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A oração para pedir os bens temporais

Santo Afonso Maria de Ligório

Quais são as condições para que Deus atenda às nossas orações, quando pedimos coisas materiais, ou temporais, por exemplo: saúde, boa situação financeira, um emprego melhor, uma nova casa, recursos para o estudo dos filhos, etc.?

Estas são todas coisas legítimas, que devemos pedir. Pode acontecer, porém, de pedirmos a Deus coisas materiais e não sermos atendidos.

Por que acontece isso? Estaria Ele “quebrando” a solene promessa: “Pedi e recebereis”? (Mt 7,7). Muitas pessoas quando não obtêm as graças materiais de que necessitam, desanimam e deixam de rezar.

Em seu magnífico tratado sobre a oração (1), Santo Afonso de Ligório esclarece este mistério, ao explicar que nossas orações, para serem atendidas, devem seguir certas condições, colocadas pelo próprio Deus. Uma dessas condições, explica o santo, é a de que peçamos os bens materiais “com resignação” (2) e sob a condição de que esses bens também sirvam para nosso progresso na vida espiritual – e não o contrário. Não pode a abundância de bens se tornar um impedimento à nossa salvação. Diz o santo:

“Quantos, se fossem pobres ou doentes, não cometeriam os pecados que cometem sendo ricos e sadios! Por isso o Senhor nega a alguns, que lhe pedem a saúde do corpo ou os bens da fortuna, porque os ama, vendo que isso lhes seria ocasião de perderem a sua graça, ou ao menos de se entibiarem [esfriarem] na vida espiritual”. (3)

Este ensinamento segue com exatidão o Evangelho: “De que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua vida” (Mc 8,36).

Alguém poderá objetar: “Ora, eu não quero ganhar o mundo inteiro! Mas, precisamos dos bens materiais, sem eles não há como se viver; afinal, estamos no mundo e temos as nossas necessidades!”. Com certeza é este um pensamento legítimo e verdadeiro.

Então, resta a pergunta: como conciliar a busca e necessidade dos bens materiais – que devemos procurar e que nos são necessários – sem, no entanto, apegarmo-nos demasiadamente a eles, comprometendo a salvação de nossa alma?

Nossa Senhora de Fátima – Arautos do Evangelho

A Igreja, como Mãe e Mestra, sempre nos conduz ao equilíbrio. A Liturgia da 25ª Semana Comum ao nos propor, na primeira leitura da quarta feira, a meditação do livro dos Provérbios (Pr 30,8-9), nos dá uma sábia resposta:

“(…) não me dês pobreza nem riqueza, mas concede-me o pão que me é necessário. Não aconteça que, saciado, eu te renegue e diga: ‘quem é o Senhor?’ Ou que, empobrecido, eu me ponha a roubar e profane o nome de meu Deus”.

A oração por excelência para pedirmos os bens materiais é, seguramente, a oração do Pai-Nosso, ensinada pelo próprio Nosso Senhor. Mas, os versículos acima, de Provérbios, podem corretamente ser adotados como uma oração diária por todos os que querem buscar esse sapiencial equilíbrio.

O Deus que provê de alimento as aves do céu e veste magnificamente os lírios do campo jamais deixará de atender nossas necessidades, desde que a Ele recorramos com confiança. Sobretudo com o auxílio de Maria Santíssima, Mãe de Misericórdia.

Por João Celso


(1) Santo Afonso de Ligório. A Oração.  4. ed. Santuário: Aparecida, 1992,  p.61-62

(2) Idem, ibidem.

(3) Idem, ibidem.

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Revista Arautos em Foco – Abril 2014

Revista Arautos em foco

Resenha Mensal

da Revista

Arautos do Evangelho

N. 148

Abril  2014

Capa:

O Cardeal Franc Rodé

Durante a Missa por ele

Presidida na igreja de

San Benedetto in Piscinula,

Roma, 22/2/2014.

Foto: Daniel Hollmann

O Editorial da Revista Arautos do Evangelho n. 148, do mês de Abril de 2014, sob o título A Lição desta Páscoa traz como mensagem central a confiança que devemos ter nos desígnios da Providência, mesmo quando “mais adversas forem as aparências”. É o que se dá, por exemplo, com a promessa de Nossa Senhora, em Fátima, da vinda do Reino de Maria: “Por fim, meu Imaculado Coração Triunfará”. Portanto, mesmo diante das circunstâncias apreensivas de nossos dias, a lição desta Páscoa é uma lição de confiança.

A Voz do Papa do mês de Abril/2014 destaca discurso proferido pelo Papa Francisco, aos participantes na Plenária da Congregação para a Educação Católica, em 13/2/2014. Nele, o Papa lembra que a “educação católica é um dos desafios mais importantes da Igreja, hoje comprometida na promoção da nova evangelização num contexto histórico e cultural em transformação constante”. O Papa cita três aspectos mais importantes dessa evangelização; 1) o valor do diálogo na educação; 2) a preparação qualificada dos formadores e 3) as instituições de estudo, ou seja, as escolas e Universidades católicas. Conclui o Papa Francisco: “Caríssimos, o terreno da educação é um grande canteiro aberto, no qual a Igreja está sempre presente mediante as suas instituições. Hoje é necessário incentivar ulteriormente este compromisso em todos os níveis, renovando a tarefa de todos os protagonistas envolvidos, na perspectiva da nova evangelização”.

O Comentário ao Evangelho aborda a narrativa do Evangelho de São Mateus, 28, 1-10, proclamado na Vigília Pascal. Nele, Monsenhor João Clá, Fundador dos Arautos do Evangelho, lembra que “Tal como Jesus apareceu às Santas Mulheres, também aparece a nós, pois, apesar de ter subido aos Céus há quase dois mil anos, vem a cada dia estar com os homens. As mulheres tiveram o privilégio de ver diretamente o Homem-Deus”, mas, para nós “Ele Se faz presente sob a aparência de pão e vinho”. Monsenhor João Clá vivamente recomenda: “Saibamos gozar de tão imenso benefício nesta vida, para nos tornarmos partícipes da Ressurreição triunfante de Cristo, segundo Sua Promessa: ‘Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente’”.

Para dignamente celebrar o 13º Aniversário da aprovação pontifícia dos Arautos do Evangelho, o Cardeal Franc Rodé, CM, Prefeito emérito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedade de Vida Apostólica, presidiu Missa de ação de graças, concelebrada por numerosos sacerdotes, em San Benedetto in Piscinula, igreja erigida sobre a casa onde São Bento viveu, em Roma. Na ocasião, o Cardeal brindou os presentes à celebração com estas belas palavras: “Dando graças hoje pela Associação Internacional, pelas duas Sociedades de Vida Apostólica, vós, Arautos do Evangelho, remontais às vossas fontes. Agradecendo ao Senhor, a Nossa Senhora, a Mons. João, reconheceis: ‘Em vós está nossa origem, a vós estamos vinculados, somos vossos devedores e vos dizemos com a bela palavra portuguesa: “Obrigado!’”. Em várias outras cidades também foram celebradas Missas de ação de graças: em Lima, no Peru, a Santa Missa foi celebrada por Dom Adriano Tomasi, Bispo auxiliar de Lima; em Madrid, Espanha por Dom Fidel Herráez Vegas, Bispo auxiliar de Madrid; e, em Toledo, Espanha, por dom Angél Fernández Collado, Bispo auxiliar de Toledo.

A seção Arautos no mundo traz inúmeras atividades, desenvolvidas pelos Arautos, em vários países: Guatemala, Chile, Estados Unidos e Itália, com destaque para as Missões Marianas realizadas pelos Arautos na Espanha. Numerosas Missões realizadas no Brasil, nos Estados de São Paulo, Pará, Paraná e Pernambuco, conforme relata, às páginas 26 e 27 a seção Arautos no Brasil.

A Luz venceu as trevas! é o título de interessante artigo do Pe. Leandro Cesar Ribeiro, EP, a partir da página 28. No artigo, o jovem sacerdote mostra que “o júbilo da Páscoa nos conduz à esperança, mesmo em meio às aflições e tristezas hodiernas, pois Cristo ressuscitado venceu definitivamente o pecado e a morte. Ele é a Luz que venceu as trevas, triunfou sobre o pecado. Sua vitória acarretou a fundação de uma nova ordem baseada na Fé, e será a causa do advento do Reino de Cristo sobre a Terra. Essa luz continuará fulgurante por todos os séculos”.

A seção Hagiografia deste mês de Abril traz artigo de Juliane Vasconcelos Alemieda Campos, EP, abordando a vida do grande pregador, São Vicente Ferrer: “Exceção feita dos Apóstolos, provavelmente ninguém o excedeu como pregador. Sua palavra era como um láteo de fogo que abrasava e iluminava”. Nasceu na Espanha, em Valência, a 23 de Janeiro de 1350 (século XIV). Em suas pregações, “tal como os Apóstolos no dia de Pentecostes, São Vicente falava sempre em sua própria língua – o idioma valenciano – e todos o entendiam perfeitamente, em qualquer país ou reino onde pregasse, bem como exorcizava o demônio à sua passagem”. Vale a pena conferir a vida deste grande santo, a partir da página 34.

Um excelente e esclarecedor estudo sobre mariologia, a partir da página 38, escrito por Pe. Juan Carlos Casté, EP. Nesse artigo, o sacerdote Arauto explica que a “vinculação de Maria com o mistério de Cristo leva a teologia a explicitar cada vez mais o importante papel da Virgem Mãe na história da Salvação. Ao finalizar a constituição dogmática sobre a Igreja com um capítulo completo dedicado à Virgem Maria, o Concílio Vaticano II quis por em realce a importância fundamental da Santíssima Virgem na teologia e na piedade católica”.

Qual é O Segredo do sucesso nos estudos? Inteligência, estudo aplicado… ou haverá algo a mais? É o que revela a Irmã Mary Teresa Mac Isaac, EP na seção História para crianças… ou adultos cheios de Fé? O jovem estudante Filipe precisou sofrer uma derrota para aprender esse segredo…

Viver para a terra olhando para o Céu. Admirando uma bela ave, a garça, podemos concluir que “também nós, quando correspondemos ao convite à santidade feito pela Providência, nos erguemos de nossas mazelas e voamos pelos paramos da vida espiritual”. Este cativante tema é abordado pela Irmã Carmela Werner Ferreira, EP, a partir da página 50.

Devido à restrição de espaço e aos objetivos deste texto, não é possível retratar todo o riquíssimo conteúdo da Revista Arautos do Evangelho deste mês de Abril de 2014. Fica, portanto a sugestão, a nossos leitores, de procurarem ler a revista em sua totalidade.

A Revista Arautos do Evangelho é fonte de pesquisa para meditações individuais, leituras em reuniões em grupo, leitura em família, etc. Em resumo: cultura católica da melhor qualidade, apresentada com esmero a seus leitores.

Faça a sua assinatura, contatando a Sede Regional dos Arautos, em Maringá, através do telefone (44) 3028-6596, ou através deste BLOG e daremos as informações detalhadas.

Salve Maria! Até o próximo mês.

Por João Celso

A Revista Arautos do Evangelho nasceu em 2002, um ano após os Arautos receberem do Papa a aprovação Pontifícia.

Com o intuito de levar aos lares do mundo inteiro a Palavra de Deus, as principais notícias da Igreja e um conteúdo completo baseado nos ensinamentos da Santa Sé, a Revista Arautos traz em suas páginas artigos para todas as idades e visa, sobretudo, a formação católica da família.

A Revista Arautos é instrumento de evangelização e expressa o carisma dos Arautos do Evangelho”.

(www.revistacatolica.com.br)

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Revista Arautos em Foco – Março 2014

Resenha Mensal

da Revista

Arautos do Evangelho

N. 147

Março 2014

Capa:

Aspecto da Missão Mariana

Realizada pela Cavalaria de

Maria em Pompeia (SP)

Foto: Sergio Céspedes

O Editorial da Revista Arautos do Evangelho n. 147, do mês de Março de 2014, sob o título “São José: O Patriarca” destaca o papel deste grande Santo, dotado de “caráter único, incomparável, superior”. Com efeito, a ele coube a honra de ser o pai adotivo de Jesus e protetor da Sagrada Família. Além dessa incomparável missão, certamente caberá ainda a São José um papel muito relevante na História da Igreja, já que da Esposa de Cristo, é ele o Protetor inconteste.

A Voz do Papa do mês de Março/2014 traz trecho da Audiência Geral do dia 29/01/2014, na qual Francisco – dando sequência á catequese sobre os Sacramentos, explica o papel da Confirmação, ou Crisma, na vida do católico. É através deste Sacramento – destaca o Papa que o cristão recebe o Espírito Santo e os 7 Dons: A sabedoria, a inteligência, o conselho, a fortaleza, a ciência, a piedade e o temor de Deus, os quais ajudam “a viver como cristãos autênticos e a caminhar sempre com alegria segundo o Espírito Santo que nos foi concedido”. Excertos da Mensagem para o 51º. Dia Mundial de Oração pelas Vocações, pronunciada pelo Papa em 15/01/2014 destaca as vocações como testemunho da verdade: “Quanto mais soubermos unir-nos a Jesus, tanto mais há de crescer em nós a alegria de colaborar com Deus no serviço do Reino. E a colheita será grande”.

Linda, atraente e profunda reflexão é conduzida por Mons. João S. Clá Dias, Fundador dos Arautos do Evangelho na Seção Comentário ao Evangelho deste número de março/2014. Abordando a narrativa do Evangelho de São Mateus (1,16.18-21.24a) da Solenidade de São José, Monsenhor João Clá traz aspectos pouco conhecidos – mas extremamente ricos da devoção a este grande Patriarca. Por exemplo, a sua dignidade sem igual: “Não é compreensível… que sendo Jesus o Homem-Deus, nascido de uma Mãe Imaculada, colocasse junto a Si, como pai adotivo, uma pessoa apagada, sem brilho. Portanto, se durante vinte séculos São José permanece escondido e retirado, é de se esperar que esteja chegando a hora em que a teologia explicite verdades novas a seu respeito, pelas quais se torne conhecido, com exatidão e nas suas minúcias, seu papel na Sagrada Família e a categoria de sua elevação enquanto esposo de Maria, pai de Jesus e Patriarca da Santa Igreja”. Monsenhor João Clá, com a simplicidade de grande devoto de São José, narra, por exemplo, a tese de São Francisco de Sales, segundo a qual “quando Cristo ressuscitou, São José também recuperou seu corpo para entrar no Paraíso junto com as almas de todos os justos que nesse momento foram libertados do Limbo e alcançaram a visão beatífica”. Muitos aspectos maravilhosos já discernidos pela teologia sobre São José e quantos outros ainda por serem desvendados. Tudo para aumentar em nós a devoção a este grande Santo. Por isso mesmo, esta reflexão de Mons João Clá é imperdível. A partir da página 10, até a página17.

“Um dos grandes desafios para a Igreja, no Brasil atual, é o de reaproximar o enorme número de católicos que se afastaram da prática religiosa, deixando vazias tantas igrejas. Como reverter tal situação?”  Inspirado por Deus, em 2002 o Mons. João Clá Dias, Fundador dos Arautos, instituiu dentro dos Arautos do Evangelho, “uma unidade itinerante que sai á procura das ovelhas dispersas: a Cavalaria de Maria”. Trata-se de um conjunto de missionários que percorrem o Brasil de norte a sul, utilizando modernos meios de locomoção. É esta a Comunidade religiosa em missão permanente, que é apresentada aos leitores da revista a partir da página 18. “Desde sua fundação, os cavaleiros de Maria visitaram 298.313 residências, além de 33.292 repartições públicas, escolas e estabelecimentos comerciais, em 258 cidades brasileiras. Durante essas visitas (as missões em cada cidade geralmente duram uma semana), 25.430 pessoas pediram para receber o Batismo, 47.091 a Primeira Comunhão, 57.856 a Crisma e 16.924 a Unção dos Enfermos. E 22.064 pessoas se alistaram como dizimista para a respectiva paróquia”. Somente em 2013 em 2013, “a Cavalaria de Maria realizou missões no Distrito Federal e em 13 estados brasileiros: do Rio Grande do Sul até o Pará, passando por Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, Piauí, Ceará, Espírito Santo, Bahia e Maranhão”. Verdadeiros e incansáveis apóstolos do século XXI. Conheça estes e mais aspectos desta grande obra, incluindo inúmeros depoimentos de párocos de todo o Brasil, lendo a matéria completa no número do mês de Março/2014.

Constrangido por sua natureza decaída e por seus pecados, necessita o ser humano de alguém que sirva de ligação entre ele e Deus, “intermediários oficiais” que comuniquem ao povo a vontade de Deus, em suma, “mediadores entre Deus e o povo”. Assim, explica a Irmã Mariana Morazzani Arráiz, EP o verdadeiro papel do sacerdócio cristão, instituído pelo próprio Nosso Senhor Jesus Cristo. Dotado de  dignidade sem igual, porém, do sacerdote “também é exigida a retidão na conduta e a sabedoria no conselho. Se ele quer guardar inteiramente a fidelidade à vocação que recebeu, procurará fazer esquecer sua própria pessoa para pôr em evidência seu sacerdócio, cônscio de ser representante d’Aquele que ‘é eternamente perfeito’. Numa palavra, como afirma o Mons. João Scognamiglio Clá Dias – o sacerdote precisa ser santo. A sociedade quer ver no sacerdote a santidade”.

A seção Arautos no Mundo relata as densas atividades dos Arautos do Evangelho em vários países: No México foi realizada a campanha “Quem dá aos necessitados empresta a Deus”, a qual favoreceu inúmeras famílias vítimas de desastres naturais. Além do conforto material, as paróquias receberam também o apoio espiritual, através da visita da Imagem Peregrina do Imaculado Coração de Maria. Pode-se encontrar também relatos da jornada mariana, realizada em Ruanda e da Missão Mariana, realizada na Itália, mais precisamente no município de  Galatro – cidade que foi proclamada Cidade Mariana. A página 29 traz matéria sobre o Curso de Férias, realizado em janeiro para os jovens arautos em São Paulo, do qual participaram 750 rapazes e 500 moças. O evento do setor masculino realizou-se no seminário dos arautos em Caieiras (SP) sob o tema “Ambientes e Costumes na História da Igreja” e o setor feminino estudou, na Casa Monte Carmelo, os sonhos de São João Bosco.

A Ir. Lucilia Lins Brandão, Veas, EP em artigo intitulado Príncipe, jovem e santo narra de forma muito agradável a edificante vida de São Casimiro: Vivendo numa sociedade já voltada para os prazeres desenfreados, soube visar a glória de Deus, antes de tudo, permanecendo íntegro de corpo e alma, firme na Fé e zeloso pelo bem de seus súbitos. A partir da página 30.

A beleza criação pode ser contemplada de inúmeras formas, sob vários ângulos, os quais mostram a grandeza do Deus Criador. Da mesma forma, todo homem é dotado de uma “cintilação de Deus”, colocada por Ele exclusivamente em sua alma. Cada um de nós é, por assim dizer, um momento único da História de Deus e possui uma luz particular. Que luz é essa que possui cada homem e o torna único? Este assunto extremamente importante para entendermos nosso papel neste mundo é abordado com muita inteligência pelo Diác. Antonio Ilija, EP, em artigo intitulado A luz primordial, a partir da página 34.

Durante aula de abertura do ano letivo dos cursos de Filosofia e Teologia dos Arautos do Evangelho, em 28/01/2014, Dom Benedito Beni dos Santos, Bispo Emérito de Lorena, abordou o tema, cujo resumo é publicado na Seção A Palavra dos Pastores do mês de março/2014: O que é, pois, a Igreja? Ela não vem dos homens, mas de Deus. Quando sua Palavra é anunciada na assembleia litúrgica, é Ele mesmo que nos fala

Muitos outros assuntos de importância e atualidade são tratados no n. 147, da Revista Arautos do Evangelho desde mês de Março. A edição, como um todo está extremamente rica. Infelizmente, por questões de espaço, não é possível nesta resenha abordar todos os assuntos, com a profundidade que merecem. Fica a sugestão, a nossos leitores, de procurarem ler a revista em sua totalidade. A revista é fonte de pesquisa para meditações individuais, leituras em reuniões em grupo, leitura em família, etc. Em resumo: cultura católica da melhor qualidade, apresentada com esmero a seus leitores.

Faça a sua assinatura, contatando a Sede Regional dos Arautos, em Maringá, através do telefone (44) 3028-6596, ou através deste BLOG e daremos as informações detalhadas.

Salve Maria! Até o próximo mês.

Por João Celso

                A Revista Arautos do Evangelho nasceu em 2002, um ano após os Arautos receberem do Papa a aprovação Pontifícia.

Com o intuito de levar aos lares do mundo inteiro a Palavra de Deus, as principais notícias da Igreja e um conteúdo completo baseado nos ensinamentos da Santa Sé, a Revista Arautos traz em suas páginas artigos para todas as idades e visa, sobretudo, a formação católica da família.

A Revista Arautos é instrumento de evangelização e expressa o carisma dos Arautos do Evangelho”.

(www.revistacatolica.com.br)

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Revista Arautos em Foco – Dezembro 2013

Resenha Mensal

da Revista

Arautos do Evangelho

N. 144

Dezembro 2013

Capa:

Menino Jesus pertencente

aos Arautos do Evangelho,

revestido da casula sacerdotal

Foto: Timothy Ring

A Revista Arautos do Evangelho n. 144, do mês de Dezembro de 2013 traz como destaque a sublimidade do Mistério Inefável do Natal. O Editorial aborda o paradoxo do “sinal de contradição” representado pelo nascimento do Menino Jesus, anunciado pelo profeta Simeão, quando tomou em seus braços o Pequenino, na Sua apresentação no Templo. Essa contradição irá acompanhar os homens ao longo de sua trajetória nesta Terra: “A oposição entre os filhos das trevas e os discípulos do Divino Mestre se verificará ao longo da História, dando origem a perseguições, lutas e martírios padecidos pelos que acolheram a Luz. Pois se, de um lado, foi prometida a paz aos amados de Deus, de outro, devem estes estar dispostos a enfrentar contrariedades pela fidelidade ao Verbo Encarnado. Porque a verdadeira paz é a tranquilidade da ordem e não uma harmonia aparente sob a qual pode se disfarçar o pecado”.

A Voz do Papa deste mês traz excertos da Homilia proferida pelo Papa no Cemitério Verano, em Roma no dia 01/11/2013, na qual recorda que “morrendo na Cruz, Cristo abriu-nos as portas do Céu. E esta é a nossa esperança: no ocaso de nossa existência terrena seremos acolhidos pelo Cordeiro de Deus para a vida eterna”; no seu pronunciamento na Audiência Geral de 23/10, o Santo Padre lembrou que Maria é modelo e figura da Igreja e que devemos pedir ao Senhor para que nos conceda a sua graça, a sua força, a fim de que na nossa vida se reflita o modelo de Maria, Mãe da Igreja. O n. 144 traz ainda trechos da Videomensagem para a vigília de oração na Jornada Mariana, em 12/10/2013, na qual, novamente falando de Maria, o Papa recorda que Ela aponta para Jesus, convida-nos a dar testemunho de Jesus, guia-nos sempre para o Seu Filho Jesus, sustentando-nos em nossas dificuldades.

O Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho, no Comentário ao Evangelho de Mateus 11, 2-11, que a Liturgia propõe para o Terceiro Domingo do Advento, Domingo “Gaudete”, nos faz ver que “a procura da felicidade norteia a existência de toda criatura humana, por disposição divina. A Liturgia deste Domingo indica o verdadeiro caminho para encontrá-la e oferece um exemplo seguro a seguir”. E qual é o verdadeiro caminho da felicidade? Aponta-o Monsenhor João Clá: Pertencer a Jesus Cristo! “Feito para pertencer a Nosso Senhor Jesus Cristo, o ser humano se realiza na medida em que assume com seriedade sua condição de batizado, membro da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, dando passos adiante na prática da virtude e na busca da santidade. Quanto mais avançarmos nessa via, maior é a alegria que nos invade, assim como o desejo de progredir ainda mais”. Não deixe de ler o Comentário completo, a partir da página 10.

O Pe. Rodrigo Alonso Solera Lacayo, EP em seu artigo intitulado O milagre que mais estremece a ordem do universo, referenciando-se em São Tomás de Aquino, tratando da transubstanciação na Santíssima Eucaristia, lembra que este extraordinário milagre não encontra nenhum paralelo na ordem natural, que possa explicar “convenientemente o milagre”. “Portanto, ao considerarmos qualquer aspecto da Eucaristia, devemos reconhecer que estamos, em certo sentido, perante o maior mistério da Fé!” Mas, a profundidade do Mistério não nos exige de buscarmos as luzes possíveis sobre ele. “Um estudo piedoso, com a ajuda da Graça – pode ser de sumo proveito para nossa vida espiritual, pois ilumina nosso entendimento, inflama nossa caridade e nos arma contra os erros que nos podem desviar da Fé”. É justamente o que faz com exímia competência o sacerdote Arauto: vale muito a pena debruçar-se sobre este estudo, para procurar conhecer mais sobre o Mistério da Eucaristia. A partir da página 18.

Uma Missão Mariana a 4 mil metros de altura! Foi o que fizeram os Arautos do Evangelho no Peru, na zona mineira daquele País, chamada Serra da Huancalelica, situada a pouco mais de 400 Km da capital, Lima. Aproveitando uma semana de férias escolares, para lá se dirigiram um grupo de aspirantes arautos, liderados por dois missionários. O relato dessa Missão, com o testemunho do enorme contentamento de todos, encontra-se nas páginas 26 e 27 da Revista.

Arautos no Brasil traz notícias sobre atividades dos Arautos do Evangelho em várias cidades brasileiras, com destaque para atividades realizadas em Campo Grande, Vitória, Cuiabá, Nova Friburgo (RJ) e Macuco (RJ), além da capital baiana, Salvador.

A seção Arautos no Mundo  traz inúmeras atividades desenvolvidas pelos Arautos nos Estados Unidos, na Índia, na Guatemala e Moçambique. Destaque especial para um Encontro do Apostolado do Oratório realizado no mês de setembro nas Ilhas Maurício, situadas a leste de Madagascar. Nessas ilhas, mais de 600 famílias participam com entusiasmo do Apostolado dos Oratórios e um missionário Arauto para lá se dirigiu, para reuni-las e incentivá-las. Inúmeras atividades realizadas ainda, em Roma, aonde, por ocasião da Jornada Mariana, arautos conduziram na Praça de São Pedro a imagem de Fátima, levada especialmente da Capela das Aparições para o evento. Atividades ainda em outras cidades da Itália, na Colômbia e na Espanha.

Uma menina de 7 anos que oferece – através de singelas cartinhas endereçadas a Deus Pai, a Jesus, ao Espírito Santo e a Nossa Senhora, todos os seus atrozes sofrimentos em reparação aos pecados cometidos pela humanidade. Que oferece cada gota de seu padecimento, por exemplo, pelas missões na África e pela conversão dos pecadores. Esta é a vida da Venerável Antonieta Meo, que é narrada, a partir da página 34, pela Irmã Mary Teresa MacIsaac, EP. “De tal modo compreendeu e amou o valor expiatório do sofrimento em tão tenra idade, que ainda não havia completado os sete anos quando conquistou a Pátria Celeste”. Um exemplo – não somente para as crianças e jovens, mas para os adultos que venham a passar por algum sofrimento.

A Palavra dos Pastores deste n. 144 traz trechos da Homilia pronunciada por Dom António Jose da Rocha Couto, Bispo de Lamego – Portugal, no dia 27/10/2013, por ocasião da comemoração do Dia do Exército. Na homilia, ao tratar da Oração, lembra o prelado que “Na parábola do fariseu e do publicano Nosso Senhor nos mostra que a nossa oração tem que ser humilde, mas também um ato de verdade e de coragem, que implica o máximo risco”.

A seção Histórias para crianças… ou adultos cheios de Fé? deste mês de Dezembro de 2014, em artigo assinado pela Irmã Patricia Victoria Jorge Villegas, EP conta a história de uma nobre senhora que compreendeu o verdadeiro sentido do Natal – e como podemos utilizar desta ocasião para proporcionar verdadeiras alegrias a Nossa Senhora e ao Menino Jesus.

A Revista Arautos do Evangelho n. 144, do mês de Dezembro de 2013 está muito rica em conteúdo e ilustrada com belíssimas fotos. A seção Aconteceu na Igreja e no mundo traz inúmeras notícias de atualidade católica, por exemplo, a beatificação de 522 mártires, realizada na Espanha, no dia 13 de Outubro. Além de muitas outras notícias de grande interesse.

Por isso, querido leitor, queremos convidá-lo a maravilhar-se com a Revista Arautos do Evangelho em sua totalidade! É uma excelente companhia para toda a sua família. Leiam a Revista em família, em suas reuniões de Grupo e nas horas vagas do seu trabalho. A Revista Arautos é cultura católica de primeira qualidade.

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Salve Maria! Até o próximo mês.

Por João Celso

A Revista Arautos do Evangelho nasceu em 2002, um ano após os Arautos receberem do Papa a aprovação Pontifícia.

Com o intuito de levar aos lares do mundo inteiro a Palavra de Deus, as principais notícias da Igreja e um conteúdo completo baseado nos ensinamentos da Santa Sé, a Revista Arautos traz em suas páginas artigos para todas as idades e visa, sobretudo, a formação católica da família.

“A Revista Arautos é instrumento de evangelização e expressa o carisma dos Arautos do Evangelho”.

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Santa Laura Montoya: Na vanguarda missionária da Igreja

As páginas da Revista Arautos do Evangelho do mês de outubro de 2013 estampam artigo do Arauto Gustavo Ponce Montesinos intitulado Na vanguarda missionária da Igreja. Apresenta a bela história de Santa Laura Montoya, que nasceu e viveu na Colômbia entre o final do século XVIIII e a primeira metade do século XX. Faleceu em 21 de Outubro de 1949, aos 75 anos; é uma das primeiras santas canonizadas pelo Papa Francisco, em 12/05/2013.

De família muito católica e fervorosa, Santa Laura de Montoya está na “vanguarda missionária da Igreja” justamente porque sua vida – inicialmente como professora, formadora e fundadora de uma Ordem Religiosa é repleta de exemplos que podem e devem ser imitados em nossos dias, por todos os jovens que queiram servir a Deus de forma mais perfeita, seguindo o conselho evangélico: “Sede perfeitos como vosso Pai celestial é Perfeito” (Cf. Mt 5,48).

Desde muito cedo foi a pequena Laurita formada por sua piedosa mãe no amor ao próximo, perdoando e ajudando mesmo aqueles que lhe houvessem causado qualquer mal. Perdeu o pai, vítima da guerra civil ainda muito cedo, quando tinha apenas dois anos de idade. Permitiu a Providência Divina que, em toda a sua formação, o seu coração ficasse “vazio de qualquer afeto terreno, para poder, a seu tempo, tomar posse absoluta dele”. (1) Ainda em sua infância, aos 10 anos, teve a graça de conhecer “duas jovens que marcaram profundamente sua vida: ‘Úrsula, a virgem contemplativa, e Dolores, a virgem apóstolo, foram, sem saber, minhas mestras, meus espelhos, os pedagogos de minha vocação” (2).

Professora sedenta de almas

De fato, iniciou sua missão aos 19 anos, quando obteve, em 1893, o diploma de professora de primeiro e segundo grau, ocasião em que pode dar os primeiros lances do que seria o seu fecundo apostolado: “Empenhei-me em fazer de minhas alunas umas amantes loucas de Deus” (3).

Santa Laura Montoya

“Em pouco tempo, suas palavras e exemplos começaram a produzir frutos de conversão e de afervoramento” entre as jovens da sociedade local, que “passaram a comungar com frequência e a defender sua fé com denodo perante parentes ímpios”. (4) Contrariado pelo êxito que a jovem professora obteve, não tardou o demônio em procurar vingar-se. De fato, uma das alunas de Laura, Eva Castro, desistiu do casamento, manifestando aos pais o desejo de seguir a vocação religiosa. Insuflados pelo espírito maligno, os pais da jovem culparam a pobre professora por essa mudança, desencadeando sobre ela uma brutal perseguição, através de calúnias e difamações. Laura foi abandonada por todos, até pelo seu confessor. Finalmente a Providência interveio e a situação pode ser esclarecida. Não foi esta a única perseguição que sofreu, mas, ela sempre conservou inabalável a sua Fé.

O segundo Colégio que abriu obteve um bom sucesso inicial, mas foi também fechado precocemente (decorridos apenas dois anos de funcionamento); desta vez, não pela ação de inimigos da Igreja, mas por um Bispo mal informado. Através dessas cruzes, a Providência ia preparando a alma de Laura para “uma grande vocação: a de ser missionária entre os índios, e mãe de numerosas missionárias”. (5)

Trezentos ou quatrocentos mil filhos perdidos

O zelo apostólico da jovem professora experimentava enorme dor ao “considerar que milhares de indígenas colombianos não tinham contato algum com a Igreja” (6), como se tivesse centenas de milhares de filhos perdidos. O desejo de catequizá-los, mostrar-lhes a Verdadeira Fé e torná-los Filhos de Deus a inflamava constantemente, porém, teve que enfrentar inúmeros obstáculos antes de realizar seu projeto missionário. Afinal, depois de muitas lutas, conseguiu lançar-se à obra, graças a ajuda de Dom Maximiliano Crespo, Bispo de Santa Fé de Antioquia, o qual a apoiou, concedendo-lhe os recursos necessários para que partisse em missão.

Assim, “na formosa manhã de 5 de maio de 1914, partiram as cinco missionárias, entre as quais a mãe de Laura, Dolores Upegui, já com 72 anos, mas não menos entusiasmada nem com menor decisão do que as jovens”. (7)Em seus nobres intentos, enfrentou inúmeras dificuldades, mas, buscou estabelecer uma regra que levasse todas à perfeição. A Providência favoreceu sua serva fiel e assim a atuação de Madre Laura foi marcada, inclusive, por inúmeras curas prodigiosas, as quais fizeram com que os habitantes – a princípio hostis, fossem, aos poucos, deixando-se influenciar pela bondade da Santa. A confiante devoção a Nossa Senhora foi fator decisivo para que Laura obtivesse sucesso, como ela mesma explica: “Minha devoção à Santíssima Virgem era como o remo que movia minha barquinha. […] Maria é o sorriso de minha vida”.

“Os últimos nove anos de sua existência Santa Laura passou-os numa cadeira de rodas, no meio de duras provações. Enquanto isso, a Providência abençoava a expansão de sua obra”. (8) As Missionárias de Maria Imaculada e Santa Catarina de Sena estão hoje presentes em 19 países.

Peçamos a Santa Laura Montoya que nos obtenha o mesmo ardor missionário que ela tanto teve, para buscarmos, não apenas a nossa própria conversão, mas também de nossos irmãos, mesmo batizados, mas que se afastam deliberadamente, cada dia mais, da Igreja de Cristo.

Por João Celso


(1) Gustavo Ponce Montesinos. Na vanguarda missionária da Igreja. Revista Arautos do Evangelho. n. 142, p. 34, Outubro de 2013.
(2) Idem, ibidem.
(3) Idem, p. 35
(4) Idem, p. 35
(5) Idem, p. 35
(6) Idem, ibidem
(7) Idem, p. 36
(8) Idem, p. 37
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