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Algumas atividades recentes…

Queremos expor neste artigo algumas das últimas atividades em que os Arautos tiveram a honra imensa de participar. Graças às bênçãos de Deus, nosso Senhor, e da Santíssima Virgem, que cumularam de graças e bênçãos esse apostolado, podemos citar as seguintes:

1) Santa Missa em Cruzeiro do Sul

2) Apresentação musical no Parque de exposição

3) Terço na Praça – 13 de Maio

Santa Missa em Cruzeiro do Sul

No final de semana dos dias 27 e 28 de abril, os Arautos realizaram uma viagem muito interessante a uma pitoresca cidade, cujo nome está ligado à Fé do brasileiro. Possui ela o nome da bela constelação que só aparece no Céu do hemisfério sul e, assim, da América latina, simbolizando a Fé destes povos: o Cruzeiro do Sul.

Os Arautos foram convidados a animar uma Celebração Eucarística, através do coro, da música instrumental e do cerimonial litúrgico. Para os cristãos, a música é uma maneira de louvor ao Deus Onipotente e Eterno. E não há ocasião melhor para isso do que o Santo Sacrifício do Calvário: a Santa Missa. É o que nos diz o salmo: Aclamai o Senhor, ó terra inteira, servi ao Senhor com alegria, ide a Ele cantando jubilosos! (Sl 99, 2). Foi o que aconteceu em Cruzeiro do Sul, quando nosso bom amigo, o Pe. Antonio Carlos da Silva, pároco da Paróquia São Judas Tadeu, nos convidou para esta honrosa missão, que já se tem tornado parte da vida dos Arautos. 

A igreja, devidamente ornada para o culto divino, estava repleta e aproximadamente 700 fiéis aguardavam com expectativa o início da Celebração. Sob os olhares curiosos dos presentes, os Arautos deram início ao cortejo litúrgico com os toques dos trompetes e a marcha de entrada. Deu-se, então, início à Santa Missa, celebrada pelos Revmos. Pe. Antonio Carlos da Silva e Pe. Roberto Takeshi Kiyota, EP.

 Após o cortejo final, os Arautos saíram do templo em procissão pelas ruas da cidade de Cruzeiro do Sul, com o toque marcial da banda sinfônica. As conhecidas “tocatas” são uma maneira de levar o Cristo também aos que talvez não se encontrem no caminho da virtude e da inocência. Esse é o aspecto da Igreja missionária, que se preocupa com os que estão afastados e longe do caminho de Deus. Agradecemos ao querido Pe. Antonio Carlos pela fraternal acolhida e esperamos ter a oportunidade de rever os amigos de Cruzeiro do Sul em breve!

Apresentação musical no Parque de exposição

Quando se vai adentrando no mês de maio, todos os maringaenses tem o coração tomado de uma enorme alegria: é o aniversário de nossa querida cidade, acompanhada pelas costumeiras festas e comemorações, no ParqueInternacionaldeExposições Francisco Feio Ribeiro.

Além dos atrativos que são próprios a este local, procura-se ali também dar oportunidade para grupos culturais realizarem apresentações, com o objetivo de enriquecer as festividades do aniversário do município.

Nesse sentido, na última sexta-feira, dia 10, os Arautos tiveram o júbilo enorme de poderem realizar ali uma apresentação musical. Estava presente a banda sinfônica, composta por instrumentos de sopro, ou seja, instrumentos de madeira e de metal. Além disso, a percurssão oferece para as músicas eruditas uma marcante presença de ritmo, mantendo a cadência da música. A tocata ocorreu no pavilhão azul, a pedido da Sociedade Rural de Maringá (SRM).

Além das belas melodias que foram apresentadas, a diversidade dos instrumentos inspiram uma importante lição: apesar de terem características diferentes, cada um deles possui uma função na composição. Uns são responsáveis pela melodia, outros pela harmonia, tudo seguindo um ritmo e uma cadência. Alguns são graves, outros agudos. Apresentam também timbres totalmente distintos. Todavia, harmonizam-se produzindo uma bela canção para a Cidade Canção.

Assim também acontece na sociedade: todos somos diferentes, não é mesmo? Possuimos qualidades próprias, pensamentos exclusivos. No convívio diário, podemos perceber: como os homens são únicos! Entretanto, todos podem se harmonizar, desde que tenham em vista o seu fim último, que é o Céu, onde Deus os esperam com um infinito afeto e bem-querença, por toda a eternidade.

Portanto, com o auxílio de nossa querida Mãe celeste, amemos a Deus de toda nossa alma e de todo o nosso coração, refletido em nossos irmãos, para um dia o contemplarmos nos Céu, pelos séculos dos séculos. Amém!

Terço na Praça

Além das festividades do aniversário de Maringá, também vem ao nosso espírito uma importante recordação e para todos os católicos: é o mês das mães! E, sobretudo, o mês da Mãe das mães.

No Dia 13 de maio, comemoramos Nossa Senhora de Fátima. Trata-se de uma data tão significativa para nós, que nosso querido Papa Francisco consagrou o seu pontificado à Ela. Assim, em união com o Sumo Pontífice, a arquidiocese de Maringá realizou – pelo 10º ano consecutivo – o “Terço na Praça”, evento muito conhecido em toda a cidade, com a finalidade de homenagear e coroar a Santíssima Virgem como Mãe e Senhora de todos os maringaenses, além de ser uma atividade muito relevante sob o ponto de vista da Evangelização!

No período da tarde já estava a Praça Raposo Tavares repleta de fiéis devotos, ansiosos por homenagear à Santíssima Virgem no Terço. O sol resplandecia no firmamento, lembrando a aparição daquela que, há 96 anos, mais luminosa e brilhante que o sol, apareceu a Francisco, Jacinta e Lúcia, pedindo ao videntes a recitação diária do Rosário, para a conversão mundo e a conversão dos pecadores.

Finalmente, às 18h, iniciou-se o evento, presidido pelo Revmo. Pes. Bruno Elizeu Versari, Vigário geral da arquidiocese, representando o Arcebispo, Dom Anuar Battisti – e pelo Revmo. Pe. Emerson de Carvalho, assessor da Comissão do Anúncio da Arquidiocese. Os presentes esperavam com muito entusiasmo, representado pela chama das velas, a solene entrada de Nossa Senhora, para o início da oração. A imagem do Sapiencial e Imaculado Coração de Maria de Nossa Senhora de Fátima entrou em cortejo, acompanhada dos Arautos.

A praça talvez nunca estivesse tão iluminada. Não somente com uma luz natural, causada pelo brilho das velas e da iluminação da praça. Pois havia, sobretudo, uma luz sobrenatural, vinda do olhar santíssimo e imaculado de Nossa Senhora, como que com as mãos estendidas para ajudar seus filhos necessidades. Como Mãe terna e cuidadosa, estava Ela pronta para ouvir os pedidos dos devotos. Iniciou-se, então, o terço colocando-se as intenções dos presentes, seguido com a recitação dos mistérios.

Como a Igreja Católica é eminentemente apostólica, foi rezado o Terço missionário, em que cada mistério é dedicado especialmente a um continente: começando pela África, América, Europa, Oceania e encerrando-se com a Ásia.

No fim do Terço, a imagem da Virgem foi esplendidamente coroada, representando sua coroação pela Santíssima Trindade no Céu, após sua gloriosa assunção. Não se trata de uma mera representação, ou uma simples encenação. Não! Quando a coroamos, colocamos a Ela no centro de nossas vidas, consagrando-nos livre e inteiramente ao seu santo serviço. O povo de Deus cantava com força e energia a Consagração a Nossa Senhora, tão conhecida de todos.

Foi um dia intenso. Depois do magnífico terço, histórico para os fiéis, novamente a tranquilidade tomou conta da praça, agora cheia de bênçãos vindas do Céu, depois da recitação do santo Terço.

Parabéns à Comissão do Anúncio por mais esta realização do Terço na Praça!

Peçamos a Ela, Nossa Senhora da Glória, padroeira de nossa querida cidade, que faça os nossos corações semelhantes ao Coração do seu Divino Filho. Lembramos que em Fátima, Ela pediu a nós que recitássemos pelo menos o Terço, todos os dias. Mais do que em um dia 13 de Maio, poderíamos nós dar um presente a Ela, não é verdade?

Até a próxima!

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UMA AVALANCHE DE GRAÇAS!

“Estou super feliz! Hoje toda a minha família está aqui. Alguns que não vinham à Igreja há muitos anos, hoje vieram para ver a minha Consagração e participar da Santa Missa”.

“Esta é uma cerimônia [da qual] vou me lembrar pelo resto da minha vida”.

“Sentiremos muitas saudades desta noite”.

“A missa foi super linda… amei, amei… Recebi muitas graças de Nossa Mãezinha”

Muitos outros tocantes testemunhos foram relatados ao final da Celebração do último sábado, dia 04 de Maio, realizada na Paróquia Nossa Senhora da Liberdade, em Maringá. Inúmeras pessoas fizeram a sua Devoção dos 5 Primeiros Sábados, pedida por Nossa Senhora de Fátima. Com a oração do Terço, a meditação do 2º. Mistério glorioso e a comunhão reparadora, foi este o terceiro primeiro sábado consecutivo na Paróquia. Na mesma ocasião, quase 80 pessoas fizeram a sua Consagração Solene a Jesus Cristo, pelas mãos de Maria, segundo o método de São Luís Maria Grignion de Montfort. Além de dezenas de confissões que foram atendidas por dois padres Arautos.

A final da Celebração Eucarística, os novos Consagrados, juntamente com seus familiares, desfrutaram de intenso convívio fraterno numa alegre e descontraída confraternização.

Agradecemos aos membros da Paróquia Nossa Senhora da Liberdade pela acolhida e organização, pois, sem a sua colaboração, nada teria sido possível. Em especial, agradecemos ao querido Padre Dirceu Alves do Nascimento pela gentil e fraternal acolhida, aproveitando para cumprimentá-lo pelo aniversário natalício no próximo dia 12 de Maio. Que Nossa Senhora de Fátima, cuja mensagem Pe. Dirceu sempre acolheu com entusiasmo, lhe conceda as mais escolhidas graças para o seu ministério sacerdotal.

Salve Maria!

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Selos do Vaticano são dedicados ao Papa Francisco

Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 18-04-2013, Fonte: Gaudium Press)No último dia 13 de abril completou-se o primeiro mês de pontificado do Papa Francisco. Com o intuito de celebrar essa data, o Escritório Filatélico e Numismático do Estado da Cidade do Vaticano apresentou os primeiros selos dedicados ao pontífice.

Os selos serão emitidos e postos à venda a partir do dia 2 de maio. O custo dos mesmos variará entre 70 centavos e 2,5 euros.

Desta forma o Escritório Filatélico e Numismático substitui os selos lançados no dia 1º de março, por ocasião da efetivação da renúncia de Bento XVI ao pontificado, deixando dessa forma a Sede Vacante. (EPC)

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Atividades do final de Semana – 06 e 07 de abril de 2013 – Arautos Maringá

COMUNHÃO REPARADORA DO PRIMEIRO SÁBADO

Neste primeiro sábado do mês de abril, a Devoção da Comunhão Reparadora dos Cinco Primeiros Sábados será realizada na Paróquia N. Senhora da Liberdade, no Jardim América, em Maringá. (confira os detalhes abaixo).

Este será o 2º mês de uma série de 5 primeiros sábados em que esta devoção, pedida por Nossa Senhora em Fátima, será realizada na Paróquia N. Sa. da Liberdade. Esta continuidade torna mais acessível a Devoção para os que dela queiram tomar parte. Perseverar no atendimento a este maternal pedido de nossa Mãe é oferecer a ela uma reparação adequada pelos inúmeros pecados que se cometem contra o Seu Imaculado Coração. Que consolo para Ela perceber que ainda há muitas almas dispostas a desagravá-la!

 

Por que esta Devoção?

No dia 10 de Dezembro de 1925, apareceu a Santíssima Virgem à Irmã Lúcia “e pondo-lhe no ombro a mão, mostrou-lhe um Coração que tinha na outra mão cercado de espinhos. Ao mesmo tempo, disse o Menino Jesus [à irmã Lúcia]: Tem pena do Coração da tua Santíssima Mãe, que está coberto de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Lhe cravam, sem haver quem faça um ato de reparação para os tirar”.(1)

Sendo assim, como poderíamos deixar de atender a este apelo divino? Venha, em companhia dos Arautos do Evangelho, desagravar o Coração Imaculado de Maria.

 

Programação:

 Data: 06 de Abril de 2013, 1º. sábado.
Local:            Paróquia Nossa Senhora da Liberdade

Endereço: Rua Júlio Mesquita, s/n – Jardim América – Praça da Capela

Maringá – PR

 

Programa: 17h – Início do atendimento às confissões

18h30 – Recitação do terço e meditação de um mistério do Rosário.

19h30 – Santa Missa, com coroação solene da Imagem Peregrina de N.Senhora de Fátima

 

 

SIMPÓSIO SOBRE O SANTO SUDÁRIO

O III Simpósio dos Arautos Maringá 2013 terá como tema o Santo Sudário de Turin. O Prof. Marcelo Veloso, biólogo e professor na Escola Arautos preparou uma apresentação extremamente competente e detalhada sobre esta que é uma das mais impressionantes relíquias da Fé Católica. De fato é um tema imperdível e desperta sempre um interesse especial, principalmente neste Segundo Domingo da Páscoa. É muito importante conhecer mais sobre esse tecido de linho fabuloso que envolveu o Sacratíssimo Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo e que contém, em si mesmo, provas irrefutáveis da Ressurreição e, portanto, da Divindade do Filho de Deus: Verdadeiramente, Ele Ressuscitou!

Venha atualizar-se, pois este Simpósio será realmente imperdível! Os aprofundamentos no conhecimento do Santo Sudário serão ocasião de muitas graças pelo favor daquela que é a Mãe de Deus feito Homem. Nossa Senhora da Ressurreição, rogai por nós!

Seguem abaixo os horários.

III Simpósio Arautos do Evangelho –  Maringá 2013.

Tema: O Santo Sudário de Turin.

Ministrante: Prof. Marcelo Veloso, dos Arautos do Evangelho

Data: Domingo, 07 de Abril de 2013.

Horários:

– Período da manhã: Das 09h às 11h30 (com intervalo de 20 minutos para café).

– Período da tarde: Das 15h às 16h30.

 

1) Mons. João Clá Dias. Fátima, o meu Imaculado Coração Triunfará. 2ª. Ed. São Paulo: ACNSF, 2007. P.46

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Brasil, Terra de Santa Cruz

Desde suas mais remotas origens, o Brasil está estreitamente vinculado à Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo. Logo ao nascer, serviu de altar para a celebração da santa Missa, à sombra benfazeja de uma grande cruz plantada em seu solo. Como não ver nesses fatos um desígnio providencial?

Por Antonio Queiroz (Fonte: Revista Arautos do Evangelho – Agosto – 2004. Pags 40-42)

Alguém disse que a história de um homem começa, pelo menos, duzentos anos antes de ele nascer. E a de um povo, quando tem início? Pode-se afirmar que ela começa tão mais remotamente quanto maior é a vocação à qual esse povo está destinado pela Providência.

O marco inicial da História do Brasil

Corria o ano de 1139. Na véspera da Batalha de Ourique, o destemido príncipe Dom Afonso Henriques decidiu passar a noite em oração, certamente para pedir a vitória das tropas portuguesas, mas talvez também pressentindo em sua alma o grande acontecimento que se daria no dia seguinte. Próximo ao amanhecer, levantando os olhos ao céu, viu um raio de luz resplandecente, no qual lhe apareceu “uma cruz de extraordinária grandeza, mais esplendorosa que o sol. E nela Jesus Cristo crucificado, acompanhado de grande multidão de anjos formosíssimos”.

Prostrado por terra, o príncipe perguntou ao Redentor o motivo de “tão soberana mercê”. Este lhe respondeu que viera para “fortalecer teu coração e fundar os princípios de teu reino sobre rocha firme”. E acrescentou: “Eu sou o Fundador e destruidor dos reinos e dos impérios. Sobre ti e teus descendentes, quero fundar para Mim um império, por meio do qual seja meu nome publicado entre as nações mais estranhas”.

Raiou o dia, travou-se a batalha e, no próprio campo da luta, os guerreiros cristãos aclamaram Dom Afonso Henriques rei. Assim nasceu o Reino de Portugal, com a missão de “publicar o nome de Cristo entre as nações”.

Quase quatro séculos depois, atracava em terras brasílicas — Porto Seguro, na Bahia — uma esquadra cujas naus arvoravam a Cruz da Ordem de Cristo. A Nação brasileira era uma daquelas nas quais o Divino Redentor queria que o Reino Luso publicasse o seu santo Nome.

Pode-se, pois, dizer que a História do Brasil começa na Batalha de Ourique.

Um país marcado pela Cruz de Cristo

Na manhã de 8 de março de 1500, uma grandiosa cerimônia se desenrola na Capela Real de Belém, Portugal: ao final de uma vigília de armas, Pedro Álvares Cabral recebe do rei Dom Manuel, o Venturoso, o estandarte da Ordem de Cristo. Comandando uma esquadra de 13 naus com 1500 destemidos navegadores, esse rijo fidalgo de 32 anos partia para uma incerta e arriscada viagem rumo à Índia.

Com bandeiras desfraldadas, os navios levantaram âncoras e seguiram em direção ao Ocidente. Ao cabo de um mês e meio de navegação, notaram os primeiros indícios de terra próxima. Narra o escrivão da armada: “Assim seguimos nosso caminho por mar, até que terça-feira das oitavas de Páscoa, que é 2l de abril, topamos com alguns sinais de terra. Na quarta-feira seguinte (22 de abril) avistamos as primeiras aves. Neste mesmo dia, à hora de véspera, avistamos terra. Primeiramente de um grande monte, muito alto e redondo, e outras mais baixas, ao sul dele, todas muito chãs e com grandes arvoredos. Ao qual monte alto o capitão pôs o nome de Monte Pascoal, e à terra, de Vera Cruz”.

Estava descoberto o Brasil.

Desembarque de Cabral em Porto Seguro

No dia 23, desembarcaram os navegadores, ficando a nova terra como propriedade da Ordem de Cristo. Algum tempo depois, mudaram-lhe o nome para Terra de Santa Cruz.

E coisa que a nós brasileiros tornou-se banal, mas que aos estrangeiros maravilha, é poder ver, de qualquer ponto deste imenso território, o Cruzeiro do Sul, uma cruz feita de estrelas pelo próprio Deus, a cintilar nos nossos céus.

A julgar por um fato minúsculo, mas cheio de significado, parece que o Criador quis marcar, não só os céus, mas também a terra brasílica com este sinal da nossa Fé. No Parque Nacional do Monte Pascoal existe um cipó que, cortado em qualquer posição, deixa ver, com toda nitidez, o desenho da mesma cruz da Ordem de Cristo, gravada nas velas dos navios da esquadra descobridora.

A certidão de nascimento do Brasil

Em poucas palavras, Caminha descreve de forma viva e precisa os primeiros contatos dos navegantes lusos com os silvícolas: “Muito se admiraram os portugueses das matas, aves e rios que encontraram nas costas da baía. E de tudo, o que mais os interessava eram naturalmente os habitantes da terra, os quais tinham boa índole, embora os ossos que lhes perfuravam os lábios demonstrassem sua infeliz condição de barbárie. Muito ariscos a princípio, pouco a pouco foram se aproximando dos portugueses. Ao cabo de três dias, muitos deles já haviam trocado arcos e flechas por presentes que lhes davam os visitantes. Até que no domingo seguinte já podiam os portugueses assistir a primeira Missa, que celebrava o descobrimento da nova terra”.

Em sua carta ao Rei Dom Manuel, a qual passou para a História como a certidão de nascimento do Brasil, Pero Vaz de Caminha relata com pormenores este ato que marcou o início de nossa vida enquanto nação. Cabral mandou a todos os capitães que “se arranjassem nos batéis e fossem com ele ouvir Missa e sermão. E assim foi feito. Mandou armar um pavilhão naquela ilha, e dentro levantou um altar bem arranjado. E ali com todos nós fez dizer Missa, celebrada por Frei Henrique de Coimbra com voz entoada, e oficiada com aquela mesma voz pelos padres e sacerdotes, a qual todos assistiram, segundo meu parecer, com muito prazer e devoção”.

Acrescenta o Escrivão que na ilha estava com o capitão o estandarte da Ordem de Cristo, o qual foi mantido alto durante a leitura do Evangelho. Subindo a uma alta cadeira, o celebrante fez o sermão sobre o Evangelho do dia. No fim, tratou da terra recém-descoberta, referindo-se à Cruz, sob cuja obediência vieram os navegantes.

Os índios brasileiros, “gente boa e de bela simplicidade”

Grande número de índios assistiram da praia à cerimônia religiosa. Ao final, tocaram cornos e dançaram, em sinal de contentamento. Não é, portanto, sem razão que Caminha aconselha ao rei de Portugal mandar catequizar nossa gente: “Não duvido que eles, segundo a santa intenção de Vossa Alteza, se farão cristãos e hão de crer na nossa Santa Fé” – afirma.

Por fim, faz votos de que “Nosso Senhor os converta, porque certamente esta gente é boa e de bela simplicidade… Nosso Senhor lhes deu bons corpos e bons rostos, como a homens bons”. E acrescenta: “Deus, para aqui trazer os portugueses, não foi sem causa”.

No dia 1º de maio, os navegadores desembarcaram no continente e escolheram um lugar para erguer uma grande cruz. Narra o escrivão da armada: “O madeiro foi conduzido em procissão, com os sacerdotes e religiosos cantando à frente. Setenta a oitenta índios acompanharam de perto, e assim que viram a Cruz sendo levada aos ombros pelos portugueses, puseram-se solícitos debaixo dela para ajudá-los a carregá-la. Erguido o cruzeiro, Frei Henrique de Coimbra celebrou a segunda Missa, desta vez no continente.Também a esta os índios assistiram, ajoelhando-se ou levantando-se do mesmo modo que faziam os portugueses. De maneira que tinham as almas abertas para imitar as boas ações que os navegantes lhes ensinassem.”

Um pormenor histórico, especialmente promissor, é que no primeiro encontro dos navegantes com nossos índios “o que mais agradou os nativos não foram bugigangas, mas as contas brancas de um rosário”.

Ao concluir sua carta ao Rei, o escrivão insiste: “Esta terra, Senhor, (…) de tal maneira é graciosa, que querendo aproveitar, dar-se-á nela tudo, por causa das águas que tem. Contudo o melhor fruto que dela se pode tirar parece-me que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza nela deve lançar”.

Uma história que ainda está por acontecer

Se nenhum passarinho cai por terra sem que seja da vontade de Deus (Mt 10, 29), como duvidar que a Providência tenha reservado um grandioso futuro para esta Nação, cujo descobrimento foi assinalado por tantas bênçãos divinas?

Encontrará o Brasil, nas reservas morais de muitos de seus filhos, a fidelidade e os recursos necessários para realizar plenamente sua excelsa missão no terceiro milênio?

Razões não nos faltam para crermos que sim!

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