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Arautos do Evangelho realizam tocata natalina na PUC

Os Arautos do Evangelho tiveram a alegria de, neste dia 20 de novembro, realizar apresentação musical natalina na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), no Câmpus de Maringá. Foi uma das primeiras tocatas natalinas deste ano, contando com a presença do corpo docente, discente funcionários da Instituição.

Ao ouvirem os primeiros acordes – tão conhecidos e desejados neste período – os alunos ficaram surpresos e maravilhados. Foram rapidamente ao pátio central para assistir ao cortejo dos Arautos que entrava solenemente no estabelecimento de ensino. Após um breve comentário sobre as singelas melodias natalinas, feito pelo Revmo. Pe. Roberto Takeshi Kiyota, EP, Sacerdote dos Arautos, iniciou-se a apresentação musical.

Ao término, os alunos puderam também acompanhar as comovedoras palavras de agradecimento do Prof. José Jesus Previdelli, Diretor do estabelecimento. Destacou ele “a importância do trabalho dos Arautos neste período natalino, porque realmente é preciso em nossos dias resgatar o verdadeiro sentido do Natal. Saibamos colocar no centro o Menino Jesus, que se fez homem para nossa salvação.”

Agradecemos a acolhida e bem-querença da parte dos alunos, professores e demais integrantes da equipe da PUC, e desejamos que este Natal seja ocasião de muitas graças para todos. Agradecemos de uma maneira especial ao Prof. Me. Marcus Geandré Nakano Ramiro, coordenador do Curso de Direito da PUC e portador do convite que deu ocasião para que os Arautos partilhassem das alegrias do Santo Natal na Universidade. Peçamos com confiança a Nossa Senhora que possamos ter uma plena união com Ela e com seu Divino Filho.

Até a próxima!

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Frase da Semana – São Judas Tadeu

 “Mestre, por que razão hás de manifestar-te a nós e não ao mundo?”

São Judas Tadeu, Apóstolo (Jo 14,22)

Uma pergunta realizada no tempo oportuno e que demonstra grande amor pela humanidade. A vocação de um Apóstolo.

Quem de nós poderá mensurar as inúmeras graças que por intercessão de Nossa Senhora, tem recebido de Deus ao longo da vida? A começar pelo Batismo, quando recebemos a Graça Santificante, quantas tem sido as incontáveis graças que recebemos de Deus?

São Judas Tadeu – Catedral Marie Reine du Monde – Montreal, Canadá

A Frase da Semana homenageia o grande Apóstolo São Judas Tadeu, primo-irmão de Nosso Senhor Jesus Cristo*. Narra o Evangelho de São João: Durante a última ceia, na despedida do Mestre, com quem havia convivido durante muitos anos, Judas Tadeu lança uma pergunta que tem enorme relação com a nossa salvação e também com todas as graças que temos recebido ao longo da vida. Esta pergunta – caridosa, sincera, fraterna, permite ao Divino Mestre dar uma resposta extraordinária,  que marcará a vida de todos os verdadeiros seguidores de Cristo: o habitar de Deus no meio de nós. “Respondeu-lhe Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra e meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos a nossa morada” (Jo 14, 23).

Este grande Santo, que é considerado o protetor dos desesperados e aflitos, o Santo das causas sem solução e das causas perdidas – já na última Ceia, ainda antes dos acontecimentos intensos da Paixão, assume este chamado –, uma vocação que caracterizará São Judas ao longo de toda a História da Igreja, ao fazer esta amorosa pergunta a Nosso Senhor Jesus Cristo: “por que não [também] ao mundo?” Soa a pergunta como uma grande intercessão. E é por esta intercessão que, ao esforçarmo-nos para guardar a Palavra, mesmo sem merecimento de nossa parte, poderemos  usufruir desta graça: sermos a morada da Santíssima Trindade.

São Judas Tadeu – grande santo, grande apóstolo, preocupado conosco e com a nossa salvação, hoje e sempre, rogai por nós!

Conheça mais sobre a vida de São Judas – cuja festa a Igreja comemora no dia 28 de Outubro, visitando o site dos Arautos do Evangelho:

http://www.arautos.org/especial/20702/Sao-Judas-Tadeu.html

Salve Maria!

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* São Judas Tadeu, nasceu em Caná da Galiléia, Palestina, filho de Alfeu (ou Cleofas) e Maria Cleofas. Seu pai, Alfeu, era irmão deSão José e sua mãe prima-irmã de Maria Santíssima. Portanto, São Judas Tadeu era primo-irmão de Jesus, tanto pela parte do pai como da mãe. Confira: http://www.arautos.org/especial/20702/Sao-Judas-Tadeu.html

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Que eu seja, por toda vida, o “quarto filho”

Diante do chamado de Deus e de Sua graça, diversas são as reações que os homens podem ter, desde a correspondência plena até a recusa. É a respeito desta aceitação ou rejeição do homem à graça de Deus, que Nosso Senhor apresenta a Parábola dos dois filhos.

Nela Jesus coloca aos sacerdotes e anciãos do povo a seguinte questão: “Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, ele disse: ´Filho, vai trabalhar hoje na vinha! O filho respondeu: ´Não quero`. Mas depois mudou de opinião e foi. O pai dirigiu-se ao outro e disse a mesma coisa. Este respondeu: ´Sim, senhor, eu vou`. Mas não foi. Qual dos dois fez a vontade do pai? (Mt 21, 28-31a).

Bem se vê que o pai da parábola representa Deus. E quem são os dois filhos?

Sobre esta pergunta, faz-nos uma apreciação muito bonita, o Padre Juan Maldonado, na qual pontua que os antigos escritores, como por exemplo Santo Atanásio e São João Crisóstomo, pensavam que um dos filhos representava os gentios aos quais Deus mandara trabalhar em sua vinha, impondo-lhes a lei natural. Estes, no início, não o quiseram, porém, arrependidos, obedeceram a mesma lei, como também aceitaram os ensinamentos do Evangelho. Já, o povo judeu, ao contrário, disse que iria trabalhar na vinha de Deus, cumprindo a Lei de Moisés, e depois não o foi 1.

Na apreciação do Padre Juan Maldonado, diz que é provável que esses dois filhos representassem dois tipos de judeus. Um seria o da plebe, da qual fazia parte os publicanos e pecadores. Tendo se recusado a seguir a Deus no início, contudo por meio da ação da graça e pregação de João Batista, tiveram o arrependimento e seguiram o Evangelho. Já o segundo tipo, tendo afirmado aceitar o convite de Deus, não obedeceram à Lei nem acreditaram em João, de quem os profetas haviam falado. 2

Mas seriam estas as duas únicas maneiras de proceder ante o convite de Deus? Para nós, quando convidados pela graça de Deus, podemos tomar alguma outra atitude que não a dos dois filhos da parábola?

Nossa Senhora das Dores aos pés da Cruz

Sim. Depois de comentar a atitude dos sacerdotes e anciãos do povo, que não apenas se negaram a trabalhar na vinha do Senhor e foram consequentes com tal recusa, tomando assim a postura de um terceiro filho (não presente na parábola), Mons. João Clá Dias, Fundador dos Arautos, explicita qual seria a resposta de um filho inteiramente fiel, ao dizer “sim” e proceder de imediato ao chamado do Pai.

“Faltaria dizer uma palavra sobre um quarto filho que, embora não esteja mencionado explicitamente pelo Divino Mestre, com facilidade é discernido por contraste em seu perfil moral. Este teria ouvido com entusiasmo o convite do Pai para trabalhar na vinha e entregado sua vida para, cultivando-a, Lhe dar alegria. A seguir esse exemplo nos convida a parábola de hoje.”3 .

Voltemo-nos para Nossa Senhora, a criatura mais perfeita saída das mãos do Altíssimo,  que sempre disse o sim perfeito, alegre, pleno de enlevo e veneração ao convite feito pelo Pai, e que em tudo fez Sua vontade, até o holocausto.

E peçamos: Minha Mãe, dai-me a graça do entusiasmo e da fidelidade íntegra a todos os toques da graça. Que eu seja, por toda vida, o “quarto filho”.

Por Adilson Costa da Costa

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 1 Padre Juan de Maldonado, SJ. Comentário a lós Cuatro Evagelios. Evangelio de San Mateo. v. I, Madrid: BAC, 1956, p. 750.

2 Idem, p. 751.

3 Mons. João S. Clá Dias, EP. Os dois filhos da parábola, e os dois outros. In: _____. O inédito sobre os Evangelhos. v. VII, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2013, p. 367.

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Podemos encontrar e viver a felicidade verdadeira? – Parte I

Não raras vezes tomamos conhecimento, através dos meios de comunicação, de práticas levadas a efeito pelas pessoas com um único objetivo: alcançar a felicidade. Situações que vão desde a realização de incontáveis procedimentos cirúrgicos na busca por um padrão de beleza, a compulsão por amealhar riquezas materiais e adquirir bens de consumo a partir da ideia: eu preciso desse ou daquele objeto? Não, mas  quero-o mesmo assim!

À medida que aumenta-se a oferta de diversões e meios de satisfação para o ser humano, em igual proporção cresce a infelicidade e a sensação de vazio permeando a existência; prova desta realidade são os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicando que no ano de 2012, a cada 40 segundos uma pessoa no mundo comete suicídio.

Face a esta realidade o leitor pode questionar: é possível encontrar e viver a felicidade verdadeira?

Sagrado Coração de Jesus – Catedral de Asunción – Paraguay

A resposta a esta pergunta encontra-se nas palavras do Divino Mestre, narradas por São Mateus (5, 1-12a): “Naquele tempo: Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-Se. Os discípulos aproximaram-se, e Jesus começou a ensiná-los: ‘Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a Terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça , porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de Mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos Céus’”.

Na obra “O Inédito sobre os Evangelhos”* Mons. João Clá Dias, EP, escreve que “Difícil nos é hoje, após dois milênios, compreender a novidade radical contida nessas palavras do Divino Mestre. Trouxeram elas para o mundo uma suavidade nas relações dos homens entre si, e destes com Deus, desconhecida no Antigo Testamento e, a fortiori, pelas religiões dos povos pagãos”.

Ao praticar as Boa-aventuranças, prossegue o Fundador dos Arautos do Evangelho, “o homem encontra a verdadeira felicidade que busca sem cessar nesta vida e jamais poderá encontrar no pecado. Pois, quem viola a Lei de Deus no afã de satisfazer suas paixões desordenadas afunda cada vez mais no vício até se tornar insaciável. ‘Todo homem que se entrega ao pecado é seu escravo’ (Jo 8, 34), adverte Jesus. As almas puras e inocentes, ao contrário, desfrutam já nesta Terra de uma extraordinária alegria espiritual, mesmo no  meio de sofrimentos e provações”.

Nas próximas semanas discorreremos a respeito de cada uma das Bem-aventuranças, buscando compartilhar com nossos leitores toda maravilha, riqueza e verdadeira felicidade que encerram as palavras de Nosso Senhor. Peçamos a Nossa Senhora, Mãe do bom conselho e Causa de nossa alegria, a graça de abrirmos os corações às palavras de Seu Divino Filho, alcançando assim a verdadeira felicidade.

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¹ Mons. João S. Clá Dias, EP. Radical mudança de padrões no relacionamento divino e humano. In: _____. O inédito sobre os Evangelhos. v. II, Ano A, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2013, p. 38-53.

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Você já provou o pão mais delicioso que existe na Terra?

A par das questões nutricionais que se levantam em torno deste ou daquele alimento, inegável é que, ao longo da história, os pães foram e são até os dias atuais, muito apreciados pelas civilizações. De variados tipos, eles são verdadeiras delícias para quem os saboreia.

Tomemos os famosos pães alemães, italianos ou franceses. Até mesmo o mais simples pão, recém-saído do forno, quando saboreamos num frugal lanche da tarde, tem seu papel.

Pois bem, procure-se indagar qual deles terá sido o melhor tipo de pão, chegaremos à seguinte conclusão: o pão mais delicioso que se conheceu foi aquele que, pelo milagre operado por Nosso Senhor Jesus Cristo, foi multiplicado.

Com efeito, narra-nos a leitura de São Mateus (14, 13-41), neste XVIII Domingo do Tempo Comum: Pregava Jesus num lugar deserto e afastado, às multidões que o seguiram. Ao entardecer, pretendiam os discípulos que o divino Mestre despedisse aqueles mais de cinco mil homens (sem contar as mulheres e as crianças). Mas Nosso Senhor, ao contrário, em sua divina bondade, mandou trazer os alimentos que tinham (cinco pães e dois peixes), os multiplicou a tal ponto, que não somente saciou a fome da multidão, como fez ainda sobrar doze cestos de pães.

Multiplicação dos pães

Eis um dos mais belos prodígios feitos pelo Divino Mestre, narrado pelos quatro evangelistas.

Sendo Ele a Perfeição e a Bondade, visto possuir em Si a essência de todas as virtudes, os pães que saiam de suas adoráveis mãos para que os discípulos¹ distribuíssem às multidões eram incomparáveis. Todas aquelas pessoas foram alimentadas, assim, com “o pão mais delicioso que se conheceu”. (2)

Deixemos de lado, por ora, a resposta proposta no início desse curto artigo e consideremos o seguinte: Nosso Senhor teve em vista somente saciar a fome daqueles mais de 5 mil homens (sem contar as mulheres e crianças)?

O Divino Salvador de fato, compadecido deles, além de curar os que estavam doentes, e encher-lhes a alma de seus maravilhosos ensinamentos, saciou com o milagre a fome de todos e os satisfez, conforme o evangelista nos narra (Mt 14, 13-21).

No entanto, para além desta intenção imediata, dando de comer a quem tem fome, Ele quis algo incomparavelmente superior.

Qual era então a intenção de Nosso Senhor, na multiplicação dos pães?

A esta pergunta curiosa, o Fundador dos Arautos do Evangelho, Mons. João Clá Dias nos dá uma explicação lindíssima e fundamentada: “Ao realizá-lo [milagre da multiplicação dos pães], Jesus tinha em vista não só alimentar os corpos, mas, sobretudo, preparar as almas para aceitarem a Eucaristia. Multiplicando pães e peixes, manifestou seu poder sobre a matéria. Caminhando sobre as águas, poucas horas depois, tornou patente o domínio sobre seu próprio Corpo (cf. Mt 14, 22-27). Desta maneira, ia o Divino Mestre predispondo os Apóstolos a crerem, mais tarde, na Eucaristia, pois quem é capaz de operar tais prodígios, pode perfeitamente instituir um Sacramento no qual a substância do pão cede lugar à do seu sagrado Corpo”.

E continua: “Este milagre é, pois, uma esplêndida pré-figura da Eucaristia. Temos hoje o Santíssimo Sacramento à nossa disposição nas Missas diariamente celebradas pelo mundo inteiro: é a multiplicação dos Pães Consagrados, o Pão da Vida, até o fim dos séculos” (3).

A estas alturas, poderemos responder à pergunta que encabeçou este artigo: você já comeu o pão mais delicioso?

E a resposta será: não e sim. Não, porque não estávamos por ocasião da multiplicação dos pães feita por Jesus, e assim, não comemos daquele incomparável pão. No entanto, se você já fez a Primeira Comunhão pode responder: “Sim, comunguei o Pão da Vida, o ‘Santíssimo Sacramento [que] é um alimento tão infinita e substancialmente superior a toda ordem da criação’”. 4

Em seus desígnios divinos, Jesus queria dar o Sacramento da Eucaristia

Um ponto, ao seu modo, inédito e muito belo para se contemplar: “Deus podia criar o homem com uma natureza diferente, apta para sustentar-se, por exemplo, só com ar ou com água. Mas preferiu criá-lo com a necessidade da nutrição, porque estava em seus divinos desígnios dar-lhe, a seu tempo, o supremo alimento espiritual: o Sacramento da Eucaristia. Por conseguinte, é cabível dizer que Ele, ao idealizar o trigo e a uva como duas criaturas vegetais possíveis, desde todo o sempre, não teve em vista apenas proporcionar um magnífico ao homem um bom champanhe ou um magnífico pão. Na mente do Criador, estava em primeiro lugar a Eucaristia, o Corpo, Sangue, Alma e Divindade do Filho d´Ele, sob as espécies do pão e do vinho que, num extremos de bondade inimaginável, oferecia aos homens em alimento”.  (4)

Peçamos à Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento que nos obtenha de Jesus a graça de comungarmos com frequência e, porque não pedi-lo, para comungarmos todos os dias de nossas vidas. Pois se é verdade que nos alimentamos do pão físico para sustento do corpo, o que dizer da adequação de comungarmos do Pão Eucarístico, que nos assume quando o recebemos e santifica nossas almas.

Por Adilson Costa da Costa

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¹ São João Crisóstomo, Homilia XLIX, n. 1. In Obras, Homilías sobre El Evagelho de San Mateo (46-90). 2.ed. Madrid: BAC, 2007, v.II, p.53.

² Mons. João S. Clá Dias, EP. Cinco pães, dois peixes, mais Jesus. In: _____. O inédito sobre os Evangelhos. v. II, Ano A, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2013, p. 256.

³ idem, p. 254

4 idem, p. 254-255.

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