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Concertos de Natal

Quando chegam aos nossos ouvidos as músicas de Natal, algo misterioso acontece conosco. Não é só a beleza e a harmonia que as caracteriza o que nos encanta. É, sem dúvida, algo mais profundo: o que discernimos nestes lindos cânticos natalinos é a presença do Menino Jesus que quer se fazer sentir nos corações de todos.

Sim, essa é a realidade mais profunda das músicas de Natal. Se nós pudéssemos, teríamos vontade de cantar esses hinos e cânticos até os confins do Universo, pois seria uma das formas mais eficazes de levarmos Jesus e Maria aos fiéis do mundo inteiro. Read More

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“É fácil professar a fé, o complicado é deixar essa fé transformar o modo de agir e pensar”, afirma o arcebispo de Maringá

Maringá – Paraná (Terça-Feira, 11/02/2014, Gaudium Press) “O ato de fé pode não significar nada” é o título do artigo de dom Anuar Battisti, arcebispo de Maringá, no Paraná, em que ele compartilha que ao participar do curso com os bispos no Rio de Janeiro foi tomado por um pensamento que o deixou preocupado. Lá foi meditado o texto do evangelista Marcos, quando narra o endemoninhado dizendo: “Vendo Jesus de longe, o endemoninhado correu, caiu de joelhos diante dele, e gritou bem alto: Que tens a ver comigo, Jesus Filho do Deus altíssimo? Eu te conjuro por Deus, não me atormentes” (Mc 5,6-8).

Dom Anuar Battisti – Arcebispo de Maringá

Dom Anuar explica que este texto chamou sua atenção pelo fato de que o demônio acredita, ele tem fé, ele reconhece o Filho de Deus, e conjura por Deus. Então o prelado questiona: Porque ele faz isso e continua fazendo o mal, atormentando as pessoas? Porque faz um ato de fé e nada muda em sua vida? Porque nunca muda de caminho, ficando sempre na contramão da história?

“Fiquei pensando e me veio um certo temor. O demônio reconhece Jesus, professa a fé Nele, mas não O segue e continua sempre pela própria estrada. Jamais será diferente porque sabe quem é Jesus: o Filho de Deus. Mas a sua convicção não interfere no seu modo de agir. É fácil professar a fé, o complicado é deixar essa fé transformar o modo de agir e pensar”, avalia o arcebispo.

De acordo com dom Anuar, é por isso que o maligno continuará sempre maligno, porque a fé não tem nada a ver com a vida concreta. Para ele, a diferença está na fé, que faz verdadeiramente alguém ser discípulo de Jesus; caso contrário eu fico parecendo o demônio que acredita, faz um ato de fé, mas continua sendo o rei da maldade e do pecado, fazendo de conta que não acredita.

“Confesso que essa reflexão me causou um certo temor e me fez repensar o meu seguimento, enquanto escolhido e chamado a colaborar na vinha do Senhor. Entendi melhor a expressão de Jesus: ‘O único pecado que não tem perdão é o pecado contra o Espírito Santo’. Esse é o pecado, professar com os lábios e negar com as atitudes, ou seja, não deixar Deus agir em nós, porque é Ele que vem ao nosso encontro”, destaca.

Segundo o prelado, não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele quem nos amou por primeiro. E, portanto, negar a iniciativa de Deus, fechar-se em si mesmo, nos colocando no lugar de Deus, é negar toda e qualquer ação do Espírito Santo em nós, salienta o arcebispo. “Esse é o pecado que não tem perdão”, completa.

Dom Anuar ainda enfatiza que não é que Deus não perdoe, mas somos nós que não acreditamos nesse perdão. Ele recorda as palavras que o Papa Francisco repetiu várias vezes: “Deus não se cansa de perdoar, nós nos cansamos de pedir perdão”. Conforme o prelado, o caminho de seguimento de Jesus é um caminho de perdas e ganhos. “Perco o meu jeitão de ser e aceito o jeitão do Mestre e Senhor da minha vida. Serei discípulo se serei capaz de assumir a disciplina do Mestre. Não basta dizer eu creio. A fé sem obras é morta”, diz.

Por fim, o arcebispo de Maringá ressalta que no caminho do seguimento do Senhor a astúcia, como as serpentes, e a simplicidade, como as pombas, devem ser sempre as atitudes primordiais para não cairmos na tentação do demônio. É como nós rezamos sempre no Pai Nosso: “Não nos deixeis cair na tentação”. Para dom Anuar, a tentação é exatamente a incoerência do nosso falar e do nosso ser.

“Somente quem está em Deus é uma criatura nova, ou seja renovada, disposta ao seguimento de Jesus como verdadeiro discípulo e discípula. Não tenho dúvidas de que o demônio existe e não tenho dúvidas de que ele nunca para de trabalhar, principalmente, fazendo-nos professar a fé e vivendo como se Deus não existisse. Orar sempre, professar sempre, viver sempre na luz da Fé, assim nada será inútil. A vida terá outro sentido”, conclui. (FB)

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Disponível em: <http://www.gaudiumpress.org/content/55731–E-facil-professar-a-fe–o-complicado-e-deixar-essa-fe-transformar-o-modo-de-agir-e-pensar—afirma-o-arcebispo-de-Maringa> Acesso em: 20/02/2014

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Arcebispo de Maringá: “Vivemos a transitoriedade de uma vida que se apaga ao sopro do inesperado”

Maringá – Paraná (Quinta-Feira, 02/01/2014, Gaudium Press) “Um horizonte de esperança” é o título do mais recente artigo de dom Anuar Battisti, arcebispo de Maringá, no Estado do Paraná. No início de sua reflexão, o prelado cita uma frase do Papa Francisco, na abertura do Advento: “Na vida de cada um de nós há sempre uma necessidade de recomeçar, de levantar-se, de recuperar o sentido da meta de sua existência”. Para dom Anuar, na maioria das vezes somos tentados a buscar culpados pelos nossos erros e fracassos.

De acordo com o arcebispo, recuperar o sentido da vida e da conquista do pão com o suor do próprio rosto é a condição para viver com dignidade sem lamentos ou falsas expectativas. Ele ressalta que talvez o que mais pesa é querer concertar o passado, ou talvez criar sentimento de culpa, e até mesmo pensar que não valeu apena. “Tenho certeza que não temos outra saída a não ser recomeçar, apostando tudo no momento presente, cientes de que o futuro não nos pertence”, completa.

Para o prelado, o grande horizonte que jamais devemos perder de vista é a esperança: uma esperança que não decepciona, porque esta alicerçada na fé, construída na Palavra de Deus, alimentada pela capacidade de dobrar os joelhos e orar sempre sem se cansar. Segundo ele, temos como guia permanente a nos mostrar os caminhos seguros, verdes e abundantes pastagens, Jesus Cristo, o Bom e Amado Pastor.

Ainda conforme dom Anuar, a humanidade, há mais de dois mil anos, caminha na luz do Menino que naquela noite, sem encontrar lugar nas casas, encontra um estábulo para nascer e ouvir dos anjos: “Glória a Deus nas alturas e Paz na terra aos homens de boa vontade”!

“Esse é o tempo e o momento de reavivar a esperança que nos faz crer e fazer tudo como se tudo dependesse de nós, mas ao mesmo tempo como se tudo dependesse de Deus. Somos humanos, com todos os limites e possibilidades. Ninguém é todo poderoso e muito menos dono do próprio nariz. Vivemos a transitoriedade de uma vida que se apaga ao sopro do inesperado. Sem pretensões de super-homens e nem homens sem ideais, somos feitos para solenizar cada momento presente, como único e último”, destaca.

Outra questão abordada pelo arcebispo é que ao findar de um ano marcado por sucessos e fracassos, por alegrias e tristezas, resta-nos carregar os nossos sentimentos de uma profunda gratidão: em primeiro lugar ao Criador que nos amou e nos deu a capacidade de amar e ganhar o pão com o suor do próprio rosto; e em segundo lugar gratidão a todos que de uma maneira ou de outra cruzaram os nossos caminhos marcando êxitos ou dividindo as cruzes.

“Penso que esta é uma oportunidade para perdoar aqueles que de alguma forma foram obstáculos no caminho da vida. Não existe satisfação melhor do que ter um coração livre e vazio de rancores e ódios do passado.”

Por fim, dom Anuar agradece ao Senhor por mais um ano concluído e pede a Ele que nos abençoe para que o novo ano seja mais uma oportunidade para recomeçar com os pés no chão e os olhos no céu, animados por uma viva esperança de tempos melhores.

“Senhor, desejamos construir a nossa vida na dignidade de filhos e filhas criados a sua imagem e semelhança. Não queremos desfigurar ninguém com nossas atitudes e sim defender a vida, amando a todos, sem perder a esperança. Abençoado Ano Novo para você e sua família. Feliz 2014”, conclui. (FB)

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Fonte: www.gaudiumpress.org/content/54405

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“As ondas da incredulidade, da soberba, da auto suficiência humana ameaçam atravessia do mar da vida”, afirma o arcebispo de Maringá

Maringá – Paraná (Terça-Feira, 26/11/2013, Gaudium Press) Com o fim do Ano da Fé e a solenidade de Cristo Rei, ocorridos no último domingo, Dom Anuar Battisti, Arcebispo de Maringá, no Estado do Paraná, escreveu um artigo intitulado “Será que vai encontrar Fé sobre a terra?”. No texto, ele afirma que o Papa Bento XVI, ao criar o Ano da Fé, quis proporcionar uma oportunidade para que todos os fiéis compreendessem o fundamento principal da Fé Cristã: o encontro pessoal com Jesus.

Assim dizia Bento XVI: “O fundamento da Fé Cristã é o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo”. Para Dom Anuar, fundamentada no encontro com Jesus Cristo ressuscitado, a Fé poderá ser redescoberta na sua integridade e em todo o seu esplendor. O Papa ainda ressaltou: “Também nos nossos dias a Fé é um dom que se deve redescobrir, cultivar e testemunhar para que o Senhor conceda a cada um de nós viver a beleza e a alegria de sermos cristãos”.

Segundo Arcebispo, diante deste grande desafio do homem e da mulher de hoje, cuja Fé é abafada por tantas ideologias, pelo mundo do ter e do prazer, pelo materialismo selvagem que leva ao consumismo sem limites, pelo homem e a mulher se colocarem no lugar de Deus determinando o que pode e o que não pode, fez com que perdêssemos a beleza e a alegria de sermos cristãos.

“Perder a alegria e a beleza significa perder o sentido de viver, de lutar, de criar amizade verdadeira, de trabalhar não só para ganhar essa vida, mas a outra, que é a verdadeira vida. Esse ano foi e continuará sendo uma oportunidade de refazer em nós o dom de acreditar”, destaca o prelado.

Dom Anuar salienta que a pergunta de Jesus é preocupante: “O Filho do homem, quando voltar encontrará fé sobre a terra?” (Lc 18,8). Ele acredita que a prepotência do ser humano, o domínio da técnica sobre a liberdade, fazendo-nos escravos do tempo e do momento, manipulados de todos os lados pelos meios modernos de comunicação, tudo isso faz com que esqueçamos os valores mais simples e fundamentais da vida humana.

Ainda de acordo com o prelado, vale recordar o que a Sagrada Escritura diz: “Deus resiste aos soberbos, mas concede a graça aos humildes”. Obedecei pois a Deus, e ele se aproximará de vós. Purificai as mãos, ó pecadores, e santificai os corações, homens dúbios. Ficai tristes, vesti o luto e chorai. Transforme-se em luto o vosso riso, e a vossa alegria em desalento. Humilhai-vos diante do Senhor, e ele vos exaltará (Tg 4,10).

Outra questão abordada pelo Arcebispo diz respeito ao fato de que não foi por acaso que o próprio Jesus repreendeu os discípulos dizendo: “Porque vocês tem medo, homens de pouca fé?” (Mt 8,26). Ele explica que na travessia do mar, cujas ondas ameaçavam um naufrágio, tomados pelo medo, esqueceram que o Senhor estava ali, julgando que estivesse dormindo. “Só podiam sentir medo. Estamos no meio do mar. As ondas da incredulidade, da soberba, da auto suficiência humana, do sentir-se deuses, ameaçam atravessia do mar da vida”, enfatiza.

Por fim, Dom Anuar nos convida a levantarmos a cabeça, olharmos para o grande horizonte da vida humana e divina que vivemos. Conforme ele, não estamos perdidos, pelo contrário, celebramos no domingo a festa de Cristo Rei, um Rei sem reino e sem trono, sem coroa e exército, mas de poder e majestade que nos oferece a verdadeira vida.

“No encontro pessoal com Jesus, refazemos a nossa Fé a cada dia. Dobrando os joelhos e inclinando a cabeça diante do Rei encontraremos a razão de crer e continuar o caminho de salvação com pés no chão e os olhos no céu. Só assim, ao voltar, o Filho do Homem encontrá um povo que vive e caminha na Fé e da Fé”, conclui. (FB)

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A Igreja faz o seu caminho no mundo sem ser do mundo, diz arcebispo de Maringá

(Terça-Feira, 12/03/2013, Fonte: Gaudium Press) “O mundo dos santos e dos papas” é o título do mais recente artigo de dom Anuar Battisti, arcebispo de Maringá, no Estado do Paraná. No texto, o prelado explica que nós encontramos o início da história dos papas na Sagrada Escritura quando Jesus Cristo disse ao apóstolo Pedro “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja”. O apóstolo era chamado de Simão, e Cristo lhe dá o apelido de Pedro que em grego significa pedra, rocha.

De acordo com o arcebispo, Cristo nominando Pedro significa que o apóstolo seria a pedra firme, a rocha inquebrável que daria sustentação à Igreja, apesar de ser uma pessoa humana, frágil e sujeito à toda e qualquer limitação. Diante deste chamado, acrescenta dom Anuar, ele é destinado para “apascentar as ovelhas” (João 21,17), como pastor que conhece as suas ovelhas e dá a vida por elas.

“O papa, portanto, é o sucessor de Pedro, o centro da unidade de toda a Igreja ‘é o perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade, quer dos Bispos, quer da multidão dos fiéis’ (Concílio Vaticano II: LG n° 23). Mais do que uma autoridade a promulgar dogmas e ensinar a doutrina, o papa é o elo de unidade e de comunhão de toda Igreja.”

Para o prelado, o segredo da Igreja para se manter viva como um corpo vivo milenar, atravessando séculos, culturas, guerras, discórdias, e sempre firme, é a certeza de que não somos nós humanos a conduzir este barco, pois o barco é de Jesus, que escolhe e chama homens, pessoas simples, humildes, para estar no lugar Dele, e com Ele tornar visível a casa, a assembleia reunida.

Por isso Jesus afirma: “Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome eu estarei no meio deles” (Mt18,20). Segundo dom Anuar, a presença de Jesus entre nós, mesmo às vezes pensando que Ele está dormindo no barco, é a garantia de ancorar em porto seguro, da calmaria em mar revolto, de tranquilidade em tempos difíceis. Ele ainda destaca que Cristo acalma, tranquiliza e questiona: porque tendes medo? As ondas do mar nunca serão mais fortes do que o barco do Mestre.

“Nestes dias de apreensão e curiosidade sobre quem assumirá o leme do barco, que é a Igreja, a mídia nacional e internacional escolheu alguns nomes chamados de papáveis. Neste elenco divulgado, não podia faltar dois dos nossos cardeais brasileiros. Eu fui abordado várias vezes para falar deles, pois os conheço de longa data. O homem a ser escolhido será surpresa para todos”, ressalta.

Por fim, o arcebispo partilha uma conversa por telefone que teve com dom João Braz Cardeal Aviz, nestes dias de reunião dos cardeais em Roma. Ele dizia: “Aqui entre nós não há nomes favoritos, ninguém comenta nada sobre este ou aquele. Estou impressionado com o clima de amizade e de abertura de coração existente nas nossas reuniões. É a primeira vez que participo e estou admirado pelo ambiente de confiança e companheirismo”.

“Assim que a Igreja faz o seu caminho no mundo sem ser do mundo (Jo 17,10). É igreja é santa e pecadora, feita de homens e mulheres santos e de papas santos. Para mim, Bento XVI deu um sinal público e notório de santidade ao reconhecer-se limitado, incapaz fisicamente falando, para estar no leme do barco. Só é capaz de atitudes heroicas, de gestos que tocam o coração, aquele que se deixou moldar pelo amor verdadeiro, pelo serviço desinteressado, pela autoridade discreta”, conclui dom Anuar. (FB-JS)

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