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O demônio não é um mito e devemos combatê-lo, adverte sacerdote

Através de um vídeo postado nas redes sociais, o Padre Samuel Bonilla, esclareceu algumas verdades esquecidas sobre a existência do demônio.

Utilizando as Sagradas Escrituras, o sacerdote explicou que a palavra “diabo” tem origem grega e significa “caluniador” e que apesar de no Antigo Testamento ser utilizada mais a palavra ‘Satanás’, no Novo Testamento o termo mais empregado é ‘diabo’. No entanto, existem muitos outros nomes (Lúcifer, Belzebu, Belial) e títulos com os quais o demônio é chamado (maligno, tentador, príncipe deste mundo, deus deste século, acusador dos irmãos). Read More

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Frase da semana: Em todas as tuas obras lembra-te dos teus novíssimos.

Em todas as tuas obras lembra-te dos teus novíssimos.

Livro do Eclesiástico, 7, 40

Inúmeros são os pensamentos, as ideais, convicções que preenchem e “alimentam” o nosso dia a dia e nos levam a praticar esta ou aquela ação. Atitudes e obras as mais diversas – numa perspectiva meramente humana e passageira – necessárias ou sem importância, boas ou, quiçá, más.

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No entanto, O Espírito Santo, no Livro do Eclesiástico, nos faz uma recomendação fundamental, para tudo aquilo que realizamos: “Em todas as tuas obras lembra-te dos teus Novíssimos, e nunca mais pecarás”. Ou seja, pensa naquelas últimas coisas que estão reservadas a cada um de nós: morte, juízo, inferno ou Paraíso.

“Em todas as tuas obras”, quer dizer, não somente quando rezamos ou vamos à Missa, fazemos jejum ou praticamos um ato de piedade, mas em tudo devemos nos lembrar e meditar sobre nosso fim último: a eternidade, o Céu.

É ou não verdade que, se cumprirmos com este conselho de Deus, teremos mais cuidado no que fazemos e assim Lhe agradaremos, evitaremos o pecado, e nos prepararemos para o Céu?

Mesmo as mais simples ações, como um trabalho físico ou algum estudo, o limpar uma sala, ou até fritar um ovo, em todas as obras, seremos mais felizes e poderemos constatar que na ponta de cada uma delas, haverá um grande prêmio, se a fizermos com intenção de glorificar a Deus, para o bem do próximo e, mediante isto, alcançarmos a salvação eterna!

Em outros termos, em nossas ações, “nosso único objetivo deve ser o de fazer a vontade de Deus a nosso respeito, e aí, sim, irmos ao encontro do ‘Filho do Homem vindo nas nuvens com grande poder e glória’”, conforme nos ensina Mons. João S. Clá Dias, ao comentar a vinda triunfal de Nosso Senhor Jesus Cristo, em seu Corpo glorioso, no fim do mundo.

Na realidade, esta Frase da Semana deveria ser a Frase de todos os nossos dias. E, após nossa morte, tendo passado pelo Juízo Particular, poderemos ouvir na felicidade plena a Voz do Salvador: “Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo” (Mt 25, 34b).

Que este seja o ideal e a meta de nossas vidas. Assim seja!


¹ Mons. João S. Clá Dias, EP. Não devemos buscar as glórias deste mundo como um fim. In: _____. O inédito sobre os Evangelhos. v. IV, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2014, p. 525.

Veja o Sermão pregado por Mons. João Clá Dias, no qual trata tema relacionado com a Frase da Semana, sobre a Palavra de Deus posta em prática e a segurança da salvação eterna em

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São Cura d’Ars e a pregação dos novíssimos

ÍndiceEm sua bondade e misericórdia, porque nos quer o bem, a Santa Igreja Católica Apostólica Romana nos recomenda, com base na Revelação, a meditarmos nos novíssimos, isto é, as últimas coisas que nos há de acontecer, quais sejam, a morte, o juízo, o inferno ou paraíso.

E a razão para isto é que tal meditação constitui-se no “pensamento mais eficaz para evitarmos o pecado”. ¹ “Em tudo o que fizeres, lembra-te de teu fim, e jamais pecarás”, é o conselho de sabedoria que nos traz o Eclesiástico (7, 40).

Em consonância desse ensinamento, ao longo dos vinte séculos de História da Igreja, vemos pregadores zelosos que, com bondade, equilíbrio e sabedoria, pregaram os novíssimos e atraíram para as vias da virtude e santidade incontáveis almas.

Entre estes apóstolos, temos São João Maria Vianney, o Santo Cura d’Ars que – conforme comenta Mons. João S. Clá Dias, Fundador dos Arautos – “Embora não tivesse nenhuma das qualidades naturais para exercer um sacerdócio extraordinário, ele, entretanto, foi um sacerdote magnífico, um apóstolo estupendo, um confessor dotado de raríssimo discernimento, um pregador que exercia profunda influência sobre as almas e, acima de tudo, com um título que é a arquitetura de todo o resto: foi o próprio modelo de sacerdote”. ²

Uma das pregações sobre os novíssimos feitas pelo Santo Cura d’Ars, é narrada pelo Padre Francisco Alves, C.SS.R.:

“Contava o Santo Cura d’Ars que dois soldados entraram numa igreja, quando um missionário pregava sobre o inferno. Ao saírem, um perguntou:

– Você crê tudo no que ele disse no sermão?

– Que esperança! Isso é uma arte muito velha de assustar a gente e arrecadar dinheiro.

– Pois eu creio no que ele disse – respondeu o primeiro – e como prova vou deixar a carreira militar e entrar para um convento.

– Pois vá para onde quiser. Eu continuarei como até agora.

Este soldado, dentro de pouco tempo, adoeceu gravemente e morreu. O companheiro, ao ter notícia da morte de seu amigo, pediu a Deus lhe fizesse conhecer a sorte que coubera ao outro na eternidade. Um dia apareceu-lhe o falecido e disse-lhe:

– Estou no inferno, condenado para sempre. Os pregadores não se enganam senão quanto às penas que se sofrem no inferno; eles não referem nem a mínima parte das mesmas”. ³

Que esta “meditação” pregada por São João Maria Vianney nos seja eficaz para seguirmos as vias da virtude e da santidade rumo ao Céu.

Adilson Costa da Costa

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¹ Segundo Catecismo da Doutrina Cristã, 117ª ed. Petrópolis: Vozes, 2007, p. 64-65

 

² Mons. João S. Clá Dias. São João Maria Vianney, modelo para os sacerdotes In

http://santossegundojoaocladias.blogspot.com.br/2013/03/sao-joao-maria-vianneymodelo-para-os.html – Acesso em 5 ago. 15

³ Pe. Francisco Alves, C.SS.R. Contava Santo Cura d’Ars… In Tesouro de Exemplos. v. II, 2. Ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1960, n. 350.

 

Assista o esplêndido vídeo em que Mons. João Clá mostra como devemos nos preparar para a última hora, abordando os Novíssimos do homem:

http://fb.gaudiumpress.org/tv/interna/id/225/title/Lumen+Veritatis+11+%E2%80%93+Uma+viagem+sem+retorno+%E2%80%93+parte+2.html

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No alto está São Miguel

No dia 29 de Setembro, comemora-se a festa dos gloriosos Arcanjos São Miguel, São Rafael e São Gabriel, grandes guerreiros, servos e mensageiros do Deus Altíssimo. Por ocasião desta data, trazemos aos leitores uma impressionante história, que se passou nos confins da Normandia e Bretanha, ao norte da bela França, em tempos muito antigos.

Havia, perdido em meio a imensas extensões de areia e águas marítimas, uma ilhota rochosa alta, conhecida na região com o curioso nome de “Monte Tumba”. O título se justificava, pois os antigos contavam que, naquele local, precipitou-se ao centro da Terra, em direção ao Inferno, o revoltado Lúcifer, derrotado no grande embate travado no Céu, entre os anjos bons e maus. Teria Deus colocado ali a descomunal rocha para marcar o ponto em que o inimigo infernal abandonou para sempre a liberdade dos que amam ao Criador.

Certo é que, atraídos por essa narração, grande quantidade de bruxos e servidores do demônio começou a frequentar e habitar a ilha, que se tornou local de pecados e ofensas a Deus, cercada assim, de uma malfadada reputação.

No ano 708, o Bispo Santo Albert estando no “Monte Tumba”, recebeu duas aparições do Arcanjo São Miguel, ordenando que naquele local fosse erguido um santuário em sua honra. Em dúvida sobre a realidade das graças místicas que recebera, decidiu esperar. Não obstante, o Glorioso Arcanjo torna a aparecer-lhe e, desta vez, dá-lhe uma prova irrefutável: toca-lhe a cabeça… e esta fica marcada com um sinal do “angélico dedo”, visível e permanente, sobre a pele do Santo.

Alguns monges beneditinos, então, dirigiram-se para o rochedo, a fim de edificarem uma abadia e uma Igreja gótica. A construção era ousada e difícil, mas graças às suas orações, exorcismos, trabalhos e a uma vida santa,atraíram as bênçãos divinas, puderam por para fora os maldosos moradores da ilha e alcançaram seu objetivo: Foi consagrada a São Miguel por Santo Albert no ano 709, no dia 16 de outubro, uma belíssima Igreja ali construída. Esta passou a abrigar as relíquias de anteriores aparições do Príncipe Celestial em Monte Gargano, Itália. A ilha passou então a ser chamada de “Mont San Michel”, ou seja, Monte São Miguel.

Com o tempo, construíram-se muralhas de pedra. Dentro delas, aos poucos, vieram morar aldeões, em busca de segurança e atraídos pela santidade, bondade e sabedoria dos monges. Formou-se, assim, uma pitoresca e autêntica vila medieval, cercada pelas águas do mar que, somente na baixa das marés, deixavam aparecer uma rasa passagem até o continente e que podia ser transposta a pé.

Por fim, em honra do poderosíssimo Príncipe dos Anjos, foi colocada – no ponto mais alto da ilha, a agulha da torre principal da igreja – a 170 metros de altura, uma belíssima imagem dourada do Fidelíssimo Guerreiro Celeste. Esmagando o derrotado, orgulhoso e desprezível inimigo, via-se o Arcanjo revestido de armadura, em defesa da glória de Deus, de sua Igreja e de seus filhos fiéis, reluzir aos raios do sol.

Mais uma vez ele triunfou, e sua imagem permanece, no alto do Mont San Michel, até os dias atuais, tal qual a assinatura de um pintor em sua obra de arte, como sinal da vitória alcançada no Céu e das vitórias que ele é capaz dar, na Terra, àqueles que pedem seu auxílio e se colocam sob sua poderosa proteção. Para isso, trazemos ao leitor esta oração conhecida como exorcismo breve e composta pelo Papa Leão XIII, para uso dos fiéis.

 “EXORCISMO BREVE”          Papa Leão XIII

São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate; sede nossa proteção contra os embustes e ciladas do demônio. Subjugue-o Deus, instantemente o pedimos, e vós, Príncipe da milícia celeste, pelo divino poder, precipitai no inferno a Satanás e aos outros espíritos malignos, que andam pelo mundo para perder as almas. Amém.

 

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Qual o grande abismo que separa os homens na terra?

Ao tomarmos contato com as parábolas do Divino Pedagogo, ficamos encantados com seus magníficos ensinamentos. Entre estas, uma das mais belas páginas evangélicas é a Parábola do rico e do pobre Lázaro, meditada neste 26º Domingo do Tempo Comum.

Quando lemos esta parábola, ficamos impressionados com o contraste chocante existente entre o rico que se banqueteava todos os dias de forma esplêndida e a situação de mendicância do pobre Lázaro, que disputava com os cães as migalhas que caiam da mesa daquele egoísta, indiferente à situação de penúria do seu semelhante.

Tão viva a narração feita por Nosso Senhor, que ficamos tomados de compaixão para com Lázaro, ao mesmo tempo em que sentimos indignação pelo alheamento e pouco caso do rico diante do pobre sofredor. De fato, não é outra senão esta a reação a que somos convidados. Aliás, tal cena, infelizmente, tantas vezes se sucede, com variantes diversas mas substancialmente reais, ao longo da história dos homens…

Ademais, chama-nos a atenção os extremos a que passam os dois protagonistas da parábola, após sua vida na terra: o rico, da opulência, é jogado nos tormentos do inferno a ponto de suplicar uma gota d´água do dedo de Lázaro para refrescar sua língua. Por outro lado o pobre Lázaro, do infortúnio, é levado pelos anjos ao seio de Abrão e consolado. E tal é a distância entre os dois, que Abraão diz ao rico: “[…] há entre nós e vós um grande abismo; de maneira que os que querem passar daqui para vós não podem, nem os daí podem passar para nós” (Lc 16, 26).

O grande abismo que separava o rico do pobre Lázaro, após suas mortes, está claro: a radical diferença entre o céu e o inferno. No entanto, poderíamos nos perguntar: haveria um “grande abismo” que separava os dois personagens, antes de morrerem? Ou ainda: Qual era o verdadeiro abismo que separava o rico do pobre Lázaro, na sua existência terrena?

Talvez alguém pudesse se precipitar e responder: “é claro, o que os separava era a riqueza de um e a pobreza de outro!” E talvez ainda concluísse: “E foi por esta razão mesmo que um foi para o céu e o outro lançado no inferno”.

Humildade e amor a Deus

No entanto, não é uma razão de ordem meramente econômica, o “grande abismo” que os separava em sua existência terrena, bem como na eternidade. Como podemos demonstrar isto? O incomparável Santo Agostinho nos dá uma resposta rutilante: “Não foi a pobreza que conduziu Lázaro ao céu, mas a sua humildade. Nem foram as riquezas que impediram o rico de entrar no descanso eterno, mas o seu egoísmo e sua infidelidade 1 [grifos nossos]

Mãe do Divino Amor – Paróquia São Gines – Madri, Espanha

Sim. Não era simplesmente o fato de um ser rico e ou outro pobre que explicava o abismo que os separava. Era isto sim, o fato de um ser humilde e amante de Deus, e outro egoísta, infiel a Deus e indiferente ao próximo.

É neste sentido, que Mons. João Clá Dias aborda tal questão: “Pode-se perguntar: vai-se para o inferno pelo simples fato de ser rico? No Céu, só entram os mendigos? Toda riqueza é um mal e toda miséria, um bem? Neste trecho de Lucas, encontramos a descrição de uma condenação e de uma salvação. As penas eternas aplicadas ao avarento são devidas ao mau uso das riquezas, pois estas, de si, são neutras, nem boas, nem más. Depende do uso que delas se faça. O mesmo se deve dizer da pobreza, não é ela boa, nem má. Para qualificá-la é necessário saber com que disposição interior foi aceita”. 2

Em resumo, como diz São João da Cruz: “Ao entardecer desta vida, seremos julgados segundo o amor”. 3

A mediação de Nossa Senhora

Eis o grande abismo que separa os homens nesta terra: o amor de Deus e do próximo e o amor de si mesmo com o esquecimento de Deus. No entanto, este abismo não é instransponível como aquele grande abismo de que nos fala Abraão na parábola. Sim, caro leitor, este abismo é transponível pela graça de Deus, que tudo pode.

Peçamos a Maria, Mãe do Divino Amor, que nos dê um amor radical e pleno ao Seu Divino Filho e, por amor a Ele, um verdadeiro amor ao próximo. E aí teremos transposto todos os abismos do pecado que nos separam de Deus.

Por Adilson Costa da Costa

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1 Santo Agostinho. Sermão 24, 3.
2 Mons. João S. Clá Dias, EP. Invertendo os papéis na parábola. In: _____. O inédito sobre os Evangelhos. v. VI, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2012, p. 383-384.
3 São João da Cruz. Dichos de Luz e Amor, n. 57. In: Obras Completas. Madri: Espiritualidad, 1057, p. 63.
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