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Testemunhar e viver a Fé

Um amigo certa vez contou-me um lindo fato a respeito de São Domingos de Sávio, o padroeiro da pureza e discípulo perfeito de São João Bosco. Conforme me recordo, um dia, o Santo menino estava a brincar no horário do recreio no Oratório (casa e local onde o Santo Fundador vivia e reunia os jovens para evangelizar).

Eis que veio um Sacerdote salesiano e perguntou-lhe: “Domingos, se porventura um anjo lhe viesse avisar que daqui a alguns instantes Deus lhe pediria a sua vida, o que você faria neste curto período entre a vida e a morte? O jovem santo respondeu: “Continuaria brincando!”.

Talvez, esta resposta, não a daria qualquer pessoa; não incluo aqui, é claro, nosso caro leitor. E por que não seria esta a resposta? Talvez porque seria normal a angústia face à perspectiva tão próxima da morte. Ou quiçá, a perturbação ao ver-se “evaporarem-se” os apegos e caprichos, ou ainda uma situação mais constrangedora: a consciência poderia acusar alguma falta que cobraria uma boa confissão.

Cristo Rei – Igreja de Santo André – Bayona, França

No entanto, no caso do santo menino, o que notamos? Paz de alma, tranquilidade própria de quem está na amizade com Deus e consciência de que estava fazendo, no momento, aquilo que deveria fazer. É ou não verdade que tal exemplo nos enche de admiração e nos convida à reflexão?

Sim, reflexão que tem muita relação com o Evangelho deste 33° Domingo do Tempo Comum, narrado por São Lucas (21, 5-19), que trata da visão do futuro. Com efeito, conta-nos o evangelista que Jesus anunciou a “algumas pessoas” que não ficaria pedra sobre pedra do Templo de Jerusalém e que tudo seria destruído. “Mas eles perguntaram: ‘Mestre, quando acontecerá isto? E qual vai ser o sinal de que essas coisas estão para acontecer?’”. Nosso Senhor anunciou a eles que viriam guerras, revoluções, grandes terremotos e recomendou-lhes: “Esta será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé” (Lc  21, 13) [grifo nosso].

Eis aqui, entre outras resplandecentes luzes, uma especialmente preciosa que o Evangelho nos traz a respeito do posicionamento e atitude que devemos ter face ao futuro. Sobre isto, nos explicita Mons. João Clá Dia, EP, no seu livro “O inédito sobre os Evangelhos”: “para além das preocupações ou ‘aspectos cronológicos’, há um, incomparavelmente mais importante, que teve o Divino Salvador: a formação moral e espiritual dos seus ouvintes” (1).

Qual a relação, caro leitor, entre o fatinho de São Domingos de Sávio e a recomendação de Jesus?

Nossa Senhora Auxiliadora – Igreja do Sagrado Coração de Jesus – São Paulo, Brasil

Em poucas palavras: seja o que for, aconteça o que acontecer, façamos o que façamos, sempre testemunhemos a nossa fé! E como testemunhar a nossa fé? Praticando os Mandamentos, o amor de Deus e do próximo!

Qual o resultado? Teremos a graça divina e com ela, a tranquilidade de consciência e a paz de alma, a confiança e a fortaleza para nunca nos perturbarmos e triunfarmos diante dos acontecimentos, dolorosos ou gloriosos, individuais ou coletivos, que possam ocorrer em nossas vidas.

Peçamos a Nossa Senhora Auxiliadora que interceda por nós para que testemunhemos e vivamos a Fé, conforme o exemplo perfeitíssimo que Ela nos dá.

Por Adilson Costa da Costa

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(1) Mons. João S. Clá Dias, EP. O inédito sobre os Evangelhos. v. VI, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2012, p. 474.

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Revista Arautos em Foco – Novembro 2013

Resenha Mensal

da Revista

Arautos do Evangelho

 N. 143

Novembro 2013

Capa: Arautos do setor feminino conduzem a imagem de Nossa Senhora Aparecida ao altar-mor do Santuário durante a V Peregrinação Nacional do Apostolado do Oratório.

Foto: Leandro Souza

“Num ambiente de muita piedade e alegria”, foi realizada, no dia 14 de Setembro a V Peregrinação Nacional a Aparecida, promovida pelo Apostolado do Oratório Maria Rainha dos Corações. Na ocasião, 11 mil participantes lotaram a Basílica Nacional de Aparecida, “onde puderam depositar seus pedidos aos pés da Virgem Mãe Aparecida e agradecer-Lhe os incontáveis favores recebidos”. Este é o destaque da capa da Revista Arautos do Evangelho n. 143, do mês de Novembro de 2013. A matéria completa sobre a V Peregrinação encontra-se a partir da página 26.

Por sua vez, o Editorial aborda a consonância que deve haver entre o “zelo operativo…sem deixar de ter as vistas e o coração postos no sobrenatural”, o que justamente caracteriza toda a atuação dos Arautos do Evangelho, no Brasil e no mundo.

A Voz do Papa deste mês traz excertos do Discurso, proferido pelo Papa em 27/09/2013 aos catequistas vindos a Roma em peregrinação, por ocasião do Ano da Fé e do Congresso Internacional de Catequese. Nesse discurso, Francisco lembra que o “catequista tem a maravilhosa missão de educar na Fé, e deve exercê-la recomeçando de Cristo”. O Pontífice manifesta o seu contentamento de que “haja, no Ano da Fé, este encontro para vós: a catequese constitui uma coluna para a educação da Fé, e são precisos bons catequistas!”.

No Comentário ao Evangelho de Mateus 5, 1-12ª, que a Liturgia apresenta para a Solenidade de Todos os Santos, o Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho, lembra que nesta Solenidade, a “Igreja nos convida a ver com esperança nossos irmãos celestes, como estímulo para percorrermos por inteiro o caminho iniciado com o Batismo e atingirmos a plena felicidade na glória da visão beatífica”. Muito oportunamente, lembra ainda Monsenhor que “Santos são todos os que fazem parte do Corpo Místico de Cristo, não só os que conquistaram a glória celeste”. Em seu artigo, o Monsenhor João Clá estimula todos a pedir a intercessão de todos os santos “a fim de um dia nos encontrarmos em sua companhia no Céu. Enquanto lá não chegarmos, podemos nos relacionar com essa enorme plêiade de irmãos celestes, membros do mesmo Corpo [Místico], por um canal direto muito mais eficiente do que qualquer meio de comunicação moderno: a oração, o amor a Deus e o amor a eles enquanto unidos a Deus. Tenhamos a certeza de que, do alto, eles nos olham com benevolência, rogam por nós e nos protegem”.

Continuando a abordagem de aspectos da vida de Dona Lucilia Ribeiro dos Santos Corrêa de Oliveira, o número de Novembro, traz artigo intitulado “O calor dessa bondade” em que destaca que a bondade de Dona Lucilia não se restringia a seu ambiente doméstico, mas se estendia a todos os que com ela tivessem contato. Sobre essa calorosa bondade, declarou um sobrinho: “Tia Lucilia ficou marcada para mim a vida inteira como uma santa… Porque uma tão grande bondade ficou como que impregnada em mim, e até hoje ainda sinto o calor dessa bondade”. Vale a pena conferir este belo artigo, a partir da página 18.

 O Diácono Flávio Roberto Lorenzato Fugyama, EP em seu artigo intitulado Jesus se oculta nos superiores, ao narrar um surpreendente fato havido com o Beato Stefano Bellesini no momento de seu sepultamento, trata da grandeza da virtude da obediência “em aras da qual as almas consagradas imolam aquilo que têm de mais precioso: a própria vontade”. Dessa magnífica “virtude da obediência deram-nos o mais sublime exemplo Jesus e Maria”, como descreve São Paulo: “Sendo Ele [Cristo] de condição divina, não Se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a Si mesmo, assumindo a condição de escravo … tornando-Se obediente até a morte, e morte de Cruz” (Cf. Fl 2, 6-8).

Arautos no Brasil traz notícias sobre atividades dos Arautos do Evangelho em todo o País, em Curitiba, Cuiabá e Nova Friburgo, com destaque para a visita realizada por participantes do Curso de Formação Teológica, ao Hospital Geriátrico Dom Pedro II, no Bairro do Jaçanã, na capital paulista.

A seção Arautos no Mundo  traz inúmeras atividades desenvolvidas pelos Arautos na Colômbia, Peru, Equador, além da peregrinação da imagem peregrina em Honduras.

A Irmã Maria Teresa Ribeiro Matos, EP apresenta a extraordinária vida de São Martinho de Porres. Nascido a 09 de dezembro de 1579, em Lima, no Peru, este grande santo, “misto de fidalgo e homem do povo, suas virtudes esplendecentes contribuíram para conferir à civilização peruana do seu tempo uma beleza e uma ordenação católicas até hoje insuperáveis”. Entrou para o Convento do Rosário, dos dominicanos, com apenas 14 anos, exercendo as mais simples funções, por exemplo, tarefas domésticas, como “varrer salões e claustros, a enfermaria, o coro e a igreja da grande propriedade, que abrigava por volta de 200 religiosos, entre noviços, irmãos leigos e doutos sacerdotes”. A visão sobrenatural de Frei Martinho “fazia-o compreender bem a glória que há em servir, à imitação do próprio Cristo Jesus, que Se encarnou para nos dar exemplo de completa submissão”. A humildade extraordinária e sua intensa espiritualidade fizeram com que a Providência permitisse ao santo realizar, ainda em vida, incontáveis milagres. Com “o exemplo de sua vida ele nos demonstra ser possível alcançar a santidade pelo caminho que Cristo nos ensina: amando a Deus, em primeiro lugar, com todo o coração, com toda a alma e com toda a mente; e, em segundo, ao próximo como a nós mesmos”.

A Palavra dos Pastores deste n. 143, traz artigo assinado por Dom Javier Echevarría Rodríguez, Prelado do Opus Dei, intitulado Batismo e Reconciliação, no qual comenta que o “Sacramento do Batismo nos introduz na grande família dos filhos de Deus. E quando dela nos excluímos, pelo pecado mortal, o da Reconciliação nos regenera, limpa e purifica”.

Em Histórias para crianças… ou adultos cheios de Fé? Maria Beatriz Ribeiro Matos narra as provações do jovem Gustavo que, órfão de pai e mãe, em seus momentos de maior provação espiritual, foi socorrido por Maria Santíssima. Nunca se ouviu dizer… uma bela história, a partir da página 46.

É certamente possível elevar nossa alma, buscando as coisas do alto, mesmo quando estamos realizando as tarefas mais simples do dia-a-dia. É o que demonstra Fahima Spielmann no artigo Pináculo de pedra, auge de amor. Exemplo extraordinário dessa disponibilidade para Deus é a vida de Santa Teresinha do Menino Jesus, a qual, mesmo sem sair do Convento, realizou obras grandiosas.

Com suas fotos e ilustrações de muito bom gosto e sua qualidade gráfica, o número 143, da Revista Arautos do Evangelho de Novembro de 2013 tem ainda muitas outras seções, por exemplo Aconteceu na Igreja e no mundo que traz as principais notícias do mundo católico. É a melhor companhia que a família católica pode desejar!

Por isso, querido leitor, queremos convidá-lo a maravilhar-se com a Revista Arautos do Evangelho em sua totalidade! Leia a Revista em família, em suas reuniões de Grupo e nas horas vagas do seu trabalho. A Revista Arautos é cultura católica de primeira qualidade.

Faça a sua assinatura, contatando a Sede Regional dos Arautos, em Maringá, através do telefone (44) 3028-6596, ou através deste BLOG e daremos as informações detalhadas

Salve Maria! Até o próximo mês.

Por João Celso

A Revista Arautos do Evangelho nasceu em 2002, um ano após os Arautos receberem do Papa a aprovação Pontifícia.

Com o intuito de levar aos lares do mundo inteiro a Palavra de Deus, as principais notícias da Igreja e um conteúdo completo baseado nos ensinamentos da Santa   Sé, a Revista Arautos traz em suas páginas artigos para todas as idades e visa, sobretudo, a formação católica da família.

A Revista Arautos é instrumento de evangelização e expressa o carisma dos Arautos do Evangelho”.

(www.revistacatolica.com.br)

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A justiça de Deus e a justiça dos homens

As circunstâncias diversas da vida “produzem” certas necessidades e nos sentimos, de repente, limitados e insuficientes para atendê-las. E quando alguma necessidade especialmente nos aflige, seja de ordem material ou de ordem espiritual, procuramos alguém que nos socorra.

Certamente o leitor, numa dessas situações, encontrou algum amigo: um deu-lhe um bom conselho, outro lhe atendeu num negócio delicado, outro, quiçá, ajudou-lhe numa empreitada urgente e importante, que por si só, não teria condições de realizá-la. E pensou: como é bom ter alguém com quem se possa contar, nada melhor do que ter o apoio da pessoa certa e na hora certa, que procede com caridade!

Em sentido contrário, se em tais situações, não há quem nos estenda a mão, pois o egoísmo e o capricho de tantos não quer atrair para si incômodo ou “perda de tempo”, e por isto não se inclina a dar ouvidos às nossas necessidades, vem-nos a reflexão: eis a lei do egoísmo, tão presente em nossos dias!

Esta consideração ocorre-nos a propósito da leitura do Evangelho de São Lucas, neste 29º Domingo do Tempo Comum: Nosso Senhor conta a parábola de uma viúva, desamparada e aflita, necessitada de que o juiz iníquo lhe faça justiça e que, de tanto insistir, consegue mover a indiferença deste, para que seu pedido fosse atendido.

Eis aqui a mulher necessitada e aflita, que perseverantemente insiste e obtém a justiça almejada. Mas situação curiosa desta história, criada pelo Divino Pedagogo: quem a atende em sua necessidade? Não um amigo, mas um juiz “que não temia a Deus nem respeitava os homens” (Lc 18, 2). Este homem só lhe faz justiça, porque quer evitar o desagradável de ser importunado por aquela mulher.

E Nosso Senhor continua a parábola: “E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que a Ele clamam dia e noite, e tardará em socorrê-los? Digo-vos que depressa lhes fará justiça.” (Lc 18, 8a).

Com efeito, assim comenta Mons. João Clá Dias, EP, na obra “O inédito sobre os Evangelhos”:

“O contraste é um ótimo instrumento de didática. Jesus se serve das reações de um julgador iníquo face à obstinada insistência da fragilidade feminina, para compará-las às atitudes do supremo Juiz. Se um homem mau pratica uma boa ação para deixar de ser importunado, quanto mais não fará Deus, a Bondade em essência? Muito diferentemente da parábola, na aplicação trata-se do Verdadeiro Juiz, o qual é a própria Dadivosidade. Por outro lado, quem pede não é uma importuna viúva, mas sim os escolhidos de Deus. Estes não são indesejáveis. Ao contrário, a eles cabem os títulos de “privilegiados”, amigos e “fiéis”(1).

Ora, pela graça de Deus Nosso Senhor, estes escolhidos, privilegiados e amigos seus, somos nós. E ainda que sintamos algumas misérias, que diminuam em nós o amor a Ele, podemos nos incluir como seus eleitos.

É neste sentido que afirma o Fundador dos Arautos: “Com o avanço claro e firme da Teologia, pode-se afirmar serem eleitos todos os fiéis, conforme declara São Pedro: ‘Vós, porém, sois uma geração escolhida, um sacerdócio real, uma nação santa, um povo adquirido por Deus (I Pd 2,9)’”. (2)

Quanto esta parábola de Nosso Senhor nos deve conduzir à confiança total em Deus, para além daquela que podemos ter nos amigos ou até esperar dos interesseiros egoístas! E não haverá circunstância na vida – por mais que se pareça com um túnel escuro e sem saída – em que a bondade e misericórdia de Deus não venha ao nosso encontro, sobretudo quando pedimos com fé e, a maneira daquela mulher, façamos, piedosa e insistentemente, uma pressão moral a Ele.

Peçamos a Nossa Senhora, maior exemplo desta Confiança em Deus, e que, por meio da piedade, espírito de oração e dedicação plena aos desígnios do Criador, obteve de Seu Divino Filho aqui na terra – e mais ainda agora no Céu – tudo quanto desejava, para glória dEle e para o bem de quem necessitava.

Por Adilson Costa da Costa

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(1) Mons. João S. Clá Dias, EP. O Juiz e a viúva. In: _____. O inédito sobre os Evangelhos. v. VI, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2012, p. 419.
(2) idem.

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Revista Arautos em Foco – Outubro 2013

Resenha Mensal

da Revista

Arautos do Evangelho

 N. 142

Outubro 2013

Capa:

Entrega de brinquedos

na casa Monte Carmelo

(Caieiras-SP)

Na edição de n. 142, mês de Outubro de 2013, a capa da Revista Arautos do Evangelho destaca a distribuição de 2.100 brinquedos a dezenas de crianças residentes na região da Serra da Cantareira. Na ocasião, as “Irmãs da Sociedade de Vida Apostólica Regina Virginum puderam comprovar que  ‘há mais alegria em dar do que em receber’ ” (At 20,35). As fotos, nas páginas 26 e 27 da Revista revelam o verdadeiro encanto manifestado durante o Evento, na Casa Mãe da Sociedade, em Caieiras – SP. Essa mesma “alegria de dar” é abordada com maior profundidade no Editorial.

A Voz do Papa deste mês traz excertos de três pronunciamentos proferidos pelo Papa Francisco: a Homilia do dia 15 de Agosto de 2013, e trechos de dois Ângelus, em 11 e 25/08. Durante a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, o Papa lembra que “na luta que todos nós devemos enfrentar, Maria não nos deixa sozinhos. Ela está sempre conosco, nos acompanha e nos sustenta no combate contra as forças do mal”. E, ainda, que a “oração com Maria, especialmente o Terço, nos dá apoio na luta contra o maligno e seus aliados”.

No Comentário ao Evangelho de Lucas 17,11-19 que a Liturgia propõe para o XXVIII Domingo do Tempo Comum, Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho, adverte que dos dez leprosos milagrosamente curados por Nosso Senhor Jesus Cristo, apenas um voltou para agradecer: “Dir-se-ia que todos manifestariam sua gratidão, embora cada um com suas características próprias. Entretanto, só um deles – um samaritano – obteve o milagre da cura da alma. E os outros novo judeus? Não agradeceram”. Aplicando esta passagem do Evangelho de Lucas à nossa vida cotidiana, Monsenhor João Clá lembra que “é preciso pois, não agir como os nove ingratos, mas imitar o exemplo do samaritano: voltar para agradecer a Nosso Senhor Jesus Cristo por nos ter curado tantas vezes da lepra interior”.

Qual é a nossa compenetração e qual a importância que damos à ação de graças após a Comunhão? Artigo muito bem fundamentado do Diác. Michel Six, a partir da página 18 nos recorda que esse ato é, “segundo São Pedro Julião Eymard, o momento mais solene da nossa vida, durante o qual temos à nossa disposição o Rei do Céu e da Terra, pronto a satisfazer todo e qualquer pedido”. Acrescenta ainda o autor um excerto sobre como podemos fazer a ação de graças, de forma mais perfeita e mais eficaz por intermédio de Nossa Senhora, conforme ensina São Luís Maria Grignion de Montfort.

Abordando, para alegria dos leitores da Revista Arautos do Evangelho, aspectos da vida de Dona Lucilia Ribeiro dos Santos Corrêa de Oliveira, artigo intitulado “Os lustres de cristal e bronze”, ao narrar um simples episódio da vida de D. Lucilia, faz ver a maneira como esta amável senhora “estimulava as almas, tão só com sua doce e elevada ação de presença, a praticar a virtude”. Uma leitura encantadora, nas páginas 24 e 25.

Arautos no Brasil mostra exemplos das várias atividades dos membros da Associação por todo o país: Em Maringá, a Consagração Solene a Nossa Senhora, ocorrida no dia 18 de Agosto. Em Brasília (DF) a inauguração de uma nova casa dos Arautos, ocasião em que presidiu a Eucaristia o Cardeal José Freire Falcão, Arcebispo-Emérito da Capital Federal. A inauguração foi ainda prestigiada por inúmeras autoridades religiosas e civis; dentre as últimas, o Vice-Governador do Distrito Federal, Dr. Tadeu Filippelli. Em São Paulo, destaque para o encontro de formação para os Cooperadores dos Arautos, realizado nos dias 24 e 25 de Agosto.

A seção Arautos no Mundo  traz inúmeras atividades desenvolvidas pelos Arautos em vários países como, Itália, Colômbia, México, Honduras e Guatemala.

O Arauto Gustavo Ponce Montesinos apresenta a bela história de Santa Laura Montoya, nascida na Colômbia, de família muito católica e fervorosa. A vida extraordinária desta santa fundadora das Missionárias de Maria Imaculada e Santa Catarina de Sena (hoje presente em 19 países), cujo ardor missionário nos encanta e que constitui, a seu modo, uma “vanguarda missionária da Igreja” é muito bem retratada nesse artigo, tornando quase impossível o trabalho de resumo. Assim, apresentaremos em breve esse resumo – um pouco mais extenso – num Post à parte, no Blog dos Arautos do Evangelho de Maringá.

A Palavra dos Pastores deste mês de Outubro de 2013 traz um artigo assinado por Dom Orani João Tempesta, OCist, Arcebispo Metropolitano do Rio de Janeiro. Com o título O Papel fundamental da família, o texto lembra que o “principal apostolado missionário dos pais deve realizar-se em sua própria família, E é com o testemunho de sua vida cristã e com sua palavra que eles transmitem a fé aos seus filhos”.

Aconteceu na Igreja e no mundo traz várias notícias de atualidade do mundo católico, com destaque para a nomeação do novo Secretário de Estado da Santa Sé. A partir do dia 15 de outubro, Dom Pietro Parolin assumirá o cargo ocupado desde setembro de 2006 pelo Cardeal Tarcísio Bertone.

Em Histórias para crianças… ou adultos cheios de Fé? a Irmã Mary Teresa MacIssac, EP narra de forma singela como Nossa Senhora sempre nos socorre nos momentos de maior angústia e necessidade. E nessa Mãe Caridosa devemos sempre depositar toda nossa confiança. Confiram, a partir da página 46: Iguarias dignas de um rei.

“Pobreza para os homens, riqueza para Deus”, artigo da Ir. Juliane Vasconcelos Almeida Campos, EP mostra, como a imponente Basílica que em Assis abriga a sepultura de São Francisco, reflete a alma deste grande Santo: “Tal como sua alma, o prédio é austero em sua exterioridade, mas esplendoroso por dentro. Em meio à euforia das cores e das luzes que entram tamisadas por magníficos vitrais, seus arcos góticos e sua majestade apontam para o alto, levando o visitante que ali tem a graça de estar a uma atitude de enlevo e adoração. As paredes do templo, repletas de encantadores afrescos, registram inúmeros fatos da vida daquele que, apesar de não se haver considerado merecedor da dignidade sacerdotal, exortava ao amor e à veneração ao Sacramento do Altar. Pregando a pobreza para os homens, São Francisco desejava para o culto toda a riqueza e grandiosidade. Tem-se a impressão de que o esplendor do templo atende aos rogos do Santo Fundador a seus filhos espirituais: ‘supliqueis aos clérigos que sobre todas as coisas honrem o Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo […] Os cálices, os corporais, os ornamentos do altar, tudo quanto pertence ao Sacrifício tenham como coisas preciosas. E se, nalguma parte, o Santíssimo Corpo do Senhor estiver com muita pobreza abandonado, que eles, como manda a Igreja O coloquem em lugar precioso e bem guardado’ ”.

Em sua sempre muito bela apresentação gráfica, que se revela desde a qualidade do papel utilizado até as fotos e ilustrações, o número 142, da Revista Arautos do Evangelho de Outubro de 2013 tem ainda muitas outras seções.

Por isso, querido leitor, queremos convidá-lo a maravilhar-se com a Revista Arautos do Evangelho em sua totalidade! Leia a Revista em família, em suas reuniões de Grupo e nas horas vagas do seu trabalho. A Revista Arautos é cultura católica de primeira qualidade.

 Faça a sua assinatura, contatando a Sede Regional dos Arautos, em Maringá, através do telefone (44) 3028-6596, ou através deste BLOG e daremos as informações detalhadas

Salve Maria! Até o próximo mês.

Por João Celso

A Revista Arautos do Evangelho nasceu em 2002, um ano após os Arautos receberem do Papa a aprovação Pontifícia.

Com o intuito de levar aos lares do mundo inteiro a Palavra de Deus, as principais notícias da Igreja e um conteúdo completo baseado nos ensinamentos da Santa Sé, a Revista Arautos traz em suas páginas artigos para todas as idades e visa, sobretudo, a formação católica da família.

A Revista Arautos é instrumento de evangelização e expressa o carisma dos Arautos do Evangelho”.

 (www.revistacatolica.com.br)

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“Eu quero tudo!”

A propósito da comemoração da memória de uma das santas mais populares no Brasil, Santa Teresinha do Menino Jesus, comemorada no dia 1° deste mês de Outubro, os Arautos do Evangelho trazem para o leitor um belíssimo trecho de sua autobiografia, em que transparece sua singular e grandiosa vocação dentro da Igreja.

Santa Teresinha do Menino Jesus

Padroeira das Missões sem nunca ter saído de seu Mosteiro? Esse trecho mostra o modo pelo qual uma alma pode, por sua vocação, suas orações, trabalhos, intenções, mas sobretudo por seu amor a Deus e à Igreja, realizar uma grande obra espiritual dentro de uma vida material comum e simples. É o que propõe a chamada “Pequena Via” aberta por essa doutora da Igreja às almas que não se sentem capazes de grandes ações naturais, mas que desejam grandes vitórias para Nosso Senhor neste mundo.

Não tendo ainda sua vocação totalmente esclarecida, procurava a jovem Teresa consolo nas Sagradas Escrituras, mais especificamente nas cartas de São Paulo, qual seria sua função no Corpo Místico de Cristo, ou seja, a Igreja:

 “Ao considerar o Corpo místico da Igreja, não me encontrara em nenhum dos membros enumerados por São Paulo, mas, ao contrário, desejava ver-me em todos eles. A caridade deu-me o eixo de minha vocação. Compreendi que a Igreja tem um corpo formado de vários membros e neste corpo não pode faltar o membro necessário e o mais nobre: entendi que a Igreja tem um coração e este coração está inflamado de amor. Compreendi que os membros da Igreja são impelidos a agir por um único amor, de forma que, extinto este, os apóstolos não mais enunciariam o Evangelho, os mártires não mais derramariam o sangue. Percebi, reconheci que o amor encerra em si todas as vocações, que o amor é tudo, abraça todos os tempos e lugares, numa palavra, o amor é eterno.

Então, delirante de alegria, exclamei: Ó Jesus, meu amor, encontrei afinal minha vocação: minha vocação é o amor. Sim, encontrei o meu lugar na igreja, Tu me deste este lugar, meu Deus. No coração da Igreja, minha Mãe, eu serei o amor e desse modo serei tudo, e meu desejo se realizará.”1

Sobre essa sua, ao mesmo tempo, especial e universal vocação, trazemos um pequeno “fioretti” em que esta já se entrevia… Sendo ainda bem pequena, foi-lhe apresentada, numa ocasião especial, uma bela bandeja cheia dos mais variados presentes, para que ela pudesse escolher aquele que fosse de seu maior agrado. Interrogada a este respeito, veio de súbito a resposta da pequena Teresa: “Quero tudo!”.

Peçamos a Santa Teresinha que inflame nossas pequenas almas com o grande amor que a levou a desejar e alcançar os maiores píncaros da Santidade.

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1Manuscrits autobiographiques, Lisieux 1957, 227-229
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