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Revista Arautos em Foco – Dezembro 2013

Resenha Mensal

da Revista

Arautos do Evangelho

N. 144

Dezembro 2013

Capa:

Menino Jesus pertencente

aos Arautos do Evangelho,

revestido da casula sacerdotal

Foto: Timothy Ring

A Revista Arautos do Evangelho n. 144, do mês de Dezembro de 2013 traz como destaque a sublimidade do Mistério Inefável do Natal. O Editorial aborda o paradoxo do “sinal de contradição” representado pelo nascimento do Menino Jesus, anunciado pelo profeta Simeão, quando tomou em seus braços o Pequenino, na Sua apresentação no Templo. Essa contradição irá acompanhar os homens ao longo de sua trajetória nesta Terra: “A oposição entre os filhos das trevas e os discípulos do Divino Mestre se verificará ao longo da História, dando origem a perseguições, lutas e martírios padecidos pelos que acolheram a Luz. Pois se, de um lado, foi prometida a paz aos amados de Deus, de outro, devem estes estar dispostos a enfrentar contrariedades pela fidelidade ao Verbo Encarnado. Porque a verdadeira paz é a tranquilidade da ordem e não uma harmonia aparente sob a qual pode se disfarçar o pecado”.

A Voz do Papa deste mês traz excertos da Homilia proferida pelo Papa no Cemitério Verano, em Roma no dia 01/11/2013, na qual recorda que “morrendo na Cruz, Cristo abriu-nos as portas do Céu. E esta é a nossa esperança: no ocaso de nossa existência terrena seremos acolhidos pelo Cordeiro de Deus para a vida eterna”; no seu pronunciamento na Audiência Geral de 23/10, o Santo Padre lembrou que Maria é modelo e figura da Igreja e que devemos pedir ao Senhor para que nos conceda a sua graça, a sua força, a fim de que na nossa vida se reflita o modelo de Maria, Mãe da Igreja. O n. 144 traz ainda trechos da Videomensagem para a vigília de oração na Jornada Mariana, em 12/10/2013, na qual, novamente falando de Maria, o Papa recorda que Ela aponta para Jesus, convida-nos a dar testemunho de Jesus, guia-nos sempre para o Seu Filho Jesus, sustentando-nos em nossas dificuldades.

O Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho, no Comentário ao Evangelho de Mateus 11, 2-11, que a Liturgia propõe para o Terceiro Domingo do Advento, Domingo “Gaudete”, nos faz ver que “a procura da felicidade norteia a existência de toda criatura humana, por disposição divina. A Liturgia deste Domingo indica o verdadeiro caminho para encontrá-la e oferece um exemplo seguro a seguir”. E qual é o verdadeiro caminho da felicidade? Aponta-o Monsenhor João Clá: Pertencer a Jesus Cristo! “Feito para pertencer a Nosso Senhor Jesus Cristo, o ser humano se realiza na medida em que assume com seriedade sua condição de batizado, membro da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, dando passos adiante na prática da virtude e na busca da santidade. Quanto mais avançarmos nessa via, maior é a alegria que nos invade, assim como o desejo de progredir ainda mais”. Não deixe de ler o Comentário completo, a partir da página 10.

O Pe. Rodrigo Alonso Solera Lacayo, EP em seu artigo intitulado O milagre que mais estremece a ordem do universo, referenciando-se em São Tomás de Aquino, tratando da transubstanciação na Santíssima Eucaristia, lembra que este extraordinário milagre não encontra nenhum paralelo na ordem natural, que possa explicar “convenientemente o milagre”. “Portanto, ao considerarmos qualquer aspecto da Eucaristia, devemos reconhecer que estamos, em certo sentido, perante o maior mistério da Fé!” Mas, a profundidade do Mistério não nos exige de buscarmos as luzes possíveis sobre ele. “Um estudo piedoso, com a ajuda da Graça – pode ser de sumo proveito para nossa vida espiritual, pois ilumina nosso entendimento, inflama nossa caridade e nos arma contra os erros que nos podem desviar da Fé”. É justamente o que faz com exímia competência o sacerdote Arauto: vale muito a pena debruçar-se sobre este estudo, para procurar conhecer mais sobre o Mistério da Eucaristia. A partir da página 18.

Uma Missão Mariana a 4 mil metros de altura! Foi o que fizeram os Arautos do Evangelho no Peru, na zona mineira daquele País, chamada Serra da Huancalelica, situada a pouco mais de 400 Km da capital, Lima. Aproveitando uma semana de férias escolares, para lá se dirigiram um grupo de aspirantes arautos, liderados por dois missionários. O relato dessa Missão, com o testemunho do enorme contentamento de todos, encontra-se nas páginas 26 e 27 da Revista.

Arautos no Brasil traz notícias sobre atividades dos Arautos do Evangelho em várias cidades brasileiras, com destaque para atividades realizadas em Campo Grande, Vitória, Cuiabá, Nova Friburgo (RJ) e Macuco (RJ), além da capital baiana, Salvador.

A seção Arautos no Mundo  traz inúmeras atividades desenvolvidas pelos Arautos nos Estados Unidos, na Índia, na Guatemala e Moçambique. Destaque especial para um Encontro do Apostolado do Oratório realizado no mês de setembro nas Ilhas Maurício, situadas a leste de Madagascar. Nessas ilhas, mais de 600 famílias participam com entusiasmo do Apostolado dos Oratórios e um missionário Arauto para lá se dirigiu, para reuni-las e incentivá-las. Inúmeras atividades realizadas ainda, em Roma, aonde, por ocasião da Jornada Mariana, arautos conduziram na Praça de São Pedro a imagem de Fátima, levada especialmente da Capela das Aparições para o evento. Atividades ainda em outras cidades da Itália, na Colômbia e na Espanha.

Uma menina de 7 anos que oferece – através de singelas cartinhas endereçadas a Deus Pai, a Jesus, ao Espírito Santo e a Nossa Senhora, todos os seus atrozes sofrimentos em reparação aos pecados cometidos pela humanidade. Que oferece cada gota de seu padecimento, por exemplo, pelas missões na África e pela conversão dos pecadores. Esta é a vida da Venerável Antonieta Meo, que é narrada, a partir da página 34, pela Irmã Mary Teresa MacIsaac, EP. “De tal modo compreendeu e amou o valor expiatório do sofrimento em tão tenra idade, que ainda não havia completado os sete anos quando conquistou a Pátria Celeste”. Um exemplo – não somente para as crianças e jovens, mas para os adultos que venham a passar por algum sofrimento.

A Palavra dos Pastores deste n. 144 traz trechos da Homilia pronunciada por Dom António Jose da Rocha Couto, Bispo de Lamego – Portugal, no dia 27/10/2013, por ocasião da comemoração do Dia do Exército. Na homilia, ao tratar da Oração, lembra o prelado que “Na parábola do fariseu e do publicano Nosso Senhor nos mostra que a nossa oração tem que ser humilde, mas também um ato de verdade e de coragem, que implica o máximo risco”.

A seção Histórias para crianças… ou adultos cheios de Fé? deste mês de Dezembro de 2014, em artigo assinado pela Irmã Patricia Victoria Jorge Villegas, EP conta a história de uma nobre senhora que compreendeu o verdadeiro sentido do Natal – e como podemos utilizar desta ocasião para proporcionar verdadeiras alegrias a Nossa Senhora e ao Menino Jesus.

A Revista Arautos do Evangelho n. 144, do mês de Dezembro de 2013 está muito rica em conteúdo e ilustrada com belíssimas fotos. A seção Aconteceu na Igreja e no mundo traz inúmeras notícias de atualidade católica, por exemplo, a beatificação de 522 mártires, realizada na Espanha, no dia 13 de Outubro. Além de muitas outras notícias de grande interesse.

Por isso, querido leitor, queremos convidá-lo a maravilhar-se com a Revista Arautos do Evangelho em sua totalidade! É uma excelente companhia para toda a sua família. Leiam a Revista em família, em suas reuniões de Grupo e nas horas vagas do seu trabalho. A Revista Arautos é cultura católica de primeira qualidade.

Faça a sua assinatura, contatando a Sede Regional dos Arautos, em Maringá, através do telefone (44) 3028-6596, ou através deste BLOG e daremos as informações detalhadas.

Salve Maria! Até o próximo mês.

Por João Celso

A Revista Arautos do Evangelho nasceu em 2002, um ano após os Arautos receberem do Papa a aprovação Pontifícia.

Com o intuito de levar aos lares do mundo inteiro a Palavra de Deus, as principais notícias da Igreja e um conteúdo completo baseado nos ensinamentos da Santa Sé, a Revista Arautos traz em suas páginas artigos para todas as idades e visa, sobretudo, a formação católica da família.

“A Revista Arautos é instrumento de evangelização e expressa o carisma dos Arautos do Evangelho”.

(www.revistacatolica.com.br)

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Santa Laura Montoya: Na vanguarda missionária da Igreja

As páginas da Revista Arautos do Evangelho do mês de outubro de 2013 estampam artigo do Arauto Gustavo Ponce Montesinos intitulado Na vanguarda missionária da Igreja. Apresenta a bela história de Santa Laura Montoya, que nasceu e viveu na Colômbia entre o final do século XVIIII e a primeira metade do século XX. Faleceu em 21 de Outubro de 1949, aos 75 anos; é uma das primeiras santas canonizadas pelo Papa Francisco, em 12/05/2013.

De família muito católica e fervorosa, Santa Laura de Montoya está na “vanguarda missionária da Igreja” justamente porque sua vida – inicialmente como professora, formadora e fundadora de uma Ordem Religiosa é repleta de exemplos que podem e devem ser imitados em nossos dias, por todos os jovens que queiram servir a Deus de forma mais perfeita, seguindo o conselho evangélico: “Sede perfeitos como vosso Pai celestial é Perfeito” (Cf. Mt 5,48).

Desde muito cedo foi a pequena Laurita formada por sua piedosa mãe no amor ao próximo, perdoando e ajudando mesmo aqueles que lhe houvessem causado qualquer mal. Perdeu o pai, vítima da guerra civil ainda muito cedo, quando tinha apenas dois anos de idade. Permitiu a Providência Divina que, em toda a sua formação, o seu coração ficasse “vazio de qualquer afeto terreno, para poder, a seu tempo, tomar posse absoluta dele”. (1) Ainda em sua infância, aos 10 anos, teve a graça de conhecer “duas jovens que marcaram profundamente sua vida: ‘Úrsula, a virgem contemplativa, e Dolores, a virgem apóstolo, foram, sem saber, minhas mestras, meus espelhos, os pedagogos de minha vocação” (2).

Professora sedenta de almas

De fato, iniciou sua missão aos 19 anos, quando obteve, em 1893, o diploma de professora de primeiro e segundo grau, ocasião em que pode dar os primeiros lances do que seria o seu fecundo apostolado: “Empenhei-me em fazer de minhas alunas umas amantes loucas de Deus” (3).

Santa Laura Montoya

“Em pouco tempo, suas palavras e exemplos começaram a produzir frutos de conversão e de afervoramento” entre as jovens da sociedade local, que “passaram a comungar com frequência e a defender sua fé com denodo perante parentes ímpios”. (4) Contrariado pelo êxito que a jovem professora obteve, não tardou o demônio em procurar vingar-se. De fato, uma das alunas de Laura, Eva Castro, desistiu do casamento, manifestando aos pais o desejo de seguir a vocação religiosa. Insuflados pelo espírito maligno, os pais da jovem culparam a pobre professora por essa mudança, desencadeando sobre ela uma brutal perseguição, através de calúnias e difamações. Laura foi abandonada por todos, até pelo seu confessor. Finalmente a Providência interveio e a situação pode ser esclarecida. Não foi esta a única perseguição que sofreu, mas, ela sempre conservou inabalável a sua Fé.

O segundo Colégio que abriu obteve um bom sucesso inicial, mas foi também fechado precocemente (decorridos apenas dois anos de funcionamento); desta vez, não pela ação de inimigos da Igreja, mas por um Bispo mal informado. Através dessas cruzes, a Providência ia preparando a alma de Laura para “uma grande vocação: a de ser missionária entre os índios, e mãe de numerosas missionárias”. (5)

Trezentos ou quatrocentos mil filhos perdidos

O zelo apostólico da jovem professora experimentava enorme dor ao “considerar que milhares de indígenas colombianos não tinham contato algum com a Igreja” (6), como se tivesse centenas de milhares de filhos perdidos. O desejo de catequizá-los, mostrar-lhes a Verdadeira Fé e torná-los Filhos de Deus a inflamava constantemente, porém, teve que enfrentar inúmeros obstáculos antes de realizar seu projeto missionário. Afinal, depois de muitas lutas, conseguiu lançar-se à obra, graças a ajuda de Dom Maximiliano Crespo, Bispo de Santa Fé de Antioquia, o qual a apoiou, concedendo-lhe os recursos necessários para que partisse em missão.

Assim, “na formosa manhã de 5 de maio de 1914, partiram as cinco missionárias, entre as quais a mãe de Laura, Dolores Upegui, já com 72 anos, mas não menos entusiasmada nem com menor decisão do que as jovens”. (7)Em seus nobres intentos, enfrentou inúmeras dificuldades, mas, buscou estabelecer uma regra que levasse todas à perfeição. A Providência favoreceu sua serva fiel e assim a atuação de Madre Laura foi marcada, inclusive, por inúmeras curas prodigiosas, as quais fizeram com que os habitantes – a princípio hostis, fossem, aos poucos, deixando-se influenciar pela bondade da Santa. A confiante devoção a Nossa Senhora foi fator decisivo para que Laura obtivesse sucesso, como ela mesma explica: “Minha devoção à Santíssima Virgem era como o remo que movia minha barquinha. […] Maria é o sorriso de minha vida”.

“Os últimos nove anos de sua existência Santa Laura passou-os numa cadeira de rodas, no meio de duras provações. Enquanto isso, a Providência abençoava a expansão de sua obra”. (8) As Missionárias de Maria Imaculada e Santa Catarina de Sena estão hoje presentes em 19 países.

Peçamos a Santa Laura Montoya que nos obtenha o mesmo ardor missionário que ela tanto teve, para buscarmos, não apenas a nossa própria conversão, mas também de nossos irmãos, mesmo batizados, mas que se afastam deliberadamente, cada dia mais, da Igreja de Cristo.

Por João Celso


(1) Gustavo Ponce Montesinos. Na vanguarda missionária da Igreja. Revista Arautos do Evangelho. n. 142, p. 34, Outubro de 2013.
(2) Idem, ibidem.
(3) Idem, p. 35
(4) Idem, p. 35
(5) Idem, p. 35
(6) Idem, ibidem
(7) Idem, p. 36
(8) Idem, p. 37

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Um tablet pode substituir o Missal Romano?

Especialista aborda esta questão na Revista Arautos do Evangelho

Os diversos dispositivos eletrônicos existem, em princípio, para facilitar a nossa comunicação: celulares, tablets, smartphones, notebooks, etc. Asseguram uma portabilidade que nos ajuda nas tarefas do dia-a-dia. Com eles podemos nos comunicar instantaneamente com o mundo, buscar formas de entretenimento e, ainda, “carregar” uma quantidade enorme de arquivos, sejam eles de texto, de fotos, de documentos e muito mais. Imagine a quantidade de livros que podem ser armazenadas num pequeno dispositivo – e a quantidade de peso que teríamos que mover – de um lado para outro – se não tivéssemos essa tecnologia.

De fato, são aparelhos facilitadores. Com maior ou menor complexidade, o seu uso é difundido e disseminado em todas as classes sociais e em todos os segmentos econômicos. Dizem os especialistas em relações humanas que os celulares e outros dispositivos aproximam os que estão longe, mas, contraditoriamente, podem afastar os que estão perto. De fato, muitas vezes é possível visualizar, em restaurantes, em escolas e outros ambientes sociais, as pessoas deixarem de conversar com quem está bem próximo, para buscar o convívio com quem está longe.

Com toda esta facilidade, muitos poderiam pensar que esses dispositivos eletrônicos – num futuro próximo, substituirão todos os livros, todos os materiais impressos.

Poderia, por exemplo, numa celebração litúrgica, um tablet substituir o Missal? Quem pensasse exclusivamente no lado prático, ou da mobilidade, poderia prontamente responder que “sim”. Mas, vejam o que noticia a Revista Arautos do Evangelho do mês de Outubro de 2012:

O Pe. Antonio Spadaro, SJ. Consultor dos Pontifícios Conselhos da Cultura e das Comunicações Sociais, explicou em artigo postado no dia 02 de Agosto (2012) em seu blog Cyber Teologia os motivos pelos quais smartphones, leitores de livros digitais, iPads e outros tablets não devem ser usados durante as Celebrações Eucarísticas e outros atos litúrgicos, em substituição do Missal Romano.

O tema foi trazido à tona por uma circular enviada no mês de abril último pela Conferência Episcopal da Nova Zelândia, na qual os Bispos proíbem aos sacerdotes de suas dioceses o uso desses aparelhos durante a Missa. “O Missal – explicam eles – tem uma função exclusivamente litúrgica, enquanto os iPads e outros dispositivos eletrônicos podem ser usados para rodar jogos, navegar pela internet, assistir filmes ou receber e-mails. Apenas isto já torna inconveniente sua utilização na Liturgia”.

Nesses aparelhos, explica o Pe. Spadaro no mencionado artigo, o texto rompe definitivamente seu sólido vínculo com a realidade material da página para se tornar “um objeto ‘fluido’: exatamente o oposto das Tábuas da Lei, ou do dito scripta manent. E não só isso. Ele pode facilmente desaparecer na tela, abrindo passo para um vídeo, um correio eletrônico, ou uma página web”. Por isso, acrescenta o teólogo jesuíta, “resulta inimaginável levar em procissão um iPad ou um laptop, ou incensar solenemente e oscular um monitor durante um ato litúrgico”.

 Por João Celso

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1Revista Arautos do Evangelho. Missal Romano não pode ser substituído por iPads. Outubro 2012, p. 45

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A pedra no caminho

O caro leitor já pensou alguma vez no benefício que nos trazem, muitas vezes, as dificuldades da vida? Como aproveitar-se dos obstáculos que tão frequentemente qualquer ser mortal encontra nesta existência? Pois bem, meu amigo, deite a atenção nesta rápida história e certamente encontrará uma bela lição para sua vida:

História para crianças… ou adultos cheios de Fé?

Logo que amanheceu, as instruções do rei começaram a ser postas em prática: os soldados cercaram a estrada enquanto vários operários executavam um misterioso serviço.

Desde que o rei ascendera ao trono, tudo corria bem naquele reino distante, outrora assolado por contínuas guerras.

O soberano era ao mesmo tempo forte e bondoso. Dominava como ninguém a arte militar e possuía tropas bem treinadas, mas preferia alcançar a paz através de amistosos tratados. Por isso, visando a glória de Deus e o bem do seu povo, já havia assinado acordos de cooperação com a maior parte dos estados limítrofes.

As aldeias do reino estavam em pleno desenvolvimento e os negócios com os estados vizinhos eram bastante prósperos. O clima ameno favorecia o plantio dos mais diversos vegetais, e até a natureza parecia estar ajudando a tornar aquela região semelhante a um paraíso.

Os habitantes eram laboriosos, solidários e piedosos. As igrejas estavam sempre cheias e os Sacramentos eram muito frequentados. Reinava entre todos um espírito de fraternidade cristã que fazia lembrar o mandamento novo de Jesus: “Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros” (Jo 13, 34).

Porém, o tempo passou e o temperamento dos habitantes do reino foi mudando… Acostumando-se a viver na prosperidade, perderam o espírito de sacrifício e de luta. Já não queriam saber de vencer quaisquer dificuldades, por pequenas que fossem, e o menor problema despertava entre eles muitas queixas.

O rei ficou preocupado. A paz e a tranquilidade, que tanto esforço tinha custado, deram ocasião à mediocridade de espírito da população. Ao mesmo tempo, as rixas entre os seus súditos aumentavam. O espírito comodista tornara-os irritadiços e egoístas.

O rei decidiu expor ao Bispo suas inquietações e ambos conversaram longamente

Decidiu expor ao Bispo suas inquietações e ambos conversaram longamente. O prelado também sofria com a decadência moral do povo, sobretudo vendo os Sacramentos serem cada vez menos frequentados.

Ora, o que fazer? Como ajudar o povo a perceber a decadência em que estava caindo? Como afastá-lo do egoísmo e compenetrá-lo da necessidade do sacrifício e da luta nesta vida? Depois de muito pensar e trocar ideias, prelado e soberano arquitetaram um projeto…

Naquela mesma noite, o monarca chamou à sua presença um pelotão escolhido de soldados e um grupo de servidores da maior confiança para lhes expor o plano, exigindo deles o mais rigoroso segredo.

Logo que amanheceu, as instruções do rei começaram a ser executadas. Os soldados dirigiram-se à principal via de acesso ao reino e a cercaram. Ninguém podia se aproximar do lugar onde alguns operários executavam um misterioso serviço. Os habitantes da região, curiosos, tratavam de adivinhar ao longe em que consistia, contudo nada alcançavam ver.

Por fim, o caminho ficou liberado… Bem, não exatamente: no meio dele havia agora uma enorme pedra!

Passaram por ali mercadores e homens ricos do reino. Ainda que com certa dificuldade, contornavam a rocha, aparentando indiferença. Alguns, mais exaltados, esbravejavam contra o rei, queixando-se pelo estado em que era mantida a estrada, mas também nada faziam para remover o empecilho.

Em pouco tempo a notícia correu por todo o reino. Não havia quem não reclamasse contra aquela volumosa rocha que tanto atrapalhava o passo das carruagens em uma das vias mais importantes do país; entretanto, ninguém tomava a menor iniciativa para resolver o problema.

Um belo dia, chegou junto à pedra o senhor Fabiano. Era um pequeno agricultor, de olhos vivos e corpo esguio, que todas a semanas utilizava a mesma estrada para levar ao mercado as frutas e verduras da sua horta.

Ao ver tal obstáculo no meio do caminho, desceu de sua carroça e, junto com seus filhos, dispôs-se a retirá-lo. Empurraram a pedra com força, mas ela nem se mexia… Procuraram madeiras para usá-las como alavanca, e foi em vão. Cansados pelo esforço, porém sem desanimar, pararam um pouco para tomar alento.

Senhor Fabiano estava indignado. Como era possível uma simples rocha resistir-lhes desse modo? Não haviam eles retirado milhares de pedras em sua horta, e até maiores, para torná-la mais fértil? Não construíram uma barragem desde o rio vizinho, para melhor regar os legumes? E, depois, o obstáculo não só atrapalhava a eles, senão a todos os que por ali passavam…

Um tanto recuperados, senhor Fabiano e seus filhos voltaram à tarefa. Juntos rezaram uma “Ave Maria”, como sempre faziam antes de iniciar o trabalho no campo, e unidos em um só esforço conseguiram afinal remover a grande rocha.

Depois de rezarem uma “Ave Maria”, senhor Fabiano e seus filhos, unidos em um só esforço conseguiram afinal remover a grande rocha.

Alegres e satisfeitos, já se dispunham a subir de novo na carroça, quando entreviram, em meio à poeira levantada, algo singular. Era uma bolsa de fino couro repleta de moedas de ouro, com um pergaminho, onde estava escrito: “Este é o prêmio para os valorosos que removerem da estrada a incômoda pedra. A vida está cheia de obstáculos e precisamos estar sempre em luta para vencê-los”. Estava assinado pelo próprio rei!

O fato rapidamente se tornou conhecido e o povo aprendeu a lição: tornaram-se moles e acomodados. O menor esforço lhes causava aflição. Diante de qualquer dificuldade preferiam reclamar em lugar de tentar resolvê-la.

No domingo seguinte, as filas dos confessionários se encheram e as Missas em todas as igrejas estiveram repletas. E o senhor Bispo, na principal Celebração da Catedral, aproveitou a ocasião para dizer no sermão:

— Os obstáculos em nossa vida são excelentes ocasiões para compreendermos ser a existência do homem nesta Terra uma luta. Sejamos solidários uns com os outros e ajudemo-nos nas dificuldades. Mas, sobretudo, lembremos sempre de pedir o auxílio de Maria Santíssima antes de enfrentar qualquer problema, por pequeno que ele seja.

Com a ajuda da graça divina, o plano do rei e do Bispo chegara a bom termo: aquela pedra havia sido instrumento para que o povo caísse em si e voltasse a ser valente, disposto a fazer qualquer esforço para o bem do reino e maior glória de Deus.

Fonte: Revista Arautos do Evangelho, n° 112, Abril de 2011. Págs. 46 e 47

Por Irmã Michelle Viccola, EP

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Revista Arautos em Foco – Setembro 2013

 1 MILHÃO DE LEITORES EM TODO O MUNDO!

Resenha Mensal

da Revista

Arautos do Evangelho

N. 141

Setembro 2013

Capa:

“O filho pródigo”, vitral da Catedral de São João Batista, Charleston (Estados Unidos)

Neste mês de Setembro de 2013, em sua edição n. 141, a capa da Revista Arautos do Evangelho ilustra, através da foto de um belo vitral da Catedral de Charleston, nos Estados Unidos – e com a inscrição O Pai perfeito – a extrema bondade manifestada pelo pai que acolhe com misericórdia o filho pródigo.

Fazendo referência a este mesmo assunto, o Editorial deste número 141, cujo título é O Grande Retorno da “Humanidade Pródiga”, demonstra que a liberdade e a razão são dons preciosos concedidos por Deus à humanidade. No entanto, o homem, ao longo dos últimos séculos utilizou esses dons para seu próprio bem-estar; desenvolveu a humanidade um suposto progresso em todas as áreas (ciências, artes, leis, comunicações, tecnologias, etc.), mas, um progresso que não coloca Deus em seu centro, fazendo referência ao filho pródigo narrado nos Evangelhos, que abandona a casa paterna para usufruir de prazeres mundanos: “O filho pródigo do Evangelho perdeu sua herança porque desejou gastá-la longe da casa do pai, e a humanidade parece ter perdido a luz da razão porque julgou-se capaz de usá-la sem Deus”. Tendo desperdiçado a sua “fortuna da inteligência e da liberdade”, restou à humanidade contemporânea apenas as “bolotas dos porcos”. É hora, portanto de, com o auxílio da Mãe das Misericórdias – Maria Santíssima – voltar a humanidade à casa paterna, pois exatamente isso foi previsto por Ela em Fátima, quando prometeu “Por fim o meu imaculado coração triunfará”.

Voz do Papa traz excertos da Homilia proferida pelo Santo Padre Francisco na Santa Missa para a XXVIII Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro em 28 de Julho. Em suas palavras, o Papa convida os jovens a serem discípulos de Jesus Cristo, através da missão: “Hoje, à luz da Palavra de Deus que acabamos de ouvir, o que nos diz o Senhor? Três palavras: Ide, sem medo, para servir”. Na homilia na Santa Missa no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, o Santo Padre lembra o papel de Maria na busca por Cristo, pois é dela que se aprende o verdadeiro sentido do discipulado; “Eu venho bater à porta da casa de Maria, que amou e educou Jesus, para que ajude a todos nós (…) a transmitir aos nossos jovens os valores que farão deles construtores de um país e de um mundo mais justo”.

No Comentário ao Evangelho de Lucas 15,1-32 que a Liturgia propõe para o XXIV Domingo do Tempo Comum, Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho, nos recorda que “face às objeções farisaicas, Nosso Senhor traduz em parábolas seu encanto em perdoar os homens, cumulando-os de misericórdia. E, ao mesmo tempo, mostra como nem todos aceitam o convite para se beneficiar das riquezas desse perdão redentor”. Em suma, o Comentário ao Evangelho deste mês é um belo Tratado, no qual Mons. João Clá expõe com clareza as sutilezas do Amor de Deus para conosco, Amor que se traduz na maneira misericordiosa como Ele nos perdoa. A Justiça de Deus não é feita de acordo com os “limitados critérios humanos”. Após estudar este Comentário, o leitor da Revista Arautos do Evangelho terá uma visão completa da forma como Deus age em nossas vidas: “no ‘fiat’ de Maria Santíssima, o perdão de Deus se fez carne e habitou entre nós (Cf. Jo 1,14)”.

Interessantíssimo e muito bem referenciado artigo do Pe. Arnóbio José Glavam, EP intitulado Como surgiu a Bíblia traz uma profunda formação, em linguagem clara e acessível sobre “como surgiram os livros sagrados, qual o critério de seleção utilizado e com que autoridade foram eles adotados ou rejeitados”. Escritos por mãos humanas, mas sob total inspiração do Divino Espírito Santo, são autenticamente a Palavra de Deus. “O eixo divino em torno do qual giram ambos os Testamentos é a pessoa de Jesus Cristo: no Antigo, Ele é o anunciado; e o Novo é a realização desse anúncio”. Este é um artigo que deve ser estudado com afinco por todos aqueles que se interessam pelas sagradas escrituras.

A seção Arautos no Mundo descreve as inúmeras atividades desenvolvidas pelos Arautos em vários países como, Costa Rica, República Dominicana, Itália, Equador, Espanha, destacando as inúmeras peregrinações, nos mais diversos ambientes da Imagem Peregrina do Imaculado Coração de Maria. Visitando paróquias, hospitais, locais públicos e inúmeras residências, os Arautos levam aos irmãos mais necessitados de apoio espiritual e material, as bênçãos de nossa Mãe Celestial.

Arautos no Brasil destaca apostolado realizado em diversos Estados brasileiros: Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro e Paraná. Neste último houve, em Ponta Grossa, um Encontro Regional dos Cooperadores (“Terciários”) no qual foi abordado como tema o valor do oração. A revista deste mês de setembro destaca a visita do Emmo. Cardeal Antonio María Rouco Varela, Arcebispo de Madri (Espanha) que, aproveitando sua viagem ao Brasil para participar da JMJ, quis visitar o Seminário dos Arautos do Evangelho em Caieiras (Serra da Cantareira, SP), onde celebrou Missa na Basílica de Nossa Senhora do Rosário.

“Boca de Ouro”. Este é o cognome de São João Crisóstomo, cuja vida é narrada pela Irmã Angela Maria Tomé, EP. A partir da página 32 da revista deste mês de Setembro/13, em artigo denominado A força da palavra, demonstra a autora o quanto soube este grande Santo usar do poder da palavra: “Ele não visava obter aplausos: servia-se do púlpito para levar as almas a Deus e Deus às almas”. Este Santo soube demonstrar na prática, nas palavras de Monsenhor João Clá, que “a Palavra de Deus tem uma força irresistível. Ela é a mais poderosa arma que existe; arma de conquista, arma de transformação muito mais poderosa do que a bomba atômica! Um orador sacro bem preparado, que transmita a palavra revelada, tem nas mãos um verdadeiro tesouro de influência e de possibilidades para fazer o bem”. Com toda justiça, São Pio X proclamou São João Crisóstomo, o “Boca de Ouro”, como patrono dos oradores sacros.

Quem poderia imaginar a existência de um mosteiro cisterciense em pleno coração do Brasil? Na pequena cidade de Claraval, no Estado de Minas Gerais, divisa com o Estado de São Paulo, existe esta joia. E alguns arautos foram visitá-lo, como narra Jorge Martínez, a partir da página 36. Vale a pena conferir as fotos e a descrição deste ambiente que transmite com muita propriedade o carisma da Ordem de Cister.

A doçura de uma mãe é revelada no desvelo que ela tem por seus filhos, principalmente quando os pequenos mais necessitam de seus cuidados maternos. Assim é narrado um episódio da vida de Dona Lucilia Ribeiro dos Santos Corrêa de Oliveira, extraído da obra Dona Lucilia, publicada recentemente Monsenhor João Clá Dias. Confira esta singela narrativa, a partir da página 38.

Em sua belíssima apresentação gráfica, que se revela desde a qualidade do papel utilizado até as fotos e ilustrações, o número 141, da Revista Arautos do Evangelho de Setembro de 2013 tem ainda muitas outras seções: notícias da Igreja no mundo, os resumos das vidas dos santos de cada dia; a seção História para crianças… ou adultos cheios de Fé? este mês com a história As duas moedas perdidas.

“Eis que estou à porta e bato”…, artigo da Ir. Juliane Vasconcelos Almeida Campos, EP nos chama a abrir a porta de nossa alma para a Graça de Deus: “Nossa morada interior é guardada pela mais robusta e impenetrável das portas. Esta, porém, tem a peculiaridade de não possuir fechadura pelo lado de fora”.

Por isso, querido leitor, queremos convidá-lo a ler – por que não – “meditar” a Revista Arautos do Evangelho em sua totalidade! Uma excelente companhia para toda a família!

Faça a sua assinatura, contatando a Sede Regional dos Arautos, em Maringá, através do telefone (44) 3028-6596, ou através deste BLOG e daremos as informações detalhadas

Salve Maria! Até o próximo mês.

Por João Celso

A Revista Arautos do Evangelho nasceu em 2002, um ano após os Arautos receberem do Papa a aprovação Pontifícia.

Com o intuito de levar aos lares do mundo inteiro a Palavra de Deus, as principais notícias da Igreja e um conteúdo completo baseado nos ensinamentos da Santa Sé, a Revista Arautos traz em suas páginas artigos para todas as idades e visa, sobretudo, a formação católica da família.

A Revista Arautos é instrumento de evangelização e expressa o carisma dos Arautos do Evangelho”.

(www.revistacatolica.com.br) 

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