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O que fazer com os Ramos, bentos no Domingo de Ramos?

A resposta nos vem de Dom Andrés Azacarte, OSB:

Cruz processional da Basílica de Nossa Senhora do
Rosário no último Domingo de Ramos (revista “Arautos do Evangelho”)

Os ramos bentos no domingo de Ramos devem ser guardados com respeito e colocados em algum lugar descente do lar. Servem para proteger os cristãos contra raios e incêndios e para afugentar o demônio.

E alguns países fazem-se com eles cruzes pequenas que se cravam nos vinhedos, olivais, hortas e sementeiras, para preservá-los das pestes e saraivadas miúdas.

Efetivamente, podem-se usar para todos estes fins, uma vez que são coisas bentas e, como tais, veículos de celestial proteção, bem como indica a liturgia no cerimonial da benção:(1)

 Deus eterno e todo-poderoso, abençoai estes ramos, para que, seguindo com alegria o Cristo, nosso Rei, cheguemos por ele à eterna Jerusalém. Por Cristo, nosso Senhor. Amém”(2)

 

1) AZACARTE, Dom Andrés. Missal Diário para América. Ed. Espanhol-latim. Buenos Aires: Xila, 1946.

2)Missal Romano. 14ª edição. São Paulo: Paulus, 2010.

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O Domingo de Ramos, portal de entrada da Semana Santa.

 Na Liturgia do Domingo de Ramos, “a Igreja comemora, ao mesmo tempo, as alegrias da entrada triunfal de Nosso Senhor Jesus Cristo em Jerusalém e o início de sua Via Sacra, com a proclamação da Paixão no Evangelho da Missa”.(1) A partir do Domingo de Ramos, todas as celebrações nos convidam a contemplar os acontecimentos mais importantes da nossa Redenção.

 Jesus entra triunfalmente em Jerusalém e é aclamado como Rei: “Bendito o Rei, que vem em nome do Senhor!” (cf. Lc 19,38). Mas… estas mesmas pessoas em pouquíssimo tempo já estariam pedindo a sua condenação à morte na cruz.

 Quando alguns fariseus tentaram impedir que Jesus fosse reverenciado, louvado como Rei, o Mestre os repreendeu duramente, dizendo: “Se eles se calaram, as pedras gritarão” (cf Lc19,40). Ora, se até as pedras poderiam gritar para louvar o nosso Deus, como é possível que fiquemos indiferentes diante de Jesus que passa por nós? Iremos adorá-LO em nosso coração, ou seremos frios e recusaremos a intensidade do Amor que Ele demonstra por nós, a ponto de derramar até a última gota de seu Sangue Divino?

Na celebração do Domingo de Ramos do ano passado, o Papa Bento XVI recordou aos fiéis, em sua maioria jovens, presentes na Praça de S. Pedro, que “somos chamados a seguir o nosso Rei que escolhe a cruz como trono; somos chamados a seguir um Messias que não nos garante uma felicidade terrena fácil, mas a felicidade do céu, a bem-aventurança de Deus. Por isso, devemos perguntar-nos: Quais são as nossas reais expectativas? Quais são os desejos mais profundos que nos animaram a vir aqui, hoje, celebrar o Domingo de Ramos e iniciar a Semana Santa?”(2)

Procuremos, portanto, viver intensamente a Semana Santa que começa, já a partir da celebração do Domingo de Ramos.

Procure saber os horários e a programação da Semana Santa em sua Paróquia e participe com fervor!

 

Os Arautos do Evangelho celebrarão a Missa do Domingo de Ramos, a partir das 17h, neste Domingo, 24/03, na Capela São Francisco de Assis, que pertence à Paróquia N.Senhora de Guadalupe, em Maringá.

 Maiores informações, na Comunidade dos Arautos, pelo fone 3028-6596.

 TODOS ESTÃO CONVIDADOS!

 

1) Monsenhor João Clá Dias. O inédito sobre os Evangelhos. Vaticano/S. Paulo: Libreria Editrice Vaticana/Instituo Lumen Sapientiae, 2012. Página 255.
2)Disponível em: http://www.arautos.org/noticias/35402/Ao-dom-do-amor-de-Deus-temos-que-responder-com-o-dom-de-nos-mesmos–convida-o-Papa-no-Domingo-de-Ramos.

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O glorioso santo – pai adotivo de Nosso Senhor Jesus Cristo: São José!

Ao analisarmos as épocas litúrgicas ao longo do ano, constatamos como cada uma delas é marcada por graças características que as constituem.

Dentre essas, tomemos, por exemplo, o período da Quaresma, momento no qual somos convidados a dar ao menos algum passo rumo à perfeição, partindo tal empenho de um bom propósito.

Há aqueles que oferecem um pequeno jejum; há outros que apresentam um boa disposição para a abstinência; muitos se destacam pela mortificação… Entretanto, poucos são os que se dispõem a jugular seus “caprichos” e “manias” cujos rótulos bem se podem destacar pelo amor próprio!

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 Realmente, não é fácil! Quando menos esperamos, lá vai uma atitude de indignação que parte de nosso interior, rapidamente, ao nos sentirmos lesados em algo que a nós se refere. Levantamos suspeitas imprecisas… Fazemos juízos precipitados… Sancionamos sentenças equivocadas!

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 Situação inteiramente oposta vemos na pessoa dos Santos! Bem-aventurados que em meio às mais terríveis provas e angustias, galgaram a montanha tão escarpada do auto-controle, e isso com tamanha calma e serenidade a ponto de nos deixar pasmos.

E como exemplo príncipe desses paradigmas celestes, desponta como merecedor de “protodulia” (em grego, temos protos que significa “primeiro” e dulia submissão, dependência, servidão) o patriarca da fé, esposo castíssimo de Maria e a quem o próprio Cristo outorgou o título de pai adotivo: o Glorioso São José!

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 Nas palavras de São Pio X (Oração a São José), eis que ele se nos apresenta como poderoso protetor, capaz de conduzir-nos “à paz, moderação e paciência, sem nunca recuar perante o cansaço e as dificuldades”.

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Peçamos a ele, especialmente neste mês de março, a quem nunca recuou diante quaisquer perplexidades, que nos auxilie em nossa lida diária, impedindo-nos recuar ante os obstáculos de nosso crescimento espiritual; mas que inspirados e movidos por seus atos, saibamos trilhar a passos largos e generosos a via da santificação!

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Oração a São José para antes do trabalho (São Pio X)(1)

Glorioso São José, modelo de todos os que se dedicam ao trabalho, obtende-me a graça de trabalhar com espírito de penitência para expiação de meus numerosos pecados;

de trabalhar com consciência, pondo o culto do dever acima de minhas inclinações; de trabalhar com recolhimento e alegria, olhando como uma honra empregar e desenvolver pelo trabalho os dons recebidos de Deus;

de trabalhar com ordem, paz, moderação e paciência, sem nunca recuar perante o cansaço e as dificuldades;de trabalhar sobretudo com pureza de intenção e com desapego de mim mesmo, tendo sempre diante dos olhos a morte e a conta que deverei dar do tempo perdido, dos talentos inutilizados, do bem omitido e da vã complacência nos sucessos, tão funesta à obra de Deus!

Tudo por Jesus, tudo por Maria, tudo à vossa imitação, ó Patriarca São José! Tal será a minha divisa na vida e na morte. Amém

1)Fonte: http://www.arautos.org/artigo/124/Oracao-a-Sao-Jose-para-antes-do-trabalho–Sao-Pio-X-

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Devoção a Nossa Senhora – Comentários à Salve Rainha – (Parte V)

 Salve, Rainha, Mãe de misericórdia,

vida, doçura e esperança nossa, salve!

A Vós bradamos, os degredados filhos de Eva.

A Vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas.

Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei.

E depois deste desterro mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce e sempre Virgem Maria.

V. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo

A Vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas

A incomparável bondade de Deus presenteou o mundo e os homens que nele habitam com uma quantidade enorme de belos e encantadores vales.

O Grand Canyon, Colorado, EUA

Esses acidentes geográficos podem variar enormemente de extensão, comportando apenas alguns quilômetros, como também milhares de quilômetros quadrados de área. Geralmente se constituem em uma área de baixa altitude, na qual corre um rio, cercado de montanhas. Podem ser vales desertos e quase sem vegetação, como o Grand Canyon, localizado nos Estados

Castelo de Neuschwanstein, Alemanha

Unidos e descoberto por espanhóis no século XVI. Este vale, imenso, chega a ter profundidades de 1.600 metros! Podem ser também imensos vales verdejantes, cercados por montanhas cobertas por neve, ou por abundantes florestas verdes, nas quais, com elegância, pode um imponente castelo ocupar lugar de destaque na paisagem, como por exemplo o Castelo de Neuschwanstein, que por sua graça e beleza é o edifício mais fotografado na Alemanha.

Na França existe um vale muitíssimo famoso, o Vale do Loire, também conhecido como Jardim da França. Toda a paisagem do rio Loire é coberta por castelos magníficos, que demonstram como a genialidade humana, quando corresponde aos estímulos do Evangelho, pode emoldurar ainda mais a já privilegiada natureza da região. A esses castelos acorrem visitantes do mundo inteiro, em todas as épocas do ano, para contemplar a sua grandiosidade e beleza únicas. Seus castelos mais famosos são os de Chambord e Chenonceau, além de outras dezenas, igualmente visitados e referenciados.

Castelo de Chenonceau, Vale do Loire, França

 

Castelo de Chambord
Vale do Loire, França

Neste nosso Brasil, abençoado por Deus com uma natureza rica e variada, temos também os nossos verdes e exuberantes vales, cujos rios caudalosos fazem os rios da Europa parecerem pequenos riachos. São também de uma beleza extraordinária e proporcionam àqueles que os visitam uma sensação de bem estar, como que uma antessala do que seria o Paraíso terrestre, do qual, em consequência do pecado, foram expulsos nossos primeiros pais.

Em outras palavras, a admiração a esses vales nos remete à grandeza de Deus e nos fazem imaginar como será o Céu, que Ele tem preparado para nós desde toda a eternidade. Enfim, seja para um descanso de férias, seja numa viagem a trabalho, quantos de nós não gostariam de visitar, conhecer e – quem sabe! até morar em um desses vales. De fato, não seria pequena a satisfação de constantemente contemplar a natureza intocada, ou a natureza redesenhada pelo homem, cuja contemplação nos remete a nosso fim último.

No entanto, ainda como consequência do pecado de nossos primeiros pais, nós somos constrangidos a morar e a conviver uns com os outros em outro vale: O vale de lágrimas. Com efeito, a oração da Salve Rainha, nos convida a recorrermos a Nossa Senhora, “suspirando, gemendo e chorando neste vale de lágrimas”. Esta frase nos indica que não podemos ter felicidade plena, completa, nesta terra. Sempre estaremos cercados de problemas, ou doenças, ou provações, algum tipo de infelicidades, as quais nos fazem suspirar, gemer e chorar. E esse nosso lamento só pode ser aliviado com a presença de Deus em nossas vidas. Por que Deus permite que isso seja assim? Comenta o Monsenhor João Clá, EP, fundador dos Arautos:

Assim como o carvão, para se transformar em diamante, precisa ser submetido às altíssimas temperaturas e pressões encontradas nas entranhas da Terra, nossas almas necessitam do sofrimento, neste vale de lágrimas, para merecermos a glória celeste. E para bem suportarmos os padecimentos que nos esperam, façamos, por intercessão da Bem-Aventurada Virgem Maria, o pedido contido no salmo: ‘Sobre nós venha, Senhor, vossa graça, pois em Vós esperamos’ (Sl 32, 22)”(1).

Portanto, sempre que tivermos sofrimentos a enfrentar – e sempre os teremos, somos convidados a recorrer a Nossa Senhora, que poderá nos amparar com as suas graças. Nesse sentido, ensina-nos Santo Afonso de Ligório:

Que o recorrer, pois, à intercessão de Maria Santíssima seja coisa utilíssima e santa, só podem duvidar os que são faltos de fé. O que, porém, temos em vista provar é que esta intercessão é também necessária à nossa salvação. Necessária, sim, não absoluta, mas moralmente falando, como deve ser. A origem desta necessidade está na própria vontade de Deus, o qual pelas mãos de Maria quer que passem todas as graças que nos dispensa.”(2)

Exatamente no mesmo sentido, complementa S. Luís Maria Grignion de Montfort:

Deus Espírito Santo comunicou a Maria, sua fiel esposa, seus dons inefáveis, escolhendo-a para dispensadora de tudo que ele possui. Deste modo ela distribui seus dons e suas graças a quem quer, e dom nenhum é concedido aos homens, que não passe por suas mãos virginais. Tal é a vontade de Deus, que tudo tenhamos por Maria e assim será enriquecida, elevada e honrada pelo Altíssimo, aquela que, em toda a vida, quis ser pobre, humilde e escondida até ao nada”(3)

Temos em nossas vidas momentos de calmaria, mas temos também momentos de tempestade. O mais importante é estarmos sempre agarrados à mão de nossa Protetora, Aquela que nos ajuda a atravessar o vale de lágrimas e chegar ao outro lado. Que a nossa confiança cresça a cada dia, e não deixemos jamais de recorrer ao auxílio de nossa Mãe Santíssima!

Por Prof. João Celso

Na próxima parte:

Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei

1) Monsenhor João Clá Dias. Há vida sem sofrimento? Revista Arautos do Evangelho, Outubro/2012, p. 10 a 17.
2)Santo Afonso Maria de Ligório. Glórias de Maria. 3ª. ed. Aparecida: SP, Editora Santuário, 1989. p. 132
3)São Luis Maria G. de Montfort. Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem. 38ª. Ed. Petrópolis: RJ, Vozes, 2009. P. 31

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Os mistérios de Deus demonstrados numa pequenina ave: o pica-pau

Ao contemplarmos as maravilhas da natureza, como uma bela paisagem, uma magnífica flor ou ainda uma reluzente pedra, às vezes nos perguntamos: de onde teria vindo tudo isso? Deparamo-nos com os animais: perfeitos! De onde teriam vindo?

Aprendemos na escola que todas as espécies vivas resultam de uma evolução ao longo do tempo, baseada na seleção natural. Cada ser vivo, para chegar até hoje, teria passado por sucessivas e pequenas transformações que possibilitaram sua sobrevivência; esse processo de mudanças orgânicas ocorre por necessidade de adaptação ao meio. É a doutrina criada por Charles Darwin no século XIX, denominada Teoria da Evolução1.

Um Animal incrível

O leitor realmente acredita nisso? Paremos para analisar uma ave pequena e aparentemente simples: o pica-pau.

É um animal incrível, que nos deixa atônitos. Possui um resistente bico, com uma força incomum, mais do que as demais aves. Também tem patas especiais. São duas garras para frente e duas para traz, já que as demais aves possuem apenas duas para frente e uma para trás. Isso auxilia na mobilidade de nosso amigo, ajudando-o a andar na árvore em qualquer direção. Sua calda possui penas fortes e resistentes, uma vez que a utiliza como uma terceira perna para apoiar-se na árvore. Desta forma pode, confortavelmente, permanecer num tronco vertical com estabilidade.

O pica-pau passa o dia martelando a árvore com seu bico. Isso corresponderia, transpondo para medidas humanas, a lançar-nos contra uma parede com toda a força. Entretanto, nunca ninguém viu um pica-pau desmaiado pelo fato tê-lo feito centenas de vezes por dia. Por quê? Deus deu-lhe um “equipamento”, podendo proceder assim, sem nenhum perigo. Entre o bico e o crânio, possui uma peça de cartilagem que funciona como um amortecedor. Seu crânio também é mais espesso que as demais criaturas, proporcionalmente.

O Pica-pau primitivo

Ora, a Teoria da Evolução nos diz que os animais passaram pela seleção natural. Isso significa que sobreviveram aqueles que eram mais aptos, ou seja, os que possuíam vantagens, características que o levaram a viver de forma ótima, transmitindo-as a seus descendentes.

Imaginemos, então, um pica-pau primitivo, que ainda não possuía essa cartilagem entre o bico e o crânio. Ao martelar a árvore, logo morreria, pois levaria uma forte pancada. Se não o fizesse, morreria certamente de fome. Como conseguiria o pica-pau sobreviver sem essas características próprias à sua espécie?

Outras peculiaridades impressionantes.

Sua língua é capaz de se estender por até vinte e cinco centímetros fora do bico. Assim, pode extrair da árvore o inseto com que pretende alimentar-se. Mas como pegar o inseto e trazê-lo para fora sem que ele escape? Deus, ao cria-lo, colocou pequenas farpas na ponta de sua língua, o que lhe permite espetar o inseto. E ainda, tem uma glândula que produz uma cola suficientemente forte para grudar a presa e puxá-la. Mas vai comer o inseto cheio de cola? Não, pois possui uma glândula que dissolve a cola dentro de seu bico.

O pica-pau, ao bicar a árvore, fecha os olhos. Medindo a força de sua batida na madeira, verificou-se que, caso ele “esquecesse” de fechá-los, eles saltariam para fora da órbita no impacto. Portanto, antes de cada bicada, ele abre os olhos, focaliza o ponto, fecha os olhos, e repete o movimento. Alguém já conseguiu contar quantas bicadas um pica-pau dá por segundo? São em média doze golpes, e em cada um deles o processo é repetido com uma velocidade extraordinária.

Se existisse o pica-pau primitivo, ao dar a martelada na árvore com os olhos abertos, morreria. Se o fizesse sem a cartilagem entre o bico e o crânio, quebraria a cabeça na madeira. Ainda que conseguisse fazer o orifício tão desejado, não conseguiria espetar e capturar seu alimento. Como teria conseguido sobreviver e transmitir essas características a seus descendentes?

É claro que nosso amigo não poderia ter evoluído. É necessário que tenha todas essas qualidades, senão não sobreviveria jamais.

É impressionante analisarmos como uma ave tão pequena e simples leva consigo tantas perfeições. É possível um animal evoluir até chegar a esse estágio? Ou, então, “Alguém” o terá criado deste modo?Portanto, é evidente a existência de uma Inteligência superior, capaz de criar um ser completo como o pica-pau. Foi um Ser Absoluto, Onipotente e Eterno que o fez, com todas suas características e qualidades.

Além disso, o pica-pau nos traz uma alta lição: se Deus teve tanta deferência por uma simples criatura, quanto mais não se compadecerá de nós, dando-nos as graças necessárias para nossa Salvação Eterna? É o que nos diz o salmista com estas tocantes palavras:

Senhor, Vós me sondais e conheceis,
sabeis quando me sento ou me levanto;
de longe penetrais meus pensamentos,
percebeis quando me deito e quando eu ando,
os meus caminhos Vos são todos conhecidos.
 
A palavra nem chegou à minha língua,
e já, Senhor, a conheceis inteiramente.
Por detrás e pela frente me envolveis;
pusestes sobre mim a Vossa mão.
 
Esta verdade é por demais maravilhosa,
é tão sublime que não posso compreendê-la.
Em que lugar me ocultareis de vosso Espírito?
E para fugirei de vossa face?
 
Se eu subir até os céus, ali estais;
se eu descer até o abismo, estais presente.
Se a aurora me emprestar as suas asas,
para eu voar e habitar no fim dos mares;
mesmo lá vai me guiar a vossa mão
e segurar-me com firmeza vossa destra.
 
Se eu pensasse: ‘A escuridão venha esconder-me
e que a luz ao meu redor de faça noite!’
Mesmo as trevas para Vós não são escuras,
a própria noite resplandece como o dia,
e a escuridão é tão brilhante como a luz2.”
 
 ___________________________________________________

1 ARAGUAIA, M. Evolução. In: BRASIL ESCOLA. Biologia Evolutiva. Disponível em: <http:www.brasilescola.com/biologia/evolução.htm>. Acesso em: 12 out. 2010.

2(Sl 138(139), 1-12)

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