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Frase da Semana – São Bernardo de Claraval

“Porque éramos indignos de receber qualquer coisa, foi-nos dada Maria para, por meio d’Ela, obtermos tudo quanto necessitamos.

Quis Deus que nós nada recebamos sem haver passado antes pelas mãos de Maria”.

São Bernardo de Claraval

São Bernardo de Claraval – Madrid, Espanha

A Frase da Semana homenageia o grande São Bernardo de Claraval, cuja festa litúrgica é celebrada em 20 de Agosto.

Este grande santo, denominado pelo Papa Inocêncio II de “muralha inexpugnável que sustenta a Igreja, passou para a História com o título de ‘Doutor Melífluo’, porque a unção de suas exortações levava todos a afirmar que seus lábios destilavam puríssimo mel” (1). Entre suas magníficas obras, São Bernardo exaltou incansavelmente as grandezas de Maria, entre elas a sua Mediação Universal: nenhum dom é concedido aos homens sem que passe antes por suas mãos virginais.

São Bernardo é o autor da parte final da Salve, Rainha (“ó clemente, ó piedosa, ó doce e sempre virgem Maria” – conforme publicação anterior neste Blog (2)). São Bernardo é ainda autor da sublime oração “Lembrai-vos”; recitada em todas as partes do mundo, esta oração ressalta a confiança que devemos ter em nossa Mãe Santíssima: “Nunca se ouviu dizer” que alguém que tenha recorrido a Maria fosse por Ela desamparado!

Viveu São Bernardo no século XII, uma época em que, segundo narra o Papa Leão XIII na encíclica Immortale Dei, “a filosofia do Evangelho governava os Estados; a influência da sabedoria cristã e sua virtude divina penetravam as leis, as instituições, os costumes dos povos, todas as categorias e todas as relações da sociedade civil”. (3)

Em nosso mundo caótico e quase sem Fé, tão oposto ao mundo de São Bernardo, precisamos cada vez mais – com redobrada confiança – recorrer a este grande Santo para que obtenha de Nossa Senhora para nós todas as graças espirituais e temporais de que necessitamos.

Leia mais sobre a vida de São Bernardo, suas obras e sua exímia devoção à Nossa Senhora, visitando o site dos Arautos do Evangelho.


(1) Arautos do Evangelho. Comentários à Salve Rainha, Parte IX. Disponível em: <http://maringa.arautos.org/2013/05/comentarios-a-salve-rainha-parte-ix-o-clemente-o-piedosa-o-doce-e-sempre-virgem-maria/>

(2) Arautos do Evangelho. São Bernardo de Claraval. Monge, místico e Profeta. Revista Arautos do Evangelho, n. 56, p. 22 a 25. Disponível em: <http://www.arautos.org/especial/28855/Sao-Bernardo-de-Claraval>

(3) Idem, ibidem.

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As alegrias de Maria

1° Sábado na Paróquia N. Sra. da Liberdade – 01/06/2013

            Maria Santíssima é a Senhora das Dores. Com efeito, que outra senhora, ao longo de mais de dois mil anos da História da Igreja experimentou as dores de Maria? O profeta Simeão havia-lhe dito: “uma espada transpassará a tua alma” (Cf. Lc 2, 35). Tal é a enormidade dos sofrimentos por que passou que, com toda a justiça, Ela é chamada Co-Redentora da Humanidade. Diante da cruz, estava de pé! (Cf. Jo 19,25)

            Contudo, mesmo venerando com amor indizível a coragem e a correspondência à Graça por parte de Nossa Mãe Santíssima, que enfrentou as suas dores com serenidade e confiança inabaláveis, também faz bem à nossa Devoção imaginar os momentos de alegria que Maria viveu nesta terra: desde que o Verbo Se encarnou em seu seio puríssimo, até o momento do início da vida pública de Jesus, certamente Ela experimentou, muitas vezes, uma alegria angelical, quase divina, ao contemplar o crescimento de Seu Divino Filho, o qual “crescia em estatura, em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens” (Lc 2,52).

            Discorrendo sobre os mistérios da Encarnação e da vida oculta de Jesus, São Luís G. de Montfort, no Tratado da Verdadeira Devoção, menciona que “Deus Filho desceu ao seu seio virginal qual novo Adão no paraíso terrestre, para aí ter as suas complacências e operar em segredo maravilhas de graça. Deus, feito homem, encontrou sua liberdade em se ver aprisionado no seio da Virgem Mãe; patenteou a sua força em se deixar levar por esta Virgem santa; achou sua glória e a de seu Pai, escondendo seus esplendores a todas as criaturas deste mundo, para revelá-las somente a Maria; glorificou sua independência e majestade, dependendo desta Virgem amável, em sua conceição, em seu nascimento, em sua apresentação no templo, em seus trinta anos de vida oculta(…) (1)

       Quantas alegrias. Podemos imaginar, mas somente no Céu compreenderemos totalmente esse Mistério.

            Também nós, católicos de hoje, podemos proporcionar algum consolo, alguma alegria à nossa Mãe Querida, desagravando o Seu Imaculado Coração, como Ela pediu na Mensagem de Fátima. Num mundo que se afasta de Deus, vemos que muitas pessoas se dedicam a fazer esse desagravo, através da Comunhão Reparadora dos 5 Primeiros Sábados. Em especial, muitos paroquianos da Paróquia Nossa Senhora da Liberdade têm tido a boa vontade de fazê-lo. Esta abençoada Paróquia irá realizar amanhã, 06 de Julho, o 5º. Primeiro Sábado Consecutivo. A devoção foi iniciada nesta Paróquia no mês de Março próximo passado, por iniciativa dos Arautos do Evangelho e com o apoio imprescindível do Revmo. Pe. Dirceu A. Nascimento. Desde aquela data até aqui, muitas pessoas têm feito esta devoção, tão querida da Mãe de Deus.

Portanto, fica aqui o convite:

1° Sábado na Paróquia N. Sra. da Liberdade – 01/06/2013

Devoção dos 5 Primeiros Sábados – 5º. Sábado

Local: Paróquia N.Senhora de Liberdade – Jd. Liberdade – Maringá

Horários:

Confissões, a partir das 17h

Terço e Meditação: às 18h30

Santa Missa: às 19h30

Todos estão convidados.

Estenda este convite também a seus familiares e amigos!


(1) São Luís Maria G. de Montfort, Tratado da Verdadeira Devoção. 38ª. ed. Petrópolis: Vozes, 2009. n. 18, p. 27

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Frase da Semana – Imaculado Coração de Maria

Amemos  a Jesus com o Coração de Maria. E a Maria com o Coração de Jesus. E não tenhamos senão um só coração e um só amor com Jesus e Maria.”

 São João Eudes (1)

A Frase da Semana de hoje relembra a grande Festa do Imaculado Coração de Maria, celebrada no sábado seguinte à festa do Sagrado Coração de Jesus.

Esta proximidade das duas festas lembra a grande proximidade, ou, melhor, a interação existente entre as duas devoções. São João Eudes, “apóstolo incansável da devoção aos Sagrados Corações de Jesus e Maria” (2), nascido no primeiro ano do século XVII (1601), autor da frase desta semana – que foi extraída de uma de suas mais belas orações, tinha tanto amor pelas duas devoções que,  a “chave de sua espiritualidade que foi a devoção ao Coração de Cristo, unido indissoluvelmente ao Coração de Maria” (3). Praticamente, considerava-a uma única devoção, indissociável. Foi esse Santo o grande propagador da devoção ao Imaculado Coração de Maria.

Porém, é na Mensagem de Fátima, quando Nossa Senhora faz aos pequenos pastores o seu apelo maternal, que a Devoção ao Imaculado Coração de Maria fica mais claramente explicitada: “Para salvar as almas ‘dos pobres pecadores, Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração’ – dizia a Santíssima Virgem na aparição de 13 de julho de 1917, ao tratar do cerne de sua mensagem. Porém, não foi esta a única ocasião em que Nossa Senhora se referiu à importância dessa devoção. Mencionou-a diversas outras vezes nas suas mensagens, e tal insistência não pode deixar de ser seriamente considerada.” (4)

A confiança, portanto, no Imaculado Coração de Maria, pela qual chegamos mais facilmente ao conhecimento de Jesus Cristo, deve ser o farol a guiar a nossa vida espiritual, não apenas nesta grande Festa, mas em todos os dias de nossa existência. Imaculado Coração de Maria, que obtendes graças para os pecadores, rogai por nós! (5)

 (1) Congregação de Jesus e Maria (Eudistas). Orar com João Eudes. Frase extraída da oração “Um só coração”. Disponível em: http://www.eudistes.org/BRASIL/site%20eudista/Orar_com_Joao_Eudes.htm

(2) Papa Bento XVI. Audiência Geral de 19 de Agosto de 2009. Disponível em: http://www.arautos.org/artigo/7781/Sao-Joao-Eudes–empenho-na-formacao-dos-sacerdotes.html

(3) Congregação de Jesus e Maria (Eudistas). Biografia completa de São João Eudes.  Disponível em: http://www.eudistes.org/Biografia_de_Sao_Joao_EUDES.htm

(4) Arautos do Evangelho. Imaculado Coração de Maria e a devoção dos primeiros sábados.  Disponível em: http://www.arautos.org/especial/47401/O-Coracao-Sapiencial-e-Imaculado-de-Maria.html

(5) Uma das invocações da Ladainha do Imaculado Coração de Maria.

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Chuva de graças!

O Retiro que se realiza durante estes dias de Carnaval na Casa dos Arautos de Maringá tem sido cumulado das melhores e abundantes graças concedidas por Nosso Senhor, a rogos de Sua Mãe Santíssima. Realmente uma chuva de graças!

A nota tônica tem sido de muito entusiasmo, o que se pode verificar tanto na participação

Participantes do Retiro, pregado pelo Pe. Julio Cameron Francisco Ubbelohde, EP.

atenta e devota nas meditações, quanto na alegria expressa nas fisionomias dos retirantes.

Aliás, neste domingo em especial, a contemplação das verdades da fé vieram de encontro com as leituras da Santa Missa: a graça de Deus, o perdão e a misericórdia, a confiança total em Nosso Senhor e a nossa redenção.

Não tenhas medo

Nosso Senhor continua a nos dizer: “Não tenhas medo” (Lc 5,10). Que Nossa Senhora obtenha os melhores frutos para este Retiro e a todos nós: a confiança e a fidelidade íntegra, total e inabalável no seguimento de Seu Divino Filho. Com Isaias, saibamos responder: “Aqui estou, envia-me” (6, 8).

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Minha Mãe, minha confiança!

No local escolhido para fazer as imagens, Alphaville (São Paulo), três aquecedores mantinham a temperatura ambiente entre 28 e 30 graus e um aparelho reproduzia o som de batimentos cardíacos…”.

Assim a revista Veja São Paulo1 relata a preparação do ambiente para que um bebê de apenas 12 dias de idade faça, não um delicado exame ultrassonográfico, como alguém, de maneira apressada e angustiante poderia pensar, mas, um ensaio fotográfico! que irá registrar os primeiros dias de vida do pequeno Danilo. Informa ainda a matéria que “outras famílias paulistanas vêm investindo em produções semelhantes”; enfim, a reportagem dá conta de todo um arsenal à disposição dos pais – para que a vida de seus filhos seja, desde cedo, fartamente documentada para a posteridade. Muito longe vão os tempos em que os pobres pais podiam apenas dispor de uma ou outra foto de seus filhos; por exemplo, a famosa foto escolar do 4º ano primário.

É claro que toda essa facilidade tecnológica – e até um certo modismo – podem levar pais (e avós!) a darem importância demasiada a fatores não essenciais, negligenciando a atenção psicológica e, principalmente religiosa que seus filhos merecem. Há pais, por exemplo, que por questões meramente materiais, adiam por vários meses a cerimônia de batismo dos filhos, privando-os de se tornarem o quanto antes “criaturas novas, filhos adotivos de Deus, participantes da natureza divina, membros de Cristo e co-herdeiros com Ele, templos do Espírito Santo2. E esse atraso injustificável se pauta no desejo (legítimo, mas dispensável) de querer tornar ainda mais grandiosa uma cerimônia que de si já é extraordinária; assim a festa, a contratação dos fotógrafos, as roupas, etc. passam a ocupar o primeiro lugar, numa lamentável inversão de valores.

Mas, voltemos ao pequeno Danilo, já fotografado em tantos detalhes na tenra idade de doze dias: É inteiramente possível imaginar quanta alegria proporcionará a seus pais e aos que estiverem ao seu redor durante os seus primeiros anos de vida. De fato é irresistível a felicidade de conviver com uma criança inocente. Quem não se encanta aos vê-las dando os primeiros passos, pronunciando as primeiras palavras? Por exemplo, a Beata Zélia Guérin, num arroubo de contentamento pela doçura de sua filhinha, a então pequenina Santa Teresinha do Menino Jesus, assim se expressa: “Há alguma coisa de tão celestial em seu olhar que ficamos encantados!…”3 É esta a vitalidade da inocência infantil.

Por outro lado é também digno de nota – e explicável apenas sob a perspectiva da inocência – a confiança sem restrições ou limites que os pequenos depositam em seus pais. Traz-nos uma sensação de paz e é nos aprazível ver uma criança pequena tomando as mãos de sua mãe para atravessar uma rua ou andar pela calçada de uma cidade às vezes freneticamente tomada por movimentos de carros, pedestres e todo tipo de perigo… Facilmente vemos a total despreocupação e a elegante indiferença dessa criança em relação ao ambiente que a rodeia: Estando entrelaçada às mãos da mãe (ou do pai, da avó…), ela se deixa conduzir com total naturalidade, navegando tranquila em seu mundo de inocência e candura.

Em outro ambiente e em um tempo muito diferente do nosso, a própria Santa Teresinha, com a santidade de quem conservou por toda a vida as graças primaveris do Batismo, relembra, docemente, os pequenos passeios que quando criança, fazia com seu querido pai, o seu “Rei”: “Todas as tardes ia dar pequenos passeios com papai; fazíamos juntos uma visita ao Santíssimo, visitando cada dia uma nova igreja”4.

Vendo essas cenas que mesclam confiança e inocência, não há um adulto sequer que não se comova e não se deixe envolver por uma atmosfera de pleno encantamento. Um verdadeiro descanso nas agitações cotidianas.

Certamente, assim também deve ser a nossa confiança na intercessão e no cuidado que tem por nós Maria Santíssima.

Sem as vantagens indescritíveis da inocência infantil, tendo já há muito abandonado ou perdido, nas palavras do poeta, as “asas brancas, asas que um anjo me deu”5 e já não podendo voar ao céu, estamos nós continuamente envoltos em desafios e dificuldades, perante angústias e problemas de todo o tipo que nos parecem intransponíveis. Nessas ocasiões, infelizmente, buscamos resolver as coisas a partir de nossa própria capacidade e nos esquecemos de estender a nossa mão e procurar o auxílio da Mãe de Misericórdia, da Consoladora dos Aflitos que, como nas Bodas de Caná está atenta, vigilante e pronta para nos atender em tudo o que precisarmos. Se não somos mais crianças inocentes, devemos ser adultos de fé.

Terminamos esta reflexão tomando as belas palavras de Santo Afonso de Ligório, em seu majestoso livro Glórias de Maria;6 por meio delas, dirigimos a nossa Mãe Santíssima uma oração pedindo que a nossa confiança em sua misericórdia para conosco seja sempre renovada:

   …………….É terníssimo o amor que ela consagra a todos os homens, mesmo os mais infelizes pecadores, quando lhe conservam algum afeto ou devoção. (…) Na qualidade de amantíssima advogada nossa, oferece a Deus as preces de seus servos; pois, como o Filho intercede por nós junto ao Pai, assim ela intercede por nós junto ao Filho. Não se cansa de tratar com o Pai e com o Filho o sério assunto da nossa salvação. Singular refúgio dos perdidos, esperança dos miseráveis e advogada de todos os pecadores que a ela recorrem”.

Por Prof. João Celso – Arautos Maringá

1 Revista Veja São Paulo. 17 de outubro de 2012, p. 49
2 Catecismo da Igreja Católica. P. 351.
3 Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face. Obras Completas. Ed. Loyola, 1997, p. 90.
4. Idem. p. 94
5 Almeida Garret (1854) . As minhas asas.
6 S. Afonso de Ligório. Glórias de Maria. Aparecida-SP: Ed. Santuário, 3. Ed. p. 160
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