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Quinto Domingo da Quaresma

Resumo dos Comentários de Mons. João Scognamiglio Clá Dias, no Inédito Sobre os Evangelhos.

A lei ou a bondade?

Os evangelhos são o testamento da misericórdia. O anuncio do maior ato de bondade havido em toda obra da criação, unindo substancialmente dois extremos: a Gruta de Belém e o Calvário.

A alegria de Jesus transparece nas doutrinas, conselhos e parábolas. Nenhuma pessoa d’Ele se aproximou em busca de cura, perdão e consolo sem ser atendido. Empenhava-se sobretudo para com os mais necessitados: “Não vim chamar os justos, mas os pecadores.” (Mc 2,17) Read More

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Quarto Domingo da Quaresma

Resumo dos Comentários de Mons. João Scognamiglio Clá Dias, no Inédito Sobre os Evangelhos.

O Filho Pródigo

As reações do pai, quando seu filho decide voltar para casa, não poderiam ser mais comovedoras. Avistou o filho de longe e “correu”, mesmo em idade avançada. Quem vinha? Aquele pobre miserável, vinha dos chiqueiros, estava imundo e mesmo assim o pai o abraçou e o beijou. O filho começa a confessar seus pecados e o pai o interrompe e manda aos servos que tragam as melhores vestimentas, sandálias e anel. Read More

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Terceiro Domingo da Quaresma: Resumo dos Comentários de Mons. João Scognamiglio Clá Dias, no Inédito Sobre os Evangelhos.

Alguns dias antes, nacionalistas judeus foram mortos no templo junto com alguns inocentes que estavam oferecendo sacrifícios. Outros judeus foram contar o fato a Nosso Senhor esperando alguma ação que pudesse ajudar na causa, porém o Divino Mestre tem pretensões muito mais altas. Ele lembra aos ouvintes que todos estão expostos à justiça divina, “acaso são mais pecadores do que outros judeus?” e usou este castigo temporal para alertar sobre as penas eternas. Em seguida conta a parábola da figueira:

A figueira é uma analogia a todos nós que recebendo as graças não correspondemos com o trabalho e não damos os frutos desejados, pois estamos imersos em nossos próprios interesses. Os vinhateiros são o próprio Nosso Senhor, os anjos e os santos que intercedem junto a Deus por nós. Read More

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“Fica conosco”

“Fica conosco”

(Lc 24,29)

Tristonhos, resignados e sem esperança. Talvez fosse esse o estado de espírito dos dois discípulos no caminho para Emaús. Afinal, Jesus estava morto e sepultado. A sua fé ainda não era suficiente para que se animassem a acreditar no testemunho das mulheres, de João e Pedro, que “afirmaram que Jesus está vivo” (Lc 24,23). Assim, preparavam-se esses dois discípulos para voltar à sua vida cotidiana, deixando para trás tudo o que haviam ouvido e visto durante o período em que acompanharam a pregação de Jesus. Retornar à vidinha sem graça, de todos os dias.

No entanto, Jesus, ressuscitado dentre os mortos, tinha outros planos para eles: queria o seu testemunho, diante dos Apóstolos e diante dos cristãos, por toda a eternidade.  No momento em que partem o pão, o Mestre a eles se revela e lhes abre os olhos. Faz com que o seu coração arda e se abrase de amor. A tal ponto que pedem docemente: “Fica conosco!”.

O mesmo pode nos acontecer: Depois de termos vivido a Quaresma e as ricas cerimônias que a Liturgia nos propõe no Tríduo da Páscoa, podemos ser tentados a mergulhar, aos poucos, na vida cotidiana, nos esquecendo de tudo o que vivemos nestes dias, negligenciando em nossos corações a glória que deve representar a Ressurreição de Cristo.  Ele é a Luz que venceu as trevas, triunfou sobre o pecado. Sua vitória acarretou a fundação de uma nova ordem baseada na Fé, e será a causa do advento do Reino de Cristo sobre a Terra. Essa Luz continuará fulgurante por todos os séculos”.(1)

Que a certeza da Ressurreição de Cristo jamais de afaste de nossa vida e, como diz Monsenhor João Clá Dias, “ao contemplarmos com júbilo o triunfo de Jesus Cristo ressuscitado, juntemo-nos à Nossa Senhora, aos Apóstolos, aos Anjos e Santos, com toda a Igreja transbordando de alegria Pascal” (2), implorando a Cristo Ressuscitado: “Fica conosco, Senhor!”.

Salve Maria!

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(1) Arautos do Evangelho. A luz venceu as trevas. Disponível em: http://www.arautos.org/especial/58009/A-Luz-venceu-as-trevas-.html

(2) Idem.

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Filhos da Luz

“Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Vivei como filhos da luz.”

(Ef 5,8)

Durante o Tempo da Quaresma somos especialmente convidados à conversão, à mudança de vida. O versículo da carta de São Paulo aos Efésios que ilustra a Frase da Semana reflete esse convite. Como o cego de nascença, curado por Jesus (Cf. Jo 9,1.6-9.13-17.34-38), nos tornamos, pelo Batismo, filhos da luz e passamos do mundo das trevas do paganismo para o mundo da luz, representada pela Fé cristã.

Na carta aos Efésios, São Paulo vai além: se somos filhos da luz, devemos viver e agir como tal, abandonando e desmascarando “as obras das trevas” (Ef 5,11). Ou seja: somos filhos de Deus e toda a nossa vida deve revelar nossas convicções e nossa Fé, de maneira que Cristo resplandeça em nossas vidas, iluminando também os nossos irmãos.

É claro que levar a vida como filhos da luz exigirá esforço de nossa parte. Para nos ajudar nessa luta, “a Igreja nos proporciona um particular alento para avançarmos com ânimo resoluto na vida espiritual. Às vezes fraquejamos, deixamo-nos arrastar por nossas más inclinações e sentimos periclitar nossa perseverança nas vias da santificação” (1). Mas, “se Deus permitiu que caíssemos numa debilidade, Ele está atento para intervir a qualquer instante e restaurar em nós a vida divina. Com as orações e a mediação maternal de Maria, nos encontraremos purificados para contemplar a luz do Círio Pascal, símbolo também dessa Luz que nos foi dada com a Ressurreição de Cristo e que nos vem através dos Sacramentos”. (2)

Viver como filhos da luz é também um convite para o apostolado, portanto, “esforcemo-nos, pois, em ajudar os outros a recuperar a vista espiritual, porque, assim, poderão contemplar os reflexos da luz divina na criação e ordenar sua vida em função desse luzeiro que é Cristo Jesus e a Santa Igreja Católica Apostólica Romana”(3)

Salve Maria!

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(1) Mons. João S. Clá Dias, EP. A pior cegueira…. In: _____. O inédito sobre os Evangelhos. v. I, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2013, p. 229.

(2) Idem, ibidem.

(3) Idem, ibidem.

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