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Revista Arautos em Foco – Agosto 2013

Resenha Mensal

da Revista

Arautos do Evangelho

N. 140

Agosto 2013

Capa: Duas semanas de missão no coração da África

A foto de capa (1) da Revista Arautos do Evangelho de Agosto de 2013 ilustra o trabalho missionário realizado por duas semanas, entre o final do mês de Junho e início do mês de Julho por dois arautos canadenses, Sr. François Boulay e Sr. Joseph Bassi, em Ruanda, em pleno coração da África. “A população dessa antiga colônia belga, majoritariamente católica ainda sofre as sequelas do conflito armado (ocorrido em meados dos anos 90, que levaram à morte quase um milhão de habitantes), mas procura superar as dificuldades do dia a dia, com admirável espírito de Fé, ânimo e galhardia”. Foram dias de intenso trabalho missionário, mas os frutos colhidos compensaram o esforço empreendido e os missionários comoveram-se ao verem as “manifestações de Fé presenciadas nesse país tão sofrido e ao mesmo tempo tão cheio de vida”.

O Editorial – “Quem precisa do médico” – faz referência à “universalidade da ação santificadora de Jesus”, ou seja, Jesus veio para curar a todos, sem distinção de classe social; em suas magníficas parábolas, todos são contemplados: pobres, ricos, nobres e plebeus. “Enfermos de espírito existem em todas as classes e todos os meios”; todos imploram os remédios do divino Médico das almas. “Quem ousaria desprezar os pobres e pequenos, amados por Deus com tanta ternura?” Quem se atreveria a excluir os ricos e condená-los como maus, se também a eles foi oferecido o carinho divino?

Voz do Papa traz excertos da Audiência Geral do Santo Padre de 12/06/2013 e do discurso preparado para os representantes das escolas dos jesuítas na Itália e Albânia, proferido em 07/06. Na Audiência geral o Papa Francisco lembra que Deus nos convoca a fazer parte do seu povo. E que missão tem esse povo? A de levar ao mundo a esperança e a salvação de Deus; ser sinal do amor de Deus que chama todos à amizade com Ele: “Ser Igreja quer dizer ser o fermento de Deus nesta nossa humanidade; significa anunciar e levar a salvação de Deus a este nosso mundo”, que muitas vezes se sente perdido, necessitado de respostas que animem, que infundam esperança e que deem um vigor renovado no caminho”.

No Comentário ao Evangelho ao XVIII Domingo do Tempo Comum, Monsenhor João Clá Dias, Fundador dos Arautos, lembra que “diante dos prazeres, até legítimos, que a vida nesta Terra pode oferecer, facilmente o homem se esquece da eternidade para a qual foi criado”. Lembra Mons. João Clá que é grande a tentação de acumular bens, “apesar de eles nos afastarem de Deus e da eternidade, podendo fazer com que nos esqueçamos que a nossa vida nesta Terra é muito breve: “Nossa atenção não pode fixar-se só neste mundo e esquecer o outro”.

Artigo do Arauto Millon Barros de Almeida reflete, a partir do estudo das cartas de São Paulo, de teólogos e do Concílio Vaticano II, sobre a beleza da Comunhão dos Santos, um dos artigos do Credo: “No maravilho universo da Comunhão dos Santos, o mais insignificante de nossos atos, realizado na caridade, reverte em proveito de todos os fiéis; e todo pecado pesa negativamente nessa comunhão”.

Arautos no Brasil destaca a atuação dos jovens dos Arautos do Evangelho em variadas situações por todo o Brasil: Maceió (AL), Maringá (PR), Joinville (SC) e no Estado do Rio de Janeiro, onde foram realizadas, em três cidades, algumas edições das Tardes com Maria, que visam promover um aumento da Devoção à Mãe de Deus, através do Apostolado do Oratório.

A seção Arautos no Mundo aborda a participação dos Arautos nas procissões de Corpus Christi em Roma e em Veneza, na Itália. Também no Brasil os Arautos se fizeram presentes em várias procissões. No México missionários arautos conduziram a Imagem Peregrina do Imaculado Coração de Maria a numerosas instituições de ensino do Distrito Federal.

Neste número do mês de Agosto/13, a partir da página 32 é narrada, pela Irmã Juliane Campos, EP, a linda história de São João Berchmans, nascido na Bélgica no último ano do século XVI. Passou com admirável serenidade por tudo quanto se pode chamar de decepções humanas; não teve tempo de ser missionário, nem foi o grande teólogo almejado. Mas realizou plenamente seu ideal sobrenatural: ser um grande santo. Foi ao Céu com apenas 22 anos.

Queremos histórias de tia Lucilia…” (p. 36) Os contos maravilhosos são indispensáveis para apurar o senso artístico das crianças, elevar seu espírito, aguçar-lhes a perspicácia e estimular-lhes sadiamente a imaginação. Dona Lucilia sabia narrá-los com tato e bom gosto notáveis.

Ainda muitas outras seções, notícias e matérias na Revista Arautos do Evangelho n. 140, de Agosto: notícias da Igreja no mundo, os santos de cada dia; a palavra dos Pastores, onde Dom Braulio Rodríguez Plaza, arcebispo de Toledo, Espanha, explica o que Tradição e comunhão eclesial; História para crianças… ou adultos cheios de Fé? e outros artigos e seções, muito bem ilustrados e riquíssimos de conteúdo doutrinário.

Por isso, querido leitor, você é convidado a ler a Revista Arautos do Evangelho em sua totalidade!

Faça a sua assinatura, contatando a Sede Regional dos Arautos, em Maringá, através do telefone (44) 3028-6596, ou através deste BLOG e daremos as informações detalhadas. Leia a Revista em seus momentos de descanso, de reflexão, de estudo. Esta é uma excelente maneira de falar de Deus em família!

Salve Maria! Até o próximo mês.

 Por João Celso

A Revista Arautos do Evangelho nasceu em 2002, um ano após os Arautos receberem do Papa a aprovação Pontifícia.

Com o intuito de levar aos lares do mundo inteiro a Palavra de Deus, as principais notícias da Igreja e um conteúdo completo baseado nos ensinamentos da Santa Sé, a Revista Arautos traz em suas páginas artigos para todas as idades e visa, sobretudo, a formação católica da família.

A Revista Arautos é instrumento de evangelização e expressa o carisma dos Arautos do Evangelho”.

 (www.revistacatolica.com.br)


(1) Matéria completa, a partir da página 24 do referido número da Revista.

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Quem foi rei, nunca perde a majestade!

       “O senhorr veio falarr com Dom Jaime… é dos Arrautos! Ele vai atenderr, pode sentarr…”
     Era a postura protocolar invariável da Irmã Maria, com seu sotaque alemão, sempre que a gente ia falar com venerável primeiro bispo-arcebispo de Maringá, Dom Jaime Luiz Coelho, em sua “residencia- palacial”. Essa expressão eu “furtei” do saudoso amigo, padre Thelmo Favoretto.
       Na verdade, Dom Jaime era cerimonioso, um fidalgo! Não tinha sangue nobre, mas o ambiente familiar, a educação, a formação eclesial de antanho o marcaram para toda a vida. Assim, mesmo alquebrado pela idade, era uma figura digna de um príncipe da Igreja Católica. 
     Durante uma longa e agradável conversa (Dom Jaime era muito bom “coseur”, como dizem os franceses), começou ele a relatar suas origens, seu ambiente familiar, as atividades na região francana, no Interior paulista.
    Fiquei admirado como dali nasceu uma pessoa com tanta educação, “convenance”, capacidade diplomática, elevação cultural. Quem conheceu os primórdios de Maringá, na década de 40, sabe bem o que era o primitivismo de então. Imagine o que podia ser a sua terra pelos idos de 1920/30… Aqui entra o papel do ambiente: as famílias tinham paradigmas, tinham referências por onde, mesmo naquele sertão,  brotava um jovem afidalgado e culto como nosso arcebispo. Bons tempos aqueles em que o almoço ou jantar não eram dominados pela malvada “rainha” TV! Ainda prevalecia a luz de vela ou do lampião… e o calor dos pais e irmãos!
      O que herdou do ambiente de infância foi requintado ao tomar o caminho do sacerdócio, quando os seminários formavam varões aptos a enfrentar as hostilidades do laicismo e do positivismo difundidos desde a  República Velha. 
      Bastante moço ainda, foi acertadamente designado bispo de Maringá. Anos depois, recusou ele promoções que o distanciariam desta terra abençoada, onde quis viver e morrer. Não que lhe faltassem talentos… ele os tinha abundantes.
     Mais que pela riqueza de suas palavras, impunha-se pela dignidade da presença e nobreza dos gestos. Sabia ser forte sem ser bruto. Um diplomata a serviço da Igreja.
     Uma vez arcebispo resignatário, Dom Jaime, embora sempre influente, manteve-se mais numa postura de um eremita. A todos recebia em sua casa e tinha um trato muito paternal, sem perder a nota de fidalguia. “Vaidade!” Eu não diria. Prefiro chamar de “dignidade”! Era um monumento!
       Tinha grande estima pelos pequenos. Assim é que quando os adolescentes dos Arautos de Maringá iam fazer-lhe alguma apresentação musical,  ele se desdobrava em atenções para com todos, interessado em saber de quem eram filhos até descobrir algum cujos pais lhe eram conhecidos.  De memória privilegiada, narrava-lhes episódios da infância, ou dos tempos em que o “Fim da Picada” era o fim da cidade de Maringá mesmo!
      Sobre a educação que dona Guilhermina, sua estimada mãe, dera aos 10 filhos, explicava que cada um tinha uma função, sendo ele o encarregado de manter a sala de visitas bem varrida e em ordem, pois de uma hora para outra chegava um visitante, e não havia telefone para avisar… Tocava a uma das irmãs preparar um lanchinho regado com chá de erva cidreira, o mais “ecumênico” dos chás. “Papai nos ensinou que trabalhar não faz mal para menino nenhum. Então, sejam trabalhadores junto com os Arautos” – arrematava ele. 
       Nunca a prosa em sua residência episcopal terminava sem um giro pelo jardim (que apresentava como se fosse Versalhes). Apoiava-se no braço de um ou dois jovens e íamos todos ouvindo suas explicações, no que se sentia mais o encanto de suas narrativas que o perfumes das plantas. Já tendo servido as famosas “coxinhas da asa”, faltava só o licor, do qual seu bom gosto era bem devoto: receita para quem deseja vida longa como nosso velho eremita!
       Muita coisa ainda teria, se não fosse abusar da paciência dos internautas que nos visitam. Só mais uma!
      Era bonito ver Dom Jaime chegar à Catedral para celebrar a “Missa do Galo”, à meia-noite. Sempre de batina filetada, faixa e solidéu, entrava pela porta principal. Desembarcava, depois que um gentil diocesano lhe abria a porta, cumprimentava os circunstantes e dava uma olhada  nos entornos, como quem contempla um quadro impressionista que lhe trazia à memória décadas passadas, em que o pastor era ovacionado pelo rebanho. E se dirigia para o templo por ele construído, cumprimentando com o olhar a quantos lhe formavam alas.
       Quem foi rei, nunca perde a majestade! Agora, o Rei dos reis o chamou…
       
       Por Vasco de Sá Guimarães

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Revista Arautos em foco…

A Revista Arautos do Evangelho nasceu em 2002, um ano após os Arautos receberem do Papa a aprovação Pontifícia.

Com o intuito de levar aos lares do mundo inteiro a Palavra de Deus, as principais notícias da Igreja e um conteúdo completo baseado nos ensinamentos da Santa Sé, a Revista Arautos traz em suas páginas artigos para todas as idades e visa, sobretudo, a formação católica da família.

“A Revista Arautos é instrumento de evangelização e expressa o carisma dos Arautos do Evangelho”.

(www.revistacatolica.com.br)

1 MILHÃO DE LEITORES EM TODO O MUNDO!

Resenha Mensal

da Revista

Arautos do Evangelho

 N. 139

Julho 2013

Capa: Entrega de agasalhos e cobertores na Casa Generalícia da Sociedade de Vida Apostólica Regina Virginum.

A foto de capa (1) da Revista Arautos do Evangelho de Julho de 2013 faz referência ao trabalho realizado pela Sociedade de Vida Apostólica Regina Virginum (nascida do ramo feminino dos Arautos do Evangelho) na região da Serra da Cantareira, nas áreas circunvizinhas à sua Casa Generalícia. Essa região é habitada por numerosas famílias, as quais se sentem necessitadas de assistência material e espiritual.

Atendendo ao apelo do Concílio Vaticano II que, em um de seus principais documentos, convida os “filhos da Igreja a serem solícitos às necessidades de nossa sociedade”, as irmãs de Regina Virginum “procuram proporcionar aos carentes uma educação de base e favorecer a inserção social de crianças e jovens, com vistas a promover a formação integradora”. Particularmente, no dia 09 de junho p.p., as irmãs realizaram uma tarde de acolhida aos moradores, ato ao qual compareceram mais de 600 pessoas, provenientes das mais diversas comunidades. “Nessa ocasião foram distribuídas mais de 3 mil peças, entre agasalhos e cobertores, de acordo com a necessidade de cada família”. Não faltou também o tão necessário apoio espiritual e o ato “foi marcado pela solene cerimônia de coroação da imagem Peregrina de Nossa Senhora. Após consagrarem-se ao Imaculado Coração de Maria, os participantes foram apresentar-Lhe seus pedidos e intenções, saindo comovidos pelas bênçãos que, em muitos casos, era a ajuda de que mais precisavam”.

Referindo-se, ainda, à matéria de capa, o Editorial destaca o papel da Caridade Cristã na vida da ce da Sociedade contemporânea. Esta virtude brota, sobretudo, do Amor de Deus e constitui “Regra perfeita de uma sociedade verdadeiramente conforme ao Evangelho, na qual os ricos, sem terem de renunciar à sua riqueza, são irmanados em Cristo com os pobres; e estes, mesmo não se enriquecendo, veem naqueles a mão dadivosa de Deus”.

A Voz do Papa traz excertos da homilia pronunciada pelo Papa Francisco na Solenidade de Pentecostes e também do discurso na Audiência Geral do dia 22 de Maio. Na homilia de Pentecostes, à luz do texto de Atos (2,1-11), o Papa reflete sobre a necessidade de nos deixarmos guiar pelo Espírito Santo, destacando Sua ação em três palavras: novidade, harmonia e missão. Destaca o Santo Padre que devemos estar sempre abertos às novidades e “surpresas de Deus” em nossas vidas. Em seu discurso na Audiência Geral do dia 22 de Maio, o Papa Francisco lembra que “uma Igreja que evangeliza, deve começar sempre a partir da oração, do pedir, como os Apóstolos no Cenáculo, o fogo do Espírito Santo”. Destaca ainda que “evangelizar, anunciar Jesus, nos dá alegria; ao contrário, o egoísmo dá-nos amargura, tristeza, desânimo; evangelizar anima-nos”.

O Comentário ao Evangelho deste mês traz as profundas considerações de Monsenhor João Clá Dias, Fundador dos Arautos, sobre o Evangelho de Lucas, Capítulo 10, versículos 1 a 12 e 17 a 20, que a Liturgia apresenta para meditação no XIV Domingo do Tempo Comum e que aborda o envio dos discípulos para a Missão. “Válidas para todas as épocas históricas, as normas dadas pelo Divino Mestre aos setenta e dois discípulos delineiam o perfil de um autêntico evangelizador e constituem precioso guia para conduzir os homens à verdadeira felicidade. Estando no meio do mundo, em Missão, o evangelizador deve cercar-se de cuidados, pois, lembra Mons. João Clá que “a falta de vigilância no convívio com pessoas cuja vida não está pautada pela boa doutrina pode levar ao esmorecimento das convicções religiosas” do evangelizador. Todos devemos estar empenhados na Missão e “hoje o Salvador nos convoca a transmitir a todos os homens a alegria de glorificar a Deus, trabalhando para que a vontade d’Ele seja efetiva na Terra assim como o é no Céu”, conclui Mons. João Clá.

O Arauto César Manuel Escobar Castro teve a feliz iniciativa de entrevistar, para este número 139 da Revista, o Frei Efrém Jindrácek, dominicano nascido em Praga, na República Tcheca em 1975 e que esteve recentemente ministrando no Seminário dos Arautos do Evangelho curso de uma semana, abordando o tratado De ente et essentia, de Santo Tomás de Aquino. Frei Efrém é Doutor em Teologia pela Angelicum de Roma e tem uma história de vida muito interessante, pois nasceu “no seio de uma família não católica, recebeu o Batismo aos 14 anos. Surgiram quase ao mesmo tempo em sua alma a decisão de ser batizado e a ideia de consagrar a vida a Deus”. Os frutos da visita de Frei Efrém foram muito salutares!

A seção Arautos no Mundo  aborda diversas atividades de apostolado desenvolvidas pelos Arautos em países,de vários continentes: Moçambique (África), Itália e Espanha (Europa), Paraguai e Peru (América Latina). Recebem destaque também as diversas comemorações havidas pela passagem do 96º ano das aparições de Nossa Senhora em Fátima, Portugal e que se realizaram no México, Costa Rica, Colômbia, Peru, El Salvador, Argentina, Moçambique, Itália, Estados Unidos, República Dominicana, Nicarágua, Uruguai, Chile e Guatemala. No Brasil também, em inúmeras cidades, celebrou-se o aniversário das aparições de Nossa Senhora em Fátima. Puderam os Arautos constatar nessas celebrações, em união com as igrejas locais, a imensidade de graças que são derramadas por Maria Santíssima quando realizadas festividades em Sua honra.

A história de São Boaventura de Bagnoregio,“um dos mais eminentes membros da Ordem dos Frades Menores” (franciscanos), ilustra esta edição da Revista Arautos: “De rara inteligência e sabedoria, na fidelidade ao carisma de São Francisco, contribuiu para a expansão de sua Ordem, foi conselheiro de Papa e luminar da Santa Igreja”. São Boaventura soube admirar e seguir o seu Fundador e “o amou com aquela ‘forma de enlevo pela qual a pessoa quer dar-se inteiramente e não conservar nada para si’”. Grande e admirado Doutor, Superior da Ordem dos Frades Menores, soube conservar, ao mesmo tempo, a simplicidade da vida monacal: “São Boaventura nunca tirou os olhos do seu pai espiritual: São Francisco de Assis. Pelo contrário, seu zelo em seguir as pegadas do Poverello e a fidelidade a seu carisma fizeram com que a Ordem dos Frades Menores se mantivesse íntegra e unida. E, assim, ele passou para a História como seu segundo Fundador”.

Em artigo intitulado Pobreza e elevação de espírito, a Irmã Angela Maria Tomé, EP descreve a correspondência de Santa Clara de Assis à sua discípula Santa Inês. Esta, “uma jovem de sangue real, filha do Rei da Boêmia, havia decidido abandonar as riquezas e comodidades próprias de sua categoria e tomar o hábito entre as filhas de Santa Clara”. Nessa correspondência, fica evidenciado o quanto pode ser sublime e elevado o relacionamento humano: “A leitura dessas cartas enche-nos de consolação e leva-nos a desejar uma convivência semelhante entre todos os nossos irmãos na Fé”.

História para crianças… ou adultos cheios de Fé? do mês de Julho narra a história de um filho que se rebela com os próprios pais, renegando os seus ensinamentos. Esta narrativa acontece no Japão, mas, poderia ocorrer em qualquer lar, em qualquer país do mundo. Somente a misericórdia da mãe poderá salvar o rebelde Fumiko… e uma luta entre o bem o mal se trava em sua alma.

Artigo encantador, ricamente ilustrado, intitulado  Até o deserto floresce, aborda a confiança que devemos ter no Criador: “Se a alma confiar em Deus” – principalmente nos momentos de dificuldade espiritual – “as areias se transformarão em formosas flores. E quanto mais longa tiver sido a aridez, tanto maior será a fecundidade”.

Ainda muitas outras seções, notícias e matérias na Revista Arautos do Evangelho n. 139, de Julho: notícias da Igreja no mundo, os santos de cada dia; a narração das festividades de Corpus Christi em Roma, no mundo e no Brasil, as quais, por brevidade, não é possível resumir. Por isso você é convidado a ler, saborear a Revista Arautos do Evangelho em sua totalidade!

Faça sua assinatura, contatando a Sede Regional dos Arautos em Maringá, através do telefone (44) 3028-6596, ou através deste BLOG e daremos as informações detalhadas. Leia a Revista em seus momentos de descanso, reflexão e estudo. Esta é uma excelente maneira de falar de Deus em família!

Salve Maria! Até o próximo mês.

 João Celso


(1) Matéria completa, a partir da página 22 do referido número da Revista.

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Livros…Imperdíveis! A Oração, Santo Afonso de Ligório

 

 Título:         A Oração: o grande meio par alcançarmos de Deus a salvação e todas as graças que desejamos.

Autor:         Santo Afonso Maria de Ligório

                    Traduzido do original pelo Pe. Henrique Barros, C.Ss.R.

Editora:      Santuário, Aparecida, SP. 4ª ed., 1992.

             Santo Afonso Maria de Ligório (1696-1787) é um dos grandes Doutores da Igreja. Sua incansável dedicação manifesta-se em uma centena de obras, de cunho teológico e espiritual, escritas ao longo de sua longa vida. Foi Bispo e Fundador de uma grande Congregação Religiosa, os Redentoristas. (1)

Santo Afonso Maria de Ligório – Paróquia São Pedro Apóstolo – Montreal, Canadá

           Mas, além de ser um homem de estudos e de ação, destacou-se também pela oração, atividade a qual dedicava várias horas de seu dia. Por causa disso, a sua grande obra, segundo as palavras do próprio Santo é este tratado sobre a Oração: “Publiquei várias obras espirituais. Penso, entretanto, não ter escrito obra mais útil do que esta, na qual trato da oração, porque a oração é o meio necessário e certo de alcançarmos todas as graças necessárias para a salvação. Se me fosse possível, faria imprimir tantos exemplares deste livro quantos são os fiéis de todo o mundo. Daria um exemplar a cada um, a fim de que todos pudessem compreender a necessidade que temos de orar”. (2)

Por que este livro é Imperdível?

         O mais importante e urgente negócio que devemos buscar na vida é a salvação da nossa alma! Nos Evangelhos, em várias ocasiões, Nosso Senhor Jesus Cristo insiste nessa Verdade, quando nos ensina: “Buscai primeiro o Reino dos Céus e a sua Justiça” (Mt 6,33); “Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? (Mc 8,36). Mas, muitos poderiam se perguntar: qual é o caminho que devemos seguir para alcançar a Vida Eterna? Nosso Senhor, novamente, dá uma resposta inequívoca: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6). Para trilhar esse caminho, a oração nos é necessária. Ela é tão necessária que Santo Afonso ousadamente afirma: “Quem reza se salva. Quem não reza certamente se condena”. (3) Só mesmo um santo, inflamado de zelo pela nossa salvação poderia formular esta frase com afirmação tão conclusiva e contundente.

      Com muita tristeza vemos hoje – mesmo entre os católicos – que muitas pessoas, envoltas em ocupações do dia-a-dia simplesmente não rezam; ou, rezam muito pouco, muitas vezes cuidando de inúmeras coisas, mas negligenciando o seu principal “negócio”: a santificação.

        Portanto, neste livro, Santo Afonso vem ensinar sobre a importância de nos apegarmos com todas as nossas forças a esta ferramenta indispensável, principalmente nas horas de dificuldade, de sofrimentos, de provação: a oração. É urgente que as pessoas que ainda não conhecem, procurem inteirar-se deste livro e dos remédios nele apontados pelo santo, cujo zelo pela nossa salvação já fica demonstrado logo nas primeiras páginas. Sendo o grande Doutor que é, no entanto, o santo se dirige a nós mais como um diretor espiritual, empenhado em nos convencer do valor da oração.

         Santo Afonso divide este tratado sobre a Oração em três partes principais:

       Necessidade da Oração, O valor da Oração e As condições da oração. Em uma inflamada Conclusão, o autor reforça os propósitos da obra, para que todos possam utilizar desse meio infalível de obter de Deus a salvação, insistindo na necessidade absoluta da oração para se obter a salvação eterna.

1) Necessidade da Oração

             Comenta Santo Afonso:

           “Nas Sagradas Escrituras são muito claros os textos que nos mostram a necessidade de rezar, se quisermos alcançar a salvação. ‘É preciso rezar sempre e nunca descuidar’ (Lc 18,1). ‘Vigiai e orai para não cairdes em tentação’ (Mt 25,41). ‘Pedi e dar-se-vos-á’ (Mt 7,7). Segundo a doutrina comum dos teólogos, as referidas palavras: ‘É preciso rezar, orar, pedir’, significam e impõem um preceito e uma obrigação, um mandamento formal. (…) sem pecar contra a fé, não se pode negar a necessidade da oração aos adultos, mormente quando se trata de conseguir a salvação. Pois, como consta nos Livros santos, a oração é o único meio para conseguirmos os auxílios necessários à salvação”. (4)

             Em seguida, explica o santo a razão dessa necessidade:

Santo Agostinho – Catedral de Notre Dame de Victoires – Paris, Francia

          “Sem o socorro da graça, nada de bom podemos fazer: ‘Sem Mim nada podeis fazer’ (Jo 15,5). Nota Santo Agostinho sobre essas palavras que Jesus Cristo não disse: ‘nada podeis cumprir’, mas ‘nada podeis fazer’. Com isso, quis Nosso Senhor dar-nos a entender que sem a graça nem mesmo podemos começar a fazer o bem: ‘Não somos capazes de por nós mesmos ter algum pensamento, mas toda a nossa força vem de Deus’ (2 Cor 3,5). (5)

            E conclui:

           “Se é certo que, sem o socorro da graça, nada podemos, e se esse socorro é concedido por Deus unicamente aos que rezam, segue-se que a oração nos é absolutamente necessária para a salvação”. (6)

          Em toda esta primeira parte, Santo Afonso discorre sobre a necessidade da oração, abordando também a oração através da intercessão dos santos e de Nossa Senhora, aproveitando para expor com clareza a bela doutrina sobre as almas do purgatório.

 2) O valor da oração

Paróquia de S. Sulpice – Fougeres, França

            Nesta segunda parte, Santo Afonso explica sobre o valor das nossas orações diante de Deus. Muitas vezes, somos tentados a pensar que elas não valem muita coisa… mas, é exatamente o contrário, como explica o santo. Para deixar muito claro esse valor, Santo Afonso cita inúmeros textos do Antigo e do Novo Testamento, principalmente as palavras de Nosso Senhor atestando o valor de nossas orações: “Pedi e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á(Mt 7,7). “Vosso Pai que está nos céus dará bens aos que lhe pedirem” (Mt 7,11). “Todo aquele que pede, recebe; todo o que busca, acha” (Lc 11,10). “Qualquer coisa que pedirem ser-lhes-á concedida por meu Pai que está nos céus” (Mt 18,19). “Tudo o que pedirdes orando, crede que haveis de receber e que assim vos sucederá” (Mc 11,24).  “Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu vos farei” (Jo, 14,14). “Pedi tudo o que quiserdes e vos será concedido” (Jo 15,7). “Em verdade eu vos digo: se pedirdes ao meu Pai alguma coisa em meu nome, Ele vo-la dará” (Jo 16,23). O Divino Mestre manifesta o Seu desejo de receber e atender às nossas súplicas.

              Devemos, portanto, rezar com confiança e certos de sermos atendidos!

 3) As condições da oração

        Citando o Apóstolo São Tiago, a partir da página 57, Santo Afonso comenta que “muitos pedem e não recebem, por que pedem mal” (7). Passa, então, a explicar, a partir de Santo Tomás de Aquino e outros santos e doutores, quais são as 4 condições para que a nossa oração seja atendida:

            1) Rezar por nós mesmos e pelo nosso próximo.

            2) Pedir coisas necessárias à salvação;

            3) Pedir com devoção;

            4) Pedir com perseverança.

          Em nossas orações, deve haver precedência aos pedidos relacionados à nossa vida espiritual e à salvação, pois isto é o mais importante. Por que, às vezes, os nossos pedidos relacionados às coisas materiais não são atendidos? Explica Santo Afonso:

           “Às vezes, pedimos algumas graças temporais e Deus não nos atende; mas não nos atende porque nos ama, diz o mesmo Doutor, e quer usar de misericórdia para conosco: ‘Quem pede a Deus humilde e confiadamente coisas necessárias para esta vida, ora é ouvido por misericórdia e ora não é atendido por misericórdia; pois, do que o doente tem necessidade, melhor sabe o médico do que o doente’. O médico que se interessa pelo doente nunca permitirá coisas que lhe possam fazer mal Quantos, se fossem pobres ou doentes, não cometeriam os pecados que cometem sendo ricos e sadios! Por isso o Senhor nega a alguns, que lhe pedem a saúde do corpo ou os bens da fortuna, porque os ama, vendo que isso lhes seria ocasião de perderem a sua graça, ou ao menos de se entibiarem na vida espiritual.” (8)

         Finalmente, as duas outras condições da oração, sobre as quais o santo discorre longamente: devoção e perseverança. Rezar com devoção quer dizer, com humildade e confiança; com perseverança, quer dizer, sem deixar de rezar até a morte”. (9)

            Ao final do livro, Santo Afonso apresenta ainda um Programa de Vida, ou Regras de Vida Cristã, cujo conteúdo é muito útil à nossa vida espiritual.

           Não é o intuito deste texto apresentar um resumo completo do livro de Santo Afonso, nosso Livro Imperdível deste mês. Isto exigiria um espaço do qual não dispomos. O objetivo principal é fazer com que nosso leitor tenha um primeiro contato com esta obra magnífica e que desperte o desejo de conhecê-la mais a fundo, saboreando-a por inteiro. O livro da Oração nos apresenta um convite, um chamado para que sejamos cristãos mais orantes, mais confiantes em Deus, o qual quer a nossa Salvação Eterna.

         Em recente homilia na Capela da Casa Santa Marta, o Papa Francisco ressaltou que devemos rezar com coragem e insistência diante de Deus: “Quem quer uma graça do Senhor, deve pedir com coragem e fazer o que fez Abraão.

Nossa Senhora de Paris

O próprio Jesus nos ensina isso, quando elogia a mulher sírio-fenícia que, insistentemente, pede a cura para sua filha. Pedir com insistência, mesmo que seja cansativo, é a atitude da oração.” (10)

        Peçamos, portanto, a Maria Santíssima, que sempre inspirou Santo Afonso em seus escritos e por quem ele sempre teve uma Verdadeira Devoção, que sejamos católicos de oração, em todos os momentos de nossa vida, nas grandes e nas pequenas batalhas que tenhamos que enfrentar.

Salve Maria!

João Celso


(1) Conheça a biografia completa de Santo Afonso de Ligório lendo o excelente artigo da Irmã Juliane Vasconcelos Almeida Campos, EP., na Revista Arautos do Evangelho. n. 128, p. 32-35,  Agosto/2012.Disponível em: http://www.arautos.org/artigo/39899/Santo-Afonso-Maria-de-Ligorio–Seguindo-os-passos-do-Santissimo-Redentor

(2)Santo Afonso Maria de Ligório. A Oração: o grande meio par alcançarmos de Deus a salvação e todas as graças que desejamos. 4ª ed. Trad. Pe. Henrique Barros, C.Ss.R., Aparecida, SP: Santuário, 1992, p. 11.

(3) Idem, p. 42

(4) Idem, p. 17

(5) Idem, p. 18

(6)Idem, p. 19

(7)Idem, p. 57

(8) Idem, p. 61

(9) Idem, p. 63

(10) A oração deve ser corajosa, recomenda o Papa Francisco. Agência de Notícias Gaudium Press. Disponível em: http://www.gaudiumpress.org/content/48186

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Livros Imperdíveis

Nova seção no blog dos Arautos do Evangelho de Maringá!

A partir deste próximo mês de Julho, o Blog dos Arautos de Maringá apresenta a seus leitores uma nova seção: Livros Imperdíveis.

Esta seção trará todo mês um livro em destaque: será uma obra de um Santo ou de algum outro escritor católico de destaque. Apresentaremos um resumo do livro, mostrando a sua importância para a vida espiritual, que objetivos teve o autor em escrevê-lo e, também um breve resumo da vida do autor.

O Catecismo da Igreja Católica nos ensina que “nos santos brilha a santidade da Igreja”(1). Com certeza, os santos têm muito a nos dizer, muito a nos ensinar. Suas palavras e – principalmente – sua história de vida são para nós exemplos que devem ser seguidos, imitados. Com muita frequência, esses conselhos – indispensáveis para nosso progresso espiritual – nos vêm através de seus escritos. Podem ser obras muito simples, sem grandes pretensões teológicas, como os conselhos da “pequena via” de Santa Terezinha do Menino Jesus; cartas edificantes, como as do Santo Padre Pio, ou, ainda, podem ser Obras de grande peso teológico que, embora escritas há muito tempo, ainda hoje são luminares e sustento para toda a Igreja. Do despretensioso ao complexo, obras indispensáveis para nossa vida espiritual. Enquanto estamos caminhando neste vale de lágrimas, essas obras podem – e devem ser – companhias constantes dos católicos.

Em suas vidas, os santos transbordam o Amor de Deus. E, exatamente, o que são os seus escritos, senão uma amostra desse amor, em cascatas de palavras, de orações, de puro entusiasmo pela santidade e pela salvação? O que leva um Santo Afonso de Ligório, Doutor da Igreja, a declarar: “Se me fosse possível, faria imprimir tantos exemplares deste livro quanto são os fiéis de todo o mundo. Daria um exemplar a cada um”, (2) etc. Um arroubo de desejo de que todos possam compartilhar do que lhe vai no coração. Como agiria um Santo Afonso hoje, se tivesse à sua disposição os meios atuais de comunicação, como a Internet, as redes sociais, a grande imprensa, a rede de contatos da Igreja, as Paróquias, os Movimentos Eclesiais? O seu entusiasmo e o seu empenho em divulgar a palavra de Deus, certamente não seriam menores do que o foram em sua época!

Dessa certa forma, podemos fazer também nós esse apostolado, divulgando os escritos dos santos. Numa época de superficialidade, os escritos dos santos podem nos guiar e nos orientar, podem nos ajudar a crescer espiritualmente e, sobretudo, fazer apostolado.

Imploramos à Virgem Santíssima que possamos lograr êxito neste propósito, contando também com a ajuda inestimável de nossos leitores!

Para inaugurar nossa Seção Livros Imperdíveis, no próximo mês de Julho, traremos um resumo, justamente, do livro de Santo Afonso sobre a Oração. Todos estão convidados!

Salve Maria!

João Celso


(1) Catecismo da Igreja Católica, n. 867.
(2) Santo Afonso de Ligório. A Oração, o grande meio para alcançarmos de Deus a salvação e todas as graças que desejamos. 4ª. ed. Aparecida: Santuário, 1992. Pág. 11.
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