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I Domingo da Páscoa da Ressurreição do Senhor, Ano B – Mons. João Clá Dias

A Ressurreição: prenúncio da glória reservada aos batizados.

Em muitos países de tradição cristã costuma-se comemorar a Ressurreição com troca de ovos de Páscoa. Belo símbolo porque o ovo contém em si um germe de vida. Ele representa o inestimável benefício trazido pela Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, pré-figura da nossa.

Caieras, São Paulo, Brasil, Thabor – Basílica Nossa Senhora do Rosário

Nós estávamos mortos, porque carregávamos a herança do pecado original cometido por nossos pais Adão e Eva, mas o Salvador nos obteve uma vida nova, infinitamente mais valiosa do que a humana: a participação na própria vida divina. E este tesouro merece ser tratado com especial carinho, dirigindo nosso amor no rumo certo, segundo o ensinamento da Liturgia do Domingo da Páscoa.
Por isso São Paulo nos recomenda na segunda leitura (Col 3, 1-4) que, uma vez mortos para os vícios e ressuscitados com Cristo, orientemos nossas preocupações para o que vem do alto e não para as coisas concretas que desviam os olhos e o coração de nosso destino eterno, tal como os defuntos não mais se preocupam com seus antigos afazeres ao deixarem esta Terra. Quanta febricitação, fruto do egoísmo e da vaidade! Quanta ilusão com o mundo, os elogios, a repercussão social! Quanta atenção à saúde e ao dinheiro! Cuidados que, até no que têm de legítimo, nos arrastam e nos toldam os horizontes e constituem uma falta contra o primeiro mandamento, tão pouco considerado em nosso exame de consciência.
Entretanto, tenhamos presente que Nosso Senhor Jesus Cristo virá para julgar os vivos e os mortos. Então, a uma voz de comendo d’Ele, num só instante, as almas reencontrarão os corpos, auxiliados pelos Anjos da Guarda que se encarregarão de reunir as cinzas. Enquanto peregrinamos neste vale de lágrimas recordemos que há apenas dois caminhos ao término dos quais nos espera a eternidade feliz no Céu ou a padecente e infeliz, no inferno. Não há uma terceira via.
Eis o futuro que nos aguarda, tão superior a qualquer expectativa que não somos sequer capazes de excogitar como será. “Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou, tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que O amam” (I Co 2, 9). Peçamos a Cristo Jesus que nos conceda, em sua infinita misericórdia, a plenitude da vida sobrenatural conquistada por sua Morte e ressurreição.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Homilia Dominical por Mons. João Clá Dias do Domingo da Páscoa da Ressurreição do Senhor (12/04/2009)

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