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Frase da Semana – Natividade de Maria

“A nossa celeste menina, tanto por causa de seu ofício de medianeira do mundo, como em vista de sua vocação para Mãe do Redentor, recebeu, desde o primeiro instante de sua vida, graça mais abundante que a de todos os Santos reunidos”

Santo Afonso de Ligório (1)

Nascimento da Virgem Maria – Pinturas em madeira por F. E. Meloche, 1886 – Capela Notre Dame de Bon Secours – Montreal, Canadá

A Natividade de Maria, celebrada em 08 de Setembro é certamente uma data muitíssimo especial para todos os devotos desta grande Mãe. Como ilustra Santo Afonso nesta Frase da Semana, a grandeza imensa da vocação de Mãe do Redentor tornou necessário que Maria recebesse todas as graças de Deus para cumprir este chamado grandioso. E Ela as recebeu em abundância: Filha Bem Amada de Deus Pai, Mãe admirável de Deus Filho e Esposa Fidelíssima de Deus Espírito Santo.

Como é doce, como é sublime, como traz alegria ao nosso coração ver um grande Santo, como Santo Afonso, chamar Maria Santíssima de “nossa celeste menina”. Esta invocação nos leva, necessariamente a imaginar, a contemplar Maria pequenina, como uma criança frágil, dependente de cuidados maternos – e que cuidados certamente recebeu Ela de sua mãe, Santa Ana, desde os seus primeiros instantes de vida! Ali já estavam prenunciadas as grandezas dAquela que, posteriormente, apesar de sua profunda humildade, iria declarar: “O Todo-Poderoso fez grandes coisas em meu favor” (Lc 1,48-49).

O Fundador dos Arautos do Evangelho, Monsenhor João Clá Dias, em seu magnífico livro Pequeno Ofício da Imaculada Conceição (2) traz pensamentos de muitos santos e teólogos a respeito dessa grande data, deste fabuloso aniversário que comemoramos hoje: O aniversário de Maria Santíssima!

Que alegria representou para humanidade o nascimento de Maria: A chegada do Redentor já está próxima. Em apenas mais alguns anos – que nada representam para quem havia esperado, desejado a vida do Redentor por tanto tempo! – esta menina receber a saudação do Arcanjo São Gabriel: “Ave, cheia de graça: o Senhor é contigo!” e estará iniciada a obra da Redenção.

Incentivados pela devoção de seu Fundador a Nossa Senhora, os Arautos do Evangelho prepararam uma matéria especial, em seu site para comemorar esta grande data. Vale a pena meditá-la em todos os seus ricos detalhes! (3)

Que a alegria da Natividade de Maria seja a luz – não apenas para esta semana – mas para toda a nossa vida! Salve Maria!


(1) Santo Afonso Maria de Ligório. Glórias de Maria. Aparecida-SP: Ed. Santuário, 1989, p. 265.

(2) Monsenhor João Clá Dias. Pequeno Ofício da Imaculada Conceição Comentado. São Paulo: ACNSF/Instituto LumenSapientiae, 2011. Disponível para venda pela internet, através da Livraria Católica: www.lumencatolica.com

(3) Arautos do Evangelho. Natividade de Maria. Disponível em: http://www.arautos.org/especial/19039/A-Natividade-de-Maria.html

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Revista Arautos em Foco – Setembro 2013

 1 MILHÃO DE LEITORES EM TODO O MUNDO!

Resenha Mensal

da Revista

Arautos do Evangelho

N. 141

Setembro 2013

Capa:

“O filho pródigo”, vitral da Catedral de São João Batista, Charleston (Estados Unidos)

Neste mês de Setembro de 2013, em sua edição n. 141, a capa da Revista Arautos do Evangelho ilustra, através da foto de um belo vitral da Catedral de Charleston, nos Estados Unidos – e com a inscrição O Pai perfeito – a extrema bondade manifestada pelo pai que acolhe com misericórdia o filho pródigo.

Fazendo referência a este mesmo assunto, o Editorial deste número 141, cujo título é O Grande Retorno da “Humanidade Pródiga”, demonstra que a liberdade e a razão são dons preciosos concedidos por Deus à humanidade. No entanto, o homem, ao longo dos últimos séculos utilizou esses dons para seu próprio bem-estar; desenvolveu a humanidade um suposto progresso em todas as áreas (ciências, artes, leis, comunicações, tecnologias, etc.), mas, um progresso que não coloca Deus em seu centro, fazendo referência ao filho pródigo narrado nos Evangelhos, que abandona a casa paterna para usufruir de prazeres mundanos: “O filho pródigo do Evangelho perdeu sua herança porque desejou gastá-la longe da casa do pai, e a humanidade parece ter perdido a luz da razão porque julgou-se capaz de usá-la sem Deus”. Tendo desperdiçado a sua “fortuna da inteligência e da liberdade”, restou à humanidade contemporânea apenas as “bolotas dos porcos”. É hora, portanto de, com o auxílio da Mãe das Misericórdias – Maria Santíssima – voltar a humanidade à casa paterna, pois exatamente isso foi previsto por Ela em Fátima, quando prometeu “Por fim o meu imaculado coração triunfará”.

Voz do Papa traz excertos da Homilia proferida pelo Santo Padre Francisco na Santa Missa para a XXVIII Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro em 28 de Julho. Em suas palavras, o Papa convida os jovens a serem discípulos de Jesus Cristo, através da missão: “Hoje, à luz da Palavra de Deus que acabamos de ouvir, o que nos diz o Senhor? Três palavras: Ide, sem medo, para servir”. Na homilia na Santa Missa no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, o Santo Padre lembra o papel de Maria na busca por Cristo, pois é dela que se aprende o verdadeiro sentido do discipulado; “Eu venho bater à porta da casa de Maria, que amou e educou Jesus, para que ajude a todos nós (…) a transmitir aos nossos jovens os valores que farão deles construtores de um país e de um mundo mais justo”.

No Comentário ao Evangelho de Lucas 15,1-32 que a Liturgia propõe para o XXIV Domingo do Tempo Comum, Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho, nos recorda que “face às objeções farisaicas, Nosso Senhor traduz em parábolas seu encanto em perdoar os homens, cumulando-os de misericórdia. E, ao mesmo tempo, mostra como nem todos aceitam o convite para se beneficiar das riquezas desse perdão redentor”. Em suma, o Comentário ao Evangelho deste mês é um belo Tratado, no qual Mons. João Clá expõe com clareza as sutilezas do Amor de Deus para conosco, Amor que se traduz na maneira misericordiosa como Ele nos perdoa. A Justiça de Deus não é feita de acordo com os “limitados critérios humanos”. Após estudar este Comentário, o leitor da Revista Arautos do Evangelho terá uma visão completa da forma como Deus age em nossas vidas: “no ‘fiat’ de Maria Santíssima, o perdão de Deus se fez carne e habitou entre nós (Cf. Jo 1,14)”.

Interessantíssimo e muito bem referenciado artigo do Pe. Arnóbio José Glavam, EP intitulado Como surgiu a Bíblia traz uma profunda formação, em linguagem clara e acessível sobre “como surgiram os livros sagrados, qual o critério de seleção utilizado e com que autoridade foram eles adotados ou rejeitados”. Escritos por mãos humanas, mas sob total inspiração do Divino Espírito Santo, são autenticamente a Palavra de Deus. “O eixo divino em torno do qual giram ambos os Testamentos é a pessoa de Jesus Cristo: no Antigo, Ele é o anunciado; e o Novo é a realização desse anúncio”. Este é um artigo que deve ser estudado com afinco por todos aqueles que se interessam pelas sagradas escrituras.

A seção Arautos no Mundo descreve as inúmeras atividades desenvolvidas pelos Arautos em vários países como, Costa Rica, República Dominicana, Itália, Equador, Espanha, destacando as inúmeras peregrinações, nos mais diversos ambientes da Imagem Peregrina do Imaculado Coração de Maria. Visitando paróquias, hospitais, locais públicos e inúmeras residências, os Arautos levam aos irmãos mais necessitados de apoio espiritual e material, as bênçãos de nossa Mãe Celestial.

Arautos no Brasil destaca apostolado realizado em diversos Estados brasileiros: Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro e Paraná. Neste último houve, em Ponta Grossa, um Encontro Regional dos Cooperadores (“Terciários”) no qual foi abordado como tema o valor do oração. A revista deste mês de setembro destaca a visita do Emmo. Cardeal Antonio María Rouco Varela, Arcebispo de Madri (Espanha) que, aproveitando sua viagem ao Brasil para participar da JMJ, quis visitar o Seminário dos Arautos do Evangelho em Caieiras (Serra da Cantareira, SP), onde celebrou Missa na Basílica de Nossa Senhora do Rosário.

“Boca de Ouro”. Este é o cognome de São João Crisóstomo, cuja vida é narrada pela Irmã Angela Maria Tomé, EP. A partir da página 32 da revista deste mês de Setembro/13, em artigo denominado A força da palavra, demonstra a autora o quanto soube este grande Santo usar do poder da palavra: “Ele não visava obter aplausos: servia-se do púlpito para levar as almas a Deus e Deus às almas”. Este Santo soube demonstrar na prática, nas palavras de Monsenhor João Clá, que “a Palavra de Deus tem uma força irresistível. Ela é a mais poderosa arma que existe; arma de conquista, arma de transformação muito mais poderosa do que a bomba atômica! Um orador sacro bem preparado, que transmita a palavra revelada, tem nas mãos um verdadeiro tesouro de influência e de possibilidades para fazer o bem”. Com toda justiça, São Pio X proclamou São João Crisóstomo, o “Boca de Ouro”, como patrono dos oradores sacros.

Quem poderia imaginar a existência de um mosteiro cisterciense em pleno coração do Brasil? Na pequena cidade de Claraval, no Estado de Minas Gerais, divisa com o Estado de São Paulo, existe esta joia. E alguns arautos foram visitá-lo, como narra Jorge Martínez, a partir da página 36. Vale a pena conferir as fotos e a descrição deste ambiente que transmite com muita propriedade o carisma da Ordem de Cister.

A doçura de uma mãe é revelada no desvelo que ela tem por seus filhos, principalmente quando os pequenos mais necessitam de seus cuidados maternos. Assim é narrado um episódio da vida de Dona Lucilia Ribeiro dos Santos Corrêa de Oliveira, extraído da obra Dona Lucilia, publicada recentemente Monsenhor João Clá Dias. Confira esta singela narrativa, a partir da página 38.

Em sua belíssima apresentação gráfica, que se revela desde a qualidade do papel utilizado até as fotos e ilustrações, o número 141, da Revista Arautos do Evangelho de Setembro de 2013 tem ainda muitas outras seções: notícias da Igreja no mundo, os resumos das vidas dos santos de cada dia; a seção História para crianças… ou adultos cheios de Fé? este mês com a história As duas moedas perdidas.

“Eis que estou à porta e bato”…, artigo da Ir. Juliane Vasconcelos Almeida Campos, EP nos chama a abrir a porta de nossa alma para a Graça de Deus: “Nossa morada interior é guardada pela mais robusta e impenetrável das portas. Esta, porém, tem a peculiaridade de não possuir fechadura pelo lado de fora”.

Por isso, querido leitor, queremos convidá-lo a ler – por que não – “meditar” a Revista Arautos do Evangelho em sua totalidade! Uma excelente companhia para toda a família!

Faça a sua assinatura, contatando a Sede Regional dos Arautos, em Maringá, através do telefone (44) 3028-6596, ou através deste BLOG e daremos as informações detalhadas

Salve Maria! Até o próximo mês.

Por João Celso

A Revista Arautos do Evangelho nasceu em 2002, um ano após os Arautos receberem do Papa a aprovação Pontifícia.

Com o intuito de levar aos lares do mundo inteiro a Palavra de Deus, as principais notícias da Igreja e um conteúdo completo baseado nos ensinamentos da Santa Sé, a Revista Arautos traz em suas páginas artigos para todas as idades e visa, sobretudo, a formação católica da família.

A Revista Arautos é instrumento de evangelização e expressa o carisma dos Arautos do Evangelho”.

(www.revistacatolica.com.br) 

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As lições do Divino Mestre: humildade e mansidão

Neste vale de lágrimas há pobrezas e pobrezas, incontáveis vezes nos deparamos com a mendicância, estado doloroso pelo qual falta ao ser humano tudo que há de mais elementar para sua existência: alimentação, vestimentas e habitação.

Quando por exemplo, devido a alguma doença, inexistem possibilidades legítimas de se alçar uma condição de vida digna, de trabalhar e sair da situação de indigência, o único caminho para tal pessoa é mendigar.

Dir-se-á: situação pior não há! No entanto, generaliza-se uma forma de “mendicância”, não propriamente material, e sobretudo não ornada pela dor resignada.

Trata-se de uma precariedade nem sempre aparente: a miséria da alma! Estado que, infelizmente, se faz recorrente naqueles que, perdendo a visão religiosa da vida – a partir da qual o homem encontra sua finalidade no conhecer, amar e servir a Deus –, colocam-se no centro de sua própria existência, numa espécie de egolatria.

Perdendo esse prumo inicial e essencial para a vida, a alma inicia uma busca constante e sem limites pela satisfação pessoal, mas que parece escapar-lhe por entre os dedos cada vez que pensa tê-la encontrado; não em Deus mas em si ou nas ilusões terrenas  com as quais procura preencher-se.

O coração humano só encontra o verdadeiro repouso em Deus!

Há pessoas, sejam ricas ou pobres materialmente, que guardam entre si uma nota caracterísitca: são miseráveis de alma! Vivem para mendigar a atenção, o aplauso, a fama, o reconhecimento e a boa opinião dos outros. Tentam, no fundo, encontrar nestes o apoio para persistirem numa posição contrária à ordem estabelecida por Deus para reger a existência e o convívio humanos: a humildade, em que cada um é aquilo que é; nem mais, nem menos.

Por outro lado, existem pessoas também ricas ou pobres de bens materiais, mas que trazem em seus corações o tesouro da generosidade e da admiração em relação ao próximo, almas que têm Deus no seu prumo e em sua meta primeira. São os humildes, que nas palavras de Nosso Senhor, tornaram-se tal qual crianças para adquirirem o Reino dos Céus.

Em sua existência terrena, Nosso Senhor conviveu com pessoas de variadas mentalidades; entre elas, infelizmente, algumas que careciam miseravelmente de humildade. Um exemplo que vem muito a calhar é o apresentado no Evangelho de São Lucas do 22º Domingo do Tempo Comum, em que Ele visita a casa de um chefe dos fariseus, em um jantar seleto, mas em que a miséria de alma apareceu com cores fortes…

“Jesus e os fariseus” – Museu de Artes – Montreal (Canadá)

Reparando que os convidados procuravam os primeiros lugares à mesa, Nosso Senhor os censura com uma pequena parábola, em que um convidado sentou-se em local de destaque num casamento, mas é convidado a cedê-lo para um personagem mais ilustre, numa situação constrangedora. Com sua divina mansidão, censura delicadamente a atitude dos convivas pretenciosos, aconselhando-os a não agirem deste modo, mas a procurarem os últimos lugares, para que, se for o caso, sejam convidados a subir e não a descer, o que é honroso. É de uma sabedoria incontestável!

Além disso aconselha também ao anfitrião, que convidara, muito provavelmente, aqueles dos quais poderia barganhar prestígio, interesses pessoais, trocas de favores e outras misérias do gênero. Era ele um esmoler de mesquinharias, incapaz de reconhecer o tesouro infinito que teve a honra de receber em sua casa: o próprio Homem-Deus. Este exorta-o a convidar para suas festas os pobres e aleijados, aqueles que não lhe poderiam retribuir com nenhuma vantagem. Esta ação generosa seria então recompensada eternamente por Deus na ressurreição dos justos. Destes conselhos depreende a belíssima conclusão:

 “Porque quem se eleva será humilhado e quem se humilha, será elevado.”(Lc 14, 11)

Sigamos o Divino Mestre e Pedagogo que afirma, conforme narrado no Evangelho de São Mateus, que devemos imitá-Lo: “Aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração” (Mt. 11, 29).

Comentando este mesmo Evangelho, Mons. João Clá Dias, Fundador dos Arautos do Evangelho, escreve:

“Na verdade, Ele é muito mais do que isso, pois essas virtudes, que o homem luta por praticar, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade as possui em essência: Jesus é a humildade e a mansidão.

Quem é verdadeiramente humilde, é também manso, tem flexibilidade de espírito, está disposto a servir ou a obedecer a seu irmão, preocupa-se mais com os outros do que consigo mesmo, aceita qualquer humilhação ou ofensa com alegria, e quando nota um defeito na atitude de outro, reza por ele e procura não deixar transparecer o que percebeu. Pratica, assim, uma elevada e nobre forma de caridade para com o próximo.” (1)

Vale ressaltar que se Nosso Senhor usou de sinceridade para com os fariseus denunciando seu erro, foi porque discerniu neste modo de agir, aquele que mais faria bem àqueles pobres homens, naquela situação; agindo com fortaleza, mas prudentemente.

Nossa Senhora, exemplo de humildade e mansidão

Imaculado Coração de Maria – Arautos do Evangelho

Eis o grandioso ensinamento deixado por Nosso Senhor a todos nós: “o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir” (Mc. 10, 45).

Sigamos o exemplo de Maria Santíssima, que em sua vida terrena praticou maximamente as virtudes da humildade e mansidão; procurando em pensamentos, atos e palavras servir aos desígnios da Providência para que o Sol da Justiça brilhe majestade e plenitude sobre todos os corações.

Peçamos pela intercessão de Nossa Senhora das Graças, que busquemos não as ilusões passageiras dos ególatras, mas as graças de Nosso Senhor Jesus Cristo para tornar-nos humildes e mansos de coração, para assim obtermos os dons da fortaleza e sabedoria.

 Por Marcelo Veloso Souza Mendes

________________________________

(1) Mons. João S. Clá Dias, EP. Humildade e mansidão. In: _____. O inédito sobre os Evangelhos. v. VI, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2012, p. 314-315.

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Você respeita os sinais?

São Gabriel – Anunciação de Fra Angélico – Museu do Prado

Nas viagens pelas estradas deste imenso Brasil continental – as quais nem sempre oferecem aos usuários a qualidade adequada e esperada – e mesmo no interior das cidades, quem se desloca de carro se depara constantemente com os sinais de trânsito. Uma série interminável de avisos: “Não ultrapasse”, “respeite os limites de velocidade”, “faixa contínua”, “utilize a faixa da direita”, e assim por diante. Com o colossal aumento de carros nos últimos anos, as cidades também se tornam verdadeiros canteiros onde são plantados os infindáveis sinais, causando até certa poluição visual.

Mas, ouvindo os especialistas e consultando nosso bom-senso, vê-se que esses sinais são necessários e indispensáveis.

Diante de avisos, que os sinais teimam em manifestar a todo o momento, o usuário das estradas e ruas pode tomar várias atitudes: respeitá-los, prestando a atenção adequada; desconfiar, achando-os exagerados, sem sentido; ou, simplesmente, ignorá-los. E, de fato, são muitos os motoristas que optam por esta última alternativa. Pois bem: tomar a decisão de ignorá-los pode trazer consequências extremamente desagradáveis, provocando acidentes e mesmo causando a morte de pessoas que não participaram daquela decisão. Pode também, por uma série de felizes coincidências, não acontecer nada; assim, o usuário indisciplinado pode sair incólume e ainda achando-se “esperto” por ter escapado ileso. Obviamente, na maioria das vezes, o motorista imprudente, que ignora os sinais acaba se saindo mal.

O que foi exposto acima, em relação aos sinais de trânsito se aplica também à nossa vida espiritual.

Deus, em sua misericórdia infinita não deixa – por um instante sequer – de pensar em nós; se o fizesse, imediatamente deixaríamos de existir. E, este divino e misericordioso cuidado nos propicia, a todo o momento, o auxílio de Sua Graça para nos ajudar nas grandes e pequenas dificuldades de nossa vida. Este auxílio, que nos chega pela intercessão constante de Maria Santíssima, ajuda-nos a carregar a nossa cruz e nos anima a cumprir nossa finalidade nesta terra, ou seja, buscar a santidade de vida.

Deus também nos envia sinais: “Hoje se ouvirdes a sua voz, não endureçais vossos corações” (Hb 3, 7-8).

São muitos os sinais que Deus nos envia a cada dia. Podem vir por inspiração de nosso Anjo da Guarda: Muitas vezes ele nos inspira: diante das dificuldades, diante de decisões importantes na vida, sempre ele está lá nos encaminhando para o bem, embora a nossa falta de atenção não permita escutá-lo.

Nossa Senhora da Sabedoria – Lumen Coeli – São Paulo, Brasil

Deus nos envia sinais através dos conselhos das pessoas mais experientes, através dos pais, dos amigos, do nosso diretor espiritual, dos nossos superiores. E assim por diante. Deus sempre toma a iniciativa de nos salvar!

Infelizmente, diante dos inúmeros sinais de Deus, a reação de muitas pessoas é exatamente a mesma daquele motorista que negligencia os avisos do trânsito: fazem de conta que eles não existem e seguem a caminhada, nas estradas da vida, por sua conta e risco.

Peçamos a Nossa Senhora – Ela que deu toda atenção ao anúncio do Arcanjo São Gabriel, avaliando seriamente todas as consequências do seu “Sim” – que Ela nos ajude a não ficarmos indiferentes a todos os magníficos sinais que Deus nos envia a cada instante de nossa vida, para nossa salvação eterna.

Por João Celso

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Frase da Semana – Santo Agostinho

“Criaste-nos para Vós e o nosso coração vive inquieto, enquanto não repousar em Vós”

Santo Agostinho, Confissões (1)

Santo Agostinho – Igreja de Santa Maria – Kitchener, Canadá

Na grandiosa Obra composta pelo grande Santo Agostinho, esta frase ocupa lugar de destaque. Está ela estampada logo no início do livro, denominado – com muita propriedade, Confissões.

O desejo de repousar em Deus faz parte da essência da natureza humana. Em vão busca o homem a felicidade longe de seu Criador. Toda nossa existência está impregnada desta verdade maior: fomos criados por Deus, para amá-Lo e servi-Lo nesta terra e depois usufruir eternamente de Sua Bem-Aventurança no Céu. Quem insiste em trilhar caminho diverso não encontra a felicidade nesta vida, nem na vida futura.

Santo Agostinho, cuja festa litúrgica a Igreja celebra neste 28 de Agosto é filho de muitas lágrimas de sua mãe, Santa Mônica, que, durante mais de trinta anos, rezou incansavelmente pela conversão do filho. A festa de Santa Mônica, padroeira das mães cristãs é comemorada um dia antes da de Santo Agostinho, em 27 de Agosto.

Em sua própria vida, experimentou Santo Agostinho a inquietude de que trata a Frase da Semana, pois, a partir do momento de sua conversão, até o final da vida não deixou um dia sequer de buscar a Deus de coração contrito e humilde. Repousou em Deus aos 76 anos, depois de servir a Igreja de Deus por mais de quarenta anos, na condição de padre e bispo. Iluminou com sua inteligência, dedicação e santidade a História da Igreja.

Que a frase desta semana nos sirva de reflexão para que, reconhecendo a finalidade de nossa existência, busquemos a Deus em nossas vidas até que finalmente, a exemplo dos santos, possamos repousar nEle por toda a eternidade. Que Nossa Senhora nos ajude hoje e sempre.

Leia mais sobre a vida de Santo Agostinho no site dos Arautos do Evangelho. (2)


(1) Santo Agostinho. Confissões. 9ª. ed. Petrópolis: Vozes, 1988. Pág. 23.

(2) Arautos do Evangelho. Vida de Santo Agostinho. Disponível em: http://www.arautos.org/especial/17917/Santo-Agostinho

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