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Revista Arautos em foco…

“A Revista Arautos do Evangelho nasceu em 2002, um ano após os Arautos receberem do Papa a aprovação Pontifícia.

Com o intuito de levar aos lares do mundo inteiro a Palavra de Deus, as principais notícias da Igreja e um conteúdo completo baseado nos ensinamentos da Igreja Católica, a Revista Arautos traz em suas páginas artigos para todas as idades e visa, sobretudo, a formação católica da família.

A Revista Arautos é instrumento de evangelização e expressa o carisma dos Arautos do Evangelho.”

 (www.revistacatolica.com.br)

                           

                            Resenha Mensal da

                    Revista Arautos do Evangelho

                             N. 137  – Maio 2013

 

Afresco de Nossa Senhora do Bom Conselho, que se venera em Genazzano (Itália)

Apresentação da Revista

            Para atender aos seus objetivos editoriais (expostos acima) e tornar a sua leitura mais prazerosa e eficaz, a Revista Arautos do Evangelho é dividida em diferentes seções. As fixas são muito apreciadas pelos leitores e muitos as leem logo ao receber a Revista. São elas: Editorial, A Voz do Papa, os Comentários ao Evangelho, artigo mensal de Mons. João Clá Dias, Fundador dos Arautos; Arautos no Mundo e Arautos no Brasil¸ que trazem um resumo ilustrado das principais atividades dos Arautos em todo o mundo e no Brasil; também é fixa a seção Aconteceu na Igreja e no Mundo¸ com fatos de atualidade católica; uma parte da Revista que é muito apreciada é História para Crianças…ou adultos cheios de Fé?, que conta belas histórias, capazes de nos encher de entusiasmo; muito apreciada é também a parte dedicada aos Santos de Cada Dia, que traz um pequeno resumo da vida dos santos.

            As seções variáveis abordam, de maneira elegante e atrativa a História da Igreja, vários aspectos da Doutrina Católica, a devoção a Nossa Senhora, vidas de santos, Liturgia, além de inúmeros artigos sobre assuntos diversos, escritos com competência e zelo pelos inúmeros acadêmicos de Filosofia e Teologia e mestres e doutores (sacerdotes e leigos) que fazem parte das fileiras dos Arautos do Evangelho.

            Em uma elegante apresentação gráfica e rico conteúdo doutrinário, suas edições em quatro línguas atingem a tiragem mensal de 1 milhão de exemplares, circulando em dezenas de países, como demonstram as cartas recebidas na seção Escrevem os Leitores. Realmente, ela transmite o carisma dos Arautos!

            Para proveito de nossos leitores, apresentaremos a partir deste mês uma Resenha da Revista,  objetivando dar uma rápida pincelada nos assuntos que são ali tratados, e sobretudo incentivando a todos que procurem ler a revista inteira, pois é uma oportunidade única de conhecer, com qualidade os assuntos da nossa Religião. Revista Arautos: leitura agradável, formativa e com qualidade! Uma companhia indispensável para as famílias!

            A foto de capa da Revista do mês de maio é dedicada a Nossa Senhora do Bom Conselho, cujo afresco é venerado na pequena cidade de Genazzano, na Itália. Este número da revista aborda o insuperável amor maternal de Nossa Senhora por nós. O Editorial mostra como a lei da misericórdia é inaugurada pelo Divino Redentor, o qual “mostra-Se Deus não só amigo, mas Irmão dos homens, que Se encarna e morre na Cruz para nossa salvação”, o que seria impensável na Antiguidade. O “requinte” desse plano de amor, porém, é o fato de Nosso Senhor ter Se encarnado no seio puríssimo de Maria, tendo “assim a humanidade o conhecimento não apenas do Deus que é amor, mas também da Mãe d’Ele e nossa, a personificação da bondade, da doçura e do perdão”.

            A Voz do Papa deste mês traz, entre outros, excerto da homília proferida pelo Papa Francisco na Missa Crismal, de 28/03/2013. Dirigindo-se aos Sacerdotes, o Papa ensina que eles são “mediadores entre Deus e os homens; que a unção sacerdotal é para benefício do povo” e, a partir dessa verdade, o sacerdote deve “intuir e sentir as necessidades dos fiéis”; finalmente, que o sacerdote não deve se tornar apenas um “intermediário, um gestor”, mas deve ser “pastor no meio do seu rebanho e pescadores de homens”.

            O Comentário do Evangelho deste mês trata da magnífica Sequência de Pentecostes: “Na variedade dos povos, a unidade da Igreja, que ao longo dos séculos inspira o heroísmo da virtude, surpreende o cético espectador… Ignora ele qual o fator determinante desta maravilhosa coesão”. E esse fator de coesão é o Divino Espírito Santo: “Se o Espírito Santo se retirasse da Igreja, ela ficaria inerte como um cadáver”

            A Revista deste mês de Maio apresenta ainda vários outros interessantes artigos: O Diác. Dartagnan Alves de Oliveira Souza, EP, escreve sobre Os mártires do Império Romano: Testemunho selado pelo sangueO artigo mostra como “aqueles mártires tinham no fundo de suas almas a certeza de que Cristo, de alguma forma, triunfaria sobre os seus perseguidores. Machados, navalhas, fogo, torturas e feras revelaram-se insuficientes para vencer a resistência dos seguidores de Cristo”. Com o seu testemunho, os mártires construíram “pedra por pedra, o edifício admirável da Igreja”.

            Em outro artigo vemos que“quanto mais observamos a natureza, mais se fortalece nossa convicção de nos encontrarmos diante de uma obra divina (…) Exemplo revelador da insondável ordem posta por Deus no universo é o mundo das abelhas”. Em A perfeição da obra divina, o Arauto Jonas Venero explica como as estruturas usadas pelas abelhas em seus favos, bem como a exatidão dos seus alvéolos serve de inspiração para grandes avanços científicos, desde a maneira como a NASA constrói naves espaciais até à linguagem usada na Informática. A “chamada ‘teoria das abelhas’ continua inspirando artigos científicos em temas tão complexos como a distribuição de tarefas em entornos de computação em nuvem”. Realmente, artigo muito interessante e atual.

            Quem conhece a história de São Pascoal Bailão? Pois bem: a Irmã Clara Morazzani Arráiz, EP conta a bela história desse humilde pastor, modelo de mansidão, que teve a graça de entrar para a Ordem dos Frades Menores (Franciscanos), num convite feito diretamente a ele, numa aparição, por S. Francisco de Assis e Santa Clara. “Sua vida transcorreu na paz do claustro e na mendicância, de maneira apagada, humilde, mas valente, na busca contínua e exclusiva da glória de Deus; e lhe estava reservada grande glória e renome pelo mundo inteiro”. Um grande Santo, exemplo para nossos dias!

            A Irmã Carmela Werner Ferreira, EP, em seu artigo Exímio modelo de bondade, apresenta o lançamento do mais recente livro de Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias: Dona Lucilia, cujo exemplo de vida costuma ser de grande proveito para as almas. Com a finalidade de divulgar a sua vida, acaba de ser publicada a biografia de Dona Lucilia, profusamente ilustrada por fotografias que falam por si, tal a expressividade de sua fisionomia transbordante de doçura e de benquerença incondicional. Como exemplo de mãe católica, nunca tendo atuado fora do lar, poderá servir de inspiração a incontáveis pessoas em nossos dias, cujas vidas também se desenrolam no seio da família. Os inúmeros fatos narrados revelam como é possível executar as tarefas cotidianas com muita elevação de alma, reportando tudo ao sobrenatural e a Deus Nosso Senhor. O livro de Monsenhor João é editado pela Libreria Editrice Vaticana.

            Há, ainda, notícias variadas, artigos sobre a devoção a Nossa Senhora, assuntos que enriquecem sobremaneira este número da Revista do mês de Maio de 2013. Porém, por brevidade, não será possível abordar a todos. Portanto, novamente, convidamos nosso caro leitor para saborear a Revista Arautos do Evangelho. Se desejar fazer a sua assinatura, pode contatar a Sede Regional dos Arautos, em Maringá, através do telefone (44) 3028-6596, ou através do BLOG e daremos as informações detalhadas. Numa época em que, infelizmente, muitas famílias têm muitos problemas e dificuldades para enfrentar em seu dia a dia, entre elas o diálogo, a Revista Arautos do Evangelho quer contribuir para essa evangelização dentro da família: Que tal ler a Revista numa reunião de família, entre amigos, em seu grupo, em sua Comunidade? Todos, certamente, sairão enriquecidos!

Até o próximo mês.

João Celso

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Apresentações musicais e Dia das Mães…

São diversas as atividades que vem sendo desenvolvidas pelos Arautos, especialmente neste mês de Maio, consagrado a Nossa Senhora. Graças às oportunidades que nos foram proporcionadas e às derramadas por Ela, podemos destacar algumas delas:

1)      Apresentação musical na PUC Maringá

2)      Apresentação musical em Colorado

3)     Dia das Mães na Comunidade dos Arautos

Apresentação Musical na PUC-Maringá  

A pedido dos acadêmicos do curso de filosofia da PUC, o coro e banda dos Arautos do Evangelho de Maringá tiveram a honra e alegria de participar do evento “Verdade e Conhecimento na Filosofia Medieval”, ocorrido na Pontifícia Universidade Católica (PUC), Campus Maringá no último dia 29 de abril. Os Arautos participaram da abertura do evento, realizando um solene cortejo de abertura. No palco, executaram peças musicais, proporcionando aos docentes e discentes da universidade um agradável momento cultural.

É muito conhecido o ensinamento de Santo Agostinho: “quem canta reza duas vezes”. Nesse sentido, foram apresentadas músicas de canto gregoriano e polifônico, os quais nos transmitem uma profunda paz interior, acompanhada de uma bênção e unção sobrenatural.

Sabemos que o canto gregoriano é até hoje o canto litúrgico por excelência da Igreja Católica, ainda usado em cerimônias de todo o mundo. É um canto monofônico, de ritmo livre, sendo permitido o acompanhamento com o órgão. Possui ele este nome em homenagem ao grande Papa São Gregório Magno. No século VI, o sumo-pontífice utilizou os salmos judaicos e os modos gregos, adaptando-os e incorporando-os à liturgia católica.

 Agradecemos aos acadêmicos da PUC pela calorosa acolhida! Até a próxima!

 

Apresentação musical em Colorado

A pedido da Associação de Comércio e Indústria de Colorado (ACIC), os Arautos realizaram um concerto sinfônico nesta cidade (a 95 km de Maringá). A apresentação deu-se no Anfiteatro Municipal.

Foram apresentadas as seguintes músicas: Pavane “Die Schlacht” de Tylman Susato, España Cañi de Marquina, El gato Montés de Manuel Penella e Hallelujah Chorus de George Frideric Handel.

O evento ocorreu por ocasião da comemoração do Dia das Mães da ACIC e foi encerrado com um sorteio de uma moto. A comemoração contou com a participação do Presidente da ACIC, Dr. Marco Aurélio Valério Azevedo.

Como foi o Dia das Mães nos Arautos?

Na tarde deste último Domingo, ocorreu a “Comemoração do Dia das Mães”, na Comunidade dos Arautos. O evento começou com uma peça teatral, apresentada pelos próprios filhos das homenageadas. Houve também uma apresentação musical, desempenhada pelo conjunto de flautas doce e de instrumentistas que participam do Projeto Futuro e Vida.

Em seguida ocorreu a Santa Missa, presidida pelo Revmo. Pe. Roberto Takeshi, EP e concelebrada pelo Revmo. Pe. Lailson Tomé de Lima – que nos deu a honra de sua visita nesta tarde abençoada. A Cerimônia contou com a participação do coro e banda sinfônica, como também da imagem do Imaculado Coração de Maria de Nossa Senhora de Fátima.

Agradecemos a presença alegre de todas as mães e desejamos que a Santíssima Virgem – Mãe de Deus e nossa – cumule de graças e bênçãos todas as mães nesta data tão especial!

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Devoção a Nossa Senhora – Comentários à Salve Rainha – (Parte III)

Salve, Rainha, Mãe de misericórdia,

vida, doçura e esperança nossa, salve!

A Vós bradamos, os degredados filhos de Eva. A Vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas.

Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei.

E depois deste desterro mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce e sempre Virgem Maria.

V. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo

Vida, doçura e esperança nossa, salve!”

Implorando à Nossa Mãe Santíssima que nos conceda graças especiais, vamos avançando na meditação desta magnífica oração da Salve, Rainha, objetivando que ela seja rezada com devoção cada vez maior e que constitua para cada um em particular um doce hino de louvor prestado à Rainha do Céu e da Terra.

Nas invocações desta segunda frase, a Igreja nos convida, em primeiro lugar, a chamarmos nossa Rainha de vida. Sendo assim, consideremos o significado desta invocação. Quando começa, de fato, a nossa “vida”? Em termos naturais, pode-se afirmar que a vida começa no momento da concepção, embora correntes não-católicas queiram considerar que a vida se inicia apenas em certas etapas do desenvolvimento do embrião ou feto, ou mesmo, apenas no momento efetivo do nascimento da criança. Com efeito, conforme ensina o Catecismo da Igreja Católica, “a vida humana deve ser respeitada e protegida de maneira absoluta a partir do momento da concepção”(1)

Porém, muito mais importante que o começo de nossa vida natural, física, é o início da nossa verdadeira vida (no sentido mais pleno da palavra, sob o ponto de vista católico), que começa no momento de nosso Batismo, o qual para nós “é a fonte da vida nova em Cristo, fonte esta da qual brota toda a vida cristã”(2). Se compreendermos, portanto, que a verdadeira vida vem da graça de Deus, e que Maria Santíssima é a Mãe da Divina Graça, fica fácil compreender por que a Igreja nos recomenda chamá-la, nesta oração, de vida. Muito claramente trata Santo Afonso de Ligório a respeito deste ponto:

“Para a exata compreensão da razão por que a Santa Igreja nos ordena que chamemos a Maria nossa vida, é necessário saber que, assim como a alma dá vida ao corpo, assim também a graça divina dá vida à alma. Uma alma sem a graça divina só tem nome de viva, mas na realidade está morta (…) Obtendo Maria por meio de sua intercessão a graça aos pecadores, deste modo lhes dá vida”.(3)

Ou seja, uma pessoa que esteja privada da graça da Deus, não tem em si a vida verdadeira; tem apenas uma aparência de vida. Portanto, se tivermos a infelicidade de pecar ofendendo a Deus gravemente, perdendo a vida da graça em nós, rapidamente procuremos o Seu perdão, para recobrar a vida plena. Como nos ensinam os santos, procuremos Maria, para que Ela nos obtenha de volta a nossa vida, que é Jesus Cristo!

Além de nos obter de volta a nossa vida quando pecamos, Maria Santíssima também nos obtém a graça da perseverança: mantém acesa em nós a chama da vida da graça.

Maria Santíssima é também nossa doçura.

No Tratado da Verdadeira Devoção, S. Luís comenta que “nossas melhores ações são ordinariamente manchadas e corrompidas pelo fundo de maldade que há em nós” (4), portanto ao fazermos um sério e rigoroso exame de consciência, ao analisarmos detidamente como tem sido nossa vida até hoje, reconhecemo-nos inteiramente necessitados do perdão e da misericórdia de Deus. Por vezes, pode assaltar-nos um sentimento de temor diante de nossas misérias e pecados. Qual será nosso destino eterno se não nos convertermos verdadeiramente? A vista da sentença do juiz e do grave “apartai-vos de mim” (cf. Lc 13,27) pode – e deve – fazer-nos tremer de pavor.

Mas, qual não deve ser o nosso consolo, a nossa confiança, ao pensarmos na doçura de nossa Mãe Santíssima, que intercede por nós junto ao Juiz, que é seu próprio Filho? Como auxílio de Maria, nada devemos temer, pois é Ela “perfeitamente afável, doce, misericordiosa e condescendente para que aqueles que A invocam. A esta Mãe clementíssima devemos o fato de haver suavidade em nossa vida. Ela nos obtém a graça divina e, portanto, forças para a prática da virtude. Ora, a virtude é o que há de doce no existir humano. Sem ela, nossa vida seria amarga e sinistra. Assim, Nossa Senhora é a doçura que, proporcionando-nos a virtude, confere suavidade à nossa existência terrena”.(5)

Esperança nossa, Salve!

Muitas vezes nos decepcionamos por colocar a nossa esperança nas criaturas. Em geral temos muitos amigos, mas, infelizmente a maioria deles costuma desaparecer nas horas de dificuldade e, repentinamente, nos vemos sozinhos diante de nossos problemas, sejam eles de qualquer natureza: doenças, problemas na família, problemas financeiros, etc. “Os amigos verdadeiros e os verdadeiros parentes não se conhecem no tempo de prosperidades, mas sim no das angústias e desventuras. Os amigos do mundo não deixam o amigo, enquanto está em prosperidade. Mas o abandonam imediatamente, se lhe acontece uma desgraça ou dele se avizinha a morte”(6)

Felizes, portanto, aqueles que põem a sua esperança na intercessão de Maria Santíssima! Ela “não é uma esperança nossa; Ela é a esperança nossa. E esperança tal que, só por causa dEla, nossa existência se torna doce e suportável. Mãe de misericórdia, Ela é a vida, a doçura e a grande esperança dos degredados filhos de Eva”.(7)

Encerremos com Santo Afonso de Ligório:

Motivo tem, pois, a Igreja em aplicar a Maria as palavras do Eclesiástico (24,24), com as quais lhe chama a Mãe da santa esperança. Mãe que faz nascer em nós, não a esperança vã dos bens transitórios desta vida, mas a santa esperança dos bens imensos e eternos da vida bem-aventurada. Salve, esperança de minha alma, saudava-a S. Efrém, salve, é segura salvação dos cristãos, auxílio dos pecadores, defesa dos fiéis, salvação do mundo. Aqui pondera S. Boaventura que, depois de Deus, outra esperança não temos senão Maria e por isso a invoca ‘como única esperança depois de Deus’”(8).

Na próxima parte: “A vós bradamos, os degredados filhos de Eva”

1) Catecismo da Igreja Católica. N. 2270, p. 591
2) Ibidem, n. 1254, p. 349.
3) Santo Afonso Maria de Ligório. Glórias de Maria. 3ª. Ed. Aparecida: Santuário, 1989. P.. 74
4) S. Luís Maria G. de MOntfort. Tratado da Verdadeira Devoção à Ssma. Virgem. 38ª. Ed. Petrópolis: Vozes, 2009. P. 82
5) Mons. João Clá Dias, EP. Pequeno Ofício da Imaculada Conceição Comentado. S. Paulo: Artpress, 1997. P. 310.
6) Santo Afonso de Ligório. Op.cit. p. 88
7) Mons. João Clá Dias, EP. Op.cit. p. 287
8) Santo Afonso de Ligório, Op.cit. p. 98

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Aprovação Pontifícia dos Arautos do Evangelho: 12 anos!

Neste 22 de Fevereiro, na festa da Cátedra de Pedro, estão os Arautos do Evangelho de todo o mundo em festa. Sim! Há 12 anos ocorria em Roma a sua Aprovação Pontifícia. Ainda ecoam nos corações dos Arautos as sublimes palavras então proferidas por sua Santidade, João Paulo II, naquela manhã de 28 de Fevereiro de 2001:

Saúdo… de modo especial o numeroso grupo da Associação Internacional de Fiéis de Direito Pontifício, Arautos do Evangelho, para que sendo fiéis à Igreja, ao seu Magistério, permaneçam unidos aos seus pastores e anunciem corajosamente, pelo mundo inteiro, a Cristo Nosso Senhor”.

Sede mensageiros do Evangelho pela intercessão do Coração Imaculado de Maria. A todos faço votos de que a Quaresma seja portadora de um espírito novo diante de Deus”(1)

Pelos seus frutos, os conhecereis” (Cf. Mt 7,15).

Quem tem a oportunidade de manter contato constante com os Arautos do Evangelho pode testemunhar que os desejos e anseios do Santo Padre se realizaram plenamente. Em regiões distantes, em cidades minúsculas, ou em grandes metrópoles, seja no nosso imenso Brasil ou em mais de 70 países no mundo, estão os Arautos realizando seu trabalho evangelizador e é impossível ser indiferentes a eles. “Unidos a seus pastores” anunciam corajosamente a Cristo, Nosso Senhor.

Vários são os aspectos da atuação dos Arautos – “frutos” – que poderiam ser comentados efusivamente. O trabalho junto à juventude, o apostolado na educação, a divulgação da Devoção a Nossa Senhora, o trabalho em hospitais, em comunidades carentes de recursos materiais e espirituais. Enfim, uma rica variedade de dons a serviço da Igreja de Deus. Todas essas obras dos Arautos – que encantam em todo o mundo – são consequência da extrema fidelidade de seu Fundador, o Monsenhor João Clá Dias à graça de Deus que o inspirou a fundar essa obra magnífica. “Bendito o homem que deposita a confiança no Senhor, e cuja esperança é o Senhor. Assemelha-se à árvore plantada perto da água, que estende as raízes para o arroio; se vier o calor, ela não temerá, e sua folhagem continuará verdejante; não a inquieta a seca de um ano, pois ela continua a produzir frutos” (Cf. Jer 17, 7-8). Dedicação, horas incansáveis de trabalho, estudo e, sobretudo, horas de oração e de adoração ao SS. Sacramento, as quais são constantemente oferecidas pelo nosso Fundador, têm comprado as graças para o florescimento e crescimento dessa Obra.

A história dos Arautos ainda está sendo escrita, de forma que é praticamente impossível abordar toda a sua riqueza nos limites de um texto como este.

Um aspecto muito saliente e importante dessa obra, cuja lembrança não pode ser negligenciada e que merece ser destacado é a sua abertura para as pessoas que se aproximam da Associação, mas que, por razões diversas, não podem lhe dar uma adesão total de tempo. Os Arautos, absolutamente, não são uma associação fechada, voltada para si mesma. Por exemplo, os Cooperadores dos Arautos, numa linguagem interna conhecidos como Terciários, são um testemunho vivo dessa abertura. São eles pais e mães de família que, apesar de não poderem se dedicar integralmente à obra dos Arautos, podem, no entanto, participar dela voluntariamente, conforme o tempo lhes permita.

Assim, é perfeitamente razoável que numa Missa, ou numa reunião numa Casa da Comunidade dos Arautos seja encontrada uma grande variedade de pessoas: de meninos e meninas de 10, 11 anos, até octogenários! Todos partilhando, dentro de sua capacidade e disponibilidade, dos mesmos ideais. Todos agradecidos a Nossa Senhora por fazer parte dessa Obra!

Certa vez, em visita à Comunidade dos Arautos em Maringá, comentou Dom Anuar Battisti: a Igreja é um jardim florido, com uma rica e imensa variedade de flores. Os Arautos, com a Graça de Deus e pela fidelidade de seus incansáveis componentes e, principalmente, pela fidelidade de seu Fundador, fazem parte desse maravilhoso jardim de Deus.

Que as graças especiais deste dia possam irradiar-se em todos os corações! Que Nossa Senhora continue cobrindo esta obra com Seu manto sagrado!

Prof. João Celso

1 – Arautos do Evangelho. Surge um Novo Carisma na Igreja. Edição comemorativa de sua ereção pontifícia. S.Paulo: Takano Editora, 2001.

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Um elemento fundamental para bem vivermos o Ano da Fé: a Caridade

De forma cada vez mais pertinente, oportuna e proveitosa, tem-se abordado a importância deste Ano da Fé, para nos aprofundarmos no conhecimento da Doutrina Católica e nos exercitarmos na prática dos atos desta virtude sobrenatural que é a fé e, assim, desenvolvermos nossa firme convicção, com auxílio da graça, na verdade revelada por Jesus Cristo e ensinada pela Igreja Católica. (1) (2)

Conforme já se viu (3), o estudo proveitoso da Doutrina Católica nos leva a um crescimento não só intelectual, como espiritual. De fato esta virtude teologal – para o desenvolvimento integral do homem – é suscetível de crescimento. Em contrapartida, se na virtude da fé não se cresce, ela entra num processo de crise, definha a tal ponto que pode chegar ao seu desaparecimento. Em outros termos, segundo o adágio popular: “o que não anda, desanda”… máxime, em se tratando da vida intelectual e espiritual – poderíamos acrescentar. Ou seja, a fé precisa crescer, exercitar-se, aprofundar-se para que não se atrofie, como acontece com a musculatura humana que, tendo necessidade de exercícios e se não os pratica, adoece.

Devido a esta ausência do exercício da Fé, com zelo bem nos adverte o Sumo Pontífice da Igreja Universal e Servo dos Servos de Deus: “Em vastas áreas da Terra a Fé corre perigo de se extinguir como uma chama que deixa de ser alimentada. Estamos diante de uma profunda crise de Fé”. (4)

Com efeito, a propósito desta crise de fé, observa o Revmo. Padre Salazar Rojas, EP:

O obscurecimento da Fé e do senso de Deus poderia ser comparado a um dos mais assombrosos acontecimentos cósmicos, o eclipse do Sol. O filósofo Martin Buber o aplica a nossos dias, quando escreve que a “hora histórica que o mundo atravessa” assemelha-se à de um “eclipse da luz do céu”, de um “eclipse de Deus”. (5)

Exercitar a Fé através da Caridade

Mas então, como fazer para que a Fé não se extinga, mas seja viva? O Catecismo da Igreja Católica nos apresenta o caminho indicado pelo Espírito Santo, o Espírito do Amor, através de São Paulo: “a fé viva ‘age pela caridade’ (Gl 5,6)” e aprofunda este ensinamento: “O dom da fé permanece naquele que não pecou contra ela”. (6)

O papel da caridade, como fundamento e inspiração de todas as virtudes (7) – portanto, da virtude da Fé – é apresentado, no dizer de Mons. João Clá Dias, no

mais célebre dos hinos sobre a caridade [ ] recortado pela Liturgia de hoje [IV Domingo do Tempo Comum], à guisa de segunda leitura (I Cor 13, 1-13): “Se eu não tivesse caridade”, repete São Paulo três vezes nesse texto, proclamando que, sem ela, de nada lhe serviriam todas as ciências e virtudes. O verdadeiro amor “não busca os seus próprios interesses […] tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. (8)

Maputo, Moçambique – Um sacerdote missionário dos Arautos do Evangelho ministra os sacramentos. Numerosos missionários trabalham ativamente animando as pequenas comunidades cristãs em todo o país.

Vê-se que São Paulo sublinha o quanto é necessária a caridade, para tudo o que se faça tenha seu bom desenvolvimento e aproveitamento. Seja qual for o gesto, a dedicação, o esforço que empreendamos, deverá ser “substanciado” de caridade. E como praticá-la? Amando a Deus e ao próximo e guardando os seus Mandamentos: “permanecei em meu amor. Se observais os meus mandamentos, permanecereis no meu amor” (Jo 15, 9-10).

Eis o elemento substancial da nossa fé. Assim, se quisermos crescer na fé, peçamos a Nossa Senhora, Mãe do Divino Amor, que cresçamos sempre mais na caridade, no amor a Deus e ao próximo, na prática dos Mandamentos. Aí seremos homens de fé e mulheres de fé, bem vivendo o Ano da Fé.

(1) Catecismo da Igreja Católica. 11ª ed. São Paulo: Edições Loyola, 2001, p. 488.
(2) SPIRAGO, Francisco. Catecismo Popular. 2ª. ed. Guarda: Tipografia da Empresa Veritas, s.d., p. 41.
(3) “O Ano da Fé e o estudo frutuoso da Doutrina Católica”. Disponível em  http://maringa.blog.arautos.org/2013/01/o-ano-da-fe-e-o-estudo-frutuoso-da-doutrina-catolica/
(4) BENTO XVI. Discurso aos participantes da reunião plenária da Congregação para a Doutrina da Fé, de 27/1/2012.
(5) SALAZAR ROJAS, EP, Pe. Winston de La Concepción. O pecado de nossa época. In Revista Arautos do Evangelho, São Paulo, n. 134, p. 24, fev. 2013.
(6) Catecismo da Igreja Católica. P. 489.
(7) _______. P. 492.
(8) CLÁ DIAS, Mons. João Scognamiglio, EP. O inédito sobre os Evangelhos. Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana e São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2012, p. 56.
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