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Curso de Férias 2018: Singrando os mares em meio à tormenta

Dificuldades, dramas, tormentas, desilusões, tempestades… heroísmo! Eis o resumo dos fatos encenados no segundo dia do Curso de Férias. Abrem-se as cortinas, e os participantes se deparam com uma cena típica em convés de uma caravela: cordas pendem de um mastro à direita, balaustradas de ambos os lados, a cabine do capitão à esquerda, e, por último, um timão.

Grande alegria reina entre os jovens marinheiros que, inebriados pelas novidades da vida no mar, dedicam-se sem dificuldade aos mais diversos afazeres: uns transladam barris pelo convés, outros aprendem seus próprios ofícios e a utilizar os equipamentos necessários da viagem, a luneta, o sextante e a bússola.

Contudo, é nas provações que se revelam quem são as pessoas, e nessa embarcação elas estão apenas para começar. Faz-se a escalação da guarda noturna e Gabriel, o mais jovem, é designado como responsável por uma delas. Apesar de sua dedicação, alguns de seus companheiros desobedecem às suas ordens, fazendo o navio colidir com uma rocha, e se isso não bastasse, culpam-no diante do capitão, o qual, decepcionado com a atitude, é obrigado a retornar à sua cabine por piorar seu estado de saúde.

Mais ainda. Não foi somente essa provação que Gabriel teve de enfrentar. O fato começou a causar divisão entre os marinheiros. Sendo reto, ele se julgava culpado por tal situação. Foi a primeira fissura que dividiria os bons dos maus.

Esse clima de incertezas foi se agravando à medida que aumentavam os desconfortos da viagem. E, além disso, um fator externo veio intensificar as contendas. Alguns inimigos do capitão, confabularam fazer uma incursão no navio para incutir nos tripulantes a desconfiança em relação à missão de libertar a rainha e chegar ao Continente da Promessa.

De fato, que garantia possuíam os marinheiros de que cumpririam sua missão? Era o que pensavam os maus, pois o único penhor da vitória era o coração e a confiança do capitão. Mas, a Providência reservara para esse navio uma forma de confirmação da promessa como ninguém imaginava.

Em uma noite, dois marinheiros têm o mesmo sonho: a Rainha anunciava que ao raiar da aurora, haveria batalha; os inimigos já estavam próximos e preparados para o combate. Não havia mais lugar às dúvidas, era um aviso dado pelos Céus; sobretudo, o maior sinal se demonstrou pela cura do capitão e sua convicção e fé em ambos sonhos.

Todos se preparam. Chega a noite, todos vigiam em estado de alerta, o embate se dará assim que nascer o sol. Dez horas de espera e, por fim, começam a irradiar os primeiros albores sobre uma espessa neblina. Os corações exultam ao mesmo tempo que temem o confronto.

A névoa vai cedendo lugar à manhã; por fim, desponta o sol no horizonte! É chegado o momento! O tambor repica o toque de preparação para o confronto. A sentinela continua olhando pela luneta. Um silêncio sepulcral reina no ambiente, até o momento em que é interrompido pela lapidar pergunta do capitão: “Vigia, o que vês?” As esperanças aumentam, os corações pulsam mais rapidamente. “Nada. Apenas o sol”, é a resposta seca do oficial que já desanima pelo desmentido, sem entender as razões da aparente contradição.

O capitão reza pela fé de seus filhos que já estão passando pela prova no qual “só os santos são heróis”. Reúne-os e afirma: “Vós vencestes hoje a maior batalha de vossas vida: a da confiança!” E para comemorar a vitória ressoam tiros de canhão.

Quão grandes lições foram transmitidas nesse dia. Mas a maior delas é a que em meio aos tormentos que todos os homens passam, é indispensável exercitar a virtude da confiança em Deus, do contrário, a tristeza e os desânimo invadem nossas almas e nos fazem desistir de trilhar os caminhos de Deus.

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