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O Batismo do Senhor

“Jesus lavou nas águas os nossos pecados”

Monsenhor João Clá Dias, EP (1)

O Evangelho de São Mateus (3, 13-17) que narra o Batismo de Jesus traz em seu início uma certa inquietação, um “protesto” de São João Batista. De fato, fazendo coro a este grande Santo, poderíamos estranhar o fato de o Mestre se deixar batizar por João. Qual a verdadeira motivação deste ato de Nosso Senhor Jesus Cristo? Com muita propriedade, comenta o Monsenhor João Clá Dias, no Inéditos sobre os Evangelhos:

“Cristo não precisava ser batizado, pois fora Ela quem, inspirando São João, instituíra este rito, mas, “o batismo tinha necessidade do poder de Jesus”. Desde toda a eternidade o Verbo conheceu com perfeição, em sua própria essência divina, cada um de nós, com nossos pecados, misérias e insuficiências. Sendo Deus, Ele podia limpar a Terra por um simples ato de sua vontade; contudo, preferiu Ele mesmo, o Inocente, livre de qualquer nódoa, assumir uma carne “semelhante à do pecado” (Rm 8,3). Quis ser batizado, então, não “para ser purificado, mas para purificar”, submergindo consigo, na água batismal, todo o velho Adão. Devemos considerar que se existisse uma humanidade infinita, com infinitos pecados, Ele os teria carregado sobre Si, lavando-os naquele momento nas águas do Jordão.” (2)

Assim, a Frase da Semana convida seus leitores a refletirem sobre a imensa Misericórdia de Deus, que, absolutamente, não pode ser medida com critérios humanos. Que esta Purificação dos nossos pecados, trazida por Nosso Senhor Jesus Cristo, habite sempre nos corações e traga-nos uma verdadeira santidade de vida, livre de todos os pecados e que, pela intercessão de Maria Santíssima, possamos sempre corresponder ao que espera Ele de nós.

Salve Maria!

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(1) Mons. João S. Clá Dias, EP. O inédito sobre os Evangelhos. v. V, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2012, p. 169.
(2) Idem, ibidem.

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“Onde iremos encontrar Jesus?”

“Entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe”

(Mt 2,11)

No primeiro Domingo do ano a Liturgia da Igreja propõe para os fiéis a Festa da Epifania do Senhor, que significa a Sua Manifestação. Através da visita dos Reis Magos, o Menino-Deus se revela a todas as nações, as quais são redimidas pelo seu Sangue Divino e iluminadas pela luz da Fé, através da atuação da Igreja de Cristo no mundo. E qual o verdadeiro sentido desta Festa? Assim comenta o Monsenhor João Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho:

“Jesus nasce pobre numa gruta em Belém; os Anjos do Céu, é verdade, reconheceram-No por seu Senhor, mas os homens da terra deixam-No abandonado. Vêm apenas uns poucos pastores para adorá-Lo. O divino Redentor, porém, já quer começar a nos comunicar a graça da Redenção, e por isso, começa a manifestar-Se aos gentios que não O conheciam. Manda uma estrela iluminar os santos Magos, para que venham conhecer e adorar o seu Salvador. Admiremos o chamado que o Menino Jesus, de Sua manjedoura, faz a todas as nações, ao enviar aos Reis Magos a sua Estrela e a sua Graça; uma para lhes iluminar os olhos e a outra para lhes falar aos corações.” (1)

A Frase da Semana do Blog dos Arautos do Evangelho de Maringá quer reverenciar a extrema importância da manifestação, ou exaltação de Cristo, como Rei e Senhor das Nações, principalmente, no mundo de hoje, tão resistente em admitir essa Realeza.

Mas, ao mesmo tempo, queremos destacar um aspecto muito importante desta Festa: o papel eminente de Maria Santíssima. Com efeito, narra o Evangelista que os Reis Magos “acharam o menino com Maria, sua mãe”. Se, pois, verdadeiramente, queremos “achar” o Menino Jesus é através de Maria que devemos procurá-Lo, conforme comenta o Monsenhor João Clá:

“Palavras proféticas, inspiradas pelo Espírito Santo, para deixar constando pelos séculos afora que não se pode encontrar Jesus sem Maria, e menos ainda, Maria sem Jesus. A História comprova – e muito mais o fará – o quanto a devoção à Mãe conduz à adoração ao Filho, e vice-versa.”

Que neste ano que se inicia, procuremos com ardor o Menino Jesus e o mantenhamos sempre em nossas vidas, por intercessão de Maria Santíssima.

Salve Maria!

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(1)  Mons. João Clá Dias. Epifania do Senhor. (meditação para o 1º. Sábado). Disponível em: http://www.arautos.org/search/find.html?q=Epifania

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Quem sois, Senhora?

“Ó Senhora, quereis ter a bondade de me dizer quem sois?”(1)

Santa Bernadette, a quem Nossa Senhora apareceu, em Lourdes.

Era o dia 25 de Março do ano de 1858. Nos arredores de uma pequena cidade francesa, incrustada nos Pirineus, na gruta de Massabielle, uma jovem pastora, com 14 anos de idade, está aflita. Afinal, já pela décima sexta vez, aquela Senhora lhe aparece, mas ela ainda desconhece quem Ela é, ou, qual o seu nome. A aflição da jovem pastora se dá pelo fato que os padres a quem ela revelara o conteúdo das aparições, haviam lhe ordenado que obtivesse o nome da Senhora, do contrário, não edificariam ali a capela, pedida pela misteriosa Senhora, nem viriam até ali processionalmente.

Conhecer o nome da Senhora, portanto, era uma necessidade urgente. Assim, resoluta, pergunta a pequena pastora:

“ – Senhora, quereis ter a bondade de me dizer quem sois?”. A Senhora apenas sorri.

Insiste Bernadette: “Ó Senhora, quereis ter a bondade de me dizer quem sois?”. Novamente, obtém apenas um aceno com a cabeça e um sorriso. Criando coragem, além de suas pequeninas forças, suplicou à Senhora a graça de lhe dizer o nome.

A este terceiro pedido, não resistiu a Senhora àquele inocente e confiante pedido. Revelou-lhe, então, o Seu Nome:

“Eu sou a Imaculada Conceição”.

Obviamente, aquela pequena pastora, ainda não alfabetizada, não teria a capacidade de entender o que estas palavras significavam. Mas, obediente, foi e revelou a quem lhe perguntara o Nome da Senhora. Ora, apenas 4 anos antes, em 1854, havia o Papa Pio IX proclamado o Dogma da Imaculada Conceição, privilégio singular de Nossa Senhora, cuja Festa celebramos neste 08 de Dezembro. Ficou, portanto, provada a autenticidade das Aparições de Lourdes e confirmado, diretamente pela Mãe de Deus, o Dogma de Fé definido pelo Vigário de Cristo na Terra. Uma verdadeira interação entre o Céu e a Terra, lembrando as solenes palavras de Nosso Senhor: “Tu és Pedro…tudo o que ligares na terra será ligado nos céus” (Cf Mt 16,18 a 19).

A exemplo de Santa Bernadette, peçamos a Nossa Senhora a Graça de conhecê-La e de crescer cada vez mais na devoção a Ela!

Salve Maria!

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(1) Monsenhor João Clá Dias. Pequeno Ofício da Imaculada Conceição Comentado. 2ª. ed., São Paulo: ACNSF, 2011. Página 25.

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Um convite e uma advertência

Ficai atentos, porque não sabeis em que dia virá o Senhor.

Mt 24,42

Estamos a menos de um mês da grande Festa do Natal. Antes, porém, de comemorarmos as alegrias do nascimento do Menino Jesus, a Igreja deseja que façamos uma preparação adequada, através do Tempo do Advento.

Como refere Monsenhor João Clá Dias, fundador dos Arautos do Evangelho, o Tempo do Advento compõe-se de quatro semanas, representando os séculos e milênios que esperou a humanidade pela vinda do Redentor. Nesse período, tudo na Liturgia se reveste de austeridade – omite-se o glória, os paramentos são roxos e as flores não enfeitam mais o interior dos templos – para lembrar ‘nossa condição de peregrinos, ancorados ainda na esperança’”. (1)

A Frase da Semana, do Blog dos Arautos do Evangelho de Maringá sempre tem proposto a seus leitores um pensamento, uma reflexão a respeito de um tema importante, cuja meditação venha a enriquecer a semana de todos. Pois bem: nada pode ser mais relevante para o católico do que tornar presente em sua vida cotidiana esta preparação para o Natal. Por isso, a frase, tirada do Evangelho do Primeiro Domingo do Advento.

Esta frase deve também nos levar a refletir sobre a vinda de Cristo – tema do 1º Domingo do Advento. Pela Revelação, esperamos a segunda vinda de Cristo, que se revestirá da Glória do Rei do Universo. Mas, também, devemos estar atentos à particular vinda de Cristo para nós, no momento de nossa passagem para a vida eterna, quando seremos julgados em relação à nossa correspondência ao Seu chamado.

Que Maria Santíssima – que esteve sempre atenta ao chamado de Deus, nos guie neste Tempo do Advento e nos obtenha de Seu Divino Filho a imensa Graça de estarmos sempre bem preparados.

Salve Maria!

Saiba mais sobre o Tempo do Advento, visitando o site dos Arautos do Evangelho.


(1) Mons. João S. Clá Dias, EP. O inédito sobre os Evangelhos. v. V, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2012, p.  24

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Frase da Semana – São Zacarias e Santa Isabel

“Ambos eram justos diante de Deus e observavam irrepreensivelmente todos os mandamentos e preceitos do Senhor.”

Lucas 1,6

Com essas palavras, extremamente elogiosas, narra o Evangelho de São Lucas, logo no seu início, a exata situação em que viviam São Zacarias e Santa Isabel, cuja festa litúrgica a Igreja celebra em 5 de Novembro.

Eram justos “diante de Deus” e observavam “irrepreensivelmente” todos os Seus mandamentos. Ou seja, viviam inteiramente para Deus: eram santos!

Tão santos que puderam receber de Deus a imensa graça de serem – apesar de avançada idade, os progenitores de São João Batista, o Precursor do Messias, de quem o próprio Jesus afirmou não haver, entre os nascidos de mulher, outro maior que ele.

Viviam santamente os esposos São Zacarias e Santa Isabel; mas nem por isso foram isentos de preocupações e sofrimentos. O próprio São Zacarias passou pelo sofrimento de ficar mudo, até que se cumprisse o que o Anjo Gabriel lhe havia anunciado.

O que dizer, por outro lado, da santidade de Santa Isabel?

São Zacarias

Ao cumprimentar sua prima Maria, quando a recebeu em sua casa, pronunciou Santa Isabel as célebres palavras: “bendita és tu entre as mulheres, bendito é o fruto do teu ventre”; estas palavras, desde aquele momento e por toda a eternidade, ressoarão nas vozes de todos quantos saudarem Nossa Senhora, rezando a oração da Ave-Maria. Naquele instante, pela intercessão de Nossa Senhora, conforme comenta São Luís Maria Grignion de Montfort, foi operado o primeiro milagre de Jesus na ordem da Graça: a santificação de São João Batista.

Por sua vez, na meditação do Primeiro Sábado, na Catedral da Sé em São Paulo, no dia 1º. de Janeiro de 2005, comentou o Monsenhor João Clá Dias:

“Maria Santíssima chegando à casa de Santa Isabel saudou-a e qual foi o efeito produzido? Foi a santificação da criança que estava sendo gestada. São João Batista saltou no ventre materno. E não há somente isso; pelas palavras de Maria, Santa Isabel que era sua prima, no momento do cumprimento, logo que o timbre de sua voz penetrou em seus ouvidos, nesse momento o Espírito Santo tomou-a. O Divino Espírito Santo poderia perfeitamente tomar Santa Isabel sem o concurso de Nossa Senhora, Ele poderia santificar São João Batista sem a intervenção de Maria. Mas acontece que a simples presença d´Ela por ser Santíssima, como que ¨força¨ o Espírito Santo a agir”. (1)

Foi também graças à saudação de Santa Isabel – inspirada pelo Espírito Santo, que podemos contemplar a belíssima oração do Magnificat, recitada pela Santíssima Virgem, em agradecimento a Deus.

Enfim, são tantas as glórias desse Santo Casal, homenageados pela Frase da Semana, que este espaço não é suficiente para mencioná-las. Peçamos a São Zacarias e a Santa Isabel que intercedam junto a Deus para que os casais de hoje também tenham o desejo e a força para viverem santamente, cumprimento integralmente os mandamentos de Deus e tudo o que Ele espera e propõe, por meio da Santa Igreja.

Salve Maria!


(1) Monsenhor João Clá Dias. Meditação para o Primeiro Sábado: Visitação de Maria a sua prima Santa Isabel. Disponível em: http://www.arautos.org/especial/10310/A-visitacao-de-Nossa-Senhora-a-sua-prima-Santa-Isabel.html

 

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