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Revista Arautos em Foco – Agosto 2013

Resenha Mensal

da Revista

Arautos do Evangelho

N. 140

Agosto 2013

Capa: Duas semanas de missão no coração da África

A foto de capa (1) da Revista Arautos do Evangelho de Agosto de 2013 ilustra o trabalho missionário realizado por duas semanas, entre o final do mês de Junho e início do mês de Julho por dois arautos canadenses, Sr. François Boulay e Sr. Joseph Bassi, em Ruanda, em pleno coração da África. “A população dessa antiga colônia belga, majoritariamente católica ainda sofre as sequelas do conflito armado (ocorrido em meados dos anos 90, que levaram à morte quase um milhão de habitantes), mas procura superar as dificuldades do dia a dia, com admirável espírito de Fé, ânimo e galhardia”. Foram dias de intenso trabalho missionário, mas os frutos colhidos compensaram o esforço empreendido e os missionários comoveram-se ao verem as “manifestações de Fé presenciadas nesse país tão sofrido e ao mesmo tempo tão cheio de vida”.

O Editorial – “Quem precisa do médico” – faz referência à “universalidade da ação santificadora de Jesus”, ou seja, Jesus veio para curar a todos, sem distinção de classe social; em suas magníficas parábolas, todos são contemplados: pobres, ricos, nobres e plebeus. “Enfermos de espírito existem em todas as classes e todos os meios”; todos imploram os remédios do divino Médico das almas. “Quem ousaria desprezar os pobres e pequenos, amados por Deus com tanta ternura?” Quem se atreveria a excluir os ricos e condená-los como maus, se também a eles foi oferecido o carinho divino?

Voz do Papa traz excertos da Audiência Geral do Santo Padre de 12/06/2013 e do discurso preparado para os representantes das escolas dos jesuítas na Itália e Albânia, proferido em 07/06. Na Audiência geral o Papa Francisco lembra que Deus nos convoca a fazer parte do seu povo. E que missão tem esse povo? A de levar ao mundo a esperança e a salvação de Deus; ser sinal do amor de Deus que chama todos à amizade com Ele: “Ser Igreja quer dizer ser o fermento de Deus nesta nossa humanidade; significa anunciar e levar a salvação de Deus a este nosso mundo”, que muitas vezes se sente perdido, necessitado de respostas que animem, que infundam esperança e que deem um vigor renovado no caminho”.

No Comentário ao Evangelho ao XVIII Domingo do Tempo Comum, Monsenhor João Clá Dias, Fundador dos Arautos, lembra que “diante dos prazeres, até legítimos, que a vida nesta Terra pode oferecer, facilmente o homem se esquece da eternidade para a qual foi criado”. Lembra Mons. João Clá que é grande a tentação de acumular bens, “apesar de eles nos afastarem de Deus e da eternidade, podendo fazer com que nos esqueçamos que a nossa vida nesta Terra é muito breve: “Nossa atenção não pode fixar-se só neste mundo e esquecer o outro”.

Artigo do Arauto Millon Barros de Almeida reflete, a partir do estudo das cartas de São Paulo, de teólogos e do Concílio Vaticano II, sobre a beleza da Comunhão dos Santos, um dos artigos do Credo: “No maravilho universo da Comunhão dos Santos, o mais insignificante de nossos atos, realizado na caridade, reverte em proveito de todos os fiéis; e todo pecado pesa negativamente nessa comunhão”.

Arautos no Brasil destaca a atuação dos jovens dos Arautos do Evangelho em variadas situações por todo o Brasil: Maceió (AL), Maringá (PR), Joinville (SC) e no Estado do Rio de Janeiro, onde foram realizadas, em três cidades, algumas edições das Tardes com Maria, que visam promover um aumento da Devoção à Mãe de Deus, através do Apostolado do Oratório.

A seção Arautos no Mundo aborda a participação dos Arautos nas procissões de Corpus Christi em Roma e em Veneza, na Itália. Também no Brasil os Arautos se fizeram presentes em várias procissões. No México missionários arautos conduziram a Imagem Peregrina do Imaculado Coração de Maria a numerosas instituições de ensino do Distrito Federal.

Neste número do mês de Agosto/13, a partir da página 32 é narrada, pela Irmã Juliane Campos, EP, a linda história de São João Berchmans, nascido na Bélgica no último ano do século XVI. Passou com admirável serenidade por tudo quanto se pode chamar de decepções humanas; não teve tempo de ser missionário, nem foi o grande teólogo almejado. Mas realizou plenamente seu ideal sobrenatural: ser um grande santo. Foi ao Céu com apenas 22 anos.

Queremos histórias de tia Lucilia…” (p. 36) Os contos maravilhosos são indispensáveis para apurar o senso artístico das crianças, elevar seu espírito, aguçar-lhes a perspicácia e estimular-lhes sadiamente a imaginação. Dona Lucilia sabia narrá-los com tato e bom gosto notáveis.

Ainda muitas outras seções, notícias e matérias na Revista Arautos do Evangelho n. 140, de Agosto: notícias da Igreja no mundo, os santos de cada dia; a palavra dos Pastores, onde Dom Braulio Rodríguez Plaza, arcebispo de Toledo, Espanha, explica o que Tradição e comunhão eclesial; História para crianças… ou adultos cheios de Fé? e outros artigos e seções, muito bem ilustrados e riquíssimos de conteúdo doutrinário.

Por isso, querido leitor, você é convidado a ler a Revista Arautos do Evangelho em sua totalidade!

Faça a sua assinatura, contatando a Sede Regional dos Arautos, em Maringá, através do telefone (44) 3028-6596, ou através deste BLOG e daremos as informações detalhadas. Leia a Revista em seus momentos de descanso, de reflexão, de estudo. Esta é uma excelente maneira de falar de Deus em família!

Salve Maria! Até o próximo mês.

 Por João Celso

A Revista Arautos do Evangelho nasceu em 2002, um ano após os Arautos receberem do Papa a aprovação Pontifícia.

Com o intuito de levar aos lares do mundo inteiro a Palavra de Deus, as principais notícias da Igreja e um conteúdo completo baseado nos ensinamentos da Santa Sé, a Revista Arautos traz em suas páginas artigos para todas as idades e visa, sobretudo, a formação católica da família.

A Revista Arautos é instrumento de evangelização e expressa o carisma dos Arautos do Evangelho”.

 (www.revistacatolica.com.br)


(1) Matéria completa, a partir da página 24 do referido número da Revista.

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Frase da Semana – Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior

A riqueza de vida litúrgica e pastoral e um vínculo especial com o Sumo Pontífice caracterizam as igrejas com o título de Basílica (1)

Basílica Papal Santa Maria Maior – Roma

Neste dia 5 de Agosto comemora-se a Solenidade da Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior, em Roma. Os Arautos do Evangelho tem com essa Basílica Papal um relacionamento todo especial. Ali foi celebrada Missa Solene, quando de sua Aprovação Pontifícia, em 2001. Também nessa Basílica, quando da comemoração dos 5 anos de Aprovação Pontíficia dos Arautos, o Cardeal Bernard Francis Law (então cardeal arcipreste da Basílica), com muito entusiasmo, disse que essa Basílica era a “casa dos Arautos em Roma”. (2) Em 14 de Setembro de 2008, o Fundador dos Arautos, Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP, foi criado cônego honorário dessa Basílica Papal.

A construção da igreja teve início por volta do ano 360, quando o Papa Libério recebeu uma impressionante revelação de Nossa Senhora: ele deveria construir uma igreja dedicada a Ela em um monte que ficaria, por aqueles dias, totalmente coberto de neve. Porém, era o mês de Agosto, pleno verão em Roma e o calor castigava seus habitantes. Mas, deu-se o fato milagroso e realmente nevou sob o monte Esquelino. Devido a esse milagre, também neste 5 de Agosto é comemorada a festa de Nossa Senhora das Neves.

A Basílica de Santa Maria Maior, uma das quatro Basílicas Papais é o mais antigo santuário mariano da Europa, e, na forma como se encontra hoje, foi construída a mando do Papa Sisto III, depois do Concílio de Éfeso, no ano 431. Nesse Concílio Nossa Senhora foi solenemente proclamada Mãe de Deus.

Por todos estes motivos, a Frase da Semana não poderia deixar de abordar esta Festa de Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior, tão importante na História dos Arautos do Evangelho.

Convidamos nossos leitores a saberem mais sobre as Basílicas Papais e sobre as Basílicas em geral, consultando o site dos Arautos do Evangelho (www.arautos.org.br).

Nossa Senhora Mãe de Deus, rogai por nós!

_______________________________

(1) Arautos do Evangelho. Ação Pastoral em união com Roma. Disponível em: http://www.arautos.org/especial/38958/Acao-pastoral-em-uniao-com-Roma.html

(2) Revista Arautos do Evangelho. N. 52, Abril de 2006.

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Revista Arautos em foco…

A Revista Arautos do Evangelho nasceu em 2002, um ano após os Arautos receberem do Papa a aprovação Pontifícia.

Com o intuito de levar aos lares do mundo inteiro a Palavra de Deus, as principais notícias da Igreja e um conteúdo completo baseado nos ensinamentos da Santa Sé, a Revista Arautos traz em suas páginas artigos para todas as idades e visa, sobretudo, a formação católica da família.

“A Revista Arautos é instrumento de evangelização e expressa o carisma dos Arautos do Evangelho”.

(www.revistacatolica.com.br)

1 MILHÃO DE LEITORES EM TODO O MUNDO!

Resenha Mensal

da Revista

Arautos do Evangelho

 N. 139

Julho 2013

Capa: Entrega de agasalhos e cobertores na Casa Generalícia da Sociedade de Vida Apostólica Regina Virginum.

A foto de capa (1) da Revista Arautos do Evangelho de Julho de 2013 faz referência ao trabalho realizado pela Sociedade de Vida Apostólica Regina Virginum (nascida do ramo feminino dos Arautos do Evangelho) na região da Serra da Cantareira, nas áreas circunvizinhas à sua Casa Generalícia. Essa região é habitada por numerosas famílias, as quais se sentem necessitadas de assistência material e espiritual.

Atendendo ao apelo do Concílio Vaticano II que, em um de seus principais documentos, convida os “filhos da Igreja a serem solícitos às necessidades de nossa sociedade”, as irmãs de Regina Virginum “procuram proporcionar aos carentes uma educação de base e favorecer a inserção social de crianças e jovens, com vistas a promover a formação integradora”. Particularmente, no dia 09 de junho p.p., as irmãs realizaram uma tarde de acolhida aos moradores, ato ao qual compareceram mais de 600 pessoas, provenientes das mais diversas comunidades. “Nessa ocasião foram distribuídas mais de 3 mil peças, entre agasalhos e cobertores, de acordo com a necessidade de cada família”. Não faltou também o tão necessário apoio espiritual e o ato “foi marcado pela solene cerimônia de coroação da imagem Peregrina de Nossa Senhora. Após consagrarem-se ao Imaculado Coração de Maria, os participantes foram apresentar-Lhe seus pedidos e intenções, saindo comovidos pelas bênçãos que, em muitos casos, era a ajuda de que mais precisavam”.

Referindo-se, ainda, à matéria de capa, o Editorial destaca o papel da Caridade Cristã na vida da ce da Sociedade contemporânea. Esta virtude brota, sobretudo, do Amor de Deus e constitui “Regra perfeita de uma sociedade verdadeiramente conforme ao Evangelho, na qual os ricos, sem terem de renunciar à sua riqueza, são irmanados em Cristo com os pobres; e estes, mesmo não se enriquecendo, veem naqueles a mão dadivosa de Deus”.

A Voz do Papa traz excertos da homilia pronunciada pelo Papa Francisco na Solenidade de Pentecostes e também do discurso na Audiência Geral do dia 22 de Maio. Na homilia de Pentecostes, à luz do texto de Atos (2,1-11), o Papa reflete sobre a necessidade de nos deixarmos guiar pelo Espírito Santo, destacando Sua ação em três palavras: novidade, harmonia e missão. Destaca o Santo Padre que devemos estar sempre abertos às novidades e “surpresas de Deus” em nossas vidas. Em seu discurso na Audiência Geral do dia 22 de Maio, o Papa Francisco lembra que “uma Igreja que evangeliza, deve começar sempre a partir da oração, do pedir, como os Apóstolos no Cenáculo, o fogo do Espírito Santo”. Destaca ainda que “evangelizar, anunciar Jesus, nos dá alegria; ao contrário, o egoísmo dá-nos amargura, tristeza, desânimo; evangelizar anima-nos”.

O Comentário ao Evangelho deste mês traz as profundas considerações de Monsenhor João Clá Dias, Fundador dos Arautos, sobre o Evangelho de Lucas, Capítulo 10, versículos 1 a 12 e 17 a 20, que a Liturgia apresenta para meditação no XIV Domingo do Tempo Comum e que aborda o envio dos discípulos para a Missão. “Válidas para todas as épocas históricas, as normas dadas pelo Divino Mestre aos setenta e dois discípulos delineiam o perfil de um autêntico evangelizador e constituem precioso guia para conduzir os homens à verdadeira felicidade. Estando no meio do mundo, em Missão, o evangelizador deve cercar-se de cuidados, pois, lembra Mons. João Clá que “a falta de vigilância no convívio com pessoas cuja vida não está pautada pela boa doutrina pode levar ao esmorecimento das convicções religiosas” do evangelizador. Todos devemos estar empenhados na Missão e “hoje o Salvador nos convoca a transmitir a todos os homens a alegria de glorificar a Deus, trabalhando para que a vontade d’Ele seja efetiva na Terra assim como o é no Céu”, conclui Mons. João Clá.

O Arauto César Manuel Escobar Castro teve a feliz iniciativa de entrevistar, para este número 139 da Revista, o Frei Efrém Jindrácek, dominicano nascido em Praga, na República Tcheca em 1975 e que esteve recentemente ministrando no Seminário dos Arautos do Evangelho curso de uma semana, abordando o tratado De ente et essentia, de Santo Tomás de Aquino. Frei Efrém é Doutor em Teologia pela Angelicum de Roma e tem uma história de vida muito interessante, pois nasceu “no seio de uma família não católica, recebeu o Batismo aos 14 anos. Surgiram quase ao mesmo tempo em sua alma a decisão de ser batizado e a ideia de consagrar a vida a Deus”. Os frutos da visita de Frei Efrém foram muito salutares!

A seção Arautos no Mundo  aborda diversas atividades de apostolado desenvolvidas pelos Arautos em países,de vários continentes: Moçambique (África), Itália e Espanha (Europa), Paraguai e Peru (América Latina). Recebem destaque também as diversas comemorações havidas pela passagem do 96º ano das aparições de Nossa Senhora em Fátima, Portugal e que se realizaram no México, Costa Rica, Colômbia, Peru, El Salvador, Argentina, Moçambique, Itália, Estados Unidos, República Dominicana, Nicarágua, Uruguai, Chile e Guatemala. No Brasil também, em inúmeras cidades, celebrou-se o aniversário das aparições de Nossa Senhora em Fátima. Puderam os Arautos constatar nessas celebrações, em união com as igrejas locais, a imensidade de graças que são derramadas por Maria Santíssima quando realizadas festividades em Sua honra.

A história de São Boaventura de Bagnoregio,“um dos mais eminentes membros da Ordem dos Frades Menores” (franciscanos), ilustra esta edição da Revista Arautos: “De rara inteligência e sabedoria, na fidelidade ao carisma de São Francisco, contribuiu para a expansão de sua Ordem, foi conselheiro de Papa e luminar da Santa Igreja”. São Boaventura soube admirar e seguir o seu Fundador e “o amou com aquela ‘forma de enlevo pela qual a pessoa quer dar-se inteiramente e não conservar nada para si’”. Grande e admirado Doutor, Superior da Ordem dos Frades Menores, soube conservar, ao mesmo tempo, a simplicidade da vida monacal: “São Boaventura nunca tirou os olhos do seu pai espiritual: São Francisco de Assis. Pelo contrário, seu zelo em seguir as pegadas do Poverello e a fidelidade a seu carisma fizeram com que a Ordem dos Frades Menores se mantivesse íntegra e unida. E, assim, ele passou para a História como seu segundo Fundador”.

Em artigo intitulado Pobreza e elevação de espírito, a Irmã Angela Maria Tomé, EP descreve a correspondência de Santa Clara de Assis à sua discípula Santa Inês. Esta, “uma jovem de sangue real, filha do Rei da Boêmia, havia decidido abandonar as riquezas e comodidades próprias de sua categoria e tomar o hábito entre as filhas de Santa Clara”. Nessa correspondência, fica evidenciado o quanto pode ser sublime e elevado o relacionamento humano: “A leitura dessas cartas enche-nos de consolação e leva-nos a desejar uma convivência semelhante entre todos os nossos irmãos na Fé”.

História para crianças… ou adultos cheios de Fé? do mês de Julho narra a história de um filho que se rebela com os próprios pais, renegando os seus ensinamentos. Esta narrativa acontece no Japão, mas, poderia ocorrer em qualquer lar, em qualquer país do mundo. Somente a misericórdia da mãe poderá salvar o rebelde Fumiko… e uma luta entre o bem o mal se trava em sua alma.

Artigo encantador, ricamente ilustrado, intitulado  Até o deserto floresce, aborda a confiança que devemos ter no Criador: “Se a alma confiar em Deus” – principalmente nos momentos de dificuldade espiritual – “as areias se transformarão em formosas flores. E quanto mais longa tiver sido a aridez, tanto maior será a fecundidade”.

Ainda muitas outras seções, notícias e matérias na Revista Arautos do Evangelho n. 139, de Julho: notícias da Igreja no mundo, os santos de cada dia; a narração das festividades de Corpus Christi em Roma, no mundo e no Brasil, as quais, por brevidade, não é possível resumir. Por isso você é convidado a ler, saborear a Revista Arautos do Evangelho em sua totalidade!

Faça sua assinatura, contatando a Sede Regional dos Arautos em Maringá, através do telefone (44) 3028-6596, ou através deste BLOG e daremos as informações detalhadas. Leia a Revista em seus momentos de descanso, reflexão e estudo. Esta é uma excelente maneira de falar de Deus em família!

Salve Maria! Até o próximo mês.

 João Celso


(1) Matéria completa, a partir da página 22 do referido número da Revista.

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Livros…Imperdíveis! A Oração, Santo Afonso de Ligório

 

 Título:         A Oração: o grande meio par alcançarmos de Deus a salvação e todas as graças que desejamos.

Autor:         Santo Afonso Maria de Ligório

                    Traduzido do original pelo Pe. Henrique Barros, C.Ss.R.

Editora:      Santuário, Aparecida, SP. 4ª ed., 1992.

             Santo Afonso Maria de Ligório (1696-1787) é um dos grandes Doutores da Igreja. Sua incansável dedicação manifesta-se em uma centena de obras, de cunho teológico e espiritual, escritas ao longo de sua longa vida. Foi Bispo e Fundador de uma grande Congregação Religiosa, os Redentoristas. (1)

Santo Afonso Maria de Ligório – Paróquia São Pedro Apóstolo – Montreal, Canadá

           Mas, além de ser um homem de estudos e de ação, destacou-se também pela oração, atividade a qual dedicava várias horas de seu dia. Por causa disso, a sua grande obra, segundo as palavras do próprio Santo é este tratado sobre a Oração: “Publiquei várias obras espirituais. Penso, entretanto, não ter escrito obra mais útil do que esta, na qual trato da oração, porque a oração é o meio necessário e certo de alcançarmos todas as graças necessárias para a salvação. Se me fosse possível, faria imprimir tantos exemplares deste livro quantos são os fiéis de todo o mundo. Daria um exemplar a cada um, a fim de que todos pudessem compreender a necessidade que temos de orar”. (2)

Por que este livro é Imperdível?

         O mais importante e urgente negócio que devemos buscar na vida é a salvação da nossa alma! Nos Evangelhos, em várias ocasiões, Nosso Senhor Jesus Cristo insiste nessa Verdade, quando nos ensina: “Buscai primeiro o Reino dos Céus e a sua Justiça” (Mt 6,33); “Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? (Mc 8,36). Mas, muitos poderiam se perguntar: qual é o caminho que devemos seguir para alcançar a Vida Eterna? Nosso Senhor, novamente, dá uma resposta inequívoca: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6). Para trilhar esse caminho, a oração nos é necessária. Ela é tão necessária que Santo Afonso ousadamente afirma: “Quem reza se salva. Quem não reza certamente se condena”. (3) Só mesmo um santo, inflamado de zelo pela nossa salvação poderia formular esta frase com afirmação tão conclusiva e contundente.

      Com muita tristeza vemos hoje – mesmo entre os católicos – que muitas pessoas, envoltas em ocupações do dia-a-dia simplesmente não rezam; ou, rezam muito pouco, muitas vezes cuidando de inúmeras coisas, mas negligenciando o seu principal “negócio”: a santificação.

        Portanto, neste livro, Santo Afonso vem ensinar sobre a importância de nos apegarmos com todas as nossas forças a esta ferramenta indispensável, principalmente nas horas de dificuldade, de sofrimentos, de provação: a oração. É urgente que as pessoas que ainda não conhecem, procurem inteirar-se deste livro e dos remédios nele apontados pelo santo, cujo zelo pela nossa salvação já fica demonstrado logo nas primeiras páginas. Sendo o grande Doutor que é, no entanto, o santo se dirige a nós mais como um diretor espiritual, empenhado em nos convencer do valor da oração.

         Santo Afonso divide este tratado sobre a Oração em três partes principais:

       Necessidade da Oração, O valor da Oração e As condições da oração. Em uma inflamada Conclusão, o autor reforça os propósitos da obra, para que todos possam utilizar desse meio infalível de obter de Deus a salvação, insistindo na necessidade absoluta da oração para se obter a salvação eterna.

1) Necessidade da Oração

             Comenta Santo Afonso:

           “Nas Sagradas Escrituras são muito claros os textos que nos mostram a necessidade de rezar, se quisermos alcançar a salvação. ‘É preciso rezar sempre e nunca descuidar’ (Lc 18,1). ‘Vigiai e orai para não cairdes em tentação’ (Mt 25,41). ‘Pedi e dar-se-vos-á’ (Mt 7,7). Segundo a doutrina comum dos teólogos, as referidas palavras: ‘É preciso rezar, orar, pedir’, significam e impõem um preceito e uma obrigação, um mandamento formal. (…) sem pecar contra a fé, não se pode negar a necessidade da oração aos adultos, mormente quando se trata de conseguir a salvação. Pois, como consta nos Livros santos, a oração é o único meio para conseguirmos os auxílios necessários à salvação”. (4)

             Em seguida, explica o santo a razão dessa necessidade:

Santo Agostinho – Catedral de Notre Dame de Victoires – Paris, Francia

          “Sem o socorro da graça, nada de bom podemos fazer: ‘Sem Mim nada podeis fazer’ (Jo 15,5). Nota Santo Agostinho sobre essas palavras que Jesus Cristo não disse: ‘nada podeis cumprir’, mas ‘nada podeis fazer’. Com isso, quis Nosso Senhor dar-nos a entender que sem a graça nem mesmo podemos começar a fazer o bem: ‘Não somos capazes de por nós mesmos ter algum pensamento, mas toda a nossa força vem de Deus’ (2 Cor 3,5). (5)

            E conclui:

           “Se é certo que, sem o socorro da graça, nada podemos, e se esse socorro é concedido por Deus unicamente aos que rezam, segue-se que a oração nos é absolutamente necessária para a salvação”. (6)

          Em toda esta primeira parte, Santo Afonso discorre sobre a necessidade da oração, abordando também a oração através da intercessão dos santos e de Nossa Senhora, aproveitando para expor com clareza a bela doutrina sobre as almas do purgatório.

 2) O valor da oração

Paróquia de S. Sulpice – Fougeres, França

            Nesta segunda parte, Santo Afonso explica sobre o valor das nossas orações diante de Deus. Muitas vezes, somos tentados a pensar que elas não valem muita coisa… mas, é exatamente o contrário, como explica o santo. Para deixar muito claro esse valor, Santo Afonso cita inúmeros textos do Antigo e do Novo Testamento, principalmente as palavras de Nosso Senhor atestando o valor de nossas orações: “Pedi e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á(Mt 7,7). “Vosso Pai que está nos céus dará bens aos que lhe pedirem” (Mt 7,11). “Todo aquele que pede, recebe; todo o que busca, acha” (Lc 11,10). “Qualquer coisa que pedirem ser-lhes-á concedida por meu Pai que está nos céus” (Mt 18,19). “Tudo o que pedirdes orando, crede que haveis de receber e que assim vos sucederá” (Mc 11,24).  “Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu vos farei” (Jo, 14,14). “Pedi tudo o que quiserdes e vos será concedido” (Jo 15,7). “Em verdade eu vos digo: se pedirdes ao meu Pai alguma coisa em meu nome, Ele vo-la dará” (Jo 16,23). O Divino Mestre manifesta o Seu desejo de receber e atender às nossas súplicas.

              Devemos, portanto, rezar com confiança e certos de sermos atendidos!

 3) As condições da oração

        Citando o Apóstolo São Tiago, a partir da página 57, Santo Afonso comenta que “muitos pedem e não recebem, por que pedem mal” (7). Passa, então, a explicar, a partir de Santo Tomás de Aquino e outros santos e doutores, quais são as 4 condições para que a nossa oração seja atendida:

            1) Rezar por nós mesmos e pelo nosso próximo.

            2) Pedir coisas necessárias à salvação;

            3) Pedir com devoção;

            4) Pedir com perseverança.

          Em nossas orações, deve haver precedência aos pedidos relacionados à nossa vida espiritual e à salvação, pois isto é o mais importante. Por que, às vezes, os nossos pedidos relacionados às coisas materiais não são atendidos? Explica Santo Afonso:

           “Às vezes, pedimos algumas graças temporais e Deus não nos atende; mas não nos atende porque nos ama, diz o mesmo Doutor, e quer usar de misericórdia para conosco: ‘Quem pede a Deus humilde e confiadamente coisas necessárias para esta vida, ora é ouvido por misericórdia e ora não é atendido por misericórdia; pois, do que o doente tem necessidade, melhor sabe o médico do que o doente’. O médico que se interessa pelo doente nunca permitirá coisas que lhe possam fazer mal Quantos, se fossem pobres ou doentes, não cometeriam os pecados que cometem sendo ricos e sadios! Por isso o Senhor nega a alguns, que lhe pedem a saúde do corpo ou os bens da fortuna, porque os ama, vendo que isso lhes seria ocasião de perderem a sua graça, ou ao menos de se entibiarem na vida espiritual.” (8)

         Finalmente, as duas outras condições da oração, sobre as quais o santo discorre longamente: devoção e perseverança. Rezar com devoção quer dizer, com humildade e confiança; com perseverança, quer dizer, sem deixar de rezar até a morte”. (9)

            Ao final do livro, Santo Afonso apresenta ainda um Programa de Vida, ou Regras de Vida Cristã, cujo conteúdo é muito útil à nossa vida espiritual.

           Não é o intuito deste texto apresentar um resumo completo do livro de Santo Afonso, nosso Livro Imperdível deste mês. Isto exigiria um espaço do qual não dispomos. O objetivo principal é fazer com que nosso leitor tenha um primeiro contato com esta obra magnífica e que desperte o desejo de conhecê-la mais a fundo, saboreando-a por inteiro. O livro da Oração nos apresenta um convite, um chamado para que sejamos cristãos mais orantes, mais confiantes em Deus, o qual quer a nossa Salvação Eterna.

         Em recente homilia na Capela da Casa Santa Marta, o Papa Francisco ressaltou que devemos rezar com coragem e insistência diante de Deus: “Quem quer uma graça do Senhor, deve pedir com coragem e fazer o que fez Abraão.

Nossa Senhora de Paris

O próprio Jesus nos ensina isso, quando elogia a mulher sírio-fenícia que, insistentemente, pede a cura para sua filha. Pedir com insistência, mesmo que seja cansativo, é a atitude da oração.” (10)

        Peçamos, portanto, a Maria Santíssima, que sempre inspirou Santo Afonso em seus escritos e por quem ele sempre teve uma Verdadeira Devoção, que sejamos católicos de oração, em todos os momentos de nossa vida, nas grandes e nas pequenas batalhas que tenhamos que enfrentar.

Salve Maria!

João Celso


(1) Conheça a biografia completa de Santo Afonso de Ligório lendo o excelente artigo da Irmã Juliane Vasconcelos Almeida Campos, EP., na Revista Arautos do Evangelho. n. 128, p. 32-35,  Agosto/2012.Disponível em: http://www.arautos.org/artigo/39899/Santo-Afonso-Maria-de-Ligorio–Seguindo-os-passos-do-Santissimo-Redentor

(2)Santo Afonso Maria de Ligório. A Oração: o grande meio par alcançarmos de Deus a salvação e todas as graças que desejamos. 4ª ed. Trad. Pe. Henrique Barros, C.Ss.R., Aparecida, SP: Santuário, 1992, p. 11.

(3) Idem, p. 42

(4) Idem, p. 17

(5) Idem, p. 18

(6)Idem, p. 19

(7)Idem, p. 57

(8) Idem, p. 61

(9) Idem, p. 63

(10) A oração deve ser corajosa, recomenda o Papa Francisco. Agência de Notícias Gaudium Press. Disponível em: http://www.gaudiumpress.org/content/48186

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Frase da Semana – Santo Antônio de Pádua

“A caridade é a alma da fé, torna-a viva; sem o amor, a fé esmorece”

Santo Antônio de Pádua

(Sermões Dominicais e Festivos II)  (1)

A belíssima imagem de Santo Antônio de Pádua acima é venerada na Igreja de São Pedro Mártir, em Murano, na Itália e ilustra a contracapa da Revista Arautos do Evangelho do mês de Junho de 2013. Santo Antônio é um dos Santos mais populares da História da Igreja. Nasceu no ano de 1193 em Lisboa (por isso também é conhecido como Santo Antonio de Lisboa) e faleceu a 13 de Junho de 1231, com apenas 36 anos de idade. Alcançou grande fama de santidade já durante a vida. Foi canonizado pelo Papa Gregório IX, apenas um ano após a morte, tal a quantidade de milagres obtidos por sua intercessão.

“No último período de vida, Antônio pôs por escrito dois ciclos de ‘Sermões’, intitulados respectivamente ‘Sermões dominicais’ e ‘Sermões sobre os Santos’, destinados aos pregadores e aos professores dos estudos teológicos da Ordem franciscana”. (2)

A Frase da Semana é extraída de um desses Sermões. (3) O grande Santo Antônio nos transmite pensamentos profundos e cheios de substância.

Tal é a atualidade de seus ensinamentos, que esta frase deve nos guiar durante este Ano da Fé para chegarmos à prática da verdadeira Caridade. Isto poderemos obter rezando a este grande Santo, pois “só uma alma que reza pode realizar progressos na vida espiritual: é este o objeto privilegiado da pregação de Santo Antônio. Ele conhece bem os defeitos da natureza humana, a nossa tendência a cair no pecado, e portanto exorta a continuar a combater a inclinação da avidez, do orgulho, da impureza, e a praticar as virtudes da pobreza e da generosidade, da humildade e da obediência, da castidade e da pureza”. (4)

Santo Antônio, Rogai por nós!

________________

(1) Santo Antônio de Pádua. Apud Papa Bento XVI. Audiência Geral de 10/02/2010. Disponível em: http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/audiences/2010/documents/hf_ben-xvi_aud_20100210_po.html
(2)Papa Bento XVI. Audiência Geral de 10/02/2010. Disponível em: http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/audiences/2010/documents/hf_ben-xvi_aud_20100210_po.html
(3) Idem
(4) Idem
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