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Frase da Semana – Quaresma

Que ao longo desta Quaresma, possamos progredir no conhecimento de Jesus Cristo e corresponder a seu amor por uma vida santa.

(Oração do Dia, Celebração Eucarística do 1º Domingo da Quaresma)

Com divina sabedoria, as orações determinadas pela Santa Igreja para as celebrações do Santo Sacrifício, conduzem os fiéis a uma maior reflexão sobre o momento litúrgico que estão vivendo. Por exemplo, a Oração do Dia (ou Coleta), pronunciada ao final dos Ritos Iniciais da Santa Missa, leva os participantes da Celebração a tomar consciência de que estão na presença de Deus; conservando alguns instantes de silêncio, eles podem, nesse momento, dirigir a Deus seus pedidos.

Assim, a Frase da Semana foi buscar na Oração do Dia da Missa do Primeiro Domingo da Quaresma o tema para nossa reflexão semanal. Dirigindo-se especialmente a Deus Pai, a oração conduz ao verdadeiro espírito quaresmal: buscar o conhecimento de Jesus Cristo e nele progredir, ou seja, dar passos em busca dessa Graça. Ao mesmo tempo em que buscamos o conhecimento de Cristo, procuramos corresponder ao Amor que Ele tem por nós, através de uma vida santa e da prática da virtude. Deus nos ama e para corresponder ao Seu Amor, procuramos buscar a santidade de vida.

A santidade de vida somente poderá ser alcançada com o auxílio da Graça de Deus. Recorramos, portanto, à Mãe da Divina Graça para que nos ajude neste caminho, especialmente durante o da Quaresma.

Salve Maria!

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Lembra-te de que és pó e ao pó hás de voltar.

Liturgia da Quarta Feira de Cinzas

Nada pode ser mais insignificante do que o pó. De fato, a Liturgia da Quarta Feira de Cinzas, que abre as portas da Quaresma, vem recordar ao homem a sua inexorável condição. Mesmo em um tempo, como o nosso, repleto de avanços da Ciência e da Tecnologia, não se pode escapar do traçado pelo pecado de Adão e Eva.

Na cerimônia da Quarta Feira de Cinzas, fica a fronte dos fiéis marcada “por um traço escuro cujo aspecto trágico e carente de beleza parece proclamar: ‘De uma hora para outra, podemos ser levados pela morte, retornando ao pó!” (1).

“A consideração da árdua passagem desta vida para a eternidade muitas vezes nos inquieta. Entretanto, tal pensamento é altamente benfazejo para compenetrar-nos da necessidade de evitar o pecado que, sem o arrependimento e o imerecido perdão, poderá fechar-nos, para sempre, as portas do Céu: ‘Lembra-te de teu fim, e jamais pecarás’ (Eclo 7, 40)”.(2)

No momento em que penetramos – através da Quaresma – num dos principais mistérios de nossa Redenção, a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, a Frase da Semana traz a seus leitores esta reflexão sobre a finalidade do homem.

Que esta Quaresma seja realmente propícia à Conversão. É que o desejamos, implorando para isto a maternal assistência da Mãe de Deus, a Mãe Dolorosa que ardentemente deseja a salvação de seus filhos.

Salve Maria!

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(1) Monsenhor João Clá Dias. O centro deve estar sempre ocupado por Deus. Comentário ao Evangelho da Quarta Feira de Cinzas. Disponível em: http://www.arautos.org/view/show/13373-o-centro-deve-estar-sempre-ocupado-por-deus
(2) Idem.

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Os “milagres” dos apóstolos de nossos dias!

As diversas reflexões da Liturgia no Tempo Comum nos remetem aos grandes milagres operados por Nosso Senhor Jesus Cristo durante a Sua existência terrena: curando doentes, expulsando demônios, ressuscitando mortos, enfim, realizando uma quantidade enorme de feitos extraordinários, buscava o Divino Mestre provar os propósitos de Sua vinda e confirmar na Fé os seus débeis seguidores.

Jesus [também] conferiu aos Apóstolos o poder de expulsar os espíritos imundos e o dom de curar os enfermos, para que os homens daquela época dessem crédito à mensagem do Evangelho.

E em nossos dias, qual é a prova da autenticidade da Boa Nova que os evangelizadores devem apresentar ao mundo moderno?

O “milagre” que os autênticos evangelizadores devem fazer é o de anunciar a Jesus Cristo mediante o testemunho de uma vida santa: praticando a virtude, aspirando à santidade e desprezando as solicitações e os ilusórios encantos do mundo. Este, sim, é o milagre capaz de transformar as famílias e a sociedade. (1)

Tendo em vista, principalmente, os feriados de Carnaval, durante os quais o paganismo de nossos dias é exposto com uma rudeza que chega a chocar, eis aí uma boa reflexão que a Frase da Semana propõe a seus leitores. Vamos pedir a Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil que interceda para que tenhamos muitos “milagres” de autêntica fidelidade a Jesus Cristo.

Salve Maria!

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(1) Arautos do Evangelho. Boletim Informativo Maria Rainha dos Corações. Julho/Agosto de 2010, n. 48 (Editorial).

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“É fácil professar a fé, o complicado é deixar essa fé transformar o modo de agir e pensar”, afirma o arcebispo de Maringá

Maringá – Paraná (Terça-Feira, 11/02/2014, Gaudium Press) “O ato de fé pode não significar nada” é o título do artigo de dom Anuar Battisti, arcebispo de Maringá, no Paraná, em que ele compartilha que ao participar do curso com os bispos no Rio de Janeiro foi tomado por um pensamento que o deixou preocupado. Lá foi meditado o texto do evangelista Marcos, quando narra o endemoninhado dizendo: “Vendo Jesus de longe, o endemoninhado correu, caiu de joelhos diante dele, e gritou bem alto: Que tens a ver comigo, Jesus Filho do Deus altíssimo? Eu te conjuro por Deus, não me atormentes” (Mc 5,6-8).

Dom Anuar Battisti – Arcebispo de Maringá

Dom Anuar explica que este texto chamou sua atenção pelo fato de que o demônio acredita, ele tem fé, ele reconhece o Filho de Deus, e conjura por Deus. Então o prelado questiona: Porque ele faz isso e continua fazendo o mal, atormentando as pessoas? Porque faz um ato de fé e nada muda em sua vida? Porque nunca muda de caminho, ficando sempre na contramão da história?

“Fiquei pensando e me veio um certo temor. O demônio reconhece Jesus, professa a fé Nele, mas não O segue e continua sempre pela própria estrada. Jamais será diferente porque sabe quem é Jesus: o Filho de Deus. Mas a sua convicção não interfere no seu modo de agir. É fácil professar a fé, o complicado é deixar essa fé transformar o modo de agir e pensar”, avalia o arcebispo.

De acordo com dom Anuar, é por isso que o maligno continuará sempre maligno, porque a fé não tem nada a ver com a vida concreta. Para ele, a diferença está na fé, que faz verdadeiramente alguém ser discípulo de Jesus; caso contrário eu fico parecendo o demônio que acredita, faz um ato de fé, mas continua sendo o rei da maldade e do pecado, fazendo de conta que não acredita.

“Confesso que essa reflexão me causou um certo temor e me fez repensar o meu seguimento, enquanto escolhido e chamado a colaborar na vinha do Senhor. Entendi melhor a expressão de Jesus: ‘O único pecado que não tem perdão é o pecado contra o Espírito Santo’. Esse é o pecado, professar com os lábios e negar com as atitudes, ou seja, não deixar Deus agir em nós, porque é Ele que vem ao nosso encontro”, destaca.

Segundo o prelado, não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele quem nos amou por primeiro. E, portanto, negar a iniciativa de Deus, fechar-se em si mesmo, nos colocando no lugar de Deus, é negar toda e qualquer ação do Espírito Santo em nós, salienta o arcebispo. “Esse é o pecado que não tem perdão”, completa.

Dom Anuar ainda enfatiza que não é que Deus não perdoe, mas somos nós que não acreditamos nesse perdão. Ele recorda as palavras que o Papa Francisco repetiu várias vezes: “Deus não se cansa de perdoar, nós nos cansamos de pedir perdão”. Conforme o prelado, o caminho de seguimento de Jesus é um caminho de perdas e ganhos. “Perco o meu jeitão de ser e aceito o jeitão do Mestre e Senhor da minha vida. Serei discípulo se serei capaz de assumir a disciplina do Mestre. Não basta dizer eu creio. A fé sem obras é morta”, diz.

Por fim, o arcebispo de Maringá ressalta que no caminho do seguimento do Senhor a astúcia, como as serpentes, e a simplicidade, como as pombas, devem ser sempre as atitudes primordiais para não cairmos na tentação do demônio. É como nós rezamos sempre no Pai Nosso: “Não nos deixeis cair na tentação”. Para dom Anuar, a tentação é exatamente a incoerência do nosso falar e do nosso ser.

“Somente quem está em Deus é uma criatura nova, ou seja renovada, disposta ao seguimento de Jesus como verdadeiro discípulo e discípula. Não tenho dúvidas de que o demônio existe e não tenho dúvidas de que ele nunca para de trabalhar, principalmente, fazendo-nos professar a fé e vivendo como se Deus não existisse. Orar sempre, professar sempre, viver sempre na luz da Fé, assim nada será inútil. A vida terá outro sentido”, conclui. (FB)

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Disponível em: <http://www.gaudiumpress.org/content/55731–E-facil-professar-a-fe–o-complicado-e-deixar-essa-fe-transformar-o-modo-de-agir-e-pensar—afirma-o-arcebispo-de-Maringa> Acesso em: 20/02/2014

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“Sim, eu quero oferecer sacrifícios para salvar os pecadores”.

Beata Jacinta, vidente de Fátima, Portugal. (1)

A pequenina Jacinta ainda não completara 10 anos quando a Santíssima Virgem, no dia 20 de Fevereiro de 1920, levou-a para o Céu – conforme lhe prometera anteriormente. Juntamente com seu irmão Francisco (falecido um ano antes) e sua prima Lúcia, Jacinta é uma das videntes de Fátima, a quem Nossa Senhora apareceu, pedindo-lhes que comunicasse ao mundo a urgente mensagem da parte de Deus.

Tão pequenina, já atingira um alto grau de santidade. Mas, santidade tão eminente somente fora alcançada através de enormes sofrimentos e sacrifícios e de uma confiança inabalável nas promessas realizadas por Nossa Senhora.  Em todas as ocasiões, desde o simples privar-se de uma fruta saborosa até suportar os sofrimentos de uma cirurgia sem o uso de anestesia, procurava Jacinta oferecer sacrifícios pela conversão dos pecadores: “(…) sofro tudo por amor de Nosso Senhor, para reparar o Imaculado Coração de Maria, pela conversão dos pecadores e pelo Santo Padre” (2)

Mesmo em tenra idade, deixou-nos a Beata Jacinta tocantes ensinamentos. Ouvindo e tomando nota de suas palavras, a Madre Godinho, que cuidava da pequena em seu leito de morte, quis saber quem havia lhe ensinado tantas coisas. Respondeu ela: “Foi Nossa Senhora; mas algumas [coisas] penso-as eu. Gosto muito de pensar” (3).

Em poucos anos de vida, Jacinta atingiu uma tão alta união com Nosso Senhor Jesus Cristo, que pode ter chegado àquele grau chamado de “troca de corações” por alguns teólogos. Disse ela: “Eu não sei como é: sinto Nosso Senhor dentro de mim, compreendo aquilo que Ele me diz, embora não O veja e não escute a sua voz!”

Mas, não nos esqueçamos! Se Jacinta chegou em tão pouco tempo a este grau de união com Deus, foi porque soube entender e praticar ternamente a devoção a Nossa Senhora. Sigamos, pois, nós também, o conselho dado por ela à Lúcia na última despedida: “Diz a toda a gente que Deus nos concede as graças por meio do Coração Imaculado de Maria. Ah! Se eu pudesse meter no coração de toda a gente o fogo que tenho cá dentro do peito, que me queima e me faz gostar tanto do Coração de Jesus e do Coração de Maria!” (4)

Beatos Jacinta e Francisco, rogai por nós!


(1) Beata Jacinta: milagre da Graça. Revista Arautos do Evangelho,Maio/2004, n. 29, p. 12 a 15.

(2) Monsenhor João S. Clá Dias.Fátima, o Meu Imaculado Coração Triunfará. São Paulo:ACNSF, 2005, página 4.

(3) Idem, p. 43,

(4) Beata Jacinta: milagre da Graça. Revista Arautos do Evangelho,Maio/2004, n. 29, p. 12 a 15.

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