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As lições do Divino Mestre: humildade e mansidão

Neste vale de lágrimas há pobrezas e pobrezas, incontáveis vezes nos deparamos com a mendicância, estado doloroso pelo qual falta ao ser humano tudo que há de mais elementar para sua existência: alimentação, vestimentas e habitação.

Quando por exemplo, devido a alguma doença, inexistem possibilidades legítimas de se alçar uma condição de vida digna, de trabalhar e sair da situação de indigência, o único caminho para tal pessoa é mendigar.

Dir-se-á: situação pior não há! No entanto, generaliza-se uma forma de “mendicância”, não propriamente material, e sobretudo não ornada pela dor resignada.

Trata-se de uma precariedade nem sempre aparente: a miséria da alma! Estado que, infelizmente, se faz recorrente naqueles que, perdendo a visão religiosa da vida – a partir da qual o homem encontra sua finalidade no conhecer, amar e servir a Deus –, colocam-se no centro de sua própria existência, numa espécie de egolatria.

Perdendo esse prumo inicial e essencial para a vida, a alma inicia uma busca constante e sem limites pela satisfação pessoal, mas que parece escapar-lhe por entre os dedos cada vez que pensa tê-la encontrado; não em Deus mas em si ou nas ilusões terrenas  com as quais procura preencher-se.

O coração humano só encontra o verdadeiro repouso em Deus!

Há pessoas, sejam ricas ou pobres materialmente, que guardam entre si uma nota caracterísitca: são miseráveis de alma! Vivem para mendigar a atenção, o aplauso, a fama, o reconhecimento e a boa opinião dos outros. Tentam, no fundo, encontrar nestes o apoio para persistirem numa posição contrária à ordem estabelecida por Deus para reger a existência e o convívio humanos: a humildade, em que cada um é aquilo que é; nem mais, nem menos.

Por outro lado, existem pessoas também ricas ou pobres de bens materiais, mas que trazem em seus corações o tesouro da generosidade e da admiração em relação ao próximo, almas que têm Deus no seu prumo e em sua meta primeira. São os humildes, que nas palavras de Nosso Senhor, tornaram-se tal qual crianças para adquirirem o Reino dos Céus.

Em sua existência terrena, Nosso Senhor conviveu com pessoas de variadas mentalidades; entre elas, infelizmente, algumas que careciam miseravelmente de humildade. Um exemplo que vem muito a calhar é o apresentado no Evangelho de São Lucas do 22º Domingo do Tempo Comum, em que Ele visita a casa de um chefe dos fariseus, em um jantar seleto, mas em que a miséria de alma apareceu com cores fortes…

“Jesus e os fariseus” – Museu de Artes – Montreal (Canadá)

Reparando que os convidados procuravam os primeiros lugares à mesa, Nosso Senhor os censura com uma pequena parábola, em que um convidado sentou-se em local de destaque num casamento, mas é convidado a cedê-lo para um personagem mais ilustre, numa situação constrangedora. Com sua divina mansidão, censura delicadamente a atitude dos convivas pretenciosos, aconselhando-os a não agirem deste modo, mas a procurarem os últimos lugares, para que, se for o caso, sejam convidados a subir e não a descer, o que é honroso. É de uma sabedoria incontestável!

Além disso aconselha também ao anfitrião, que convidara, muito provavelmente, aqueles dos quais poderia barganhar prestígio, interesses pessoais, trocas de favores e outras misérias do gênero. Era ele um esmoler de mesquinharias, incapaz de reconhecer o tesouro infinito que teve a honra de receber em sua casa: o próprio Homem-Deus. Este exorta-o a convidar para suas festas os pobres e aleijados, aqueles que não lhe poderiam retribuir com nenhuma vantagem. Esta ação generosa seria então recompensada eternamente por Deus na ressurreição dos justos. Destes conselhos depreende a belíssima conclusão:

 “Porque quem se eleva será humilhado e quem se humilha, será elevado.”(Lc 14, 11)

Sigamos o Divino Mestre e Pedagogo que afirma, conforme narrado no Evangelho de São Mateus, que devemos imitá-Lo: “Aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração” (Mt. 11, 29).

Comentando este mesmo Evangelho, Mons. João Clá Dias, Fundador dos Arautos do Evangelho, escreve:

“Na verdade, Ele é muito mais do que isso, pois essas virtudes, que o homem luta por praticar, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade as possui em essência: Jesus é a humildade e a mansidão.

Quem é verdadeiramente humilde, é também manso, tem flexibilidade de espírito, está disposto a servir ou a obedecer a seu irmão, preocupa-se mais com os outros do que consigo mesmo, aceita qualquer humilhação ou ofensa com alegria, e quando nota um defeito na atitude de outro, reza por ele e procura não deixar transparecer o que percebeu. Pratica, assim, uma elevada e nobre forma de caridade para com o próximo.” (1)

Vale ressaltar que se Nosso Senhor usou de sinceridade para com os fariseus denunciando seu erro, foi porque discerniu neste modo de agir, aquele que mais faria bem àqueles pobres homens, naquela situação; agindo com fortaleza, mas prudentemente.

Nossa Senhora, exemplo de humildade e mansidão

Imaculado Coração de Maria – Arautos do Evangelho

Eis o grandioso ensinamento deixado por Nosso Senhor a todos nós: “o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir” (Mc. 10, 45).

Sigamos o exemplo de Maria Santíssima, que em sua vida terrena praticou maximamente as virtudes da humildade e mansidão; procurando em pensamentos, atos e palavras servir aos desígnios da Providência para que o Sol da Justiça brilhe majestade e plenitude sobre todos os corações.

Peçamos pela intercessão de Nossa Senhora das Graças, que busquemos não as ilusões passageiras dos ególatras, mas as graças de Nosso Senhor Jesus Cristo para tornar-nos humildes e mansos de coração, para assim obtermos os dons da fortaleza e sabedoria.

 Por Marcelo Veloso Souza Mendes

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(1) Mons. João S. Clá Dias, EP. Humildade e mansidão. In: _____. O inédito sobre os Evangelhos. v. VI, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2012, p. 314-315.

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As alegrias de Maria

1° Sábado na Paróquia N. Sra. da Liberdade – 01/06/2013

            Maria Santíssima é a Senhora das Dores. Com efeito, que outra senhora, ao longo de mais de dois mil anos da História da Igreja experimentou as dores de Maria? O profeta Simeão havia-lhe dito: “uma espada transpassará a tua alma” (Cf. Lc 2, 35). Tal é a enormidade dos sofrimentos por que passou que, com toda a justiça, Ela é chamada Co-Redentora da Humanidade. Diante da cruz, estava de pé! (Cf. Jo 19,25)

            Contudo, mesmo venerando com amor indizível a coragem e a correspondência à Graça por parte de Nossa Mãe Santíssima, que enfrentou as suas dores com serenidade e confiança inabaláveis, também faz bem à nossa Devoção imaginar os momentos de alegria que Maria viveu nesta terra: desde que o Verbo Se encarnou em seu seio puríssimo, até o momento do início da vida pública de Jesus, certamente Ela experimentou, muitas vezes, uma alegria angelical, quase divina, ao contemplar o crescimento de Seu Divino Filho, o qual “crescia em estatura, em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens” (Lc 2,52).

            Discorrendo sobre os mistérios da Encarnação e da vida oculta de Jesus, São Luís G. de Montfort, no Tratado da Verdadeira Devoção, menciona que “Deus Filho desceu ao seu seio virginal qual novo Adão no paraíso terrestre, para aí ter as suas complacências e operar em segredo maravilhas de graça. Deus, feito homem, encontrou sua liberdade em se ver aprisionado no seio da Virgem Mãe; patenteou a sua força em se deixar levar por esta Virgem santa; achou sua glória e a de seu Pai, escondendo seus esplendores a todas as criaturas deste mundo, para revelá-las somente a Maria; glorificou sua independência e majestade, dependendo desta Virgem amável, em sua conceição, em seu nascimento, em sua apresentação no templo, em seus trinta anos de vida oculta(…) (1)

       Quantas alegrias. Podemos imaginar, mas somente no Céu compreenderemos totalmente esse Mistério.

            Também nós, católicos de hoje, podemos proporcionar algum consolo, alguma alegria à nossa Mãe Querida, desagravando o Seu Imaculado Coração, como Ela pediu na Mensagem de Fátima. Num mundo que se afasta de Deus, vemos que muitas pessoas se dedicam a fazer esse desagravo, através da Comunhão Reparadora dos 5 Primeiros Sábados. Em especial, muitos paroquianos da Paróquia Nossa Senhora da Liberdade têm tido a boa vontade de fazê-lo. Esta abençoada Paróquia irá realizar amanhã, 06 de Julho, o 5º. Primeiro Sábado Consecutivo. A devoção foi iniciada nesta Paróquia no mês de Março próximo passado, por iniciativa dos Arautos do Evangelho e com o apoio imprescindível do Revmo. Pe. Dirceu A. Nascimento. Desde aquela data até aqui, muitas pessoas têm feito esta devoção, tão querida da Mãe de Deus.

Portanto, fica aqui o convite:

1° Sábado na Paróquia N. Sra. da Liberdade – 01/06/2013

Devoção dos 5 Primeiros Sábados – 5º. Sábado

Local: Paróquia N.Senhora de Liberdade – Jd. Liberdade – Maringá

Horários:

Confissões, a partir das 17h

Terço e Meditação: às 18h30

Santa Missa: às 19h30

Todos estão convidados.

Estenda este convite também a seus familiares e amigos!


(1) São Luís Maria G. de Montfort, Tratado da Verdadeira Devoção. 38ª. ed. Petrópolis: Vozes, 2009. n. 18, p. 27

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Chuva de graças!

O Retiro que se realiza durante estes dias de Carnaval na Casa dos Arautos de Maringá tem sido cumulado das melhores e abundantes graças concedidas por Nosso Senhor, a rogos de Sua Mãe Santíssima. Realmente uma chuva de graças!

A nota tônica tem sido de muito entusiasmo, o que se pode verificar tanto na participação

Participantes do Retiro, pregado pelo Pe. Julio Cameron Francisco Ubbelohde, EP.

atenta e devota nas meditações, quanto na alegria expressa nas fisionomias dos retirantes.

Aliás, neste domingo em especial, a contemplação das verdades da fé vieram de encontro com as leituras da Santa Missa: a graça de Deus, o perdão e a misericórdia, a confiança total em Nosso Senhor e a nossa redenção.

Não tenhas medo

Nosso Senhor continua a nos dizer: “Não tenhas medo” (Lc 5,10). Que Nossa Senhora obtenha os melhores frutos para este Retiro e a todos nós: a confiança e a fidelidade íntegra, total e inabalável no seguimento de Seu Divino Filho. Com Isaias, saibamos responder: “Aqui estou, envia-me” (6, 8).

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