 3 anos foi a menina Maria apresentada no templo, em Jerusalém, em cumprimento à promessa feita por seus pais, São Joaquim e Santa Ana. Comenta Santo Afonso de Ligório que “uma oferta maior e mais perfeita do que a de Maria, ainda menina de 3 anos, nunca foi e nunca será feita a Deus por uma mera criatura”. (2) Com o pleno uso da razão desde a mais tenra idade, ouviu Maria a voz do Senhor, que já a chamava para dedicar-se inteiramente ao Seu serviço, como que antecipando a frase – Fiat – que diria anos mais tarde: ‘Eis aqui a serva do Senhor” (Lc 1,38).

O que esta Frase da Semana pode servir para nosso exemplo e para nossa inspiração? Dois aspectos principais, conforme ensina Santo Afonso (3):

1) Maria ofereceu-se a Deus sem demora! Quantas vezes, também nós, em nossa vida de católicos somos convidados a servir a Deus de uma forma mais efetiva, mas, buscando nossos próprios interesses, adiamos a nossa entrega indefinidamente.

A Apresentação da Virgem Maria por Titian (1534-38, Galeria dell’Accademia, Veneza)

2) Maria ofereceu-se inteiramente a Deus, seja por seu voto de virgindade, seja pela prática de todas as virtudes, seja pelo oferecimento de todos os seus trabalhos no Templo. Em nossa vida, também nós somos convidados imitar as virtudes de Maria Santíssima e entregarmos nosso coração a Deus, sem reservas!

Salve Maria!


(1) Santo Afonso Maria de Ligório. Glórias de Maria. Aparecida, SP: Santuário. 3ª. ed. 1989, página 272.
(2) Idem, ibidem.
(3) Op.cit., a partir da pág. 272

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Testemunhar e viver a Fé

Um amigo certa vez contou-me um lindo fato a respeito de São Domingos de Sávio, o padroeiro da pureza e discípulo perfeito de São João Bosco. Conforme me recordo, um dia, o Santo menino estava a brincar no horário do recreio no Oratório (casa e local onde o Santo Fundador vivia e reunia os jovens para evangelizar).

Eis que veio um Sacerdote salesiano e perguntou-lhe: “Domingos, se porventura um anjo lhe viesse avisar que daqui a alguns instantes Deus lhe pediria a sua vida, o que você faria neste curto período entre a vida e a morte? O jovem santo respondeu: “Continuaria brincando!”.

Talvez, esta resposta, não a daria qualquer pessoa; não incluo aqui, é claro, nosso caro leitor. E por que não seria esta a resposta? Talvez porque seria normal a angústia face à perspectiva tão próxima da morte. Ou quiçá, a perturbação ao ver-se “evaporarem-se” os apegos e caprichos, ou ainda uma situação mais constrangedora: a consciência poderia acusar alguma falta que cobraria uma boa confissão.

Cristo Rei – Igreja de Santo André – Bayona, França

No entanto, no caso do santo menino, o que notamos? Paz de alma, tranquilidade própria de quem está na amizade com Deus e consciência de que estava fazendo, no momento, aquilo que deveria fazer. É ou não verdade que tal exemplo nos enche de admiração e nos convida à reflexão?

Sim, reflexão que tem muita relação com o Evangelho deste 33° Domingo do Tempo Comum, narrado por São Lucas (21, 5-19), que trata da visão do futuro. Com efeito, conta-nos o evangelista que Jesus anunciou a “algumas pessoas” que não ficaria pedra sobre pedra do Templo de Jerusalém e que tudo seria destruído. “Mas eles perguntaram: ‘Mestre, quando acontecerá isto? E qual vai ser o sinal de que essas coisas estão para acontecer?’”. Nosso Senhor anunciou a eles que viriam guerras, revoluções, grandes terremotos e recomendou-lhes: “Esta será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé” (Lc  21, 13) [grifo nosso].

Eis aqui, entre outras resplandecentes luzes, uma especialmente preciosa que o Evangelho nos traz a respeito do posicionamento e atitude que devemos ter face ao futuro. Sobre isto, nos explicita Mons. João Clá Dia, EP, no seu livro “O inédito sobre os Evangelhos”: “para além das preocupações ou ‘aspectos cronológicos’, há um, incomparavelmente mais importante, que teve o Divino Salvador: a formação moral e espiritual dos seus ouvintes” (1).

Qual a relação, caro leitor, entre o fatinho de São Domingos de Sávio e a recomendação de Jesus?

Nossa Senhora Auxiliadora – Igreja do Sagrado Coração de Jesus – São Paulo, Brasil

Em poucas palavras: seja o que for, aconteça o que acontecer, façamos o que façamos, sempre testemunhemos a nossa fé! E como testemunhar a nossa fé? Praticando os Mandamentos, o amor de Deus e do próximo!

Qual o resultado? Teremos a graça divina e com ela, a tranquilidade de consciência e a paz de alma, a confiança e a fortaleza para nunca nos perturbarmos e triunfarmos diante dos acontecimentos, dolorosos ou gloriosos, individuais ou coletivos, que possam ocorrer em nossas vidas.

Peçamos a Nossa Senhora Auxiliadora que interceda por nós para que testemunhemos e vivamos a Fé, conforme o exemplo perfeitíssimo que Ela nos dá.

Por Adilson Costa da Costa

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(1) Mons. João S. Clá Dias, EP. O inédito sobre os Evangelhos. v. VI, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2012, p. 474.
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